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Lesões de pele em carcaças de frangos de corte

Manter as condições de ambiência na etapa de apanha, em especial tranquilidade ao manipular os animais e baixa iluminação, é imprescindível para minimizar a movimentação animal durante a apanha e as perdas de qualidade da pele da carcaça.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Lesões de pele em carcaças de frango é um assunto que desperta interesse para a indústria avícola mundial moderna em função de acarretar prejuízos aos produtores e aos abatedouros-frigoríficos, os quais decorrem da condenação parcial ou total das carcaças, da redução no valor do produto final, do aumento no custo da mão-de-obra e da redução na velocidade do processamento industrial.

Os frangos de corte vêm apresentando, na atualidade, desempenho muito superior ao obtido no passado, e a prevalência de lesões de pele tem aumentado, muito provavelmente por causa das modificações efetuadas no processo de criação em escala industrial dos mesmos, tais como condições ambientais tecnificadas, tipo de galpões, uso de densidade populacional mais alta e de linhagens de alto desempenho, bem como maiores desafios no campo.

O objetivo deste artigo é abordar os principais fatores de risco associados com a incidência de lesões de pele em carcaças de frangos de corte e apontar estratégias para minimizar a manifestação de tais problemas.

Contextualização e classificação das lesões

Por ser um órgão muito extenso e que envolve todo o corpo da ave, a pele é muito atingida por injúrias, agravadas por fatores de manejo, imunodepressivos e infecciosos podendo ser virais, bacterianos ou micóticos. A maioria das lesões são inespecíficas e se caracterizam por distintas alterações macroscópicas como mudança na espessura e rompimento da pele, alterações de coloração e aspecto, erosões, úlceras ou nódulos na superfície tegumentar, aumento dos folículos das penas, danificando a estrutura do tecido e consequentemente acarretando a diminuição da qualidade visual da pele.

Apesar de a pele representar uma barreira notavelmente eficaz contra as infecções, estas podem se estabelecer caso surja uma “porta de entrada” para um agente bacteriano através de uma injúria física. Normalmente, se o animal apresenta bom status imunitário e saudabilidade, estas infecções não se estabelecem. Considerando que a suscetibilidade da ave a uma infecção é dependente da resistência (capacidade dos sistemas anatômicos e fisiológicos, incluindo o sistema imune, em excluir patógenos) e da persistência de produção (capacidade em manter a sua aptidão produtiva) é crucial a manutenção do status imunitário e da saúde animal, além de um ambiente capaz de permitir que os animais tenham condições de expressar seu potencial genético e seu comportamento natural.

O Serviço de Inspeção Oficial agrupa as doenças cutâneas, exceto a celulite, em uma única categoria, denominada anteriormente como dermatose e mais recentemente como lesões cutâneas. A condenação de carcaças de frangos de corte por lesões cutâneas representa aproximadamente 30% das condenações parciais.

Em um levantamento de dados gerados pelo Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF) nos anos de 2012 a 2015, pesquisadores registraram que as condenações parciais e totais por dermatose atingiram 1,31% e 0,44% do total de aves abatidas (Gêneros Anser, Anas e Gallus), respectivamente. A ocorrência das lesões apresenta diferenças regionais e comportamento sazonal por estar relacionada com as condições ambientais de criação. Na inspeção post mortem, as avaliações são realizadas a partir de elementos macroscópicos de acordo com o aspecto visual e da localização de acometimento da lesão no corpo das aves.

Visando classificar cada tipo de lesão, sua possível origem e grau de severidade, a Figura 1 apresenta quatro pontos a serem considerados: (A) ordem de ocorrência (tempo do surgimento da lesão), (B) tecido atingido (profundidade da lesão), (C) exposição (ao meio externo e patógenos) e (D) severidade da continuidade (comprometimento da carcaça e cronicidade da lesão).

Figura 1- Diagrama de pontos relevantes para classificação de lesões cutâneas.

A maioria das lesões cutâneas encontradas nas carcaças dos frangos de corte nos abatedouros-frigoríficos são inespecíficas e não estão vinculadas a problemas de saúde pública.

Figura 2- Tipos de lesões cutâneas segundo tempo de ocorrência e exposição do tecido. A: Lesão cutânea fechada antiga (cicatrizada). B: Lesão cutânea fechada recente. C e D: Lesão cutânea aberta.

