Avicultura
Lar celebra 25 anos de sucesso na avicultura
Cooperativa é a terceira maior empresa de abate de aves no Brasil e a quarta na América Latina. No Paraná, a participação representa 14,8% do abate total de aves no estado e 15,35% das exportações paranaenses de carne de frango. Dos 23.500 funcionários que fazem da Lar a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, 19.000 estão diretamente envolvidos na avicultura.
A avicultura da Lar Cooperativa Agroindustrial completou, na última segunda-feira (09), 25 anos de uma trajetória marcada por inovação, crescimento sustentável e compromisso com a qualidade. Para celebrar a data foi organizado uma série de ações que incluem eventos comemorativos, lançamento de campanha promocional, inaugurações de novas estruturas, livro de receitas, premiações, entre outros atos inclusos em uma programação organizada para valorizar as pessoas que contribuíram com esse sucesso.
“A avicultura da Lar nasceu como alternativa para garantir a rentabilidade entre as pequenas propriedades, atuando como fonte de renda adicional para as famílias. Começamos com um abate inicial de 40 mil aves por dia e hoje superamos a marca de mais de 1 milhão de frangos abatidos diariamente, um crescimento que nos surpreendeu muito, considerando que estamos na atividade há apenas 25 anos e já nos tornamos a terceira maior empresa de abate de frangos do país, então temos muitos motivos para nos orgulhar e celebrar”, citou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues.
Eventos comemorativos
A programação iniciou no último domingo (08), com evento em Foz do Iguaçu (PR), voltado exclusivamente para parceiros de negócios do Brasil e do mundo. Um momento reservado para fortalecer relações comerciais, agradecer a cooperação de todos e celebrar as principais conquistas da avicultura da Lar Cooperativa, que se desenvolveu com visão estratégica, sem perder a essência cooperativista que motivou seu início, uma visão ressaltada e compartilhada por todos os convidados presentes.
Na oportunidade, clientes e fornecedores nacionais e internacionais entregaram homenagens ao time de lideranças da Cooperativa, em reconhecimento aos anos de trabalho dedicados e aos resultados alcançados que marcaram os 25 anos de avicultura da Lar.
Na segunda-feira, 9 de setembro, a programação continuou com uma grande celebração festiva para 1.800 convidados, no Lar Centro de Eventos, em Medianeira (PR). Entre o público, destaca-se a presença de lideranças políticas nacionais, estaduais e municipais, bem como, presidentes de entidades e associações, parceiros comerciais, fornecedores, clientes nacionais e internacionais, profissionais de imprensa, funcionários e a família associada.
O evento evidenciou não apenas o sucesso de um empreendimento, mas também a força da cooperação, onde na união de esforços somada a uma visão estratégica, transformaram a Lar Cooperativa referência no setor. Um legado conectado fortemente com a vida das pessoas por meio da revitalização econômica e social de toda uma região. “A avicultura tem contribuído fortemente para o desenvolvimento da nossa região, com geração de renda para associados e funcionários, além de oportunizar o surgimento de novas empresas para atender as necessidades do setor. Em muitas cidades, é a atividade que mais emprega e gera receita ao poder público. Tudo isso só fortalece nossa trajetória”, evidenciou Irineo da Costa Rodrigues.
Para reforçar essa mensagem, foi lançado oficialmente o vídeo alusivo aos 25 anos da avicultura da Lar. Uma produção que reúne imagens históricas e atuais, além de depoimentos de importantes personagens, para contar a trajetória da atividade e seu impacto transformador na qualidade de vida das pessoas. Uma narrativa que nos ajuda a compreender a relevância do setor avícola da Cooperativa no Brasil e no mundo, com um retrato de uma avicultura moderna, inovadora e sustentável.
