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Lançamento de ferramenta inteligente para tomada de decisões marca evento sobre pecuária de precisão

1º ENPD reuniu representantes do setor que discutiram como os pecuaristas podem tomar decisões com a plataforma BovExo

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Fotos: Divulgação

Mais do que um evento, o 1º Encontro Nacional da Pecuária de Decisão (ENPD) foi uma imersão na pecuária inteligente e de resultados, com muito conhecimento, visão estratégica de mercado, benchmarking e aprendizado para que o pecuarista tenha decisões mais sustentáveis e até 10 vezes mais lucrativa. Realizado na manhã de 3 de setembro, de maneira híbrida, na Fazenda Churrascada, em São Paulo (SP), o encontro também marcou o lançamento da plataforma BovExo, uma ferramenta inteligente para a tomada de decisões na pecuária. O evento foi dividido em três painéis: BovExo, Fazenda e Mercado.

A primeira participação foi da secretária de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Fabiana Villa Alves, que, em tom provocativo para instigar as reflexões, trouxe ao debate o tema: “A janela de oportunidade de hoje para a pecuária brasileira”, apresentando as bases conceituais da segunda fase do Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado ABC+, com vigência até 2030.

Ao exibir o Plano ABC+ como sistemas agropecuários mais sustentáveis, resilientes e competitivos, Fabiana traçou um paralelo à ferramenta inteligente para a tomada de decisões na pecuária da BovExo. “Esse plano trata de inovação e, muitas vezes, a inovação é associada somente à tecnologia. Mas inovação também pode ser a quebra e a ruptura do que era considerado um sistema convencional”, destacou Fabiana.

Para ela, é possível unir os avanços tecnológicos à sustentabilidade ao gerar valor. Neste sentido, a secretária citou o mercado de crédito de carbono, que não decolou por falta de mensuração. “Hoje, ferramentas como a plataforma BovExo são essenciais para que o setor tenha confiança para que os créditos ou qualquer outro capital natural agreguem valor. Falei sobre carbono, mas pode ser sobre água ou biodiversidade. Esse é o futuro que já está começando agora”.

Painel BovExo

O CEO e co-fundador da BovExo, Paulo Dancieri apresentou o Painel dedicado à nova ferramenta. Segundo Dancieri, a BovExo nasceu da inspiração de acreditar que, sim, a pecuária é uma atividade atrativa e rentável. “A BovExo é um software de otimização das decisões e com isso é possível reduzir em até 50% a pegada carbônica na pecuária hoje”. Com BovExo, o pecuarista é capaz de controlar as variáveis, de proteger e prever os riscos. “É chegada a hora de colocar os processos a serviço das janelas de oportunidades”, reforçou Dancieri.

O CTO e co-fundador da BovExo, Carlos Gomes, explicou quais as principais decisões que o pecuarista pode obter na plataforma BovExo. Segundo ele, as alavancas de valor passam por cinco decisões que respondem por 70% do potencial de valor na pecuária: ganho diário de peso, produtividade, momento de compra e venda, aproveitamento de carcaça e indicadores gerenciais e de desempenho, além da inclusão na ferramenta da pegada carbônica que, associada à qualidade de carne, vai definir o mercado e a faixa de preço.

“Se você é pecuarista e tiver que tomar decisões sobre a sua fazenda, melhor que você delegue todas as outras e se concentre nessas cinco, que são os grandes ‘elefantes’ que não podem passar pelas suas costas. São elas que vão determinar se você vai ser um pecuarista de R$ 200 por hectare/ano ou de R$ 900 por hectare/ano. Com a ajuda da BovExo será uma decisão bem fácil”, comentou Gomes.

Painel Fazenda

Para a primeira apresentação do Painel Fazenda, o engenheiro agrônomo e presidente da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (ASSOCON), Maurício Velloso tratou de “Qual é o modelo mental do pecuarista 10X mais rentável?”. De acordo com ele, 88% dos pecuaristas não possuem alta performance. “Ou, o que ainda é pior: não sabem se têm ou não têm uma alta performance porque nada ou pouco medem. Desta forma, a plataforma BovExo não é apenas um produto, é um movimento. O fato é que todos os pecuaristas atentos estão vivendo um momento histórico, um divisor de águas e inovações como BovExo fazem parte disso”, opinou.

