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Lucas Piroca é eleito presidente do Nucleovet para biênio 2022/2023
E ainda foram empossados os demais membros da diretoria, do Conselho Fiscal e do Conselho Deliberativo para os próximos dois anos.

Associados do Núcleo Oeste de Médicos-Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) se reuniram, no fim de semana, para Assembleia Geral Extraordinária (AGO) que elegeu e empossou a nova diretoria da entidade, para o mandato de dois anos. O presidente da gestão 2020/2021, Luiz Carlos Giongo, transmitiu o cargo para Lucas Piroca, que assume para o biênio de janeiro de 2022 a dezembro de 2023.
Giongo comentou os desafios dos últimos dois anos para dar continuidade às ações do Nucleovet com a pandemia. Destacou que a realização do Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS) e do Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL) foi cancelada em 2020 e retomada no formato on-line neste ano, o que possibilitou a ampliação da participação dos profissionais. Também foram finalizadas as obras na sede do Nucleovet, entre elas a construção do novo campo de futebol, novo salão de festas, melhorias no sistema elétrico e hidráulico e na segurança, com instalação de alarme, monitoramento, muros e cercas e adaptações para atender as normas de acessibilidade.

Grande número de associados participou da AGO
O aniversário do cinquentenário do Nucleovet, comemorado no dia 09 de outubro deste ano, foi outro marco desse período. Na ocasião, foi lançado o e-scrapbook, que resgata e eterniza a história da entidade. É um recorte de memórias intermídia, com fotos, links para vídeos, documentos e depoimentos de ex-presidentes.
Lucas agradeceu a confiança dos associados e também dos colegas que assumem a diretoria ao seu lado. “O Nucleovet não é uma pessoa, somos todos nós. Devemos continuar a conduzir a entidade com responsabilidade. Ideias, sugestões e críticas são sempre bem-vindas para melhorar o nosso trabalho”, frisou, ao acrescentar que a nova diretoria conta com pessoas que já faziam parte e novos profissionais. “Temos também como objetivo formar lideranças. É importante essa troca, manter pessoas com experiência e trazer pessoas que podem contribuir com um olhar diferente”.
Diretoria
Compõe a diretoria executiva, além do presidente, o vice-presidente Tiago Mores, 1ª tesoureira Luciane de Cássia Surdi, 2º tesoureiro Alex Diogo Demarco, 1º secretário Emersson Augusto Pocai e 2º secretário Guilherme Lando Bernardo. O Conselho Fiscal é composto por Alessandro Crivellaro (titular), Juliano Fiorini (titular), Mateus y Castro da Silva (titular), Dalvan Carlo Veit (suplente), Evandro Nottar (suplente) e Mabel Fuga Previdi (suplente).
O Conselho Deliberativo ficou assim composto: Camila Reffatti, Denoir Graciolli, Gersson Antonio Schmidt, Henrique Zamoner, João Eduardo Schneider, Luiz Carlos Giongo, Selvino Giesel, Silvana Giacomini Collet e Lucas Piroca.
Homenagem aos pioneiros do futebol
Após a assembleia, ocorreu um jogo de futebol inaugural do campo e homenagens aos pioneiros do
futebol: profissionais que iniciaram as ações no Nucleovet, mobilizaram pessoas e contribuíram de maneira significativa para o crescimento da entidade. “São dezenas de médicos veterinários e zootecnistas, juntamente com amigos, que se reuniam quando essa estrutura que temos hoje era menor e, entre um jogo e outro, motivavam mais profissionais a participar, mobilizavam colegas e sugeriam ações para o Nucleovet. Foi assim que começaram a aparecer sugestões para capacitação dos profissionais envolvidos com os setores de medicina veterinária e zootecnia. Entre essas ideias estiveram as de realização de simpósios técnicos e científicos”, relatou o integrante da Comissão de Esportes, Evandro Nottar. Além disso, os jogos de futebol aproximavam os profissionais, principalmente os que chegavam a Chapecó, vindos de outros municípios.
Para reconhecer as pessoas que sempre motivaram e sensibilizaram a classe a contribuir com o Nuclevet, 20 profissionais receberam uma camiseta e um troféu. São elas: Antonio Bressan, Carlinhos Marcon, Claudio Kracker, Darci Paulo da Silva, Dilvo Casagranda, Enedi Zanchet, Gilberto Vasconcellos, Gilmar Hansen, Jair Detoni, Juliano Fiorini, Luis Carlos Farias, Miguel Canal, Miguel Crestani, Neri Santo Damo, Nilson Sabino, Paulo Heine, Roberto Curzel, Rogério Delatorre (in memoriam), Sadi Marcolin e Valdir Hansen.
O encontro terminou com almoço de confraternização de encerramento do ano preparado pelos próprios associados como forma de integração e espaço com brinquedos para as crianças.

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.