O superintendente de Suprimentos e Alimentos da Lar, Jair Meyer ressaltou o modelo de negócio da avicultura da Cooperativa. “Tenho a missão de reafirmar o nosso compromisso com o padrão de qualidade dos nossos produtos e do serviço prestado, que envolve segurança e o respeito em negócios, inovação para atender as novas exigências e necessidades de diversos clientes e mercados que atuamos, sustentabilidade da cadeia produtiva com rastreabilidade da produção e atendimento aos clientes com empatia e respostas rápidas. Tudo isso fez e faz a avicultura da Lar alcançar o patamar que alcançou.”
Panorama da avicultura
O evento incluiu ainda uma palestra com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin. O convidado apresentou ao público um panorama da avicultura nacional e internacional, incluindo desafios e oportunidades do mercado, além de destacar a relevância da pecuária brasileira na missão de alimentar o mundo. Santin também defendeu que não pode haver fronteiras na produção e comercialização de alimentos e que todos devem trabalhar para um mundo sem fome.
A palestra foi uma oportunidade de reafirmar o compromisso da ABPA em abrir caminhos e ampliando mercados para a produção pecuária. Sua fala também foi marcada por homenagens aos 25 anos da avicultura da Lar Cooperativa, na qual foi testemunha de parte da evolução durante 15 anos dedicados na ABPA.
Propósito
Durante o evento, o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, anunciou o propósito da Cooperativa: “Cooperar para melhorar a vida das pessoas”. Resultado de um processo de construção interna com as principais lideranças, esse propósito reflete a própria essência que move a Lar desde sua fundação até os dias atuais, sendo também um compromisso fundamental em todas as ações futuras.
Esta foi a primeira vez que o propósito da Cooperativa é apresentado oficialmente em um evento aberto. Alinhado com os valores do cooperativismo, ele gera motivação e engajamento, unindo a família associada, funcionários e todos aqueles que se conectam com a cooperativa em uma só direção.
Inaugurações
O evento também foi marcado pela inauguração do Complexo Industrial Bom Jesus. Localizado às margens da BR-277, entre Medianeira e São Miguel do Iguaçu, na região Oeste do Paraná, o local abriga, em 266.200 m², uma unidade operacional para recebimento e beneficiamento de grãos e duas indústrias de rações voltadas exclusivamente para a avicultura. O investimento totaliza quase R$ 500 milhões e conta com tudo que existe de mais moderno para assegurar a qualidade em todo o processo produtivo.
Somando todas as instalações do Complexo Industrial Bom Jesus, o local é responsável por gerar quase 300 empregos diretos e outras centenas indiretos, contribuindo para a economia regional. A cerimônia de inauguração foi realizada durante o evento, diretamente do Lar Centro de Eventos, em Medianeira (PR), na presença de todos os convidados. O momento simboliza um novo marco na história da avicultura da Cooperativa, sendo a garantia de um futuro próspero.
Premiação Destaques da Avicultura 2023
A Lar Cooperativa premiou os produtores de aves com os melhores índices zootécnicos do ano De forma especial, a Lar Cooperativa premiou os produtores de aves com os melhores índices zootécnicos do ano de 2023. A premiação reconhece a excelência e o compromisso dos avicultores com a qualidade e a produtividade, além de homenagear uma das principais peças fundamentais da atividade: as famílias integradas que compõe a avicultura da Cooperativa.
Para elencar os vencedores, foram analisados e somados dados de produtores que concluíram cinco ou mais lotes em 2023 na categoria “Melhor Produtor de Frango de Corte”, e os melhores lotes fechados em 2023 para a categoria “Melhor Produtor de Ovos Férteis”, que se divide ainda entre as genéticas da marca Cobb e Ross.