Para Velloso, o modelo mental desejado do pecuarista deve ser composto por elementos, como: conhecer profundamente a fazenda, ter coragem, fazer planejamento, ser humilde, estudar o negócio, estar atento para ajustar possíveis mudanças de rotas, ser persistente, parcimonioso, organizado, realizar formação e treinamento do seu time e, por último, que saiba liderar.

Em seguida, o tema “A decisão de tratar pastagem como lavoura” foi abordado pela professora na área de forragicultura e pastagens na Universidade Federal de São João delRei (UFSJ), Janaina Martuscello, que iniciou a sua fala afirmando, de forma categórica, que o bem mais precioso que o pecuarista tem na fazenda é o capim. Para ela, se o produtor quer, de fato, aprimorar o seu conhecimento para uma pecuária de decisão, é preciso rever alguns conceitos que passam, por exemplo, pela pastagem.

“É preciso que o pecuarista entenda que o pasto é lavoura. O bem mais precioso é o capim, porque sem pasto não há desempenho e sem ele, não haverá retorno financeiro da atividade”, defendeu Janaina. Ela explicou que se deve fazer um manejo de pastagem que, por definição, é uma forma de otimização da oferta e colheita de forragem para maximização de ganho em produção animal, de uma maneira economicamente viável e ecologicamente correta.

“O pecuarista deve otimizar a produção de forragem, encontrando o ponto ótimo entre produção e qualidade. Manejo de pastagem é tecnologia acessível e de resultado imediato”, defendeu. Para ela, não existe mais espaço para a pecuária extrativista.

Na última apresentação do painel, o chefe do escritório de Assuntos Internacionais da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Clandio Ruviaro discorreu “A decisão pela pecuária sustentável”. “Além de dar atenção ao manejo das pastagens, é preciso avaliar as dietas dos animais, ter um olhar cuidadoso sobre melhoramento genético, rastreabilidade, imagem do produto, pecuária de precisão e alinhamento ao mercado”, analisou.

De acordo com Ruviaro, sustentabilidade garante competitividade e prova disso são as principais tendências no consumo de alimentos até 2030: valorização da sustentabilidade, bem-estar animal, certificações ambientais, origem, segurança alimentar (saudabilidade), produtos gourmet, sabor e aspectos sensoriais e produtos autênticos e com histórico familiar.

Painel Mercado

O analista sênior da DATAGRO Consultoria, João Otávio Figueiredo, demonstrou durante a sua apresentação “Olhar o futuro pra melhores decisões hoje” a importância das análises de preço dos mercados físico e futuro para o setor agropecuário, destacando o lançamento do aplicativo “Balizador”, em parceria com o Grupo Pecuária Brasil (GPB).

“Por meio do Balizador foi possível profissionalizar o levantamento de preços pecuários e entregar um indicador do mercado físico robusto. Esse trabalho vem sendo feito há cerca de dois anos e surgiu a partir da ‘dor’ do pecuarista e que é um dos gargalos do setor: a falta de um indicador confiável e que conseguisse, de fato, refletir a realidade do mercado”, salientou Figueiredo.

zle enfatizou ainda que uma das missões da DATAGRO com o aplicativo é fazer a integração de toda a cadeia, reunindo informações dos pecuaristas e da indústria, tão necessária para que o trabalho seja realizado. Esse aspecto também foi reforçado pelo presidente da DATAGRO, Plínio Nastari. “Acreditamos muito na integração das cadeias produtivas, principalmente da cana, dos grãos e da pecuária. E agora contamos também com essa moderna ferramenta de gestão, que é a BovExo”.

O pecuarista e editor da Carta Pecuária, Rogério Goulart, começou a sua apresentação com uma provocação: “Já que estamos falando de decisão, então, que tipo de animal eu compro hoje? Esta é uma pergunta que pode ser respondida de diferentes formas, levando em consideração diversos aspectos que envolvem as atividades dentro da fazenda e fora da fazenda”.

Segundo Goulart, para tomar uma decisão assertiva na hora da compra e venda de gado, é preciso estudar, ler, acompanhar o mercado e fazer uma análise que traga resultados mais para frente, já que a pecuária é uma atividade de futuro. “Todas as suas decisões hoje serão refletidas lá na frente. São decisões que o sistema BovExo dá, sem que você precise correr atrás de 500 planilhas de Excel para ter uma resposta que alguém estudou e está oferendo como serviço”.

O acesso à informação também foi um ponto explorado pelo representante da XP Investimentos, Leonardo Alencar, na apresentação “Como pecuaristas 10x mais rentáveis operam no mercado de boi gordo”.

