Conectado com

Notícias

Lançamento da marca Agro do Brasil promove reconhecimento do setor agropecuário

Em movimento inédito, a população urbana participou da construção da linha de comunicação do primeiro e maior projeto de posicionamento de marca de um setor no país.

Publicado em

em

Com o principal objetivo de tornar o agro uma paixão nacional, assim como o futebol, o Projeto Marca Agro do Brasil foi lançado oficialmente na última segunda-feira (22), em uma apresentação magna, na cidade de São Paulo, com o apoio da Faesp/Senar-SP. Autoridades políticas, representantes de entidades, associações e de grandes empresas e profissionais da comunicação estiveram no evento que mostrou a construção do Projeto, que demandou quase cinco anos de trabalho. A iniciativa é considerada o primeiro movimento no Brasil capaz de envolver os segmentos público e privado para posicionar corretamente o setor e construir a marca Agro do Brasil.

Presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro, Ricardo Nicodemos: “Precisamos mostrar à população brasileira que o agro é mais que um fornecedor de alimentos: ele torna a nossa vida melhor, promovendo oportunidades de estudar, trabalhar, empreender, crescer e evoluir” – Fotos: Divulgação/ABMRA

A campanha de comunicação terá como tema: “Descubra o agro e experimente um mundo de oportunidades. Agro do Brasil. Torna a nossa vida melhor.”, que foi aprovado pela população urbana em diversos grupos de quali e em uma pesquisa quantitativa com mais de 380 pessoas de todos os Estados do Brasil, que, em um primeiro estudo, mostraram-se neutras em relação ao Agro. Todas as tomadas de decisão do “Projeto Marca Agro do Brasil” foram baseadas em dados e pesquisas para entender o sentimento do brasileiro sobre o setor e como ele pode direcionar as melhores mensagens para a comunicação. O ponto de partida são os insights revelados pela pesquisa “Percepções sobre o Agro. O que pensa o Brasileiro”, realizada pelo Movimento Todos a Uma só Voz, que abordou 4.215 pessoas. “Vimos que 43% da população tem uma posição favorável ao setor; 33% mostram-se distantes e 24% indicaram neutralidade. O que nos chamou a atenção entre os desfavoráveis é que 51% desse grupo são jovens com idade entre 15 a 29 anos, faixa etária futura consumidora de produtos originários do Agro e com capacidade de influenciar as novas gerações, além de se posicionar de forma ativa nas redes sociais”, detalha Ricardo Nicodemos, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA).

Com o foco da campanha direcionada para o público neutro, estas pessoas foram ouvidas para avaliar a linha criativa das peças que serão veiculadas em mídias de massa, como TV e rádio, e nos meios digitais. “Entre as propostas de comunicação avaliadas nas pesquisas, nós identificamos que o tom deve ser amistoso e, para que a mensagem seja compreendida por todos, a linguagem precisa ser muito acessível. Precisamos mostrar à população brasileira que o agro é mais que um fornecedor de alimentos: ele torna a nossa vida melhor, promovendo oportunidades de estudar, trabalhar, empreender, crescer e evoluir”, avalia Nicodemos.

Para o presidente do sistema Faesp/Senar-SP, Tirso Meirelles, o lançamento do projeto simboliza uma evolução na representação do agronegócio tal como ele é. “Essa iniciativa é essencial para a construção de uma imagem do Agro mais próxima da realidade. A falta de informação, assim como a inexistência de uma política de Estado para o setor agropecuário, enfraquecem o campo e as cadeias produtivas. Esse é um momento de união de esforços para que o setor assuma seu lugar de direito, como motor da economia nacional e derrube os mitos construídos ao longo de décadas”, destaca.

Durante a apresentação, o ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, declarou estar admirado com a iniciativa que reúne tantas pessoas em prol do reconhecimento do setor agrícola. “Eu estou encantado com o projeto. Eu estou há muitos anos engajado nessa luta da comunicação do agro e percebo claramente que faltava uma iniciativa como essa, que unisse o setor todo na causa. Nós precisamos amar, respeitar e admirar o agro. Porque é a admiração que traz o orgulho. O agro vai fazer o Brasil campeão mundial na segurança alimentar, que trará paz.  E eu sonho com o momento em que nós levantaremos essa taça de campeões mundiais no combate à fome e na conquista da paz”.

Já o deputado Pedro Lupion (PP-PR) destacou a relevância do Marca Agro do Brasil no combate às narrativas inverídicas contadas sobre o setor, que atrapalham no seu desenvolvimento como um todo. “A grande dificuldade que nós que trabalhamos com o agro  temos no dia a dia é a comunicação. Eu passo o dia todo combatendo inverdades acerca do nosso setor. Infelizmente, nós precisamos sempre jogar na defensiva, ficar se explicando. Então, nós precisamos incutir isso na nossa sociedade da forma mais natural possível. Precisamos falar sobre o desenvolvimento social e das grandes fronteiras agrícolas, como o agro está presente na vida de cada brasileiro”.