O produtor Manoel Aparecido Baeza, de Londrina (PR), ficou com o primeiro lugar na categoria “Melhor Produtor de Frango de Corte”. Ele alcançou a melhor média do IEP (Índice de Eficiência de Produção) ao registrar 457 no resultado final da avaliação. Já a segunda posição saiu para o avicultor de Mauá da Serra (PR), Celso Kiyoji Takeda, que registrou média de 453 no IEP. O terceiro lugar ficou com Aira Titu’s Xavier Fortuna, de Apucarana (PR) que obteve média de 450 no IEP. Confira a lista completa no site www.lar.ind.br
Na categoria “Melhor Produtor de Ovos Férteis”, Ana Zottis foi premiada na genética da marca Cobb com índice de eclosão de 179,14 ovo/ave. Já na genética da marca Ross, Renato Luiz Burgel obteve o melhor o resultado com 189,15 ovo/ave. Todas as premiações foram entregues no palco do Lar Centro de Eventos, onde os premiados foram calorosamente aplaudidos em reconhecimento ao excelente trabalho.
Embaixador da marca e nova campanha publicitária
Para dar sequência as celebrações, o artista e embaixador da marca Lar, Michel Teló animou o público com um show especial integrando as comemorações dos 25 anos de avicultura da Lar Cooperativa. O cantor também foi responsável por conduzir os parabéns e as homenagens, onde também deixou seu relato agradecendo a parceria que existe com laços fortes desde 2021.
Por fazer parte dos materiais publicitários da Lar Cooperativa, foi durante seu show em que foi anunciado também a nova campanha da linha de produtos Lar Foods: “Se é frango, é Lar”, que conta com um novo jingle que destaca a qualidade, praticidade e variedade dos produtos Lar, presente no Brasil e no mundo. A música é cantada por Michel Teló e tem a participação de Thaís Fersoza e familiares.
Outros materiais publicitários também foram produzidos para divulgação em diversos meios de comunicação, incluindo rádio, TV, internet, revistas e jornais. A nova estratégia visa contribuir para o fortalecimento da marca no mercado nacional, com a divulgação de uma ampla linha de produtos para todos os públicos.
Sobre 25 anos da avicultura da Lar Cooperativa
Ao completar 25 anos, a avicultura da Lar Cooperativa Agroindustrial demonstra sua capacidade de inovar, crescer e se adaptar às constantes mudanças do mercado. Um projeto que nasceu para atender as necessidades das famílias associadas ao proporcionar a viabilização econômica de pequenas propriedades e a superação de desafios que marcaram a década de 90. A diversificação da produção, com a implantação da produção avícola, foi uma das decisões mais assertivas assumindo o papel transformador na comunidade.
Após muito estudo e análises estratégicas, o projeto de avicultura inicia em 1995 culminando no primeiro abate de frangos em 9 de setembro de 1999, na Unidade Industrial de Aves, em Matelândia (PR). Esse marco simbolizou uma nova era para a Cooperativa, consolidando a verticalização da produção e agregando valor às atividades, especialmente na pecuária de frangos.
A avicultura transformou-se rapidamente em uma âncora econômica. As cidades cresceram, novos comércios surgiram, e a qualidade de vida melhorou substancialmente. Em 25 anos, foi possível presenciar o fortalecimento da marca Lar em um mercado altamente competitivo e exigente. Hoje, a linha de produtos Lar é reconhecida em mais de 90 países, resultado de um esforço contínuo de inovação e aprimoramento de processos, que inicia no campo com alto padrão de qualidade e segue para a indústria até chegar na mesa de milhares de famílias.
A força do cooperativismo se reflete nos números: A Lar Cooperativa é a terceira maior empresa de abate de aves no Brasil e a quarta na América Latina. No Paraná, a participação representa 14,8% do abate total de aves no estado e 15,35% das exportações paranaenses de carne de frango. Dos 23.500 funcionários que fazem da Lar a cooperativa singular que mais emprega no Brasil, 19.000 estão diretamente envolvidos na avicultura.
A aquisição de plantas frigoríficas em Cascavel, Rolândia e Marechal Cândido Rondon, além de parcerias estratégicas, elevou a capacidade de abate da Lar para 1.100.000 aves por dia. Uma demanda atendida por 2.815 aviários gerenciados por 1.350 integrados atendidos por um time de 80 médicos veterinários e outras especializações em 81 municípios no estado do Paraná. A avicultura da Lar gera empregos e renda para milhares de famílias, contribuindo mensalmente com mais de R$ 40 milhões que circulam na economia local por meio de pagamentos aos produtores.
