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Lançada Central de Frigoríficos no oeste catarinense
Evento contou com a presença de lideranças políticas e empresariais
A Associação de Agroindústrias Alimentícias de Santa Catarina (ASAASC), proprietária da marca SABORENSE, foi lançada nessa sexta-feira (1º) com coletiva à imprensa na ACIC e ato festivo, na Churrascaria Nativa, em Chapecó. Desenvolvida com apoio do Sebrae/SC e do Instituto Nacional da Carne Suína (INCS), a Central de Negócios uniu 15 pequenos frigoríficos do grande oeste catarinense, que juntos faturam mais de R$ 50 milhões ao ano. Os eventos contaram com a presença de autoridades políticas, lideranças empresariais, consultores, empresários e imprensa.
O diretor técnico do Sebrae/SC, Anacleto Angelo Ortigara, destacou que a iniciativa é tão relevante que está integrada com a vocação da região oeste de produzir proteína animal em busca de soluções inteligentes e criar um fator de competitividade que realmente possa sustentar os negócios. Segundo ele, a ideia é que a central, permita não somente negócios com compras e vendas, mas que seja um ponto de convergência. “O Sebrae/SC cumpre o seu papel fazendo a metodologia funcionar num grupo de pessoas que se beneficia desse processo e a central de negócios é, sim, o encontro da metodologia com a vontade sustentada pela confiança desenvolvida pelas pessoas que participam”.
O presidente do INCS, Wolmir de Souza, ressaltou que a rede, inicialmente, é formada por frigoríficos que abatem suínos, bovinos e ovinos, mas que o foco, segundo o estatuto, é trabalhar com agroindústrias que processam produtos de origem animal, ampliando para leite, aves e outros. “Com a central, deixamos de ser muitos para sermos um. Percebemos que os problemas individuais são os mesmos na maioria das indústrias, porém, eram discutidos de forma individual e, a partir de agora, passam a ser debatidos e avaliados de forma coletiva.O consumidor terá acesso a pequenas marcas, porém com o mesmo grau de responsabilidade técnica e econômica, de bem-estar animal e segurança alimentar existentes nas grandes indústrias”.
Souza destacou, ainda que a central, resulta de 18 meses de trabalho e estudos para padronização dos produtos e processos e de uma campanha de marketing. “Começamos quebrando paradigmas da individualidade dessas empresas, passando para uma padronização de produtos e processos e comercialização logo no final para que o consumidor possa perceber pequenas marcas como uma grande marca e um grande produto”.
O coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani, realçou que a criação da central mostra que é possível remodelar os negócios diante os desafios impostos pela crise econômica. “Sabemos que existem passos importantes pela frente e esse novo modelo tem como objetivo cooperar para competir. Esta metodologia é pioneira no país na área de suínos e tenho certeza que teremos novas adesões em breve, pois a iniciativa melhora o poder de compras dos frigoríficos, dissemina melhores práticas, compartilha recursos de infraestrutura e combina competências, elevando seu grau de sustentação e de competitividade”.
O vice-presidente da ASAASC e empresário que faz parte da associação, Cleber Scalco, enfatizou a importância dos 18 meses de parceria com o Sebrae/SC e o INCS para a estruturação da Central de Negócios. Destacou a confiança adquirida entre os integrantes do grupo para a união e, consequentemente, para a conquista: “Estamos muito bem acompanhados e assessorados, agrademos a parceria das duas entidades e a todos que acreditaram nessa ideia que nos trará importantes resultados”.
O empresário Flavio Pasquali, presidente do Conselho Consultivo da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), é um dos fornecedores da Saborense.“O principal objetivo dessa parceria é proporcionar ferramentas para que diversas pequenas empresas tenham a capacidade competir no grande mercado para obter maior capacidade de venda e de produção”.
Associativismo
O associado da ASAASC e proprietário da Bisol Alimentos, Adair José Bisol, comentou que os pequenos empreendedores vinham tendo dificuldades para competir com empresas maiores pela questão dos preços e pela logística. A Bisol Alimentos tem a sua sede no município de General Carneiro, no Paraná, e produz salames, linguiças para espeto, copa, bacon e torresmo. A estrutura é formada por 19 funcionários sendo que quatro deles são familiares, o que é motivo de orgulho para o proprietário. “Sou de família muito humilde e hoje consegui trazer meu pai e mais dois irmãos para trabalhar comigo. Foi uma grande conquista, com certeza”.
