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Bovinos / Grãos / Máquinas

Leveduras autolisadas melhoram nutrição de bovinos leiteiros

Uso de leveduras como promotores da digestão no rúmen em substituição a promotores químicos de desempenho converge à tendência do mercado consumidor quanto à utilização de produtos naturais

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Artigo escrito por Leandro Cecato de Oliveira, médico veterinário, especialista em Produção de Ruminantes e gerente técnico de Ruminantes da Tectron

O fornecimento de dietas eficientes e rentáveis para vacas leiteiras chama a atenção quanto aos altos teores de carboidratos presentes. A manipulação da microbiota ruminal torna-se um desafio para o nutricionista, visto que o ambiente do rúmen nestes casos fica agressivo principalmente para as bactérias que degradam a fibra dietética, visando um melhor controle do ambiente ruminal, as leveduras apresentam-se como uma boa estratégia para a nutrição de bovinos leiteiros e de corte. O uso de leveduras como promotores da digestão no rúmen em substituição a promotores químicos de desempenho converge à tendência do mercado consumidor quanto à utilização de produtos naturais, além de ser um aditivo reconhecidamente seguro.

Os produtos comerciais que contêm leveduras são compostos comumente por leveduras vivas ou misturas em distintas proporções de leveduras vivas e mortas, na presença ou não do meio de cultivo. Uma categoria mais recente de produtos é a levedura autolisada, composta por células mortas que são geralmente oriundas das indústrias de cana-de-açúcar, cervejaria e panificação. A autólise induzida industrialmente se dá por meio de processos químicos, físicos ou enzimáticos. Ela disponibiliza componentes da levedura capazes de estimular a fermentação ruminal, como peptídeos, aminoácidos, enzimas, vitaminas, minerais e ácidos orgânicos, além dos componentes da parede celular como os mananoligossacarídeos (MOS) e beta-glucanos. As leveduras autolisadas ainda combinam características nutricionais favoráveis, como teor proteico entre 30 e 70%, sendo ricas em vitaminas do complexo B (B1, B2, B6, ácido pantotênico, niacina, ácido fólico e biotina) e em minerais essenciais ao organismo animal, por exemplo, o selênio.

Benefícios para o rúmen

Os efeitos comuns à utilização de leveduras autolisadas em vacas leiteiras ocorrem, principalmente, devido às alterações na população microbiana ruminal. Com essas mudanças, proporciona-se o crescimento de microrganismos celulolíticos, favorecendo também as bactérias consumidoras de lactato (principal causador da acidose ruminal), mantendo o pH mais estável. Por consequência, ocorre o aumento no consumo de alimentos e na sua digestibilidade, na produção dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) no rúmen e na produção de leite.

A quantidade de nitrogênio amoniacal presente no rúmen é decorrente da degradação de proteínas e da reciclagem de ureia via saliva ou epitélio ruminal. O excedente de amônia é absorvido pelo epitélio ruminal e levado ao fígado para ser metabolizado à ureia e excretado. As bactérias fibrolíticas usam a amônia como fonte principal de nitrogênio para síntese de proteínas. Com o aumento dessa população, o efeito de redução da concentração de amônia no rúmen é esperado, melhorando a eficiência de utilização do nitrogênio.

O uso de leveduras autolisadas altera o perfil de AGCC produzidos no rúmen, aumentando a produção do propionato, reduzindo a relação acetato:propionato e, consequentemente, aumentando o potencial glicogênico da dieta. As leveduras também são fontes de malato, um ácido orgânico que aumenta o sequestro de hidrogênio (H2) livre no rúmen. O H2 produzido durante a fermentação de carboidratos à acetato e butirato pode ser utilizado para converter o malato em propionato. A formação de propionato a partir do malato reduz a disponibilidade de H2 para síntese de metano.

