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Leitão com baixo peso não pode ser sinônimo de perda para o suinocultor

Se bem manejado, animal pode trazer ganhos para a granja.

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Um dos grandes desafios que suinocultores ainda enfrentam na maternidade são os leitões com baixo peso ao nascimento. É preciso adotar estratégias inteligentes para fazer com que estes leitões não sejam uma perca para o produtor, mas se tornem uma oportunidade para gerar lucros.

São considerados leitões de baixo peso ao nascimento aqueles com o peso inferior a um quilo. “Eles também podem ser considerados leitões de risco, junto com aqueles com nascimento tardio”, explica o médico veterinário, Iuri Pinheiro Machado, no entanto, estes animais podem ser chamados de leitões de oportunidade. “Justamente porque esse percentual de leitões nascidos pequenos muitas vezes são bastante expressivos em granjas de alta produtividade. Por isso, também pode ser uma oportunidade para ganhos se a gente conseguir salvar esse leitão e levar ele até o abate”, comenta.

O médico veterinário diz que diversos trabalhos demonstram que quanto mais baixa a faixa de peso, menor é o índice de sobrevivência ao longo dos dias e no desmame. “Demostrando assim que realmente abaixo de um quilo é o momento crítico e quanto mais baixo o peso menor é o índice de sobrevivência destes animais”, afirma.

De acordo com Machado, é importante entender que é fundamental a gestão dos índices de controle na propriedade, especialmente quanto a confiabilidade do registro. “É preciso que a gente treine as equipes, que tenhamos auditorias internas. Tudo que possibilita que tenhamos confiabilidade nos dados”, comenta. Entre os dados citados pelo profissional estão, por exemplo, o apontamento do horário do nascimento de cada leitão e a causa mortis primária correta. “A correta é aquela que realmente foi a causa da morte do leitão. Muitas vezes o leitão é esmagado, mas ele estava com o estomago vazio. Ele já estava moribundo, acabou morrendo de inanição e aí foi esmagado pela fêmea. É importante a gente identificar essas questões, saber a causa real primária, o dia e o horário que essas mortes aconteceram para a gente poder gerir esses números e atuar nas causas reais e que possam trazer benefícios”, diz.

Outro ponto destacado pelo profissional foi que é importante que não se confunda refugos com leitão pequeno. “O leitão pode nascer pequeno, mas o refugo não nasce refugo. Este é a gente quem fabrica, seja por manejo inadequado ou por falta de manejo. É importante a gente diferenciar esse animal também”, pontua.

Machado ainda ressalta que a pesagem individual dos animais é fundamental. “Na ficha de apontamento de parte vai ter o horário do nascimento, o apontamento do peso individual daquele leitão para que a gente possa definir dentro da nossa granja quais são as faixas críticas e como isso vai evoluindo ao longo do tempo com as medidas que a gente toma para reduzir o percentual de leitões nascidos de baixo peso. É importante que a gente defina as faixas dentro da granja e que atualize essas definições ao longo do tempo”, afirma.

Estratégias para reduzir a mortalidade do leitão
De acordo com Machado, é preciso que o produtor entende que, muitas vezes, o “cobertor é curto”. “Existem fatores que são antagônicos, como é o fato de às vezes a gente fazer uma indução de parto e essa indução trazer prematuridade em função de que eu apliquei o produtor em um momento inadequado, muito cedo”, diz. Do mesmo modo, em leitegadas numerosas é sabido que haverá um percentual maior de leitões de baixo peso. “A duração do parto vai ser maior, o número de tetos muitas vezes vai ser insuficiente para absorver o número de leitões e daí entra a questão das mães deleite, transferência e a questão da produção de colostro, que é fundamental”, comenta.

Além disso, Machado ainda diz que existem intervenções que podem ser feitas para acelerar o parto e ter assim um atendimento melhor. “Mas que muitas vezes, quando feito de forma exagerada elas podem comprometer a saúde da matriz para aquela lactação e, até mesmo, para a vida reprodutiva subsequente dessa fêmea”, afirma.