Outro fator de destaque é a produção própria de pintainhos. A Unidade de Recria de Aves da La Cooperativa tem capacidade para recriar 2,5 milhões de matrizes anualmente, todas de alto potencial genético. Essa operação se dá em 17 núcleos de recria, que empregam tecnologia e controle ambiental, localizados em áreas estratégicas que garantem um elevado padrão de biosseguridade.
Na produção de ovos férteis, a Lar conta com 13 núcleos próprios e 25 núcleos em unidades integradas, totalizando uma capacidade de produção de 440 milhões de ovos férteis por ano. Com a recente ampliação dos incubatórios, a capacidade foi elevada para 36 milhões de ovos mensais, contando inclusive com o maior e mais moderno incubatório das Américas, localizado em Itaipulândia (PR), onde sozinho é capaz de incubar 20,1 milhões de ovos ao mês.
A segurança alimentar das aves é garantida por sete indústrias de rações distribuídas em cinco municípios, todas equipadas com alta tecnologia, capazes de produzir 267 mil toneladas de ração peletizada por mês. A distribuição é feita por uma frota de 165 caminhões próprios, que atendem a mais de 20 mil pedidos de ração a cada mês. Um trabalho possível graças ao eficiente sistema logístico da Cooperativa, com veículos dedicados ao transporte de pintainhos, ovos férteis, ração e frangos.
Com um olhar para o futuro, a avicultura da Lar Cooperativa continua investindo em inovação, sustentabilidade e no desenvolvimento de seus funcionários e associados. Os próximos anos prometem ser ainda mais desafiadores, mas ao mesmo tempo promissores e a Lar Cooperativa está preparada com estratégia e visão empreendedora para atender às demandas de um mercado em constante evolução.
Avicultura
Nova edição de Avicultura Corte e Postura evidencia os desafios do reovírus para a indústria avícola brasileira
A publicação também traz uma matéria especial sobre o Rei do Ovo, o mais novo bilionário brasileiro a integrar a lista da Forbes, a cobertura histórica de O Presente Rural no Siavs 2024 e ainda especialistas discutem os principais desafios sanitários enfrentados pelo setor avícola e as medidas de controle que estão sendo implementadas para proteger as granjas.
Já está disponível a nova edição digital de Avicultura Corte e Postura de O Presente Rural. A publicação traz em sua capa uma reportagem exclusiva sobre o reovírus aviário (ARV), um patógeno que vem desafiando a indústria avícola com novas variantes mutantes, particularmente virulentas em frangos de corte. Esse vírus, que já é conhecido há décadas, está ganhando novas proporções e afetando significativamente a produtividade das granjas, causando doenças como artrite viral e tenossinovite, além de impactos econômicos relevantes.
O reovírus é um inimigo invisível, mas poderoso, que prejudica a performance das aves, aumenta a mortalidade, e resulta em condenações em frigoríficos, elevando os custos de produção. Para mitigar esses danos, é essencial uma combinação de esforços entre pesquisa científica, biotecnologia avançada e boas práticas de manejo, além da troca constante de informações entre produtores, veterinários e empresas de saúde animal. A rápida identificação de novas variantes e a adaptação das estratégias de controle são elementos essencias para reduzir o impacto do reovírus.
Além da reportagem sobre o ARV, esta edição também traz uma matéria especial sobre Ricardo Faria, mais conhecido como o “Rei do Ovo”, o mais novo bilionário brasileiro a integrar a lista da Forbes. Faria construiu um império na produção de ovos e é referência no agronegócio, sendo um exemplo de sucesso e inovação no setor.
Outro destaque é a cobertura histórica de O Presente Rural no Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (Siavs 2024), o maior evento do setor no Brasil. A edição traz uma cobertura completa dos painéis, palestras e entrevistas realizadas durante o evento, além de vídeos exclusivos que capturam os principais momentos do encontro que reuniu líderes da avicultura e suinocultura.