Outra empresa associada é o Frigorífico Santa Fé que iniciou as suas atividades no ano de 1991 e hoje conta com 10 empregados. O proprietário Antônio Eidt se sente seguro ao saber que agora tem parceiros. “Vejo que a maioria dos empresários tem as mesmas dificuldades. Estamos buscando resolver certos problemas que enfrentamos no dia a dia e avalio essa situação com bons olhos. Precisamos nos unir e criar forças. Fico feliz em perceber que o pensamento coletivo ficou acima do interesse pessoal de cada um. Isso que realmente é ser parte de uma associação”, finalizou.
Estrutura da Central de Negócios
A Associação de Agroindústrias Alimentícias de Santa Catarina (ASAASC) está sediada no município de Concórdia e tem como principal objetivo centralizar os pedidos de compras dos associados e, com o aumento de volume, garantir melhores preços. A estrutura consiste em um Centro de Distribuição onde os produtos adquiridos são faturados diretamente aos associados, sem incremento de valor, o que reduz o custo de frete, pois é utilizado o sistema de transporte das próprias agroindústrias. As principais vantagens incluem os ganhos a partir da diminuição dos custos operacionais com insumos e equipamentos, a cooperação entre os empresários com troca de experiências e negociações entre si, a discussão e participação em conjunto da busca por oportunidades e superações de dificuldades, formando um grupo político e economicamente forte e representativo.
Segundo Souza, o grande diferencial, além do ganho econômico individual que fica na média de 18%, é o fato de o atendimento aos fornecedores ser realizado num único local, aumentando o tempo que os associados podem dedicar às suas empresas.
Frigoríficos Associados
Os frigoríficos associados são: Frigorífico Santa Fé, Itapitanga; Frigorífico Samar, São João do Oeste; Frigorífico Cedro Frigor, São José do Cedro; Letavo Alimentos, Guaraciaba; Frigorífico Santin, Quilombo; Frigorífico Lussisa, Chapecó; Bisol Alimentos, Irani; Friprando, Jaborá; Frigorífico Mattei, Concórdia; Frigorífico Loss, Lindóia do Sul; Frigorífico Helbing, Ipumirim; Frigorífico Arabutã, Arabutã; MSM Alimentos, Seara; Frigolaste, Seara; e Sol Alimentos, Itá.
Fonte: Assessoria

Notícias Calendário
Santa Catarina terá 117 feiras e eventos agropecuários no ano
Regiões serrana, extremo e meio oeste programam maior número de exposições no Estado. Abril, maio e setembro têm programação mais extensa

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), em parceria com os 92 Sindicatos Rurais associados no Estado, elaborou o calendário de feiras e eventos agropecuários para 2021. Ao todo, serão 117 exposições entre janeiro a dezembro em todas as regiões catarinenses.
De acordo com o vice-presidente de Finanças da FAESC e coordenador dos programas de bovinocultura e ovinocultura de corte, Antônio Marcos Pagani de Souza, com o controle da pandemia e a vacinação prevista no Estado, a maioria dos eventos voltará a ser presencial. Porém, segundo o dirigente, muitos municípios também manterão o modelo virtual dos leilões e feiras adotado em 2020 durante a crise sanitária.
“Os leilões on-line surgiram para evitar aglomerações na pandemia, porém foi um modelo aprovado pelos produtores e compradores, devido à maior facilidade na organização e o maior alcance na comercialização. A maioria dos compradores prefere leilões presenciais para conferir de perto os animais ofertados, mas, com certeza, o formato virtual é uma inovação que veio para ficar no Estado”, ressalta Pagani.
O maior município da serra catarinense, Lages, tem mais de 20 feiras e eventos programados para o ano. De acordo com o presidente do Sindicato Rural, Márcio Pamplona, os leilões do primeiro semestre serão virtuais. “Decidimos pelo formato on-line para maior prevenção e para anteciparmos a organização dos eventos que acontecem antes da vacina e do controle total da pandemia. A nossa expectativa para o ano é a melhor possível”, ressalta.