O médico veterinário ressalta ser importante o suinocultor entender que muitas vezes é preciso fazer escolhas em relação a estas questões levantadas por ele. “Induzir ou não o parto? Preciso induzir porque não tenho um funcionário noturno e muitos partos acontecem a noite e isso prejudica o meu acompanhamento do parto. Mas eu induzindo eu tenho um risco maior de prematuridade. Então, tudo isso deve ser avaliado”, destaca.

Machado diz que o manejo indicado para uma granja nem sempre é o mais adequado para outra. “Cada caso é um caso. Então isso vai do consultor, do assistente de analisar qual prática adotar. Dai entra a questão da mensuração dos índices para fechar toda uma estratégia de como trabalhar melhor a redução da mortalidade desses leitões de baixo peso”, diz.

Além destes pontos, o produtor também deve trabalhar no sentindo de diminuir o percentual de leitões nascidos em baixo peso. “Nesse sentido a gente pode adotar estratégias nutricionais na gestão, que vem desde o bump feeding, que é a quantidade de ração no final da gestação com ajustes individuais, conforme o histórico de produtividade por porca. Ou seja, aquelas mais produtivas podem receber uma quantidade maior de ração, enquanto aquelas menos produtivas em menor quantidade. São ajustes que podem ser feitos também controlando o peso dos nascidos vivos e obtendo resultados quase que imediatos”, explica.

Algumas estratégias podem ainda ser adotadas antes mesmo do parto. “É importante que a gente entenda que a duração do parto é um fator importante na questão da viabilidade e vigor dos leitões. Nesse sentido é importante que a gente entenda que existe uma correlação entre os níveis de glicose sanguínea da fêmea no momento do parto e a duração dele. Assim, quanto maior o período de jejum, maior vai ser a duração do parto. Alguns trabalhos desenvolvidos na Dinamarca demonstram isso. E, claro, quanto menor a duração do parto, maior vai ser a vitalidade do leitão e mais rapidamente eu consigo dar encaminhamento dos manejos que preciso fazer com todos eles”, comenta Machado.

Em termos práticos, explica o médico veterinário, o que se recomenda hoje é que a fêmea não tenha um jejum muito prolongado. “A quantidade que ela precisa no pré-parto é importante que ela seja dividida em várias refeições, pelo menos três, e que a última refeição ocorra preferencialmente três horas antes do início do parto, para que ela possa ter uma glicemia adequada para que tenha energia suficiente para ter um parto menos prolongado e, consequentemente, menos perdas em termos de nascidos mortos e leitões com menos vigor que, eventualmente, podem contribuir com a mortalidade e perdas tanto de leitões normais quanto de baixo peso”, esclarece.

Toda a importância para a parto
Já com relação ao atendimento ao parto, Machado diz que entra então a questão da indução, data adequada e o acompanhamento. “É importante que a gente tenha uma estratégia para aqueles partos que ocorrem fora do horário de expediente da granja. As manobras obstétricas, quais vamos fazer? Existem manobras menos invasivas, como é o caso da mudança de decúbito e massagem. Existem manobras mais invasivas, como é o caso do toque. Então tudo isso tem que ser analisado para que a gente tenha um maior salvamento de leitões e um encaminhamento logo para os manejos pós-parto”, expõe.

O profissional alerta que falta de atendimento ao parto tem consequências que muitas vezes são irreversíveis, relacionadas ao leitão que não foi secado e aquecido rapidamente, que não teve acesso ao colostro, entre outros. “É muito importante que os partos sejam atendidos. É um ponto fundamental. Então, a duração do parto é importante, mas mais importante ainda é a questão do acompanhamento do atendimento imediato dos leitões no parto”, reitera Machado.