Ainda nesta edição, especialistas discutem os principais desafios sanitários enfrentados pelo setor avícola e as medidas de controle que estão sendo implementadas para proteger as granjas. Em outra reportagem, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) traça um panorama da avicultura para a próxima década, destacando as tendências e os avanços tecnológicos que moldarão o futuro da produção avícola.
A edição também traz uma homenagem a Ricardo Santin, uma figura de destaque no setor, pela sua contribuição à avicultura do Paraná, que segue sendo um exemplo de excelência em nível nacional.
Há ainda artigos técnicos escritos por profissionais de renome do setor falando sobre manejo, inovação, produtos, bem-estar e as novas tecnologias existentes no mercado. A publicação conta ainda com matérias que trazem novidades das principais e mais importantes empresas do agronegócio nacional e internacional.
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Avicultura
Desafios sanitários e seu controle norteiam discussões do 15º Encontro Mercolab de Avicultura
Além do reovírus, o encontro abordou temas como as consequências econômicas da bronquite infecciosa e a importância do controle de salmonella na cadeia produtiva.
O 15º Encontro Mercolab de Avicultura, realizado em 10 de setembro em Cascavel (PR), reuniu mais de 300 participantes, entre profissionais da agroindústria, técnicos, fornecedores e especialistas, para debater os desafios e avanços da sanidade na cadeia avícola. Coordenado pelo médico-veterinário Alberto Back, doutor em Patobiologia Veterinária, o evento figura entre as principais plataformas de troca de conhecimento para o setor, reforçando o compromisso com a atualização técnica e trazendo à tona temas de extrema importância para a sustentabilidade e competitividade da avicultura brasileira.
Com uma programação elaborada em parceria com profissionais da cadeia produtiva, o encontro trouxe uma visão abrangente da avicultura atual, abordando desde o programa de autocontrole até o monitoramento molecular de reovírus. “Tivemos uma participação expressiva do público, o que demonstra o grande interesse pelos temas tratados. Houve muita troca de experiências e debates, engrandecendo o evento”, destacou Back.
Entre os temas em destaque, o reovírus ocupou o centro das discussões. A reovirose, doença que afeta aves gerando problemas articulares e dificuldade de locomoção, tem causado grande preocupação entre os produtores. Back explicou que a complexidade do vírus, com diversas cepas que variam em seu impacto, torna o controle um desafio constante. “Com o uso de tecnologias moleculares, conseguimos identificar as cepas que causam problemas e, com isso, desenvolver vacinas específicas para cada região ou granja, mas o controle ainda não é fácil”, evidenciou.
Além do reovírus, o encontro abordou temas como as consequências econômicas da bronquite infecciosa e a importância do controle de salmonella na cadeia produtiva. O evento também enalteceu a necessidade de atualização constante no setor avícola nacional, que, apesar de ser um dos mais avançados do mundo, enfrenta desafios crescentes com o avanço genético e as mudanças nas condições de criação. “Estamos criando aves mais eficientes, mas o desenvolvimento genético pode, em parte, colaborar para o surgimento de novas dificuldades, como o aumento da incidência de reovírus”, comentou Back.
O médico-veterinário enfatizou a importância de eventos como o Encontro para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esse tipo de troca de informações entre produtores, técnicos, laboratórios e fornecedores é o que nos permite estar preparados para enfrentar os desafios do setor e continuar evoluindo”, afirmou.
Avicultura nacional
O Brasil produziu em 2023 mais de 14,8 milhões de toneladas de carne de frango, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Com 5,1 milhões de toneladas comercializadas e R$ 52 bilhões faturados, o Brasil se consolida como o maior exportador dessa proteína. O Paraná é líder nacional, respondendo sozinho por 42% de tudo o que o País manda para 172 países. A produção mundial de carne de frango, no ano passado, foi de 102 milhões de toneladas.