Em contrapartida, podem ser observadas doenças da pele em aves que incluem a varíola, a Síndrome gordurosa, o carcinoma epidermóide de células escamosas, a forma cutânea da doença de Marek, doenças já diagnosticadas a campo e registradas na Ficha de Acompanhamento do Lote (FAL) e a celulite. O queratoacantoma aviário não é uma doença de importância para a saúde pública. Esta exibe lesões na pele que podem apresentar-se como áreas côncavas (superfície curva), esburacadas, com até 2 cm de largura. Já a Doença de Marek (forma cutânea) caracteriza-se por apresentar folículos de penas aumentados, geralmente com pele circundante de cor amarelada.

Figura 3- Tipos de lesões cutâneas segundo tecido atingido e grau de continuidade da lesão. A: Lesão cutânea aberta com inflamação profunda progredindo para celulite. B: Lesão cutânea em processo de cicatrização e necrose – Dermatose. C: Lesão cutânea em processo de cicatrização – Necrose. D: Escarificação amarela da camada queratinizada da epiderme (superficial).

Outra afecção relacionada a instalação de um processo inflamatório nas lesões cutâneas que é registrada separadamente na inspeção post mortem é a celulite. A celulite aviária, também conhecida como processo inflamatório ou infeccioso do tecido subcutâneo, é uma doença crônica da pele que se caracteriza pela presença de camadas de exsudato heterofílico caseoso.

A E. coli é a bactéria mais frequentemente isolada nestas lesões, embora outros agentes, como Pasteurella multocida, Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter agglomerans, Proteus vulgaris e Streptococcus dysgalactiae e Staphylococcus também já foram isolados. A prevenção da ocorrência de celulite também está relacionada a adequação do ambiente e manejo correto, evitando assim o estresse dos animais, a exposição dos tecidos adjacentes da pele e a manutenção da qualidade da cama aviária.

Incidência e fatores associados

A manifestação das lesões cutâneas está associada a múltiplos fatores que podem agir isoladamente ou em sinergia, o que dificulta o controle da lesão.

A qualidade da cama e a proximidade das aves entre si pode ser um facilitador de lesões da pele, assim como a quebra e perda de penas das mesmas. Essas alterações são consequências de modificações empregadas no processo de criação. Desta forma, o manejo correto, o ambiente confortável e a saúde animal são o tripé para a qualidade da pele das aves e consequentemente, das carcaças.

Os fatores de manejo que prejudicam a integridade da pele estão relacionados à alta densidade populacional de maneira que propicia um maior contato entre os animais, maior competição pelo espaço, água e alimento e maior quantidade de excreta produzida, favorecendo a compactação da cama pelo aumento da umidade e o aparecimento de lesões na pele dos frangos.

A umidade da cama é um fator crítico no manejo dos galpões, já que influencia a incidência e a severidade das lesões como dermatites ulcerativas, pododermatite e calo de peito nas carcaças das aves (Figura 4). O aparecimento das lesões na carcaça também está diretamente associado à volatilização da amônia do metabolismo microbiano nas excretas, resultando em aumento de lesões cutâneas, respiratórias e oculares, e consequente perdas de desempenho e comprometimento de bem-estar.

Figura 4- Calo de peito – A: Calo de peito severo em frango de corte, visualizado na inspeção ante mortem. B: Calo de peito em carcaça de frango (dermatite de contato).

Como os frangos passam a maior parte do tempo na cama, seu material é um dos fatores mais importantes relacionados à ocorrência de lesões de pele e pododermatites. Materiais de cama com partículas grandes e pontiagudas podem resultar em uma maior incidência de ferimentos devido à sua ação abrasiva.

Além dos fatores já mencionados, a probabilidade de ocorrer dermatose é 1,7 vezes maior quando se reutiliza a cama no pinteiro; 1,4 vezes maior quando não ocorre desinfecção adequada dos equipamentos antes do alojamento; 1,9 vezes maior  quando se utiliza comedouros tubulares em comparação aos comedouros automáticos; 1,01 vezes maior a cada grau Celsius superior à temperatura de conforto térmico do aviário; 1,4 vezes maior em alojamento realizados no inverno; e 1,02 vezes maior a cada dia de redução no período de vazio sanitário.