O médico veterinário frisa que um dos primeiros pontos de atendimento ao parto é o conforto térmico dos leitões, especialmente os menores. “Todos os leitões ao nascer tem uma reserva menor de glicose e de gordura corporal. Isso faz com que eles percam calor muito rápido. Mas leitões menores tem uma relação entre a superfície e a massa desfavorável: quanto menor o leitão maior proporcionalmente a superfície em relação e esse volume. Nesse sentido o leitão menor perde calor mais rápido do que aqueles maiores. Por isso a importância da secagem e o uso de aquecimento durante os primeiros minutos, para que o leitão perca o mínimo de calor e já comece a mamar o mais rápido possível”, comenta.

Outro fator importante neste sentido é o colostro, que é uma fonte de energia, imunidade e fatores de crescimento para o leitão. “O colostro é uma luta contra o tempo, porque a medida que o tempo vai passando esse colostro vai perdendo em termos de concentração de anticorpos e da capacidade de absorção do leitão. É muito importante que o colostro seja ingerido o mais rápido possível”, diz.

Além disso, a quantidade ingerida deve ser uniformizada e, segundo Machado, isso depende do manejo, porque o leitão com baixo peso vai consumir menos colostros. “Temos essa situação: os leitões de baixo peso consomem menos colostro, em condições naturais, e os últimos leitões ao nascer, independente do tamanho, também consomem menos colostro. Isso nos leva muitas vezes a manejar os leitões de baixo peso da mesma forma que esses últimos leitões ao nascer, especialmente a suplementação de colostro”, observa.

O médico veterinário explica que a produção de colostro gira em uma média de 3.8 quilos por matrizes. “Um volume suficiente quando pensamos que o consumo ideal do leitão é de 200 a 250 gramas nas primeiras 24 horas de vida”, diz. Nesse sentido, continua, já existem hoje algumas granjas com 17 nascidos vivos de média, tendo assim colostro suficiente para todos os leitões. “A questão é como se distribui esse colostro. Esse é o nosso desafio. A produção é suficiente, mas o desafio é distribuir e aí entra o manejo”, afirma.

De acordo com Machado, as estratégias começam justamente no início da vida do leitão. “Após a secagem a gente tem que conduzir o leitão para mamar. Se a gente deixar ele procurar por si mesmo ele vai demandar muito tempo e muita energia até encontrar o teto e fazer a mamada correta. Então é possível a gente conduzir a mamada, mantendo os animais aquecidos e acompanhando as mamadas. Esse é um ponto fundamental”, destaca.

Outro ponto importante mencionado pelo profissional foi quanto a uniformização do consumo desse colostro. “A gente faz a escala de mamada, ou o que a gente chama de revezamento. Então, a gente vai marcando os leitões a medida que eles forem nascendo e daí prendendo e soltando do escamoteador para que todos tenham o consumo mais ou menos uniforme”, diz.

É importante ainda, principalmente para os leitões pequenos, a suplementação manual através do uso de sonda. “Principalmente com os pequenos e os últimos que nasceram, porque eles tem uma desvantagem aos que nasceram primeiro”, comenta Machado. Segundo ele, o uso da sonda é mais eficiente que o uso da mamadeira. “Não recomendamos a mamadeira para o leitão não ficar viciado, mas é uma forma também de utilização quando não dispõe de sonda. Outra vantagem da sonda é justamente que o leitão não fica viciado ao ver o funcionário ou procurando a mamadeira e não indo até o teto da fêmea”, comenta. O profissional explica que o ideal da aplicação é que seja feita de 15 a 20 ml por leitão com um intervalo de uma hora. “Além disso, é importante que os leitões mamem na mãe biológica, porque parte da imunidade celular é transmitida somente da mãe biológica para o seu filho”, menciona.

Machado reitera que leitões de baixo peso mais do que um problema são uma oportunidade. “A abordagem não se restringe ao manejo na maternidade, também envolve nutrição na gestação e critérios de seleção e descarte de matrizes. Dois fatores são imprescindíveis e insubstituíveis neste processo: colostro e mão de obra de qualidade”, conclui.

