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Notícias Pragas ocasionais

Lagartas causam danos às pastagens no Oeste de São Paulo

Embora a incidência do problema seja no interior paulista, pastagens de todo país também correm risco.

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Fotos: Divulgação

Velhas conhecidas dos pecuaristas brasileiros, as lagartas voltam a tirar o sono dos produtores na região Oeste do Estado de São Paulo. Essas pragas estão atacando e “comendo” o pasto que serviria de alimento, principalmente para o gado. A causa, segundo o zootecnista da Soesp – Sementes Oeste Paulista, doutor em forragicultura, Diogo Rodrigues, é o período de chuvas iniciado em janeiro, que proporciona condições ideais para a rápida multiplicação da praga.

As lagartas são consideradas pragas ocasionais em pastagens, mas quando estão em altos níveis populacionais têm o potencial de reduzir a quantidade de forragem disponível. Segundo o especialista, o estabelecimento do pasto é o momento mais afetado pelos ataques. “Por isso é importante estar atento às áreas de pastagens, pois a rápida identificação da praga lhe permitirá um controle mais eficiente e evitará futuros danos econômicos à atividade”, explica Diogo.

As vilãs

No Brasil, as duas espécies responsáveis pelos ataques são a Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e a Curuquerê-dos-capinzais (Mocis latipes). A primeira, também conhecida como lagarta militar, tem ciclo biológico que compreende quatro fases: ovo, lagarta, pupa e adulto. Em média, essa espécie precisa de três dias para a incubação dos ovos, gerando lagartas. Esta fase dura de 16 a 20 dias e é quando ocorrem os maiores danos. “Mas, à medida que se desenvolvem, passam a consumir as folhas a partir das bordas para o centro, destruindo-as por inteiro e causando grandes prejuízos”, aponta Rodrigues.

Já a Curuquerê-dos-capinzais se diferencia facilmente por causa da sua locomoção, levantando o dorso como se estivesse “medindo palmos”. Seus ovos são colocados sobre as folhas, com a eclosão das lagartas ocorrendo após um período de 7 a 12 dias. A fase larval dura cerca de 25 dias.

Para o zootecnista, o fator mais importante com relação ao monitoramento das áreas é entender que os ataques ocorrem tanto no momento do estabelecimento das pastagens quanto naquelas já estabelecidas; mas é quando atacam no estabelecimento, ou seja, nos primeiros dias da germinação, que o prejuízo pode ser bastante grande. Por isso, o cuidado nessas áreas deve ser maior.

Outro ponto importante, segundo o profissional, é que se uma lavoura vizinha da pastagem for composta por capim resistente ao ataque das lagartas, “elas podem migrar para o pasto, e não escolhem entre panicum ou brachiaria, causam sérios danos às duas variedades”. Vale lembrar, ainda, que ataques de lagartas também podem ocorrer em lavouras como milho.

 Rapidez é importante

Ao eclodirem os ovos na pastagem, as lagartas, sejam de qual espécie for, já começam a consumir a folha de capim até completar seu crescimento. Estudos indicam que cada uma delas consome em média 14 mil mm² de folha de capim até a fase adulta. “Por isso, é muito importante monitorar o pasto, principalmente se as sementes de pastagem estiverem germinadas há poucos dias, e ficar de olho nas mariposas adultas – afinal, serão elas as responsáveis por depositar os ovos”, explica Rodrigues.

Esse monitoramento das mariposas também pode ser feito com armadilhas de luz negra ou de feromônio, assim o tempo para agir é maior (depois de percebido um aumento populacional de mariposas). “Se perceber aumento no número de mariposas, espera-se que ocorra um aumento na população de lagartas no campo 2 a 3 semanas depois, possibilitando fazer o controle”, finaliza o profissional da Soesp.

De maneira geral, a quantidade de 50 a 100 lagartas por metro quadrado já justifica o início das operações de controle. De forma biológica, produtos microbianos à base de Bacillus thuringiensis são utilizados para o controle de Curuquerê-dos-capinzais. Há ainda outros testes que utilizam fungos como Beauveria bassiana, que em experimento conduzido se mostrou eficaz.

Quimicamente, para a Lagarta-do-cartucho (do milho), o controle deve ser à base de fosforados, clorofosforados, carbamatos e piretroides, entre outros. Para mariposas pode ser usada isca preparada com 1 kg de melaço, 10 litros de água e 25 gramas de metomil.

Com a Curuquerê-dos-capinzais, o controle feito para as ninfas pode ser feito usando thiamethoxam ou carbofuran granulados, aplicados de um dos lados da touceira. Já para adultos é recomendada a aplicação de um inseticida seletivo que não atinja inimigos naturais da cigarrinha, como carbaril, triclorfon e malation. Sempre consulte um profissional para a aplicação e manuseio correto destes materiais.

Fonte: Assessoria

Colunistas

Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.

O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.

Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.

Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.

Fonte: Por Bruno Sampaio, gestor do Bmg Agro e do Guima Café
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Notícias

A importância da pesquisa agropecuária

A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

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Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Vanir Zanatta - Foto: Divulgação/MB Comunicação

O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.

Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.

Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.

A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.

A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.

Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade  Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).

As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de  pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.

Fonte: Por Vanir Zanatta, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
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Notícias Atenção produtor rural

Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc

Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.

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Foto: José Fernando Ogura

O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.

A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.

O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.

A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).

O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).

No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.

A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.

O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.

Fonte: Assessoria Faesc
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