Outro efeito relacionado aos AGCC é a redução de lactato ruminal. Testes realizados in vitro indicam que a utilização de leveduras favorece as bactérias que metabolizam o lactato. A utilização de leveduras autolisadas pode, ainda, estimular o aumento da população de alguns protozoários no rúmen, como Isotricha e Dasytricha. Estes consomem oxigênio presente no rúmen proporcionando um ambiente mais favorável à fermentação.

Benefícios à imunidade

Entre os carboidratos encontrados nas leveduras podem ser destacados os beta-glucanos e MOS, presentes na parede celular. Estes carboidratos geram resposta do sistema imunológico inato e corroboram para a secreção de citocinas. Os MOS atuam como sítio de alta afinidade para ligação de bactérias Gram-negativas, removendo agentes patogênicos antes de sua colonização no intestino. Os beta-glucanos têm demonstrado efeitos imunomoduladores, quando suplementados para ruminantes jovens. Há relatos de que a suplementação com levedura reduz casos de hipertermia em bezerros durante o desmame, e a utilização de MOS na dieta de vacas secas aumenta a resposta imune humoral ao rotavírus.

Estudos demonstram que a suplementação de leveduras autolisadas melhora a função dos neutrófilos em bezerras, quando inoculadas com Escherichia coli. Adicionalmente, observa-se melhora do escore fecal, com redução da diarreia e mortalidade.

Para vacas em período de transição, a utilização de leveduras autolisadas consiste em um suporte para a adaptação fisiológica pós-parto, com o aumento de produção de leite e menor contagem de células somáticas.

Produção de leite, consumo de matéria seca e estresse térmico

O incremento da produção de leite se deve às mudanças que ocorrem no ambiente ruminal. Com o aumento da digestibilidade da fibra no rúmen ocorre aumento na digestão de matéria orgânica em todo trato digestivo, otimização da produção e proporção dos AGCC no rúmen, levando à maior produção de leite. Em uma metanálise realizada com 36 publicações observou-se um aumento na produção de leite de 1,18 kg/dia durante toda a lactação com o uso de levedura.

Quando fornecemos leveduras autolisadas para vacas em início de lactação, observamos que o consumo de matéria seca (CMS) aumenta. Isso se deve ao aumento da população de bactérias fibrolíticas que degradarão em maior velocidade e quantidade a fibra da dieta e, consequentemente, a matéria orgânica em todo o trato digestivo. Com isso literalmente “liberamos espaço” para que as vacas consigam comer mais. Na mesma metanálise citada anteriormente, observou-se um aumento de 0,62 kg no CMS de vacas com até 70 dias em lactação.

As leveduras autolisadas estimulam a atividade microbiana do rúmen para um melhor aproveitamento dos alimentos. Desta forma, à medida que o apetite das vacas diminui em dias quentes, conseguimos melhorar a digestibilidade e otimizar a disponibilidade dos nutrientes para a produção de leite, sistema imune e reprodução. Em trabalhos publicados, os autores relatam um incremento médio de 1,42 kg de leite para vacas suplementadas com leveduras durante o estresse térmico.

Considerações finais

O uso de leveduras autolisadas demonstra consistência por não possuírem células vivas, apenas metabólitos de fermentação, não sendo suscetíveis a degradações decorrentes da ação da temperatura ambiente, transporte, armazenamento e condições de temperatura e pH ruminais. A mescla de leveduras autolisadas oriundas da indústria de cana-de-açúcar, cervejaria e panificação soma benefícios específicos de cada uma, com um ganho e sinergia superiores à utilização delas separadamente, proporcionando ganhos em digestibilidade, imunidade e produção de leite. Adicionalmente, é um aditivo que contribui para a redução das emissões de metano oriundas do mal aproveitamento energético no rúmen.