Fonte: OP Rural

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Plantio de soja avança no Paraná e já cobre 1,3 milhão de hectares, 22% da área prevista

Lavouras estão em boas condições, mantendo-se a previsão de 22,4 milhões de toneladas para a safra de verão 2024/25. Analistas do Deral apontam que 78% da lavoura está em germinação e 22% em desenvolvimento vegetativo.

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Fotos: José Fernando Ogura/AEN

Foto : Jonathan Campos / AEN

As condições climáticas ajudaram e o plantio de soja pôde evoluir na última semana ultrapassando 1,3 milhão (22%) dos 5,8 milhões de hectares previstos para a safra 2024/25. A semeadura é mais adiantada no Núcleo Regional de Toledo, que tem pelo menos 85% dos 493 mil hectares previstos já plantados. A região de Campo Mourão congrega a maior área de produção, com 714 mil hectares. Ali o plantio já se estendeu por 40% da extensão.

A informação sobre o plantio faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 27 de setembro a 3 de outubro, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os analistas do Deral apontam que 78% da lavoura está em germinação e 22% em desenvolvimento vegetativo. Em razão das boas condições observadas em campo, a previsão de colheita de 22,4 milhões nesta safra está mantida.

Feijão – O boletim registra, também, que os produtores paranaenses de feijão preto receberam uma média de R$ 306,88 por saca em setembro. Representa aumento de 30% em relação aos R$ 236,83 de agosto e de 36% comparativamente aos R$ 225,43 recebidos em setembro do ano passado.

O valor em alta motivou uma aposta maior dos produtores na primeira safra, que tem área estimada em 138,5 mil hectares. Mais da metade já está semeada. Com condições climáticas favoráveis, a produção pode chegar a 266,8 mil toneladas, uma oferta 66% superior às 160 mil toneladas colhidas entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024.

Grama – Os gramados geraram renda bruta de R$ 158,3 milhões em 17,7 milhões de metros quadrados no Paraná. Isso representa 63,4% dos R$ 249,6 milhões de

Valor Bruto da Produção (VBP) da floricultura em 2023. A produção é maior no Núcleo Regional de Maringá, com 30,1% do total, e Curitiba, com 29,3%.

Entre os municípios, a maior produção de gramados concentra-se em São José dos Pinhais, com 3,9 milhões de metros quadrados e valor de R$ 34,4 milhões no ano passado. Marialva, no Noroeste, é o segundo com 3,6 milhões de metros quadrados e R$ 32,4 milhões em valores. Os dois municípios respondem por 42,2% do total cultivado no Estado.

Suínos – O Paraná foi o principal fornecedor de carne suína para o mercado interno no primeiro semestre deste ano, de acordo com a Pesquisa Trimestral de Abate do IBGE e com o Agrostat/Mapa. Cerca de 486 mil toneladas, ou aproximadamente 86% do produzido no Estado, foram comercializadas no Brasil.

Devido principalmente à proximidade com grandes centros consumidores, o Paraná mantém a liderança desde 2018, com Santa Catarina passando à segunda colocação. No primeiro semestre de 2024 o estado vizinho forneceu 457 mil toneladas ao mercado interno, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 328 mil toneladas.

Mel – Sobre o mel, o documento do Deral registra que nos oito primeiros meses do ano as empresas nacionais exportaram 24.240 toneladas in natura. O volume é 27% superior às 19.085 toneladas do mesmo período de 2023. O faturamento chegou a US$ 62,3 milhões, contra US$ 60,8 no ano passado.

O Paraná está na quarta colocação, com 2.415 toneladas exportadas e US$ 6,1 milhões em receitas. No ano anterior o volume tinha sido de 1.084 toneladas para US$ 3,2 milhões. Piauí lidera a exportação, com 7.794 toneladas e US$ 19,3 milhões de faturamento.

Ovos– A Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, em setembro, mostrou uma produção de 4,995 bilhões de dúzias de ovos em 2023 no Brasil, marcando um novo recorde no segmento que tem crescido ininterruptamente desde 1999.

São Paulo ficou na liderança, com produção de 1,1 bilhão de dúzias. O Paraná ocupa a segunda posição desde 2011, quando ultrapassou Minas Gerais. No ano passado o Estado produziu 492,4 milhões de dúzias.

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Brasil alcança mais um recorde histórico com número de novos mercados abertos para o agro brasileiro

Até o momento, são 246 novos mercados internacionais em 60 destinos, ultrapassando o número registrado em gestões anteriores

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Foto: Claudio Neves

Foto: Rodrigo Félix

Outubro começou com uma conquista histórica para o governo brasileiro, marcando um novo patamar nas exportações agrícolas do país sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Em apenas 21 meses, o Mapa atingiu a abertura de 246 novos mercados internacionais em 60 destinos, ultrapassando o número registrado nos quatro anos da gestão anterior, que alcançou 239 aberturas.

“Esse resultado é reflexo do nosso compromisso em fortalecer a agropecuária brasileira e abrir novas oportunidades para agricultores e pecuaristas. As aberturas de mercado representam uma vitória não apenas para o setor, mas para toda a economia do país. Nosso trabalho continua, e temos a certeza de que ainda há muito a ser conquistado”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Desde o início de 2023, setembro foi o mês com o maior número de mercados alcançados. Foram 50 mercados em 14 países, superando o recorde da série histórica registrado em junho deste ano, quando 26 mercados foram abertos em apenas 30 dias.

Neste mês de outubro, já ocorreram aberturas de mercado em Cuba (para sêmen e embriões bovinos e caprinos) e no Japão (para farelo de mandioca, feno, polpa cítrica desidratada, flor seca de cravo-da-índia, flor seca de erva-mate e fruto seco de macadâmia, com ou sem casca).

Foto: Claudio Neve

Ao longo dos últimos anos, o crescimento é evidente. Em 2023, foram 78 aberturas em 39 países; em 2022, 53 mercados em 26 países; em 2021, 77 aberturas em 33 países; em 2020, 74 mercados em 24 países; e em 2019, 35 mercados em 18 países.

Neste ano, o Mapa abriu 168 novos mercados, com recordes sendo estabelecidos quase todos os meses. Essa diversificação abrange uma ampla variedade de produtos além dos tradicionais, como carnes e soja, incluindo pescados, sementes, colágeno, café verde e açaí em pó.

“Esse recorde, com as novas aberturas de mercado, é resultado da retomada do diálogo internacional e das boas relações diplomáticas, lideradas pelo presidente Lula e pelo ministro Carlos Fávaro. Isso cria novas oportunidades para produtores do agro nacional exportarem dezenas de produtos e acessarem destinos até então inéditos, gerando renda e emprego em todo o país”, destaca Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

O resultado positivo é fruto dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Missão do Mapa em Honduras e Cuba traz avanços na cooperação e quatro novos mercados para produtos do agro

A equipe se reuniu com autoridades e entidades do setor privado locais para discutir parcerias estratégicas

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Fotos: Divulgação/Mapa

Entre os dias 26 de setembro e 2 de outubro, uma delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma missão oficial em Tegucigalpa, Honduras, e Havana, Cuba, com o objetivo de fortalecer a cooperação e o comércio no setor agropecuário. A equipe se reuniu com autoridades e entidades do setor privado locais para discutir parcerias estratégicas.

A delegação brasileira contou com o secretário-executivo adjunto do Mapa, Cleber Soares e o diretor de Promoção Comercial e Investimentos da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira.

Durante o encontro com o vice-ministro da Pecuária de Honduras, José Ángel Acosta, o diretor-geral do Serviço Nacional de Sanidade e Inocuidade Agroalimentar (SENASA), Ángel Emilio Aguilar Mejía, e o diretor executivo da Direção de Ciência e Tecnologia Agropecuária (DICTA), Arturo Galo, foram debatidas iniciativas para fortalecer a sanidade agropecuária, incentivar a inovação tecnológica e expandir o comércio de produtos agropecuários entre os dois países. O Brasil manifestou interesse em ampliar o acesso de seus produtos ao mercado hondurenho, com foco em carne suína, material genético avícola, ovos e farinhas de origem animal. As autoridades hondurenhas se comprometeram a acelerar as análises necessárias para viabilizar essas importações.

Além disso, ficou acordada a elaboração de um Memorando de Entendimento (MoU) voltado para o desenvolvimento de políticas agrícolas, cooperação técnica e científica, fortalecimento da cadeia produtiva de carne suína em Honduras e ampliação do comércio bilateral.

Em encontro com Santiago Vélez, representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em Honduras, foram discutidos o cenário agropecuário na América Central e a promoção da cooperação e integração regional. Também foi destacado o papel do futuro adido agrícola do Mapa, que assumirá suas funções em dezembro na Costa Rica, atuando em toda a América Central e Caribe, com o objetivo de intensificar a cooperação e as oportunidades comerciais na região.

De Honduras, o secretário-executivo adjunto do Mapa seguiu para Cuba, onde se reuniu com o vice-ministro da Agricultura de Cuba, Diosnel San Loys Martinez, reafirmando o compromisso de ambos os países em avançar no comércio e cooperação, incluindo melhoramento genético, compartilhamento de recursos genéticos, cooperação científica, agroecologia e políticas agrícolas.

Em seguida, a delegação brasileira se reuniu com o diretor do Centro Nacional de Sanidad Animal (CENASA), Roymi Hernandez Cuervo, e com a chefe de Quarentena Vegetal, Rafael Pérez. Durante a visita, o CENASA anunciou a aprovação dos requisitos apresentados pelo Brasil para a exportação de sêmen e embriões de ovinos e caprinos, configurando quatro novas aberturas de mercado. Também foi realizada uma atualização do Certificado Veterinário Internacional (CVI) para ovos férteis e pintos de um dia. Além disso, as partes acordaram avançar na elaboração de um Memorando de Entendimento em defesa agropecuária, abrangendo defesa animal e vegetal, vigilância sanitária, laboratórios, quarentena e inspeção de produtos de origem vegetal e animal.

Ainda em Havana, a comitiva do Brasil se reuniu com o secretário-geral da Câmara de Comércio de Cuba, Omar Jimenez, discutindo oportunidades para ampliar o comércio e os investimentos brasileiros no setor agropecuário, com ênfase em projetos de produção de aves, suínos e grãos, além de incentivar a participação de empresários brasileiros e cubanos em feiras agropecuárias e de alimentos.

O secretário Cleber também manteve reunião com o subdiretor de Relações Internacionais do Grupo Empresarial AZCUBA, Yosbedy Pérez, discutindo oportunidades de negócios e cooperação científica no setor açucareiro. À tarde, visitou a Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel (ZEDM), onde se encontrou com a diretora de Coordenação e Trâmites, Wendy Miranda, e o diretor de Controle e Fiscalização, Ramon Daniel. Durante a visita, foram apresentadas as facilidades oferecidas pela ZEDM para atrair investimentos brasileiros no agronegócio e discutida a possibilidade de estabelecer uma planta processadora de soja em parceria com o Brasil.

Ao fim da missão, o secretário-executivo adjunto destacou o balanço positivo das visitas, enfatizando a aproximação e a definição de ações concretas de cooperação e as novas oportunidades comerciais geradas. “A missão foi extremamente produtiva, pois conseguimos definir iniciativas claras de cooperação e abrir novas frentes para o comércio agropecuário. Isso trará benefícios mútuos e reforça o papel do Brasil como um parceiro estratégico para o desenvolvimento agrícola e comercial de nossos países amigos na América Central”, afirmou Soares.

Fonte: Assessoria Mapa
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