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Live destaca a presença do técnico agrícola em todas as etapas da cadeia produtiva

Debate realizado pelo Sintargs abordou questões importantes para a categoria e o seu trabalho relevante em feiras e exposições

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O Sindicato dos Técnicos Agrícolas no Estado do Rio Grande do Sul (Sintargs) realizou nesta quarta-feira, 1º de setembro, no Canal Agrotécnico, seu canal no YouTube, live com o tema “O Trabalho do Técnico Agrícola em Exposições e Feiras”. O encontro virtual debateu  a importância da atuação dos profissionais da categoria na organização de eventos como, por exemplo, a Expointer.

Participaram do debate o presidente do Sintargs, Luís André Sasso, o diretor de Finanças da entidade, Jéferson Rosa, a extensionista da Emater/RS, Mariane Mendes Lopes, o servidor aposentado do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Carlos Eduardo Martins de Souza, o consultor técnico em máquinas agrícolas, Vitor Hugo Baratieri, e o vice-presidente social da entidade e servidor da Secretaria da Agricultura Jonas Marcelo Fernandes.

O presidente do Sintargs iniciou a live ressaltando o uso de novas ferramentas, como o YouTube, para divulgar à sociedade o papel do técnico agrícola na cadeia produtiva. Conforme Sasso, trata-se de um profissional que ajuda a melhorar a qualidade da produção e também a rentabilidade do produtor. “Hoje, com o retorno da Expointer tendo novamente a presença do público, é muito importante debater a importância do técnico agrícola que sempre esteve na construção e na efetivação deste evento, assim como de outras feiras e leilões que são uma vitrine do setor agropecuário”, colocou.

Sasso afirmou, ainda, que o Sintargs, ao defender a categoria, busca a sua valorização, o seu reconhecimento, por meio de um olhar diferenciado tanto do poder público quanto do setor privado. “Temos paixão de fazer parte desta ciranda da vida que é produzir. A nossa profissão tem na sua essência o trabalho em grupo, respeitando um ao outro”, afirmou, destacando a presença na Expointer de técnicos agrícolas atuando em diversas áreas, como no recebimento dos animais, na capatazia, na administração, na emissão de GTAS e na fiscalização do parque, entre outros.

O servidor aposentado do Irga, Carlos Eduardo Martins de Souza, lembrou que desde a formação na escola agrícola até o início do trabalho na atividade, a Expointer sempre chamou a  atenção. Observou que a feira é um dos maiores eventos para a categoria. “A casa do Irga no parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, se transforma em um escritório para a troca de informações”, afirmou. Destacou, no entanto, a difícil situação que a autarquia vive neste momento.

Conforme Souza, as feiras são momentos importantes para mostrar ao produtor como é o trabalho, lembrando que o Irga monta lavouras experimentais nestes eventos. “Muitos chegam procurando informações de como iniciar o plantio de arroz, por exemplo, e o técnico agrícola apresenta as novas tecnologias”, destacou, colocando, ainda, a divulgação pelo Instituto de dados oficiais como produção, produtividade e projeções de safra.

Para o consultor técnico em máquinas agrícolas, Vitor Hugo Baratieri, o trabalho da categoria no Parque de Esteio é essencial e tem sido muito procurado pelas empresas do setor privado. Lembrou que nos estandes das máquinas há sempre um bom número de técnicos agrícolas. “Em geral, as concessionárias buscam esses profissionais, especialmente para o atendimento no pós-venda,” pontuou.

Segundo Baratieri, ao completar um giro de visitas em onze escolas agrícolas para falar sobre os desafios da operação e manutenção de tratores, observou que muitas destas instituições estão sem pessoas habilitadas para tratar deste tema. Salientou que é preciso criar mecanismos para levar aos alunos a força do técnico agrícola e mostrar que estão recebendo uma formação respeitada e com um amplo mercado de trabalho. “A tendência das máquinas agrícolas é ter cada vez mais tecnologia e serão necessários profissionais capacitados para atender a esta demanda”, concluiu.