Água Doce, no meio oeste catarinense, programa mais de 10 eventos no ano. O presidente do Sindicato Rural, Nilton Bedin, afirma que os leilões e feiras serão mistos, mesclando os dois formatos durante o ano todo, conforme autoriza Portaria nº 999 do Governo do Estado. “Esperamos mais público durante o ano, pois a procura por animais é muito grande”, projeta.
O presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo, demonstra otimismo para 2021, com o fim da pandemia e crescimento do setor em todo o País. “O Agro não parou em 2020 e registrou o segundo maior aumento no número de empregos no Brasil, atrás apenas da construção civil. Para 2021, prevemos alta de 3% do PIB do agronegócio (R$ 1,8 trilhões) e de 4,2% no Valor Bruto da Produção (R$ 941 bilhões), além da maior demanda do mercado externo. Santa Catarina lidera esse crescimento e as feiras e eventos são fundamentais para movimentar o setor”, sublinha Pedrozo.
Confira a Programação
Nome do Evento | Local | Janeiro |
Feira de Gado Geral | Água Doce | 23 |
Nome do Evento | Local | Fevereiro |
Remate do Gado Geral | São Miguel do Oeste | 13 |
Potros & Potrancas – Cabanha Maior | Lages | 20 |
Leilão Fazenda Santa Rita e São Joaquim | Caçador | 21 |
Nome do Evento | Local | Março |
Campo Demonstrativo – 6º Clube da Bezerra | Videira | 3 a 5 |
Feira do Gado Geral | Painel | 6 |
Leilão de Terneiro e Terneira | Campos Novos | 6 |
Remate do Gado Geral | São Miguel do Oeste | 20 |
Feira do Gado Geral | Lages | 20 |
Leilão do Gado Geral | Concórdia | 27 |
Leilão do Gado Geral | São Lourenço do Oeste | 28 |
Nome do Evento | Local | Abril |
Feira de Gado de Leite de Seara | Seara | 1 |
Feira do Gado Geral e Feira do Terneiro | Capão Alto | 6 |
Feira do Terneiro | Caçador | 4 |
Leilão do Gado Geral | Campo Erê | 10 |
Feira de Bovinos | Mafra | 10 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Urupema | 10 |
Leilão do Gado Geral | Capinzal | 10 |
Leilão do Terneiro e da Terneira | Capinzal | 10 |
Feira do Terneiro e Gado Geral | Matos Costa | 11 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Bom Retiro | 11 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Fraiburgo | 17 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Água Doce | 18 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Anita Garibaldi | 18 |
Feira do Terneiro e da Terneira | São Joaquim | 21 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Campo Belo do Sul | 24 |
Feira do Terneiro, Terneira, Novilha, Reprodutores Bovinos e Arremate de Gado Geral | Santa Cecília | 24 |
Remate de Gado Geral | São Miguel do Oeste | 24 |
Bovicorte – Feira do Gado de Corte Programa ATeG | Chapecó | 24 |
Amostra Regional Gado de Corte e Gado de Leite | Major Vieira | 24 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Urubici | 24 |
EXPOTÍLIAS | Treze Tílias | 25 |
Feira da Terneira | Bom Jardim da Serra | 25 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Joaçaba | 25 |
Feira do Terneiro e da Terneira | São José do Cerrito | 25 |
Nome do Evento | Local | Maio |
Feira do Terneiro | Bom Jardim da Serra | 1 |
Feira do Terneiro e da Terneira – Etapa I | Lages | 3 |
Exposição Morfológica de Cavalos Crioulos | Lages | 5 a 9 |
Exposição e Feira de Ovinos | Mafra | 8 |
Feira de Bovinos | Mafra | 8 |
Leilão Doma e Laço – Crioulos da Serra | Lages | 8 |
Feira do Terneiro e da Terneira – Etapa II | Lages | 8 |
Feira do Terneiro e Feira de Gado Geral | Ponte Serrada | 8 |
Feira da Terneira | Curitibanos | 9 |
Feira do Terneiro | Curitibanos | 9 |
Feira do Gado Geral e Reprodutores e Ovinos | Bom Jardim da Serra | 9 |
Feira do Gado Geral | Curitibanos | 10 |
Feira de Reprodutores Bovinos | Curitibanos | 10 |
Feira do Gado Geral | Lages | 10 |
Expocampos | Campos Novos | 13 a 16 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Correia Pinto | 15 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Campos Novos | 15 |
