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Suínos / Peixes Bem-estar

Levedura probiótica como meio de controle ao estresse calórico em suínos

Estresse calórico é uma condição que leva a redução de fertilidade e redução da produção de leite nas matrizes

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Divulgação/Jairo Backes

Artigo escrito por Fabio Catunda, zootecnista e gerente Global Suínos da Phileo by Lesaffre

O estresse calórico, é causado por uma combinação de altas temperaturas e umidade relativa do ar; é uma condição que traz grandes danos aos animais, levando a redução de fertilidade, e redução da produção de leite nas matrizes, e danificando a integridade e saúde intestinal tanto nos leitões quanto nas porcas.

Resultados de 4 diferentes ensaios independentes mostraram que houve um declínio de até 30% na produção de leite das porcas quando as temperaturas ultrapassaram 29o C. Até as matrizes que estavam no grupo de melhor resultado no ensaio obtiveram quedas de até 18% na produção de leite.

A redução da qualidade do leite também é evidenciada sob condições de estresse calórico. Em experimentos, foram observados que as porcas que foram submetidas a situações de estresse calórico tiveram a concentração de IgG no colostro diminuídas quando comparadas a porcas que não sofreram o estresse. A concentração de IgG de porcas não estressadas tinham início em 73,8mg/ml, caindo para 64,1mg/ml nas porcas estressadas. Esse efeito continuou nas 24h seguintes quando a proporção em porcas estressadas/não estressadas foi para 13,1 mg/ml / 12,2 mg/ml.

Estresse calórico em leitões

Em experimentos com leitões, verificou-se que os leitões provenientes de porcas desafiadas com estresse calórico têm concentrações mais baixas de IgG sérico, desde o primeiro dia até o 28° dia, quando comparados com leitões do grupo controle. A concentração de IgG em filhos de mães estressadas térmicamente começava em 19,6mg/ml, comparado com o controle que era de 31,5mg/ml. A diferença na concentração sérica de IgG continuou até o dia 28, quando o controle registrava 12,6mg/ml e o grupo sob estresse calórico estava em 9,7mg/ml. O baixo consumo de ração das porcas estressadas levou a menor produção de leite e consequente redução do peso médio dos leitões.

Viabilidade embrionária e taxa de fertilidade

Quando mensurada a fertilidade no período de fevereiro a novembro, incluindo o pico do verão europeu (junho a setembro), a média de concepção decaiu de mais de 80% do que no período mais frio do ano, para pouco acima de 60% nos meses mais quentes que são de julho a agosto.

Estresse calórico também reduz a sobrevivência embrionária, de acordo com resultados experimentais de um ensaio feito entre 12 e 132 horas pós-desmame. Quando medimos o tamanho do folículo, no grupo controle os embriões cresceram de apenas 5mm na 12a hora para entre 8 e 9mm na hora 132. Embriões que estavam no grupo sob estresse calórico começaram em 4,3mm e cresceram um pouco mais do que 7mm após as 132 horas.

Sensibilidade a patógenos

Olhando para os impactos causados por estresse calórico na integridade intestinal em porcas e em leitões, outros testes demonstraram que altas temperaturas causam aumento da permeabilidade intestinal em suínos e aumento da sensibilidade dos animais à patógenos.

Benefícios reconhecidos no uso de leveduras probióticas

Entre todas as maneiras estudadas para diminuir o impacto negativo do estresse calórico em suínos, o efeito da levedura probiótica Saccharomices cerevisae Sc 47 também tem feito parte desses estudos de campo com matrizes e leitões sendo expostos a temperaturas de até 30oC.

Vários estudos de campo revisados e publicados em diferentes partes do mundo mostram que a levedura Saccharomices cerevisae Sc 47 pode modular a microbiota de forma positiva, conferindo benefícios nos animais. Benefícios que incluem ajudar a reduzir o impacto de desafios patogênicos nos suínos, capacidade de diminuir o risco de problemas digestivos em leitões pós-desmame; melhorar a performance zootécnica; aumentando a eficiência alimentar e melhorando tanto a carcaça quanto a produção de carne.

Resultados

Para verificar o efeito da levedura probiótica Sc 47 em matrizes e leitões sob estresse calórico, um ensaio foi feito na Europa, com um total de 192 matrizes, com genética dinamarquesa.

Metade das porcas (96) foram suplementadas com levedura Sc47 na proporção de 1kg/ton na dieta desde o 80º dia de gestação até o desmame, e a outra metade não suplementada (grupo controle). As porcas do grupo controle foram alimentadas com a mesma dieta, porém sem a suplementação de levedura probiótica.

O ensaio foi feito durante o verão europeu, entre julho e agosto, quando as temperaturas na região atingiam a média de 30 graus e a umidade relativa do ar estava na base de 63%.

Nesse desafio, as porcas que foram suplementadas com a levedura probiótica atingiram a taxa de nascidos vivos de 95,04% contra 89,28% do grupo controle. (Figura 1)

O Ganho de Peso Diário (GPD) mensurado do dia 0 ao dia 20 foi muito melhor com a levedura probiótica quando comparada com o grupo controle (215,5g/dia contra 201,0g/dia). Como consequência os leitões que tiveram estresse térmico e foram suplementados com levedura probiótica tiveram peso médio de 5,74kg contra 5,53kg no grupo controle. (Figura 2)

Benefícios econômicos e melhoria da produtividade

Quando falamos de retorno ao investimento (ROI) ao usar a levedura probiótica Sc 47 nesse experimento obtivemos 9:1. Isso foi calculado levando em conta o custo de suplementação contra o valor adicionado criado pela maior sobrevivência dos leitões ao nascer, e maior peso ao desmame. Ao melhorar o progresso durante a gestação, e possibilitando a melhora de leite das matrizes, a levedura viva sc 47 melhorou tanto o benefício econômico quanto a produtividade da granja.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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