Adicionalmente, as lesões também podem ocorrer em situações estressantes onde os animais podem manifestar alterações comportamentais e agressividade entre eles. Neste caso, é fundamental o controle ambiental e o cuidado com a movimentação no galpão durante a criação.

Outro fator a considerar é a qualidade de empenamento das aves que aumenta a possibilidade de lesões de pele principalmente nas regiões dorsal, coxa e sobrecoxa. Alguns dos principais fatores contribuintes para um mau empenamento são: mudanças drásticas de temperatura e a exigência nutricional nas diferentes fases de crescimento.

Outras causas relacionadas à ocorrência de lesões cutâneas em frangos são a utilização de rações com elevado teor de proteína, ou com presença de micotoxinas (fusarium), ou ainda dietas deficientes em aminoácidos. Existem vários estudos relacionados com os efeitos da suplementação dietética de minerais orgânicos, aminoácidos, óleos essenciais, precursores de queratina, dentre outros, sobre a melhoria da qualidade da pele e deposição de colágeno e melhora na formação das penas.

As penas se renovam e se regeneram constantemente, possuindo um crescimento cíclico, alternando com períodos de repouso. De tal modo, em fases cuja pele está mais exposta, o manejo, a ambiência e o fornecimento de nutrientes visam garantir o bem estar dos animais para que minimize situações de competição.

Fatores predisponentes ao aparecimento de lesões de pele

Dentre os fatores predisponentes ao aparecimento de dermatose nas linhas de processamento, dados de 2021 da região sul do Brasil mostram que há uma sazonalidade nos índices de dermatose ou lesões cutâneas, apresentando um pico de condenações no mês de agosto, cujas condições climáticas, são de baixas temperaturas e altas umidades ambientais, e menor incidência em janeiro, período de altas temperaturas e ambiente mais seco e arejado.

A Figura 5 contém dados de plantas de processamento desta região onde se observa, conforme citado acima, aumento da condenação parcial por dermatose no período de inverno.

Figura 5 – Incidência de condenações parciais de carcaças de frango por dermatose no ano de 2021 em plantas de processamento na região sul do Brasil.

O controle dos fatores ambientais é fundamental para manter o comportamento das aves sem características de competição. Além disso, propiciar um ambiente ideal, fresco e oxigenado auxilia para que as aves possam expressar o seu potencial genético e converter alimento em peso corporal.

Alguns fatores como manter a temperatura de conforto dos animais através da oxigenação do ambiente, do uso de ventiladores e aspersores, água a disposição, uso de divisórias nos galpões para manter a densidade desejada e evitar a aglomeração de aves, controle da intensidade de luz, uso de cortinas escuras que diminuem a incidência de luz são estratégias para diminuir a incidência de lesões cutâneas.

Além disto, devem ser considerados os diferentes climas ambientais para ajuste da ventilação de um galpão. Durante períodos de clima frio, o objetivo da ventilação é fornecer troca de ar suficiente para remover o excesso de umidade e manter a qualidade do ar, mantendo, ao mesmo tempo, a temperatura do aviário no nível desejado; e nos períodos de clima quente e/ou úmido, o objetivo da ventilação é remover o excesso de calor e fornecer o resfriamento através do vento, criado pelo movimento do ar e resfriamento evaporativo. Entretanto, como as condições ambientais variam dentro de uma mesma estação, observar o comportamento das aves é o único modo efetivo para determinar se a ventilação está correta.

Em relação ao sexo, os machos são mais predispostos a adquirirem doenças cutâneas devido a traumatismos, visto que os mesmos são mais agressivos. A dermatite de contato também ocorre com maior frequência nos machos, pois eles possuem maior peso e empenamento mais tardio em relação às fêmeas, aumentando assim, seu grau de exposição à cama e sujidades.

As instalações avícolas estão cada vez mais padronizadas e tecnificadas, visando manter as condições internas de temperatura e umidade relativa do ar adequadas e satisfatórias para proporcionar conforto térmico, e manter as aves próximas à zona termoneutra. Quando o deslocamento da massa de ar é por pressão negativa, a incidência de dermatose é menor (2,64 vs. 3.16; Figura 6), provavelmente devido a este sistema associar o resfriamento evaporativo à ventilação em túnel, removendo mais eficientemente a carga térmica do ambiente com consequente arrefecimento do ar e obtenção do conforto para as aves de forma mais homogênea ao longo do galpão, principalmente nos dias com temperaturas do ar mais elevadas.