Já a extensionista rural da Emater, Mariane Lopes  ressaltou o envolvimento dos técnicos agrícolas com o trabalho de ponta a ponta da cadeia produtiva, desde a gestão até a comercialização. “Atuamos com obrigações sanitárias, controles de ectoparasitas e verminoses, produção de leite, melhoramento do campo nativo”, afirmou a especialista em inseminação de bovinos e melhoramento genético. “A participação em feiras sempre é uma via de mão dupla, nós levamos e absorvemos conhecimento”, salientou.

Nesta linha, o diretor de Finanças do Sintargs, Jéferson Rosa, falou que, mesmo o técnico agrícola sendo uma formação de ensino médio, a maioria dos profissionais possuem graduação em áreas complementares e/ou pós-graduação. “Isso qualifica nosso trabalho, porque o técnico nunca foge da origem dele, continua sendo técnico, isso está na sua essência”, pontuou.

De acordo com Rosa, o Rio Grande do Sul tem 65 mil técnicos envolvidos em alguma atividade agropecuária, seja na pesquisa, indústria, consultoria, fiscalização. “Colegas pensam que somos uma categoria fraca, o que não é verdade. Temos um conselho próprio e independência para desenvolver nossas atividades. Somos grandes e fortes. E nosso Canal Agrotécnico no Youtube veio para mostrar o dia a dia e sua importância para a economia”, lembrou.

Por fim, o vice-presidente social do Sintargs, Jonas Marcelo, focou na própria Expointer e os bastidores necessários antes, durante e depois da realização da feira. “Para que a Expointer tenha animais, temos de prezar pela sanidade deles, e o processo começa quando o colega técnico cria um cadastro para a propriedade que futuramente vai expor no parque. Fazemos visitas, fiscalizamos, orientamos o transporte. O técnico faz parte de todo o conjunto. Quem chega para visitar não tem noção do que acontece para que o parque esteja pronto para receber o público. Vai desde a recepção dos animais e pessoas até a pintura do meio-fio e administração. Hoje, a figura destes profissionais no sistema de produção primário é uma das engrenagens mais importantes”, avaliou.

Confira o que rolou em: https://youtu.be/MQGNOSejBqQ

Fonte: Assessoria

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Topgen promove a segunda edição da Semana da Carne Suína no Paraná

Campanha simbolizou uma celebração de sabor, aprendizado e valorização local.

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Foto: Shutterstock

De 3 a 10 de novembro, os municípios de Arapoti e Jaguariaíva, no Paraná, se tornaram o centro das atenções para os amantes da carne suína. A Topgen, uma empresa de genética suína, com o apoio do Sicredi, promoveu a segunda edição da Semana da Carne Suína, uma campanha que celebrou a versatilidade e o sabor da proteína suína, mobilizando comércios locais e estimulando o consumo na região que é conhecida por sua forte suinocultura.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A programação contou com momentos inesquecíveis, como o workshop exclusivo com o Chef Daniel Furtado, realizado na Fazenda Araporanga, onde açougueiros e cozinheiros da região mergulharam nas técnicas e cortes especiais da carne suína, aprendendo a explorar sua versatilidade e criando inspirações para novos pratos. Outro destaque foi o concurso de melhor prato à base de carne suína, que movimentou 15 restaurantes locais. Os consumidores participaram ativamente, avaliando as delícias e votando no prato favorito. O grande vencedor foi a PJ Hamburgueria, com um sanduíche tão incrível que os clientes já pediram para incluí-lo no cardápio fixo!

A premiação incluiu uma cesta especial com embutidos artesanais do Sul do Brasil e a oportunidade de participar do curso com o Chef Daniel Furtado, além disso, todos participantes receberam um livro de receitas clássicas com carne suína editado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), e impresso pela Topgen com o apoio do Sicredi e também um certificado de participação.

Foto: Hb audiovisual

Segundo Beate Von Staa, diretora da Topgen, a inspiração para esta mobilização veio da campanha realizada pela empresa Mig-Plus em 2022, no início da crise da suinocultura. “Naquele ano, fizemos algo simples, mas desta vez conseguimos envolver toda a comunidade. Foi gratificante ver a mobilização e os comentários positivos da população”, destacou”, finalizou.

Além de valorizar a carne suína, a iniciativa buscou incentivar o consumo local de uma proteína saudável e saborosa, mostrando aos consumidores que ela vai muito além do trivial. Assista ao vídeo da campanha e descubra mais sobre essa experiência que uniu gastronomia, aprendizado e valorização da cultura local. A ABCS parabeniza a todos os participantes e ao público que tornou a segunda Semana da Carne Suína um sucesso absoluto!

Fonte: Assessoria ABCS
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Avanços e desafios da agricultura regenerativa tropical

Evolução das práticas regenerativas permite a melhoria no ambiente de produção com uma melhoria da qualidade do solo como principal capital do agricultor.

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Fotos: Divulgação/Arquivo Pessoal

O mundo desafia a agricultura a dar segurança alimentar para uma demografia ainda em crescimento, contribuir com emissões negativas para as mudanças climáticas e ainda contribuir com produção com densidade nutricional e qualidade. A agricultura brasileira pode contribuir com essa agenda de forma relevante. Atualmente, o Brasil está entre os 5 maiores produtores de alimentos e é o primeiro colocado na exportação de vários produtos agrícolas.

Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

É considerado o mais importante produtor de grãos nos trópicos. Estima-se que a produção agropecuária no Brasil já alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e que as projeções da OCDE-FAO indicam uma ampliação considerável da importância do Brasil no comércio agroalimentar global até 2032. Vários são os motivos que levam a essas importantes conquistas.

Podemos citar a contribuição da agricultura industrial através da “revolução verde”, por exemplo. No entanto, muitas vezes a produção de alimentos vegetais e animais, fibras e energia também estão ancoradas em custos ocultos ao meio ambiente: a biodiversidade do sistema, a qualidade do solo agrícola, a saúde das pessoas nas cidades, a saúde dos consumidores finais, o bem-estar animal e das pessoas que trabalham diretamente no campo.

Além disso, é conhecido que esse sistema de produção convencional necessita de condições ambientais estáveis para garantir boas produtividades. Ou seja, o sistema convencional é extremamente suscetível às adversidades climáticas, as quais estão se tornando cada vez mais frequentes em diferentes regiões do Brasil. As externalidades negativas do sistema convencional de produção, somadas às suas limitações adaptativas aos extremos climáticos, requerem uma transição regenerativa e novos fundamentos de produção.

Dentro deste contexto de conscientização da sociedade por alimentos com ausência de resíduo químico, com características organolépticas superiores e com maior densidade nutricional, das necessidades de mitigar os efeitos de mudança climática, de garantir a manutenção dos recursos para as gerações futuras, de atender as demandas presentes e de preservar a biodiversidade do sistema produtivo, alguns produtores têm implementado práticas agrícolas bem conhecidas pela Ciência.

A novidade é que essas soluções estão sendo adotadas em escala. Essas práticas e técnicas de manejo regenerativo (Fig. 1) são capazes de reduzir significativamente a dependência de insumos importados, a poluição do ambiente, enquanto são capazes de aumentar a eficiência e a resiliência dos sistemas produtivos, permitindo a manutenção de boas produtividades mesmo em períodos prolongados (superior a 60 dias, no caso de grãos) sem chuvas.