Mais informações você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de junho/julho de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Cultivar de trigo tropical da Embrapa tem rendimento 12% superior em anos secos

Para avaliar a tolerância do trigo à restrição hídrica, pesquisadores da Embrapa Trigo (RS) reuniram dados de desempenho das cultivares de trigo de sequeiro no Brasil Central nos últimos cinco anos

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Lavoura de trigo BRS 404 em Planaltina (DF) - Foto: Jorge Chagas

Um estudo para avaliar a tolerância do trigo ao déficit hídrico mostrou que cultivar BRS 404 pode representar até sete sacos a mais nos anos de pouca chuva no Brasil Central. A pesquisa avaliou o rendimento de trigo tropical das principais cultivares de sequeiro disponíveis no mercado no período 2019-2023.

Para avaliar a tolerância do trigo à restrição hídrica, pesquisadores da Embrapa Trigo (RS) reuniram dados de desempenho das cultivares de trigo de sequeiro no Brasil Central nos últimos cinco anos. Em média, os rendimentos da cultivar BRS 404 foram 12,4% superiores quando comparados às demais cultivares em uso na região, o que pode representar até sete sacos a mais por hectare. A variação ficou entre 5% e 23% superior, considerando que a brusone foi limitação somente em 2019, enquanto nos demais anos o déficit hídrico foi o fator limitante. Nesses cinco anos, os ensaios variaram em função dos locais e com a inserção de novas cultivares que chegaram ao mercado durante o período. Veja na tabela abaixo:

Em 2022, em São Gonçalo do Sapucaí (MG), com apenas 97 mm de chuva da semeadura à colheita, o rendimento de grãos da BRS 404 foi 15,5% superior na comparação com outras sete cultivares. O pesquisador Vanoli Fronza explica que esse desempenho superior da cultivar ocorreu devido ao seu grande potencial de enchimento de grãos, mesmo em condições adversas, como seca e temperaturas mais elevadas. “Para explorar melhor os benefícios da BRS 404, a cultivar deve ser semeada no fechamento do plantio, quando reduz os riscos com brusone e pode se destacar em caso de limitação hídrica”, declara o cientista.

A região tropical conta com mais de 10 cultivares com sementes disponíveis no mercado para cultivo de trigo de sequeiro. No ensaio de cultivares da Coopa-DF de 2023, o destaque de produtividade foi para a cultivar BRS 404, que atingiu 71,9 sacos por hectare (sc/ha) com peso do hectolitro (PH) de 84, superando a segunda colocada que apresentou 68,5 sc/ha e PH 81. Entretanto, o diferencial das cultivares de trigo de sequeiro é ainda mais importante em anos de seca, quando a média de rendimentos não tem ultrapassado 40 sc/ha na região.

Avanço do trigo tropical

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) orienta para o cultivo do trigo em seis estados da região tropical: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia e São Paulo, mais o Distrito Federal. No período de 2018 a 2023, a área com trigo no Brasil Central cresceu 110,7%, enquanto a produção aumentou em 131,5%. Apesar do crescimento da cultura, as produtividades oscilaram bastante ao longo dos anos (veja o gráfico).

A explicação está na variabilidade das condições ambientais, especialmente relacionadas com a disponibilidade hídrica e excesso de calor. “A maioria das áreas indicadas para o cultivo do trigo no Cerrado estão em altitudes acima de 700 metros, onde as temperaturas costumam ser menores à noite. Já nas áreas de menor altitude, em geral, predominam solos mais arenosos, que possuem menor capacidade de armazenar água”, explica o agrometeorologista Gilberto Cunha. Segundo ele, o excesso de chuva explica a queda no rendimento em 2019, uma vez que o ambiente favoreceu epidemia de brusone, doença fúngica favorecida pela umidade e temperaturas elevadas. Por outro lado, a queda nos rendimentos, nas safras 2021 e 2022, foi causada pela redução nas chuvas e o aumento do calor, com temperaturas mínimas acima da média na região. “No Cerrado, não há relação direta entre calor e incidência de chuvas, já que existe um regime hídrico bem definido, como a época das águas – de outubro a março – e a seca no restante do ano. Contudo, o aumento das temperaturas mínimas favorece a maior evapotranspiração das plantas, que tendem a sofrer pelo déficit hídrico na falta de chuvas regulares”, detalha Cunha.

Resposta às mudanças climáticas

Estudos sobre mudanças climáticas indicam agravamento dos problemas relacionados com irregularidades na distribuição das chuvas e o aumento de estresse hídrico durante o ciclo das culturas, principalmente nas regiões do centro, norte e nordeste do País. Nesse cenário, um dos desafios para a expansão da triticultura tropical é o desenvolvimento de plantas com tolerância à restrição hídrica, que sejam capazes de fazer uso mais eficiente da água e que tenham melhor tolerância ao calor. Por ser um problema complexo, envolvendo interações solo-água-planta-ambiente, a seleção de plantas tolerantes à restrição hídrica é um constante desafio para os programas de melhoramento genético.

O desafio da seca é maior no trigo cultivado em sistema de sequeiro, ou trigo safrinha, que representa cerca de 80% da área de cultivo com trigo tropical. De acordo com o pesquisador Joaquim Soares Sobrinho, a região do Cerrado sofre frequentemente com veranicos, trazendo ondas de calor e seca que afetam o trigo em épocas críticas do desenvolvimento da planta, como no perfilhamento e no enchimento de grãos: “O maior impacto é verificado quando falta água no enchimento de grãos, resultando na diminuição do seu peso”, conta Soares.

Além do rendimento, em anos de estresse hídrico a qualidade do trigo também é impactada. “Em anos secos, especialmente nos cutivos de sequeiro, os grãos de trigo ficam enrugados, contendo maior teor de proteína do que em condições hídricas normais. A alteração na composição de proteínas pode resultar em farinhas de maior qualidade e melhor desempenho para produção de pães. Por outro lado, seca e altas temperaturas no momento do enchimento de grãos diminuem o teor de amido nos grãos de trigo”, avalia a pesquisadora Martha Miranda.

O ano de 2023 foi considerado um dos melhores para o trigo tropical. No cultivo de sequeiro, os rendimentos foram cerca de 50% superiores à média do ano anterior. “Além da boa disponibilidade hídrica, a distribuição das chuvas e as temperaturas mínimas mais amenas resultaram no alongamento do ciclo das cultivares, permitindo que a planta aproveitasse melhor os recursos disponíveis no ambiente e convertesse em rendimento de grãos”, relata Soares.

Evolução do melhoramento genético

Os trabalhos com a tropicalização do trigo tiveram início ainda na década de 1920 e foram intensificados nos anos 1980, confirmando a viabilidade dos primeiros cultivos em Minas Gerais e em Goiás. No cultivo de trigo tropical foram definidos pela pesquisa dois sistemas de produção: irrigado e sequeiro. Um esforço conjunto entre produtores, instituições de pesquisa, assistência técnica e poder público resultou em estudos sobre rotação de culturas, épocas de plantio, população de plantas, adubação, manejo integrado de pragas e doenças, viabilidade socioeconômica, entre outros. A aproximação com a indústria permitiu também avançar na qualidade do trigo tropical, atendendo as diferentes demandas do mercado consumidor.

Um marco para a triticultura tropical foi a cultivar BR 18 Terena, lançada pela Embrapa em 1986, que até hoje é utilizada nos programas de melhoramento genético devido à grande capacidade de adaptação, especialmente no cultivo de trigo de sequeiro no Brasil Central. A Embrapa seguiu o caminho na oferta de cultivares de trigo para o ambiente tropical junto com outras instituições pioneiras como Epamig, IAC e Coodetec.