Remate Pecuária Abdonense | Abdon Batista | 16 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Bocaina do Sul | 22 |
Remate do Gado Geral | São Miguel do Oeste | 22 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Capão Alto | 22 |
Expofeira a Feira de Gado Geral | Água Doce | 23 |
Feira do Terneiro e da Terneira | Painel | 23 |
Feira de Gado Geral | Concórdia | 28 |
Pecuária Show Catarinense – Feira de Terneiros e Terneiras | Tubarão | 29 |
Leilão do Gado Geral | São Lourenço do Oeste | 30 |
Feira do Terneiro e Gado Geral | Caçador | 30 |
Nome do Evento | Local | Junho |
Leilão Genética e Produção | Água Doce | 5 |
Feira de Inverno – Gado Geral | Lages | 14 |
Leilão do Gado Geral | Zortéa | 19 |
Leilão de Reprodutores Multiraças | São Miguel do Oeste | 25 |
Exposição Passaporte Expointer – Cavalos Crioulos | Lages | 25 e 26 |
Remate do Gado Geral | São Miguel do Oeste | 26 |
Nome do Evento | Local | Julho |
Feira de Gado Geral | Capão Alto | 3 |
Leilão Charolês do Contestado | Água Doce | 3 |
FEAGRO | Braço do Norte | 8 a 11 |
Freio do Proprietário e Freio Jovem – Cavalos Crioulos | Lages | 16 e 17 |
Feira da Novilha e Reprodutor | Água Doce | 17 |
Leilão Branco de Charolês | Caçador | 18 |
Leilão – Genética Planalto Norte | Mafra | 24 |
Leilão do Gado Geral | Concórdia | 25 |
Dia de Campo e Negócios 3 Maria Agronegócios | Videira | 31 |
Leilão – Genética Planalto Norte | Mafra | 31 |
Nome do Evento | Local | Agosto |
Leilão e Shoppin Fazenda Sonho e Realidade | Água Doce | 15 |
Leilão Guarda Mór – Genética | Lages | 18 |
Remate do Gado Geral | São Miguel do Oeste | 21 |
Feira da Primavera | Campos Novos | 28 |
Nome do Evento | Local | Setembro |
Feira da Primavera | Fraiburgo | 4 |
Leilão Amigos da Pecuária | Caçador | 5 |
Leilão Fazendas Mãe Rainha e Meia Lua – Matrizes | Lages | 9 |
Exposição e Feira de Ovinos | Mafra | 11 |
Exposição e Feira Agropecuária | Mafra | 11 |
Leilão Fazendas Mãe Rainha e Meia Lua – Touros | Lages | 11 |
Leilão Virtual – Cabanha São Luiz – Ivo Tadeu Bianchini | Lages | 15 |
Leilão Primavera | Ponte Serrada | 18 |
Leilão VP – Angus e Brangus | Lages | 18 |
Feira da Primavera de Caçador | Caçador | 19 |
Feira do Gado Geral | Biguaçú | 19 |
Leilão de Gado – Programa ATEG | São José do Cerrito | 19 |
Leilão de Produção – Fazenda Guarda Mór Angus e Brangus | Lages | 21 |
Leilão Top Devon – Cruzas | Lages | 24 |
Leilão Top Devon – Reprodutores e Matrizes | Lages | 25 |
Feira da Primavera | Água Doce | 25 |
EXPOARCS | São Joaquim | 26 |
Nome do Evento | Local | Outubro |
Feira de Gado Geral | Capinzal | 2 |
Feira de Gado Geral Fêmas | Curitibanos | 2 |
Feira de Gado Geral Machos | Curitibanos | 3 |
Feira de Reprodutores Bovinos | Curitibanos | 3 |
Feira de Gado Geral e Reprodutor | Correia Pinto | 9 |
EXPOLAGES 2021 | Lages | 12 a 17 |
Feira do Gado Geral | Santa Cecília | 17 |
Feira do Gado Geral | Biguaçu | 17 |
BOVIEXPO 2021 | Chapecó | 21 a 23 |
Feira do Gado Geral e Reprodutores | Tijucas | 23 |
Remate do Gado Geral | São Miguel do Oeste | 30 |
Nome do Evento | Local | Novembro |
Feira de Gado Geral e Reprodutores | Anita Garibaldi | 6 |
Feira da Novilha, Novilho, Reprodutor e Gado Geral | São José do Cerrito | 7 |
EXPOIOMERÊ | Iomerê | 12 a 14 |
Feira de Gado Geral | Zorteia | 13 |
Feira de Gado Geral e Reprodutor | Capão Alto | 13 |
Leilão do Gado Geral | Concórdia | 20 |
Feira do Gado Geral | Lages | 22 |
Nome do Evento | Local | Dezembro |
Remate de Gado Geral | São Miguel do Oeste | 4 |
Leilão Prenhez Positiva | Caçador | 11 |
Notícias Mercado Interno
Retração dos frigoríficos pressiona cotações da carne suína no Brasil
O mercado brasileiro para a carne suína teve uma semana de pressão nas cotações

O mercado brasileiro para a carne suína teve uma semana de pressão nas cotações, com frigoríficos adotando uma postura mais retraída nas negociações, avaliando que o escoamento da carne evolui de maneira lenta. A avaliação é do analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.
