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Lançamento de DEPs e índices bioeconômicos marcaram a forte atuação da ANCP em 2022

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“Diretoria ANCP (da esquerda para a direita): Cláudio Magnabosco, Carlos Viacava, Raysildo Lôbo e Fernando Baldi” - Foto: Assessoria

Chegando ao final de 2022, a Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) celebra os bons resultados alcançados através de investimentos na qualidade da informação genômica e com o lançamento de novas tecnologias. Ao longo do ano, a entidade lançou três novas DEPs e quatro novos índices bioeconômicos, além de registrar um aumento expressivo no número de fazendas associadas, principalmente pela entrada de novos associados do Peru e Equador. Novos técnicos também foram contratados e os eventos presenciais voltaram a fazer parte da programação.

Para Raysildo Lôbo, presidente da entidade, o aumento no número de associados é muito positivo. “Vemos o crescimento da adesão dos criadores por tecnologias que vão auxiliar nos ganhos genético e econômico, tendo papel fundamental na disseminação do conhecimento e viabilização dessas ferramentas”, explica. Raysildo também destaca a importância da entrada de mais dois países como associados. “Com a adesão de criadores do Equador e do Peru, a reciprocidade das informações será de grande valor para a produtividade da pecuária na América Latina”, ressalta.

 

Novas DEPs, índices bioeconômicos e parcerias

Logo em janeiro, a ANCP trouxe ao mercado a DEPG Interim, uma nova ferramenta criada para encurtar o tempo entre a genotipagem das amostras de DNA e o resultado da avaliação, fornecendo predições genômicas indiretas rápidas para animais recém-genotipados, permitindo classificá-los para fins de descarte ou de seleção, enquanto se aguarda a avaliação genômica oficial. A nova tecnologia está sendo usada por várias fazendas no Brasil e em alguns países vizinhos.

Outra novidade foi o pré-lançamento da DEP Lucratividade, desenvolvida em parceria com a @Tech, que foi apresentada durante a ExpoGenética. A ferramenta permite separar ainda na pré-desmana ou desmama os 25% melhores da safra para característica de lucratividade, ou os 25% piores. Com isso, o pecuarista pode tomar uma decisão mais precisa sobre quais animais irá manter no rebanho.

Lançada no mês de outubro, a DEP para caráter Mocho chegou para atender uma antiga demanda dos criadores. Resultado de uma pesquisa que avaliou mais de 6 mil dados fenotípicos de animais mocho, a ferramenta é importante para a produção de animais mochos, ajudando a identificar um touro que vai mochar, com alta assertividade.

Além das ferramentas inovadoras, em 2022 a ANCP passou a fazer parte do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), entidade sem fins lucrativos que reúne representantes dos elos da cadeia produtiva pecuária com o objetivo de construir uma agenda positiva compromissada com o desenvolvimento sustentável da pecuária.

A ANCP também apresentou quatro novos índices bioeconômicos, desenvolvidos exclusivamente para atender aos sistemas de cria (MGTe_CR), recria e engorda a pasto (MGTe_RE), terminação em confinamento (MGTe_CO) e terminação em confinamento voltado para animais cruzados F1 (MGTe_F1). Eles estão sendo utilizados na comercialização de animais e servem como ferramenta para seleção com base em várias características produtivas.

Segundo o 2º vice-presidente da ANCP, Cláudio Magnabosco, os quatro novos índices auxiliam o produtor a direcionar melhor os seus negócios para o seu sistema de produção, agregando mais lucro à sua atividade. Segundo ele, a entidade continuará atuando e crescendo ainda mais em 2023. “A busca pela evolução do MGTe, as DEPs para caráter Mocho e as novas parcerias, tanto na parte técnica quanto em transferência de tecnologia, vão agregar maior valor ao produto final, ajudando o criador na comercialização dos animais”, explica.

