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Lançado o Simpósio do Leite 2013

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A Associação dos Médicos Veterinários do Alto Uruguai (Amevau) realizou na manhã desta terça-feira, 28, o lançamento oficial do 10º Simpósio do Leite de Erechim. O evento, realizado pela entidade chega neste ano a sua 10ª edição e tratará de importantes temas em dois dias de programação, que contará ainda com a quarta edição do Fórum Nacional de Lácteos e a segunda edição da Mostra de Trabalhos Científicos.
O lançamento do evento, em Erechim, contou com a presença de autoridades ligadas ao setor e organizadores além da imprensa. Walmor Gasperin, um dos organizadores, lembrou da trajetória do Simpósio até sua 10ª edição, os temas já debatidos e os principais resultados conquistados ao longo destes anos. “É um evento grande, um dos mais importantes do Sul do Brasil na questão do debate da produção de leite, atividade que ganha cada vez mais destaque e importância no setor da pecuária”, ressaltou.
O coordenador geral do evento, Walmor Vanz fez a apresentação da programação, que no dia 18 de junho, será composta do Fórum Nacional de Lácteos, que debaterá o mercado brasileiro e mundial de leite, além da Mostra de Trabalhos Científicos. Ambos terão acesso gratuito ao público interessado e as inscrições para o Fórum, que será na parte da tarde, já podem ser feitas pelo site oficial do evento, no endereço www.simposiodoleite.com.br.
O dia 19 terá o Simpósio do Leite, com cinco temas a serem abordados por renomados palestrantes brasileiros. “Estamos trazendo um time muito qualificado de palestrantes, de um nível altíssimo de conhecimento e que certamente agregarão muita informação e importância ao evento”, destacou Walmor Vanz.
 
Evento ganha projeção nacional e internacional
Walmor Vanz acrescentou durante o lançamento do Simpósio do Leite, que a cadeia da produção de leite “tem que ser vista de uma outra maneira pelos governantes, em todas as esferas”. “Em função disso estamos preparando um grande evento, com palestrantes e painelistas de altíssimo nível e isso faz com que tenhamos participação de pessoas de vários lugares do Brasil e até mesmo de outros países”, explica Vanz.
Segundo ele, já há inscrições para o evento de produtores e pessoas ligadas a cadeia leiteira de vários estados brasileiros, especialmente do Sul, mas também de países como Argentina e Paraguai.
 
Mostra de Trabalhos Científicos chega a segunda edição
O Simpósio do Leite agregou há quatro anos o Fórum Nacional de Lácteos como um importante evento paralelo, para debater a cadeia leiteira. Em 2012, pela primeira vez realizou a Mostra de Trabalhos Cientificos. Trata-se de um espaço destinado a estudos que são realizados por estudantes e pesquisadores na área da produção de leite.
Daniela Oliveira, professora da Faculdade Ideau e também coordenadora da Mostra, destacou na manhã desta terça-feira a importância do evento. “Acredito que podemos ampliar a quantidade de trabalhos apresentados, especialmente da nossa região. Temos bons trabalhos aqui no Alto Uruguai, mas vale ressaltar que este ano tivemos grande quantidade de estudos enviados por pesquisadores de outras regiões. Ao todo foram mais de 50 trabalhos inscritos. Uma das novidades este ano foi que desmembramos estes trabalhos por ares de estudo. Na Mostra em Erechim, temos trabalhos inscritos em sete áreas”, salienta Daniela.
A Mostra acontecerá no dia 18 de junho, a partir das 8h30, no mesmo local do Simpósio e do Fórum, no Parque da Accie, Pólo de Cultura, em Erechim.
 
Autoridades destacam importância do momento para o debate da cadeia do leite
Também participaram da mesa de autoridades no lançamento do Simpósio do Leite, o presidente da Agência de Desenvolvimento do Alto Uruguai, Francisco Franceschi, o secretário de Agricultura de Erechim, Luis Carlos Parise e Eloir Griseli, representando a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).
Todos lembraram a importância do evento e o momento para debater a cadeia do leite. “Temos tido denuncias nos últimos dias de adulteração do leite entregue a indústria e ficamos felizes quando sabemos que nada disso acontece em nossa região, mas nos preocupa por tratar-se de um importante alimento na mesa do brasileiro. Permanentemente nós, enquanto Agência, estamos preocupados com esta cadeia tão importante na nossa economia. E estamos lado a lado nesta luta de resgate e sobretudo de melhoria profissional de nossos produtores”, explicou Franceschi.
“Não tenho duvida que o Simpósio do leite contribuiu muito para a melhoria da qualidade da produção de leite nestes nove anos. Tivemos grandes avanços nestes anos, e talvez precisamos avançar mais, principalmente na questão da qualidade, para que se evite problemas como os acontecidos recentemente no Estado”, frisou Parise.
Eloir Griseli apresentou também programas da SDR para melhorar e ampliar a produção de leite no RS. Salientou ainda a importância que a bacia leiteira tem tido para a economia. “Além disso, a produção do leite é uma questão social muito importante”, disse. Frisou ainda a importância das cooperativas para a bacia leiteira da região Alto Uruguai.
 
O evento
O Simpósio do Leite também é acompanhado de outros eventos paralelos como o Fórum de Lácteos e mais recentemente a Mostra de Trabalhos Científicos. Haverá uma série de palestras e atividades programadas para o Simpósio deste ano que seguirá sendo realizado junto ao Parque da Accie, em Erechim, norte do RS.
Ao todo serão cinco palestras durante a programação do evento este ano. A pecuária leiteira como unidade de negócio será palestra proferida por Jônadan Ma, da Fazenda Boa Fé, MG. A análise e perspectiva do mercado nacional e internacional do leite será o tema da palestra de Marcelo Pereira Carvalho, da Milk Point, SP.
Sandro Luiz Viechnieski, sócio proprietário da Fazenda Iguaçu, PR, falará sobre ogerenciamento de propriedades produtoras de leite. O quinto tema do evento terá como palestrante Márcio Flores da Cunha Chaiben e abordará a importância do uso da IATF em rebanhos leiteiros.
  
SERVIÇO
10º Simpósio do Leite e 4º Fórum Nacional de Lácteos
Onde: Erechim, RS (Parque da Accie)
Quando: dias 18 e 19 de junho de 2013

Fonte: Ass. Imprensa do Simp. do Leite

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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