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Notícias PCR em Tempo Real

Laboratório do Paraná é pioneiro no uso de técnica molecular no diagnóstico da raiva

Protocolo desenvolvido pelo Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti substitui o uso de aproximadamente 4 mil camundongos por ano, além de ganhar em rapidez e precisão.

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Fotos: SEAB-PARANÁ

O Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti (CDME), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), é o primeiro laboratório da Rede Nacional de Agricultura a utilizar o PCR em Tempo Real (qPCR) para diagnóstico da raiva em herbívoros como rotina. A tecnologia, utilizada desde novembro deste ano, substitui o uso de animais para isolamento do vírus na prova confirmatória e possibilita diagnóstico mais preciso e em menos tempo, entre outras vantagens.

“O Sistema de Agricultura do Paraná, de uma forma geral, tem buscado e conseguido entregar bons resultados com o uso de tecnologias mais modernas, e nosso laboratório, que já é uma das referências nacionais, dá mais esse salto de eficiência, demonstrando respeito à agropecuária e à sociedade paranaense”, disse o presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. “É bom para todo o Paraná termos, na Agência de Defesa, profissionais tão competentes como os que atuam no Centro de Diagnóstico”.

Segundo o gerente de Laboratórios da Adapar, Rubens Chaguri de Oliveira, a técnica do PCR em Tempo Real é uma das melhores em termos de resultados mais precisos e mais rápidos. “Isso é muito importante nesse caso, por se tratar de uma zoonose, e ser um problema de saúde pública”, afirmou. “São muitas pessoas envolvidas, cada uma contribuindo dentro das suas competências, e hoje a gente vê o resultado disso, que é a obtenção da padronização dessa técnica e a sua utilização para prestar um serviço público de melhor qualidade”.

Oliveira ressalta que foi imprescindível a parceria com a iniciativa privada para o êxito neste diagnóstico, já que o equipamento de PCR em Tempo Real foi doado pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar).

“Esse equipamento é essencial para a modernização das técnicas de diagnóstico executadas no CDME, diversos diagnósticos importantes para a defesa agropecuária estão em fase de implantação, tais como: Influenza A e Doença de Newcastle para aves, entre outros. Buscamos otimizar ao máximo o uso deste equipamento”, disse.

Padrão Mundial

Entre os envolvidos estão as médicas veterinárias Maria A. Carvalho Patrício, Aniê Francabandiera e Maria Constanza Rodriguez. Segundo elas, a determinação por alterar os métodos vinha crescendo dentro da instituição, sobretudo porque as técnicas moleculares são cada vez mais utilizadas.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelece como padrão em teste de triagem a imunofluorescência direta (IFD), e a prova biológica como confirmatória. O resultado da prova primária é emitido em até 48 horas e orienta as medidas emergenciais. A prova biológica, até então confirmatória, era feita com o isolamento do vírus por meio da inoculação em camundongos da amostra suspeita de raiva. O resultado dessa prova, que demorava até 30 dias para ser apresentado, poderá ser de 48 horas com a nova técnica, considerando a urgência.

A veterinária Maria Patrício salienta que, no início, a equipe tinha como desafio substituir o uso de animais de laboratório por uma técnica que fosse tão sensível e tão específica quanto a prova biológica. “Buscamos protocolos já aceitos e reconhecidos, encontramos os trabalhos publicados pelo Center for Disease Control (CDC), de Atlanta (EUA), e contatamos a pesquisadora para desenvolver o trabalho no nosso laboratório”, disse.

De posse dos novos conhecimentos e dos materiais, a equipe do Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti padronizou um protocolo paranaense. Desde que o novo método passou a ser utilizado, outros laboratórios de agricultura do País têm entrado em contato em busca de informações e de treinamento.

“No CDME, trabalhamos muito em equipe, temos as médicas veterinárias que já tinham todo um background em qPCR, cada uma foi colaborando com o seu entendimento, o seu conhecimento para que a gente conseguisse montar essa estrutura do PCR em Tempo Real aqui no laboratório”, reforçou Aniê Francabandiera.

Vantagens

Maria Constanza Rodriguez destacou que a técnica desenvolvida apresentou melhores resultados. “Até mesmo as amostras mal conservadas ou degradadas podem ser analisadas pelo novo método oferecendo resultado mais confiável”, afirmou.

Entre as vantagens, as veterinárias relacionam o fim da necessidade de animais e de grande estrutura de manutenção e cuidados. Eram feitos, em média, 500 testes confirmatórios anuais, o que levava ao uso de cerca de 4 mil camundongos. A isso se soma a redução no tempo de validação do resultado, a possibilidade de processar grande número de amostras simultaneamente e a redução de resíduos e material de descarte gerados.

“A sensação é de realização, é de um crescimento. Vejo como uma evolução”, disse Francabandiera. “Estou muito realizada e extremamente feliz com os resultados e com a possibilidade de substituir a prova”, acrescentou Patrício.

Doença

A raiva é uma doença endêmica no Paraná. Ela é causada por um vírus cuja variante 3 está associada ao morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus, principal reservatório e transmissor para herbívoros domésticos, como bovinos, equinos, caprinos e ovinos. O diagnóstico laboratorial somente é possível após a morte do animal suspeito, por meio da coleta de amostra de material do sistema nervoso central.

Nos últimos cinco anos, ocorreram, em média, 60 focos anuais. Neste ano, a Adapar já foi comunicada sobre 71 focos em herbívoros. O órgão de defesa agropecuária faz monitoramento em mais de 800 abrigos de morcegos hematófagos. Eles se alimentam exclusivamente de sangue e, se estiverem contaminados com o vírus da raiva, poderão transmiti-la aos animais e aos seres humanos.

Paraná tem recorde no abate de suínos e mantém liderança na produção de carne de frango
No caso dos animais, a única forma de prevenção é por meio da vacinação, aplicada a partir dos 3 meses de idade, com reforço 30 dias depois e revacinação anual. Os proprietários de rebanhos também devem notificar a Adapar qualquer sinal diferente, como alteração do comportamento, salivação abundante e dificuldade de locomoção ou se houver abrigos dos morcegos em seus estabelecimentos rurais.

Outra obrigação é usar a pasta vampiricida ao redor das feridas provocadas pelas mordeduras. Nunca se deve tocar diretamente um morcego. Aqueles que forem encontrados mortos ou caídos devem ser encaminhados à Adapar para o diagnóstico laboratorial.

Fonte: AEN/Paraná

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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