A evolução das práticas regenerativas permite a melhoria no ambiente de produção com uma melhoria da qualidade do solo como principal capital do agricultor. Estes também começam a prestar serviços ambientais para toda a sociedade, principalmente para as cidades, fornecendo água e alimento de qualidade, bem como mitigando os efeitos climáticos através do abatimento do carbono utilizando insumos de baixa emissão, com os manejos que privilegiam o aumento de carbono orgânico no solo, e ainda permitem o sequestro de carbono de forma permanente através do intemperismo aprimorado de minerais silicáticos, que são utilizados como condicionadores de solo, bioativação do sistema, melhoria da qualidade do solo e fontes de nutrientes.

Ao promover e valorizar a biodiversidade através da integração das áreas produtivas com as áreas naturais remanescentes, estes produtores garantem o refúgio de inimigos naturais das pragas e obtêm importantes serviços ecossistêmicos. Além de tudo, por utilizarem insumos e serviços dos seus contextos locais e regionais, compartilham a prosperidade com a sociedade, criando riqueza e oportunidades para a comunidade ao seu redor, atendendo assim aos requisitos ESG (Sustentabilidade Ambiental, Social e de Governança Corporativa – Environmental, Social and Governance, em inglês) em plenitude.

Fig. 1: A Agricultura Regenerativa Tropical é um novo modelo de produção agrícola e pecuária que busca a melhoria contínua da saúde do ecossistema produtivo e do uso eficiente de recursos finitos. Baseia-se em uma agricultura de processos, onde diferentes manejos, técnicas e práticas são integradas para obter uma gestão holística do ecossistema.

Desta forma, entende-se como Agricultura Regenerativa Tropical (ART) um conjunto de ações e boas práticas que atuam na recuperação do ecossistema produtivo de forma a deixar um saldo de impactos positivo nas características físicas e químicas do solo, na micro e na macrodiversidade do solo, na resiliência da produção, na redução de resíduos nos produtos, no sequestro de carbono e na melhoria da sociedade local e regional. Esses produtores de alimentos, fibras e energia atuam conscientemente na adoção de manejos e suas práticas que visam promover positivamente o ambiente de produção utilizando recursos e tecnologias acessíveis da forma mais eficiente possível dentro de uma agricultura de processos, em que desafios bióticos e abióticos são equacionados através de manejos realizados em caráter preventivo. Por todas essas características, a ART tem uma forte conexão com o consumidor final, o qual prioriza a regeneração e cura dos agroecossistemas, visando impactos positivos ao ambiente, à cadeia e à sociedade. Com essa missão, os produtores visam criar novas formas de relacionamento com as cadeias de fornecedores de insumos, serviços e equipamentos, bem como de fidelidade com as cadeias de valor e com os consumidores, diferenciando sua produção, seja pela forma de produzir como pela qualidade intrínseca do produto final.

Entre as práticas utilizadas na ATR podemos destacar:

  • Manejo integrado da fertilidade do solo através do uso de remineralizadores, fertilizantes minerais naturais, corretivos e circularidade da matéria orgânica com o processamento adequado de insumos orgânicos, visando a eliminação de patógenos e germinação de plantas daninhas;
  • Rotação de culturas e sistema de plantio direto sobre a palha, visando aumentar a diversificação de plantas no sistema enquanto mantém, sempre que possível, o solo coberto e revolvido o mínimo possível;
  • Uso de comunidades microbianas funcionais e de microrganismos específicos que atendam às necessidades da cultura;
  • Redução e, quando possível, a eliminação de insumos que agridem a vida no solo, nas plantas e das pessoas;
  • Recuperação de pastagens degradadas;
  • Integração lavoura-pecuária-floresta;
  • Gestão integrada da paisagem.

A implementação destas práticas depende de o agricultor sair da zona de conforto e experimentar novos processos visando a redução de custos, com uso de soluções locais e regionais. Cabe ao agricultor, pecuarista, e/ou consultor identificar a lista de prioridades a serem equacionadas e determinar a melhor forma de atuar nos processos para implementar a transição. Por exemplo, muitas doenças e a presença de pragas podem ser equacionadas com uma nutrição adequada e balanceada. Como não existe uma tabela de determinação do requerimento e balanço nutricional da cultura para cada tipo de solo, o mais adequado é construir a fertilidade do solo de forma estruturante e deixar que a planta determine qual nutriente está sendo necessário em determinada fase fisiológica.