Figura 6 – Incidência de dermatose em frango de corte criados em diferentes tecnologias do galpão (pressão negativa/pressão positiva).

Uma boa distribuição dos bebedouros e comedouros na extensão do galpão é fundamental para diminuir a competição entre os animais e manter seu comportamento natural. A utilização de comedouros automáticos possui a vantagem de serem abastecidos de maneira equitativa e uniforme por todo o sistema, tornando a ração disponível para todas as aves ao mesmo tempo. A Figura 7 ilustra uma maior incidência de dermatose em criações cujo sistema de alimentação é manual. A distribuição de ração desigual pode gerar aumento de competição entre os animais e maior agressividade, oportunizando maior incidência de arranhões.

Figura 7 – Incidência de dermatose em frango de corte segundo tipo de comedouro durante a criação.

Apesar das lesões cutâneas crônicas ocorrerem durante a vida do animal na granja, as últimas 12 horas (1% da vida do animal) é responsável por muitas alterações de manejo e comportamentais. O manejo pré-abate (apanha, carregamento) e o transporte de aves até o abatedouro estão relacionados às lesões na carcaça e ao estresse fisiológico.

A etapa de apanha é um momento delicado onde ocorre alta movimentação e provoca estresse nos animais. Apanhas mal feitas ou mal supervisionadas podem gerar aglomeração destas, causando danos do tipo escoriação e arranhões, bem como contusão e quebra de asas ao colocar as aves nas caixas de transporte. Desta forma, manter as condições de ambiência na etapa de apanha, em especial tranquilidade ao manipular os animais e baixa iluminação, é imprescindível para minimizar a movimentação animal durante a apanha e as perdas de qualidade da pele da carcaça.

Estratégias para diminuir a Incidência de Lesões cutâneas:

  • Higiene dos equipamentos e qualidade de cama no alojamento.
  • Manter a qualidade da cama, em especial controle da umidade e compactação.
  • Distribuição e densidade adequada das aves: uso de divisórias (25-30 metros).
  • Controle de Ventilação e oxigenação ambiental visando garantir um adequado comportamento animal e bem estar.
  • Quantidade, distribuição, altura e vazão de bebedouros.
  • Quantidade, distribuição, altura e volume de ração.
  • Respeitar o período de vazio sanitário.
  • Controle da iluminação durante a criação e na etapa de apanha.
  • Cuidados com o manejo durante a criação e na etapa de apanha, para manter a tranquilidade das aves.
  • Suprimento de nutrientes que oportunizem um bom empenamento, qualidade de pele e status imunitário do animal.

As referências bibliográficas estão com a autora. Contato: liris.kindlein.ufrgs@gmail.com

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura – Corte & Postura.

Fonte: Por Liris Kindlein, MDV e professora doutora da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Avicultura

AVES reconhece os melhores ovos do Espírito Santo em 2025

Concurso reuniu 39 amostras e avaliou rigorosamente casca, clara e gema em três etapas técnicas, confirmando a evolução da avicultura capixaba e premiando produtores que se destacam em excelência e manejo.

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Fotos: Divulgação/AVES

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou em Santa Maria de Jetibá mais uma edição do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba, iniciativa já tradicional que reconhece o profissionalismo, o cuidado e a evolução técnica da avicultura do Estado. A edição de 2025 registrou uma forte participação, com 27 amostras de ovos brancos e 12 de ovos vermelhos enviadas por produtores de diversas regiões capixabas, reforçando o alcance da atividade e a importância do evento para a cadeia produtiva.

Marcado por rigor técnico, o concurso estruturou sua avaliação em três etapas conduzidas pela Comissão Organizadora e por um grupo de dez jurados convidados, representantes de empresas, instituições e entidades do setor avícola de diferentes estados. O médico-veterinário Leandro Marinho, do Idaf, atuou como auditor externo, garantindo neutralidade e transparência ao processo.