O suinocultor encontra maior dificuldade para reter os animais nas granjas neste momento dado o alto custo da nutrição animal, com milho e farelo de soja em tendência de alta, operando com margens deterioradas. “O fim do auxílio emergencial e aumento das despesas das famílias neste momento são fatores negativos para o consumo. O quadro de disponibilidade de carne suína tende a aumentar no curto prazo, fator que pode resultar em novas quedas de preços”, acrescenta Maia.
Quanto ao milho, o cenário deve ser bastante complicado ao longo do primeiro semestre, devido à safra de verão curta e a logística centrada na soja. “Deste modo, o produtor deve se atentar ao tamanho do alojamento. Dados da exportação de carne suína também merecem atenção ao longo das próximas semanas, com a necessidade de bons fluxos para mitigar parte do cenário negativo”, completa.
China
Os preços de suínos vivos na China em dezembro ficaram em 33 yuans por quilo, alta de 14% mês a mês e no mesmo nível registrado um ano antes. Segundo relatório mensal do banco holandês, Rabobank, relativo a alimentos e agronegócio no país asiático, os preços chegaram a 38 yuans por quilo no início de janeiro, perto dos valores recorde, apesar da liberação de carne suína congelada de reservas estatais.
“Isso reflete a forte demanda sazonal e o aperto da oferta no mercado”, diz o documento assinado pela analista de proteína animal do banco, Chenjun Pan. O Rabobank prevê que os preços devam começar a cair na segunda metade do primeiro trimestre de 2021 e depois cair a um patamar entre 22 e 26 yuans por quilo para o balanço de 2021, ficando de 25 a 30% abaixo da média para 2020.
Notícias Mercado
USDA confirma aperto na oferta de soja e preços sobem
A confirmação de um quadro de aperto na oferta global da oleaginosa sustenta as cotações

Os preços da soja tiveram mais uma semana de firmeza no Brasil e de ganhos consistentes para os contratos futuros negociados em Chicago. A confirmação de um quadro de aperto na oferta global da oleaginosa sustenta as cotações.
O relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,135 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 112,53 milhões de toneladas, abaixo do esperado no relatório anterior: 4,170 bilhões de bushels ou 113,5 milhões de toneladas. O mercado apostava em 4,155 bilhões ou 113,07 milhões.
Os estoques finais estão estimados em 140 milhões de bushels ou 3,81 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 135 milhões ou 3,67 milhões de toneladas. No relatório anterior, os estoques estavam projetados em 175 milhões de bushels – 4,76 milhões de toneladas.
O USDA indicou esmagamento em 2,2 bilhões de bushels e exportação de 2,230 bilhões, contra 2,195 e 2,2 bilhões projetados em dezembro, respectivamente.
O relatório USDA projetou safra mundial de soja em 2020/21 de 361 milhões de toneladas. Em dezembro, o número era de 362,05 milhões de toneladas.
Os estoques finais estão estimados em 84,31 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 83 milhões de toneladas. Em dezembro, a previsão era de 85,64 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 112,53 milhões de toneladas. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 133 milhões de toneladas, repetindo o número de dezembro. A Argentina deverá produzir 48 milhões de toneladas. A previsão anterior era de 50 milhões de toneladas.
A estimativa para as importações chinesas em 2020/21 é de 100 milhões de toneladas, mantendo a previsão do mês anterior.