 

Retorno aos grandes eventos

Depois de dois anos de pandemia, a ANCP voltou a realizar o seu tradicional seminário, que este ano chegou à sua 26º edição e contou com mais de 250 participantes, entre criadores, pesquisadores, técnicos agropecuários, empresas da área de genética, professores, estudantes de ciências agrárias e profissionais de imprensa. O evento, que teve como tema “Genética de excelência para lucratividade”, discutiu as inovações e tecnologias do melhoramento genético de bovinos, com foco em sustentabilidade e qualidade da carne. No final, foi feito o lançamento oficial do Sumário de Touros das raças Nelore, Guzerá, Brahman e Tabapuã.

Carlos Viacava, 1º vice-presidente da ANCP, destaca a importância da realização do seminário de forma presencial após os dois anos de pandemia. “Sempre inovando, a entidade realizou o 26º Seminário de Criadores e Pesquisadores, evento que foi marcado pelo lançamento de novas DEP e novas tecnologias”, ressalta. Viacava garante que, em 2023 a ANCP continuará próxima de seus associados, atuando de forma personalizada através de seus consultores, e que seguirá firme na busca pelo aperfeiçoamento da avaliação genética.

No mês de agosto, a entidade participou da ExpoGenética, em Uberaba (MG), onde fez a entrega do último Sumário de Touros. Ainda em agosto, marcou presença na Goiás Genética, em Goiânia (GO) e participou ativamente da programação, com apresentação de três palestras por sua equipe técnica.

A ANCP também participou de eventos importantes em outros países, como o 1º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (COMCEBÚ), em Santa Cruz, na Bolívia, no mês de setembro, que reuniu criadores e técnicos de outros países da América Latina, como Equador, Colômbia, Paraguai e México. No mês anterior, o diretor de Pesquisa e Inovação, Fernando Baldi, apresentou palestra em dois importantes eventos ligados ao melhoramento genético de bovinos, um na Universidad Autónoma Gabriel René Moreno (U.A.G.R.M.), em Santa Cruz de La Sierra, e outro em Trinidad, no departamento de Beni, durante o 7º Simpósio Internacional Más Terneros 2022.

No mês de março, em Tarapoto, no Peru, a entidade marcou presença no 1º Congresso Internacional “Do pasto à mesa: desenvolvimento pecuário sustentável nos trópicos”, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Irrigação e o Instituto Nacional de Inovação Agrária, ambos do Peru, com o apoio da Embaixada do Brasil, Fazenda Brahman Braúnas e empresas do setor pecuário brasileiro.

 

Lançamentos para 2023

Em razão do aumento do número de genótipos, a ANCP ampliará de quatro para seis as avaliações genéticas no próximo ano, a fim de oferecer ao criador uma atualização mais rápida das informações. “Queremos diluir essas mudanças ao longo do ano para termos uma avaliação mais confiável e estável”, explica o diretor de Pesquisa e Inovação, Fernando Baldi.

Para o próximo ano, a ANCP também irá disponibilizar uma avaliação multirracial genômica, uma grande novidade para as raças zebuínas que permite uma melhora na confiabilidade das raças que possuem uma menor quantidade de dados.

Outra grande novidade para 2023 é a atualização do MGTe, o usual índice bioeconômico da entidade, que passará por uma renovação das características e ponderações que o compõem, fruto da atualização dos componentes de variância, preços de mercado e indicadores zootécnicos utilizados para os cálculos dos ponderadores.

Um aguardado lançamento é a DEP para Facilidade de Parto de Novilha, que chega ao mercado com o propósito de facilitar o dia a dia dos criadores. “Ela irá diminuir a incidência de dificuldade de parto, que tem se tornado problemático entre os rebanhos”, prevê Baldi.

Raysildo Lôbo destaca algumas mudanças para tornar o seminário de criadores 2023 ainda mais dinâmico. “Faremos um evento focado nos criadores, onde abordaremos todas as tecnologias da ANCP. Também convidaremos alguns associados para participar, apresentando resultados de suas fazendas”, destaca.

Para finalizar, também está prevista a reformulação do ANCPNet e a liberação do novo aplicativo para smartphones, que trabalhará de forma mais moderna e interativa.

“Queremos desejar a todos os nossos colaboradores, associados, amigos e parceiros um feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações”, conclui Raysildo.

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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