“Existe hoje na atividade uma coisa muito grave que é a assimetria de informação, que favorece muito a indústria. É normal que os grandes players do setor coletem dados de todos os lados possíveis e isso causa a desigualdade. Quer dizer que o frigorífico sabe o que vai acontecer com o mercado? Não, mas significa que ele tem mais ferramentas na mão e poderá tomar decisões mais assertivas”.

Outro ponto levantado por Alencar é: informação sem ação não tem valor. “Se você possui o conhecimento, tem o mercado futuro, cria uma estratégia, faz uma trava, aí isso começa a ter realmente valor na sua mão. O frigorífico não sabe o que vai acontecer, mas, diferente da maioria dos pecuaristas, o frigorífico toma uma ação em cima daquilo”, pontuou.

Fechando o evento, o jornalista e professor José Luiz Tejon falou sobre os dois tipos de pecuaristas que haverá até 2030: os que vão fazer o que foi dito ao longo do 1º Encontro Nacional de Pecuária de Decisão e os desaparecidos. “Não temos mais 10, 20 anos a esperar, a hora é agora. Segundo dados da Embrapa Gado de Corte, 40% dos atuais pecuaristas não chegarão no futuro da atividade. Isso incomoda? Me incomoda muito porque são famílias que não vão dar certo”.

Ele complementou dizendo que hoje o pecuarista tem que ser muito mais que um empresário: deve ser um CEO, já que a sua carga de conhecimento precisa ser mais ampla diante de uma atividade que exige que ele lide com diversas áreas de conhecimento. “No entanto, quando você tem uma ferramenta como a BovExo, ela permite que até eu, como leigo, tenha a capacidade de ser um pecuarista e de obter sucesso, desde que tenha alguém apaixonado pela atividade para se dedicar a entregar os dados. Uma ferramenta maravilhosa criada por especialistas da agroindústria”, finalizou Tejon.

Fonte: Assessoria

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IAT organiza primeiro mutirão para regularização do CAR, no Noroeste do Paraná

Busca auxiliar proprietários rurais na regularização do Cadastro Ambiental Rural, registro obrigatório para todos os imóveis rurais do Estado.

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Fotos: José Fernando Ogura

O Instituto Água e Terra (IAT) promove pela primeira vez no Paraná um mutirão para auxiliar proprietários rurais na regularização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), registro obrigatório de imóveis rurais de acordo com o Novo Código Florestal (Lei 12.651/2012). A ação será em municípios do Noroeste do Paraná: Japurá, na terça-feira (26), Guaporema, na quarta-feira (27), e em São Manoel do Paraná, na quinta-feira (28), sempre das 9h às 16h.

No mutirão, técnicos do órgão ambiental organizarão balcões de atendimento para tirar dúvidas sobre os processos do CAR, em temas como o acesso à Central do Proprietário/Possuidor, retificações e atendimento de notificações.

O chefe do escritório regional do IAT em Cianorte, Marcelo Aparecido Marques, aponta que o evento servirá para auxiliar e concluir as análises de CAR pendentes. Segundo ele, são mais de 5 mil cadastros nos 12 municípios de abrangência do núcleo, incluindo cidades selecionadas para a ação da próxima semana.

“A nossa regional passou recentemente pela análise dinamizada, que é um tipo de procedimento automático, que pode incluir grandes quantidades de imóveis rurais para serem analisados ao mesmo tempo. Os proprietários podem responder a pendências nessa modalidade de análise diretamente pelo site do CAR, mas para que isso aconteça, um apoio técnico é necessário. Por isso estaremos lá para ajudar”, diz.

Para que os técnicos possam prestar o auxílio será necessário os seguintes documentos: RG ou CPF do proprietário; certificado com validade de até 90 dias para comprovação de propriedade do imóvel (matrícula atualizada); e Contrato Social no caso de empresas. É a partir dessas informações que os processos serão consultados pela equipe.

“Mais da metade dos cadastros que passaram pelas análises estão em conformidade com o Novo Código Florestal, ou seja, regulares ambientalmente. Portanto, demandam apenas de uma confirmação do proprietário. Já o restante necessita de algumas complementações. Em ambos os casos, estaremos à disposição para ajudar os proprietários a solucionar essas questões”, explica Marques.