O Brasil, que caminha para se consolidar como o maior celeiro exportador de alimentos do planeta, abastece a mesa de um bilhão de pessoas, cerca de 12% dos habitantes do planeta. E para manter essa liderança e o crescimento de cadeias tão indispensáveis para a economia nacional, com previsão de crescimento de 13% na de frango nos próximos sete anos, eventos como o Encontro MercoLab de Avicultura se tornam cada vez mais necessários.
O cenário da avicultura brasileira está em constante evolução, mas enfrenta um inimigo invisível e perigoso: o reovírus aviário (ARV). Embora já seja conhecido por décadas, este patógeno ganhou novas proporções com o surgimento de variantes virulentas, especialmente em frangos de corte, que causam doenças debilitantes como artrite viral e tenossinovite. O impacto econômico é considerável, com prejuízos causados pela queda na produtividade, aumento da mortalidade, condenações em frigoríficos e altos custos de tratamento.
O ARV é especialmente problemático por sua capacidade de se espalhar rapidamente nos ambientes de criação, tanto por transmissão horizontal (de ave para ave) quanto vertical (de reprodutoras para a progênie). Isso exige que os produtores mantenham um controle rigoroso das condições de biosseguridade nas granjas. No entanto, a resistência do vírus a desinfetantes e sua habilidade de permanecer oculto tornam o controle da doença um desafio constante.
Os programas de vacinação desempenham um papel central no controle da reovirose, mas o cenário atual impõe uma corrida contra o tempo. O ARV, como muitos outros vírus de RNA, tem uma alta taxa de mutação, o que frequentemente torna as vacinas tradicionais menos eficazes. Esse fenômeno destaca a importância de atualizar as vacinas regularmente, considerando as cepas predominantes nas regiões afetadas. Empresas de saúde animal têm investido na pesquisa e no desenvolvimento de vacinas autógenas, que são adaptadas a essas variantes locais, proporcionando maior eficácia.
No entanto, mesmo com o avanço das tecnologias de imunização, o reovírus continua sendo um desafio, pois suas manifestações clínicas são variadas e, muitas vezes, difíceis de identificar precocemente.
Para enfrentar esses desafios, a integração entre pesquisa científica, inovação em biotecnologia e a adoção de boas práticas de manejo é crucial. Além disso, a troca constante de informações entre produtores, veterinários e empresas de saúde animal é essencial para identificar rapidamente novas variantes e adaptar as estratégias de controle.
A avicultura, setor vital para a economia brasileira, precisa estar em alerta e continuar investindo em tecnologia e biosseguridade. Com uma produção de carne de frango que coloca o Brasil entre os líderes mundiais, garantir a sanidade e o bem-estar das aves é um passo fundamental para manter a competitividade no mercado global. O reovírus não é apenas um problema de saúde animal; é uma ameaça à sustentabilidade do setor avícola. A preparação, a inovação e a colaboração serão as chaves para superar esse obstáculo.
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Avicultura Vem aí o Alimenta
Congresso Brasileiro de Proteína Animal e Rendering
Em junho de 2025 o Paraná sediará o primeiro evento que vai reunir os players de proteína e reciclagem animal.
Surge um novo e disruptivo capítulo na história dos eventos de proteína animal no Brasil: o Alimenta – Congresso Brasileiro de Proteína Animal & Rendering. Marcado para junho de 2025, em Foz do Iguaçu, este evento é a evolução natural do Congresso de Avicultores e Suinocultores O Presente Rural, que cresceu ano após ano com o pilar de gerar informação útil aos produtores rurais. O Alimenta promete ser um marco significativo na integração de toda a cadeia de proteína animal e rendering ou reciclagem animal, atraindo a atenção de todos os segmentos do setor. Só o mercado de reciclagem animal movimenta em torno de R$ 100 bilhões por ano e exporta mais de US$ 115 mil por ano.
“O Alimenta 2025 foi concebido para atender às novas demandas e oportunidades do setor de proteína animal. A evolução do nosso
evento reflete nosso compromisso em proporcionar um ambiente onde produtores, profissionais e empresas possam compartilhar conhecimentos, inovações e gerar negócios. A escolha de Foz do Iguaçu, com sua infraestrutura e localização estratégica, foi essencial para abrigar esse novo formato, que promete ser mais inclusivo e abrangente”, destaca Selmar Marquesin, diretor do jornal O Presente Rural.
O Alimenta 2025 é uma oportunidade para cooperativas, empresas integradoras, produtores rurais, médicos veterinários, zootecnistas e empresas da cadeia de insumos se reunirem em um ambiente propício ao intercâmbio de conhecimento, inovação e oportunidades de negócios. Em um ambiente inspirador, o evento promete atender às demandas crescentes de qualificação e desenvolvimento constante. “Unir em um só lugar todos os atores da produção de proteína animal no Brasil é essencial para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do setor. O Alimenta 2025 foi criado com essa visão integrada, proporcionando um espaço onde ciência, tecnologia e negócios se encontram para contribuição à indústria de proteína animal”, afirma Eliana Panty, CEO do Alimenta.
Panty destaca que o setor de reciclagem animal, responsável pelo processamento de resíduos do abate de animais de produção, como aves, suínos, bovinos e pescado, gira milhões no mercado internacional. “São as partes dos animais abatidos que não vão para o consumo humano, seja por questões ligadas aos hábitos alimentares ou culturais da população ou, então, classificados como impróprios para consumo humano pelo sistema de inspeção oficial, como ossos, penas, sangue, escamas, vísceras, aparas de carne e gordura e partes do animal. Uma matéria prima valiosa para a indústria de rações para animais de produção e pets”.
O Alimenta 2025 se apresenta com uma programação abrangente com foco no produtor e nos gestores de granjas. Grandes empresas do setor apresentam suas últimas inovações, produtos e serviços na Exposição e Feira de Negócios, promovendo um ambiente dinâmico de networking e geração de negócios. Além disso, serão oferecidas palestras direcionadas a produtores de leite, ovos e carnes, além de sessões específicas para profissionais como médicos veterinários e zootecnistas, abordando as mais recentes novidades em pesquisa e desenvolvimento. A Mostra de Trabalhos Científicos oferecerá um espaço dedicado à apresentação de pesquisas e estudos de vanguarda da ciência e tecnologia no setor de proteína animal. As empresas parceiras também terão a oportunidade de organizar eventos adicionais, proporcionando ainda mais conteúdo relevante e oportunidades de aprendizagem.
Foz do Iguaçu
A escolha de Foz do Iguaçu como sede do Alimenta não foi por acaso. Reconhecida pela sua capacidade de receber grandes congressos do setor, a cidade conta com um aeroporto bem localizado e uma infraestrutura turística robusta, incluindo muitos hotéis para acomodar os participantes. Situada no Oeste do Paraná, um dos maiores polos de produção de proteína animal do Brasil, Foz do Iguaçu oferece o ambiente ideal para um evento dessa magnitude.
“O evento visa promover a qualificação constante do setor através de palestras atualizadas, destacando as mais recentes inovações em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, busca fomentar negócios por meio da exposição de fornecedores da cadeia de insumos e das indústrias que trabalham com rendering, um processo de reciclagem animal que transforma partes não aproveitadas para a alimentação humana em componentes para rações. Com esta nova abordagem, o Alimenta pretende integrar toda a cadeia produtiva, reforçando a importância da inovação e do desenvolvimento sustentável para o futuro da proteína animal no Brasil”, menciona Eliana Panty.
“Prepare-se para uma experiência única e transformadora no Alimenta – Congresso Brasileiro de Proteína Animal & Rendering. Este evento promete ser um verdadeiro progresso para o avanço da indústria de proteína animal, reunindo os principais atores do setor para compartilhar conhecimento, explorar novas oportunidades e construir um futuro mais próspero e sustentável. Nos vemos em Foz do Iguaçu, onde juntos vamos moldar o futuro da proteína animal no Brasil”, sintetiza Eliana Panty.
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