Presidente da Embrapa, Silvia Massruhá: “O agro teve um crescimento muito grande nos últimos cinquenta anos. Entretanto, a questão da comunicação ainda é um desafio, porque muitas vezes nós nos comunicamos apenas internamente, com os produtores” – Foto: Divulgação/Arquivo OPR 

Por fim, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, ressaltou sobre a dificuldade latente da comunicação para a construção de credibilidade do setor em um contexto de grande crescimento do setor nos últimos cinquenta anos, quando o Brasil deixou a condição de importador para exportador de alimentos. “O agro teve um crescimento muito grande nos últimos cinquenta anos. Entretanto, a questão da comunicação ainda é um desafio, porque muitas vezes nós nos comunicamos apenas internamente, com os produtores. É essencial que o agro  melhore a sua comunicação, especialmente com o meio urbano. Nós precisamos mostrar para a sociedade todo o impacto do setor, seja ele ambiental, social ou econômico. Por isso, é muito interessante ver a união desta iniciativa, que junta os setores público e privado, porque ninguém faz nada sozinho”, explica a presidente da Embrapa.

Pilares essenciais e ações previstas

Para aumentar o impacto de todas as ações e a efetividade dos resultados, o projeto atuará norteado em três pilares essenciais. O primeiro é a Consistência, com foco na produção de conteúdos baseados em ciência e em informações sérias extraídas de fontes oficiais.

A Frequência direcionará para ações e mensagens contínuas, convivendo no dia a dia da população de forma perene. E o terceiro pilar é a Sequência, com informações transmitidas de forma gradual e em evolução, para que haja melhor compreensão pelos diversos públicos.

Para alcançar maior e melhor capilaridade de comunicação, o Projeto Marca Agro do Brasil terá ferramentas e ações estruturadas com a criação de um Hub de Conteúdo, em que uma equipe própria produzirá conteúdo para o portal do projeto e para todas as ações de comunicação. O portal contará com um especialista em sistemas de ensino para adequar as produções aos públicos, garantindo que um mesmo assunto tenha versões diferentes para crianças, jovens e adultos.

O Portal Agro do Brasil contará com informações para todos os públicos, desde receitas até materiais didáticos para os professores, uma plataforma de vagas de emprego e dicas de como empreender no setor.

Em ações externas, estão previstas ativações presenciais em 1.250 escolas públicas em praças estratégicas distribuídas pelo Brasil. Nos encontros, serão realizadas atividades lúdicas com crianças e adolescentes com o uso de material didático. Também será criada uma exposição virtual em shoppings centers mostrando de forma interativa como o Agro evoluiu.

Primeira temporada

Com duração de 12 meses, o início do projeto será dividido em três fases. A primeira, de três meses, será dedicada à estruturação do Hub de Conteúdo e redes sociais e na produção de conteúdo e de materiais. A segunda fase será de dois meses, voltados para os lançamentos do Portal e redes sociais, ações em escolas e campanhas no rádio. E durante sete meses, na terceira fase, o destaque será para campanhas na TV aberta e por assinatura, espaços públicos e shoppings centers.

Financiamento

O financiamento do projeto deverá vir das indústrias que atuam na cadeia produtiva do Agro e das Associações de produtores. O plano comercial e as cotas de patrocínio do Projeto Marca Agro do Brasil estarão disponíveis para consulta a partir do dia 02 de maio. “Há muito tempo, todos aqueles que sobrevivem do Agro ou atuam no setor, anseiam e clamam por construirmos um bom e eficiente projeto de posicionamento, que trouxesse uma narrativa que fosse contundente e capaz de gerar admiração e empatia por parte da população urbana. É disso que se trata o Projeto Marca Agro do Brasil. E hoje começamos essa nova jornada na história do Agro do Brasil”, finaliza Nicodemos.

Sobre a ABMRA

A Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA) é a única entidade voltada exclusivamente ao marketing e à comunicação do Agro. Há 44 anos, fortalece o marketing disseminando as boas práticas contribuindo com todos que participam da cadeia produtiva do setor a se comunicarem melhor. Congrega a academia, empresas e indústrias, consultorias, agências de comunicação e propaganda, veículos de mídias e jornalistas. ABMRA – A Casa dos Profissionais do Marketing e da Comunicação do Agro.

Fonte: Assessoria ABMRA

Notícias

Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

Publicado em

em

Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Notícias

Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

Publicado em

em

Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

Publicado em

em

Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.