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Notícias Oscilações de temperatura

La Niña segue afetando agricultura até 2023

Prognóstico é de chuvas irregulares, temperaturas extremas e geadas tardias. Efeitos do fenômeno climático começam a desacelerar a partir do verão.

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Foto: Divulgação

Os impactos do fenômeno La Niña serão sentidos pelos produtores rurais até o final da colheita da safra 2022/23. A irregularidade de chuvas e oscilações de temperatura devem se manter até o verão de 2023. “Neste intervalo, o agricultor pode ter problemas com falta ou excesso de chuvas. Teremos períodos de mais de três semanas com pouca ou nenhuma precipitação, e, outros, de uma a cinco semanas, com chuva mais intensa e constante. Também há risco de temporais mais intensos que o normal”, sinalizou Ronaldo Coutinho, engenheiro agrônomo da Climaterra Meteorologia.

Em relação às temperaturas, o especialista aponta a mesma tendência de variações, com intervalores maiores de frio, quedas bruscas de temperatura e períodos curtos de calor. No Paraná, a primavera promete ser mais fria, com chuvas irregulares. Coutinho também alerta para ocorrência de geadas tardias, com potencial de dano nas lavouras em áreas de maior altitude até novembro.

“O inverno tardio é característica de La Niña. Isso influencia quem quer plantar as culturas de verão mais cedo, quem tem culturas de inverno e, principalmente, a fruticultura”, afirmou. “Os meses de outubro, novembro e dezembro talvez sejam o período mais crítico nas lavouras”, acrescentou.

Foto: Divulgação/Faep/Senar/PR

Diante deste cenário de instabilidade, uma das recomendações para o produtor é o escalonamento do plantio. