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Avicultura

Lar e C.Vale são liberados à exportar para Rússia

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carne de aves brasileiras dos frigoríficos das plantas da Agroindustrial Lar,
em Matelândia, e da C.Vale, de Palotina, foi habilitada para ser exportada à
Rússia, informou ontem (26) o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa). A notícia tem importância não apenas às duas
cooperativas, mas também para todo o Paraná, tendo em vista que confirma a
qualidade sanitária do Estado. O embargo russo vigorava desde junho de 2011,
quando o país deixou de comprar qualquer produto de origem animal dos Estados
do Paraná, Mato Grosso e do Rio Grande do Sul. Atualmente, no Brasil, são
poucas as plantas frigoríficas credenciadas a exportar para a Rússia, considerado
um dos mercados mais burocráticos do mundo. “A liberação é o primeiro gesto
concreto das autoridades russas, que torna efetiva a suspensão das restrições
aos três Estados”, destacou o secretário de Relações Internacionais do Mapa,
Célio Porto, ao anunciar o fim parcial do embargo aos dois frigoríficos
paranaenses.

A
C.Vale, uma das principais cooperativas do Brasil hoje, abate 340 mil frangos
por dia e até o final de 2013 pretende elevar esse número para 400 mil/dia. Apesar
da importância do mercado russo, a cooperativa não teve prejuízo em números
durante o embargo, tendo em vista o seu amplo leque de clientes nos mercados
externo e nacional. O diretor-presidente da C.Vale, Alfredo Lange, comentou o
credenciamento. “É uma notícia positiva, considerando-se o potencial do mercado
russo. Mas o que eles (os russos) autorizaram neste momento foi a exportação
para atender a clientes específicos. Não significa exatamente o fim do embargo,
mas uma liberação parcial para voltarmos a exportar. No nosso caso, vamos
fornecer peito de frango aos russos”, esclareceu.

Abertura

No
comunicado do Mapa, Célio Porto ressaltou ainda que, desde novembro, o governo
russo demonstrou interesse em suspender a proibição, desde que as empresas brasileiras
atendessem todas as exigências do país e apresentassem um plano de ação. Com a
negociação bem sucedida da Lar e da C.Vale com as autoridades russas, a
expectativa do Mapa é que as empresas dos outros Estados também apresentem o
plano de ação para viabilizarem seu credenciamento e a liberação da exportação
da carne de ave brasileira.

Importância

A
coordenadora de Exportação de Avicultura da Lar, Giovana Rosas, expõe que a Lar
teve habilitação para sua planta frigorífica de Matelândia. Ela expõe que no
passado a Rússia foi um mercado forte para a cooperativa, que fornecia um
volume alto ao país europeu, proporcionalmente a sua produção. Contudo, diante
da rígida burocracia que culminou com o embargo, foi necessário buscar novos
espaços. “Agora é uma retomada, que encaramos como importante porque tem uma
demanda regular para o nosso produto, que é o corte de frango”, pontua, citando
que a Lar está ampliando seu abate e o mercado russo vem ao encontro deste
objetivo. Giovana destaca que poucas plantas brasileiras estão habilitadas a
exportar para a Rússia (menos de 20), redução motivada principalmente pelo
embargo ocorrido em 2011.

Atualmente,
a Agroindustrial Lar tem como principais mercados externos para a avicultura a
China, praticamente toda a Europa, África do Sul, Japão, Oriente Médio, entre
outros. A profissional explica que, em função do cenário estabelecido em 2012 a
partir da alta das commodities, o mercado internacional não teve uma resposta
tão rápida para a carne de frango, quanto teve o mercado brasileiro, o que
levou a cooperativa Lar a focar mais no mercado interno. “Por isso, atualmente
o mercado externo corresponde a cerca de 40% da destinação da nossa produção.
Mas há potencial para crescer em ambos os espaços”, conclui.

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Avicultura

Avicultura gaúcha divulga dados preliminares com aves natalinas e reafirma força do setor em 2025

Mesmo diante de adversidades climáticas e sanitárias, Rio Grande do Sul mantém produção robusta, estabilidade de mercado e posição estratégica no cenário nacional.

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Foto: Asgav

A avicultura gaúcha volta a demonstrar sua capacidade de superação, organização e protagonismo econômico. Em 2025, o comércio de aves natalinas no Rio Grande do Sul deve movimentar R$ 1,438 bilhão, resultado que representa um crescimento de 2% em relação a 2024, mesmo em um cenário marcado por desafios climáticos e sanitários que exigiram cautela e planejamento do setor.

Levantamento preliminar da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) aponta uma produção estimada de 56,4 mil toneladas de perus e aves natalinas, volume que, embora apresente uma leve retração de 2,4% frente ao ano anterior, confirma a robustez da cadeia produtiva, que adequou estrategicamente sua oferta sem comprometer o desempenho econômico.

Os dados refletem um mercado equilibrado e maduro. O preço do quilo do peru registrou reajuste médio de 4%, oscilando entre R$ 29,00 e R$ 31,00, enquanto as demais aves natalinas apresentaram estabilidade, com variação média de apenas 0,5%. As aves mais tradicionais seguem com preços entre R$ 13 e R$ 14,5 por quilo, mantendo competitividade e acesso ao consumidor.

Para o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, os números evidenciam a capacidade de resposta do setor frente às adversidades. “A avicultura gaúcha mostrou, mais uma vez, maturidade e responsabilidade produtiva. Adequamos volumes, preservamos mercado e mantivemos estabilidade comercial. Isso demonstra eficiência, planejamento e uma cadeia altamente profissionalizada, capaz de enfrentar crises e lutar por competitividade”, afirma.

Rio Grande do Sul é o segundo exportador nacional de carne de peru

A força do Rio Grande do Sul também se destaca no cenário nacional e internacional. O Estado é o segundo maior exportador de carne de peru do Brasil, com embarques anuais de aproximadamente 22,8 mil toneladas, reforçando sua relevância estratégica para a balança comercial e para o abastecimento global.

No mercado interno, o consumo de carne de peru permanece estável, com 0,297 quilo por habitante ao ano, consolidando o caráter sazonal, porém estratégico, do produto no período natalino.

Segundo a Asgav, o desempenho positivo ocorre apesar do elevado nível de exigência produtiva das aves natalinas, que demandam manejo diferenciado, maior consumo de ração, embalagens especiais, ampliação da capacidade de armazenagem, resfriamento, congelamento, logística dedicada e processos adicionais, como tempero e padronização — fatores que elevam os custos e exigem alto grau de gestão.

Ainda assim, a cadeia avícola gaúcha segue avançando, gerando renda, emprego e desenvolvimento regional. Para José Eduardo dos Santos, o setor reafirma sua relevância estrutural para o Estado. “A avicultura é um pilar da economia gaúcha. Mesmo em anos difíceis, seguimos entregando resultados, garantindo segurança alimentar, empregos e competitividade. Isso é fruto de investimento, tecnologia e, sobretudo, da capacidade do produtor e da indústria gaúcha de se reinventar”, conclui.

Com números consistentes, planejamento e visão de longo prazo, a avicultura do Rio Grande do Sul reafirma em 2025 sua pujança econômica, seu papel estratégico no agronegócio brasileiro e sua capacidade de transformar desafios em resultados.

Fonte: Assessoria O.A.RS/Asgav/Sipargs
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Avicultura

Frango congelado apresenta oscilações ao longo da semana no mercado interno

Levantamento do Cepea/Esalq indica variações pontuais nas cotações nos últimos dias com leve recuo no fechamento da semana e estabilidade no acumulado mensal.

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Foto: Shutterstock

Os preços do frango congelado no estado de São Paulo apresentaram oscilações pontuais ao longo da última semana, com leve movimento de baixa no fechamento do período, segundo levantamento do Cepea/Esalq.

Na última sexta-feira (12), o produto foi negociado a R$ 8,11 por quilo, registrando queda diária de 0,25%. No acumulado do mês, entretanto, o preço permaneceu estável, sem variação percentual.

Nos dias anteriores, o mercado mostrou pouca movimentação. Em 11 e 10 de dezembro, a cotação ficou em R$ 8,13/kg, sem alterações diárias e com alta mensal de 0,25%. Já no dia 9, o preço também foi de R$ 8,13/kg, com avanço diário de 0,49%, sinalizando uma reação pontual das cotações.

No início da semana, em 08 de dezembro, o frango congelado foi comercializado a R$ 8,09/kg, com recuo diário de 0,12% e queda mensal de 0,25%.

O comportamento dos preços indica um mercado relativamente equilibrado, com pequenas oscilações diárias e ausência de tendência definida no acumulado do mês, refletindo cautela nas negociações e ajustes pontuais entre oferta e demanda.

Fonte: Assessoria Cepea
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Avicultura

Produção brasileira de ovos para consumo desacelera no terceiro trimestre

Levantamento do IBGE e Cepea indica leve queda trimestral na oferta porém aponta recorde histórico no acumulado de 2025 com impacto direto nos preços pagos ao produtor.

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Foto: Shutterstock

Dados do IBGE analisados pelo Cepea mostram que, entre julho e setembro, foram produzidas 1,02 bilhão de dúzias de ovos para consumo, queda de 1,4% frente ao trimestre anterior, mas alta de 2,5% na comparação com igual intervalo de 2024.

No acumulado do ano, a produção nacional soma 3,04 bilhões de dúzias, volume recorde para o período de toda a série histórica do Instituto, iniciada em 2012. Assim, pesquisadores do Cepea explicam que, mesmo com a leve retração na quantidade produzida, os valores dos ovos seguiram enfraquecidos ao longo do terceiro trimestre.

De acordo com levantamentos do Centro de Pesquisas, entre julho e setembro, a média dos ovos brancos tipo extra, a retirar (FOB) em Bastos (SP), foi de R$ 149,15/caixa com 30 dúzias, queda de 14% em termos reais (dados deflacionados pelo IGP-DI de nov/25), em relação ao trimestre anterior.

Para os ovos vermelhos, houve desvalorização real de 16% em igual comparativo, à média de R$ 164,45/cx na região paulista.

Fonte: Assessoria Cepea
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