Avicultura
Lideranças debatem futuro da cadeia produtiva de ovos
Começa amanhã, dia
19 de março, o XI Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos, que vai
acontecer até quinta-feira, dia 21 de março, no Centro de Convenções de
Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Com o objetivo de promover o desenvolvimento da avicultura de postura no
país, o evento vai reunir representantes de todos os elos da cadeia produtiva,
desde produtores, passando por fornecedores, pesquisadores até o varejo.
Produzir um alimento
de melhor qualidade, seguro, com menor impacto ambiental e economicamente
viável será um dos debates do encontro. Estratégias nutricionais para redução
de custos será o tema do Painel de Nutrição. As mudanças nos hábitos de consumo
do brasileiro serão discutidas no Painel de Comercialização e Marketing, e os
principais desafios sanitários serão apresentados no Painel de Sanidade.
Programação
A programação deste
ano será dividida entre os Painéis sobre Manejo, Sanidade, Comercialização e
Marketing e Nutrição. O programa científico será aberto com um Painel de Manejo,
nesta terça-feira, a partir das 14h, com uma apresentação sobre Ambiência X
Produtividade, ministrada pelo zootecnista com MBA em gestão em agronegócio
pela ESALQ/USP e gerente nacional de vendas da Big Dutchman, Sadala Cruz
Tfaile. Em seguida, a pesquisadora da Embrapa Helenice Mazzuco vai debater
Boas práticas e biosseguridade em avicultura de postura.
Logo depois o
técnico do Programa Nacional Avícola de Brasília vai falar sobre os Novos atos
regulatórios para produção de ovos. O Painel de Manejo será encerrado com a
palestra Fisiopatologia do sistema ósseo, ministrada pelo médico veterinário
da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) Fernando Rutz
Na quarta-feira (20),
a programação será aberta com apresentação de trabalhos científicos. A partir
das 8h30 começa o Painel de Sanidade com um debate dobre Antibioticoterapia em
poedeiras utilização na granja, com a Professora da Universidade Federal
Fluminense, Virginia Leo. Na sequencia, o representante do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Renato Brum, destaca o Controle
oficial de resíduos e contaminantes em ovos.
Em seguida, o médico
veterinário Professor da Unesp de Jaboticabal, Oliveiro Caetano de Freitas
Neto, vai ministrar a palestra Imunidade das Aves Contra Salmonelose. Um
debate sobre Laringotraqueite: A Experiência Chilena, com Ricardo Gallardo
encerra o Painel de Sanidade.
No período da tarde,
a apresentação de trabalhos científicos premiados começa às 14h. O Painel
Comercialização e Marketing será aberto às 14h20 pela pesquisadora do Instituto
para o Desenvolvimento Sustentável (IDS), Josefa Garzillo, com a palestra
Sustentabilidade na avicultura de postura. Em seguida, o especialista da DSM,
José Maria Hernandes, vai debater Segurança Alimentar no consumo de ovos.
Logo depois, a
pesquisadora do Cepea, Camila Brito Ortelan, vai apresentar o Novo índice
referencial de preço de ovos/CEPEA. Este Painel será encerrado pelo Gerente
Comercial FLV do Grupo Pão de Açúcar, Renato Luiz Generoso com uma apresentação
sobre a Visão do varejo na compra de ovos.
Na quinta-feira (21),
o programa científico será aberto pelo Professor Benedito Lemos de Oliveira com
um debate sobre Modernização da cadeia produtiva de ovos de codorna. Na
sequencia, o Painel de Estratégias nutricionais para redução de custos será
aberto pelo consultor João Batista Luchesi, com a palestra Alternativas para
redução do custo de produção.
O Professor da
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Evandro de Abreu, vai destacar
Estratégias nutricionais no uso de matérias-primas alternativas. O engenheiro
agrônomo e gerente técnico da Agroceres Multimix, Leandro Hackenhaar, vai
debater Uso de Aminoácidos Sintéticos. O Painel de nutrição será encerrado
pelo professor da Unens de Jaboticabal, Otto Mack Junqueira, com a palestra
Utilização de Enzimas. Após estes debates haverá um almoço de encerramento.