Na primeira fase, as amostras passaram pela análise objetiva da Máquina Digital Egg Tester, que avaliou resistência e espessura da casca e Unidade Haugh, parâmetro de referência internacional para medir a qualidade interna dos ovos. Todas as amostras foram submetidas aos mesmos critérios, e apenas as dez mais bem classificadas de cada categoria avançaram. A segunda etapa consistiu em uma análise visual minuciosa da qualidade externa, em que os jurados avaliaram uniformidade de tamanho, limpeza, textura e formato dos ovos, além da coloração da casca no caso dos ovos vermelhos. As amostras iniciavam com pontuação máxima e perdiam pontos conforme fossem identificadas pequenas imperfeições, o que destacou o cuidado dos produtores com manejo, nutrição e ambiência.

A etapa final abriu quatro ovos de cada amostra finalista para avaliação interna. Os jurados observaram presença de manchas de sangue, resíduos de oviduto, consistência do albúmen, centralização da gema e uniformidade de cor, consolidando a pontuação final. Representando a Avimig, o jurado Gustavo Ribeiro Fonseca elogiou o desempenho dos produtores capixabas: “No contexto geral, os avicultores estão de parabéns. São ovos de muita qualidade”, exaltou.

Já a médica-veterinária Karin Grossman, da Poly Sell, destacou a relevância do concurso para o fortalecimento do setor: “É uma satisfação para mim estar participando desse concurso. É um reconhecimento de um trabalho realizado ao longo dos anos, colaborando para a melhoria da qualidade dos ovos”, salientou.

Para a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre, os resultados reforçam o papel estratégico da iniciativa. Segundo ela, a edição de 2025 ocorreu exatamente como planejado, com forte adesão, avaliações criteriosas e alto nível de desempenho entre os concorrentes. “O concurso cumpre seu papel de estimular qualidade, aprimorar práticas e fortalecer a avicultura do Espírito Santo”, afirmou.

Vencedores

Ao final das três etapas, a AVES anunciou os vencedores. Na categoria ovos brancos, o primeiro lugar ficou com Jerusa Stuhr, da Avícola Mãe e Filhos, seguida por Waldemiro Berger, da Ovos Santa Maria, e por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, da Botelho Alimentos. Na categoria ovos vermelhos, o campeão foi Antônio Venturini, da Ovos da Nonna, enquanto Jesebel e Thiago Botelho ficaram em segundo lugar e Lourival Bold, do Sítio Pai e Filhos, em terceiro.

As empresas vencedoras do primeiro lugar que possuem marca comercial própria terão o direito de usar um selo especial em suas embalagens, identificando os produtos como “Melhor Ovo Branco do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025” e “Melhor Ovo Vermelho do Espírito Santo – Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba 2025”.

Empresas reconhecidas

Também foram divulgadas as empresas de genética e nutrição responsáveis pelo suporte técnico aos produtores vencedores, reforçando o papel fundamental desses parceiros na obtenção de resultados de excelência. Na categoria Ovos Brancos, a campeã Jerusa Stuhr contou com genética Bovans White e nutrição fornecida pela ADM-Nutriminas. O segundo colocado, Waldemiro Berger, utilizou genética Hy-Line W80 e recebeu assistência nutricional da DSM. Já o terceiro lugar, representado por Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho, trabalhou com genética Bovans White e nutrição da Brasfeed.

Na categoria Ovos Vermelhos, o primeiro colocado, Antônio Venturini, utilizou genética Hy-Line Brown e nutrição da Agroceres Multimix. Em segundo lugar, Jesebel Foesch Botelho e Thiago Botelho competiram com genética Bovans Brown e suporte nutricional da Brasfeed. O terceiro colocado, Lourival Bold, participou com aves de genética Hy-Line Brown e nutrição fornecida pela Auster.

A edição 2025 do Concurso de Qualidade de Ovos Capixaba reafirma o compromisso da AVES com a promoção de boas práticas, a difusão de conhecimento e o reconhecimento do trabalho dos avicultores. Mais do que premiar os melhores ovos do ano, o evento funciona como ferramenta técnica e educativa, contribuindo diretamente para o avanço da avicultura capixaba.