A restrição hídrica ainda é fator limitante para a expansão do trigo na região tropical, mas a pesquisa intensificou os estudos para vencer a seca e o calor, mostrando bons resultados no melhoramento genético. Muitas cultivares chegaram ao mercado nos últimos cinco anos, desenvolvidas principalmente por obtentores privados. “Hoje estão disponíveis ao produtor 33 cultivares de trigo tropical, tanto para o sistema irrigado como para sequeiro, com genética que garantiu aumento de área e produtividade em grãos com qualidade comparada aos melhores trigos do mundo”, conta o pesquisador Ricardo Lima de Castro. Veja abaixo como foi a evolução da oferta cultivares nas últimas quatro décadas:

Para o futuro, os pesquisadores informam que novas estratégias para a seleção de genes, tanto em cruzamento tradicional de plantas de trigo como com plantas transgênicas ou edição gênica, deverão trazer respostas ainda melhores na resiliência do trigo às mudanças climáticas.

Fonte: Assessoria Embrapa Trigo
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Otimismo marca abertura oficial da colheita da soja no Rio Grande do Sul

Evento foi realizado no município de Tupanciretã

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Safra deve resultar em 22,2 milhões de toneladas de soja - Foto: Julia Chagas/Ascom Seapi

Expectativa de uma safra de soja recorde, com incremento de 71%, em relação ao ano passado. É com esse otimismo que a Colheita da Soja no Rio Grande do Sul foi oficialmente aberta na segunda-feira (25), no município de Tupanciretã. O secretário adjunto da pasta da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Márcio Madalena, representou o governo do Estado no ato que reuniu produtores rurais, autoridades, entidades e empresas privadas na Agropecuária Richter.

Dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) apontam uma área plantada de cerca de 6,6 milhões de hectares em 426 municípios do Estado. A expectativa é de uma safra que deve resultar em 22,2 milhões de toneladas de soja.

“A frustração das safras nos últimos anos trouxe prejuízos para o município e a região, mas acreditamos que esta deve ser de grande recuperação, com produtividade recorde. Isso reposicionará o Rio Grande do Sul no cenário nacional”, ressaltou o secretário adjunto.

Madalena também citou uma das pautas prioritárias da secretaria, que é a irrigação, e tratou do programa do governo do Estado que vai subsidiar em até R$ 100 mil os projetos de irrigação dos produtores rurais. “A reservação de água e a irrigação devem ser assuntos permanentes, e o governo estadual tem essa discussão como prioridade para que o nosso agronegócio não venha a sofrer no futuro o que já aconteceu em épocas de estiagem”, afirmou.

Conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Rio Grande do Sul deve ficar em segundo lugar no ranking de produtividade, atrás apenas do Mato Grosso.

O prefeito de Tupanciretã, Gustavo Herter Terra, destacou que o município sempre liderou o ranking de maior produtor, mas que, no ano passado, em razão da estiagem, a produtividade foi menor. Para 2024, a expectativa é de que a cidade volte a ocupar o primeiro lugar. “Aqui no município produzimos soja em cerca de 150 mil hectares, com produção de 9 milhões de sacas por ano”, contabilizou.

Fonte: Assessoria Seapi
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Moinhos buscam trigo de qualidade, mas oferta é baixa no brasil

Caminho é adquirir o trigo da Argentina, onde, além de a qualidade estar favorável, o preço do cereal está mais competitivo que o comercializado no spot brasileiro

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Muitos agentes de moinhos brasileiros consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) estão em busca de trigo tipo 1, mas a oferta doméstica de cereal de maior qualidade está baixa.

Um caminho é adquirir o trigo da Argentina, onde, além de a qualidade estar favorável, o preço do cereal está mais competitivo que o comercializado no spot brasileiro.

Tomando-se como base números da Conab, de 11 a 15 de março, a paridade de importação do trigo com origem na Argentina foi de US$ 229,55/tonelada para o produto posto no Paraná.

Considerando-se o dólar médio do período, de R$ 4,9814, o cereal importado foi negociado a R$ 1.143,46/t, ao passo que o trigo brasileiro, no Paraná, teve média maior, de R$ 1.240,38/t, de acordo com dados do Cepea.

No Rio Grande do Sul, a paridade do produto argentino seria de US$ 214,47/t, o equivalente a R$ 1.068,34/t em moeda nacional, contra R$ 1.184,60/t na média do Cepea para o estado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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