O Congresso de Ovos da Associação Paulista de
Avicultura (APA) tem o apoio da Revista do Ovo, do Avisite, da Revista
AveWorld, da Revista Feed&Food, da Revista Avicultura Industrial, do jornal
O Presente Rural e do Portal Engormix. Outras informações podem ser obtidas
pelos telefones (16) 3209.1300, ramal 1325 ou (11) 3832.1422.
Avicultura Em Porto Alegre
Asgav promove evento sobre prevenção de incêndios nas indústrias
Encontro contou com especialistas do Corpo de Bombeiros.
Na última terça-feira (19), a Asgav realizou um importante evento via web, onde participaram integrantes das indústrias de aves e suínos de diversos estados do Brasil, com mais de 150 participantes inscritos.
O evento abordou o tema “Prevenção de Incêndios: Regras e Práticas de Prevenção na Indústria” e contou com uma palestra especial do Tenente Coronel Éderson Fioravante Lunardi do Corpo de Bombeiros e Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.
A inciativa da Asgav também contou com apoio da ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal, propiciando a participação de indústrias e cooperativas de aves e suínos de diversos estados do Brasil.
“Nos últimos anos, temos registrado diversos incêndios em indústrias do setor e buscar informações atualizadas com especialistas, discutir leis e procedimentos e a troca de informações entre diversas indústrias do setor também é uma forma de intensificar a prevenção”, comentou José Eduardo dos Santos – Presidente Executivo da O.A.RS (Asgav/Sipargs).
Na apresentação do representante do corpo e bombeiros foram abordados alguns registros de incêndios em outros países e no Brasil, as causas, falhas e fatores que propiciaram os sinistros.
As regras e leis dos programas de prevenção contra incêndios também foram amplamente abordadas e dialogadas com os participantes.
Segundo o representante da Asgav, o tema também será objeto de encontros presenciais e troca de informações entre estados, principalmente na área de Segurança e Saúde do Trabalho, contado com a participação dos especialistas do corpo de bombeiros.
Avicultura
Conbrasfran 2024 começa nesta segunda-feira (25), com governador em exercício do Rio Grande do Sul Gabriel Souza e outras autoridades
Na palestra de abertura, Souza vai discutir os desafios deste ano, medidas de enfrentamento e a superação.
A cidade de Gramado, na serra gaúcha, vai sediar a Conbrasfran 2024, a Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango, evento promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). O encontro, que acontece a partir de segunda-feira, dia 25, vai reunir líderes políticos, empresariais e investidores de destaque de todo o país para debater oportunidades e desafios da cadeia produtiva e suas perspectivas para 2025 e além.
A Asgav propõe que durante três dias Gramado seja a sede da avicultura brasileira, afirma o presidente Executivo da Asgav e organizador do evento, José Eduardo dos Santos. “Porque todas as atenções estarão voltadas para a Conbrasfran 2024, evento de expressão que vai acontecer no Hotel Master. Lá vamos reunir empresas do setor, agroindústrias, órgãos oficiais e líderes de diversos segmentos da cadeia produtiva”, disse Santos.
Entre os nomes confirmados, estão o governador em exercício do Estado do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, que vai abrir a programação, a partir das 18h30, com um debate sobre os desafios enfrentados pelo estado neste ano e a superação durante a palestra O desafio que a natureza nos trouxe: Como estamos superando, como evoluímos e os caminhos para o fortalecimento. Após a palestra de abertura, haverá um coquetel de boas-vindas aos participantes.
A programação da Conbrasfran segue nos dias 26 e 27 com programações técnicas no período da manhã, tratando temas como a reforma tributária e seus impactos na avicultura, estratégias para uma produção mais sustentável, nutrição e saúde animal, os desafios de logística e seus impactos na atividade e estratégias comerciais para a carne de frango, entre outros temas. No período da tarde, debates conjunturais tomarão conta da programação com análises exclusivas e discussões sobre o ambiente de negócios no Brasil e no exterior.
Outras informações sobre a Conbrasfran 2024 podem ser encontradas no site do evento, acesse clicando aqui.
Avicultura
Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas
Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.
O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.
Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.
Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.
Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.
O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.
Destaques
A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.
O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.
De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.
“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.
Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.
“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.
Metodologia
A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.
Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.
Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.
Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.
Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.