Fonte: Assessoria AVES
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Avicultura

Primeiro Encontro da Avicultura Capixaba impulsiona diálogo, inovação e qualidade

Evento da AVES reuniu a cadeia produtiva, premiou excelência em ovos e reforçou a importância econômica da atividade para o Espírito Santo.

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Fotos: Divulgação

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) realizou, em 13 de novembro, a primeira edição do Encontro da Avicultura Capixaba, em Santa Maria de Jetibá. O evento reuniu produtores, empresas dos segmentos de corte e postura, pesquisadores, lideranças do setor e representantes do poder público para um dia de debates, capacitação e integração, reforçando a força da avicultura no Estado.

O produtor e presidente da Nater Coop e do Conselho Deliberativo da AVES, Denilson Potratz, destacou o avanço da atividade no Espírito Santo e o compromisso da entidade com o fortalecimento do setor. “Precisamos atuar de forma constante na cadeia para incentivar excelência na produção e garantir alimentos de qualidade ao consumidor”, afirmou.

O diretor executivo da associação, Nélio Hand, reforçou o papel econômico e social da avicultura capixaba, que fornece carne de frango e ovos com segurança e qualidade. “Eventos como este refletem a importância de um setor organizado e voltado à solução de desafios e geração de oportunidades”, salientou.

A abertura contou com autoridades estaduais e municipais, entre elas o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli, o deputado estadual Adilson Espindula e o prefeito de Santa Maria de Jetibá, Ronan Zocoloto. Em seus discursos, destacaram a relevância da avicultura para a economia regional, especialmente na região serrana, e o papel da AVES como articuladora do desenvolvimento produtivo.

Santa Maria de Jetibá, conhecida como a “Capital do Ovo”, foi palco para o encontro. O município é o maior produtor de ovos do Brasil, com cerca de 14 milhões de unidades por dia. “Nada mais justo que este evento seja realizado aqui”, afirmou o prefeito.

Concurso valoriza qualidade dos ovos

Um dos destaques da programação foi o Concurso Qualidade de Ovos, que incentiva boas práticas de manejo, nutrição, sanidade e excelência no produto final. A edição recebeu 39 inscrições, 27 de ovos brancos e 12 de vermelhos, e teve avaliação técnica criteriosa. “O número expressivo de participantes mostra o interesse dos produtores em qualificar ainda mais seus produtos”, avaliou a coordenadora técnica da AVES, Carolina Covre.

O concurso foi transmitido ao vivo no YouTube, com grande participação de produtores e empresas.

Espaço Empresarial aproxima produtores e fornecedores

O encontro também contou com o Espaço Empresarial, área destinada à interação entre empresas e produtores, com demonstração de tecnologias, produtos e serviços. O formato interativo foi bastante elogiado pelos visitantes.

Durante o dia, duas palestras de destaque foram ministradas: Bruno Pessamilio apresentou detalhes do Plano de Contingência para Influenza Aviária, enquanto Christian Lohbauer analisou cenários e tendências para o agronegócio no Brasil e no mundo.

O evento terminou com apresentações de grupos de dança pomerana, valorizando a cultura local, seguidas de um jantar de confraternização.

Com a forte participação do público e o sucesso da iniciativa, a AVES anunciou que o Encontro da Avicultura Capixaba passará a ser anual, integrando oficialmente o calendário da entidade. A ação reforça o compromisso da associação em impulsionar o setor e valorizar o trabalho dos produtores.

Fonte: O Presente Rural com Aves/Ases
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Avicultura

Excesso de oferta amplia recuo dos ovos e limita reação das cotações

Segunda semana seguida de baixas registra até 8% de desvalorização, com expectativa de manutenção do viés negativo em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As cotações dos ovos seguem em queda nas regiões acompanhadas pelo Cepea, esse movimento é verificado pela segunda semana consecutiva.

Em parte das praças, as desvalorizações em sete dias chegam a 8%. De acordo com pesquisadores do Cepea, o menor ritmo de vendas vem aumentando gradualmente os estoques nas granjas.

Assim, produtores têm tido dificuldades em manter os valores da proteína e acabam cedendo nas negociações.

Colaboradores do Cepea indicam que, diante da maior oferta, não há espaço para reação positiva nos valores da proteína, e a tendência é de que os preços sigam enfraquecidos até o encerramento deste mês.

Fonte: Assessoria Cepea
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