Essa fertilidade do solo pode ser construída ao longo dos anos com o manejo integrado da fertilidade do solo, o qual visa aumentar a eficiência do uso de fertilizantes solúveis através do uso de remineralizadores, fertilizantes minerais naturais e compostos orgânicos. No início da implementação deste manejo, correções pontuais através da adubação foliar podem ser necessárias ao longo do ciclo da cultura. O monitoramento semanal da lavoura se faz necessário para atender as demandas nutricionais e de correção para a supressão de pragas e doenças.

Com bom senso e políticas públicas, a adoção das práticas regenerativas devem continuar crescendo rumo à sustentabilidade da nossa agricultura. Na perspectiva de país, a ampliação da regeneração agrícola tem muitas justificativas para se transformar numa iniciativa estratégica, implementada de forma permanente e legitimada na Política Nacional Agrícola. Pois, podemos reduzir de forma significativa nossa dependência internacional de insumos fundamentais; podemos aumentar a renda dos agricultores e ativar as economias locais com a circulação de recursos da aquisição de insumos e serviços; podemos promover uma redução significativa nas contaminações e no oferecimento de produtos de melhor qualidade; podemos desempenhar uma agricultura de carbono negativo e, finalmente, podemos atender às demandas e compromissos das cadeias de valor por produtos regenerativos.

Fonte: Por Pablo Hardoim e Eduardo de Souza Martins, membros do Grupo Associado de Agricultura Sustentável
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Carrefour boicota carne do Mercosul: decisão é vista como protecionismo

Suspensão das compras de carne pelo Carrefour francês reforça críticas ao protecionismo europeu contra o agronegócio brasileiro.

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Presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto: Divulgação/ACCS

A decisão do Carrefour de parar de vender carne proveniente dos países do Mercosul, incluindo o Brasil, gerou fortes reações. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) classificou a medida como “lamentável” e reafirmou que o Brasil segue os mais altos padrões de qualidade e sustentabilidade na produção agropecuária. O anúncio foi motivado por pressões do sindicato agrícola francês FNSEA e alegações relacionadas ao impacto ambiental.

“O Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo. Atendemos a padrões que garantem a rastreabilidade e qualidade das nossas exportações para 160 países, incluindo a União Europeia há mais de 40 anos”, destacou o Mapa, que acusou a medida de ser infundada e prejudicial à reputação do agronegócio nacional.

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, também criticou duramente a decisão. “Essa atitude é claramente protecionista. Não há motivos razoáveis para essas restrições. O Brasil é o maior exportador de alimentos do mundo e seguimos rigorosos padrões ambientais e sanitários”, afirmou. Ele sugeriu que os brasileiros adotem uma resposta proporcional ao boicote. “Se eles boicotam nossos produtos, devemos reconsiderar a compra de produtos dessa rede.”

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil) reforçou que o Brasil desempenha um papel essencial na segurança alimentar global. A Apex classificou como “lamentável” a postura da rede francesa, que poderia prejudicar as relações comerciais e a imagem do Brasil no cenário internacional.

O impacto da decisão também acende debates sobre a relação entre medidas ambientais e práticas protecionistas, muitas vezes vistas como barreiras não tarifárias. Especialistas alertam que atitudes como esta podem prejudicar os esforços globais de segurança alimentar em um momento crítico de demanda crescente.

O que está em jogo?

Enquanto o Carrefour cede à pressão interna, o Brasil continua sua luta por reconhecimento no mercado global, reafirmando a qualidade e sustentabilidade de seus produtos. Para muitos, a decisão francesa representa mais uma batalha na complexa relação entre o Mercosul e a União Europeia.

Fonte: Assessoria ACCS
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