Ele lembra ainda que os imóveis que estão em conformidade com o Novo Código já podem acessar a subvenção de 0,5% na taxa de juros do crédito de custeio. Ou seja, um benefício concedido aos agricultores que forem solicitar suporte de instituições financeiras para a produção agrícola, o que ajuda a custear a produção e comercialização de itens agropecuários.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Essa é a primeira vez que um mutirão desse tipo é organizado no Paraná e servirá como base para ações similares em outras regionais. “Elaboramos esse modelo junto com a equipe do CAR do IAT para agilizar a regularização das áreas rurais no Estado. Se ele funcionar, conseguiremos aplicar esse mesmo método em outros municípios, o que vai fazer com que o Paraná se destaque em nível nacional na regularização do CAR”, complementa ele.

CAR

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é o registro público eletrônico de âmbito nacional obrigatório para todos os imóveis rurais. Agrega informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente (APP), de uso restrito, de Reserva Legal, de remanescentes de florestas e demais formas de vegetação nativa. Também integra informações de áreas consolidadas, compondo base de dados para controle, monitoramento e planejamento ambiental e econômico.

Para efetuar o CAR no Estado, o proprietário precisa acessar o site do Sicar e baixar o aplicativo de cadastro. Neste, devem ser incluídas as informações pessoais, a documentação e as características físicas da propriedade.

Após a adesão e análise dos dados por meio do CAR, o produtor rural terá todas as recomendações de como se adequar à legislação e poderá fazer a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). A proposta oferece um conjunto de ações voltadas a regularizar, recuperar áreas de preservação permanente (APP), de uso restrito e compensar áreas de reserva legal.

Para mais informações sobre o CAR, acesse clicando aqui.

Fonte: AEN-PR
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Sindirações apresenta dois novos associados

Sul Óxidos e Purefert do Brasil passam a integrar o quadro de associados da entidade, reforçando a cadeia produtiva na promoção de parceiras estratégicas.

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Foto: Shutterstock

Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações anuncia a chegada de duas novas empresas no seu quadro de associados: Sul Óxidos e Purefert do Brasil. No total, a entidade representa cerca de 90% da indústria de alimentação animal. Para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, essa movimentação vai de encontro com um dos principais objetivos da entidade, que é dar voz para as empresas e defender os principais interesses do setor.

Foto: Divulgação/Sindirações

Com mais de 20 anos de experiência, a Sul Óxidos é referência na produção de óxido de zinco e sulfato de zinco, além da comercialização de ânodos, zinco metálico e outros metais não ferrosos. Comprometida com a excelência, a empresa foca na melhoria contínua de seus processos e na garantia da qualidade de seus produtos, atuando com responsabilidade ambiental e priorizando a redução de resíduos sólidos e efluentes, a fim de minimizar os impactos ambientais.

De acordo com Jorge Luiz Cordioli Nandi Junior, Engenheiro Agrônomo da Sul Óxidos, “a filiação ao Sindirações é vital para reforçar sua presença no setor de alimentação animal e fomentar parcerias estratégicas. A associação garante acesso a informações essenciais sobre tendências do mercado, regulamentações e práticas de excelência. Além disso, a Sul Óxidos se posiciona para defender os interesses da indústria, moldando políticas que beneficiam o segmento. A colaboração com outros líderes do setor facilita a troca de inovações e conhecimentos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade da empresa nesse nicho crucial”, comenta.

Já o grupo Purefert atua como fornecedor de fertilizantes premium para clientes em todo o mundo. Com contratos estratégicos de fornecimento de longo prazo com fornecedores líderes, a Purefert está na vanguarda das mais recentes inovações em qualidade de produto e agregação de valor à cadeia de fornecimento para seus clientes. A empresa é líder de mercado em produtos à base de Fosfato.

“A associação da Purefert ao Sindirações é estratégica por proporcionar acesso a informações técnicas e regulatórias, participação em grupos de trabalho que definem tendências do mercado, suporte em questões jurídicas e tributárias, além de oportunidades de networking para parcerias e inovações. Essa conexão fortalece a competitividade e a conformidade da empresa no mercado”, afirma Thiago Janeri, trader da Purefert.

Fonte: Assessoria Sindirações
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Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro

Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).

Milho

Foto: Sandra Brito

Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.

De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.

O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:

Trigo

Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.

Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.

Soja

No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.

Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.

Bovinos

Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.

A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.

Frangos

Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.

De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão  alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.

A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).

Suínos

Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.

De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

Leite

Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.

De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.

Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.

Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.

Fonte: Assessoria Agência de Notícias SECOM
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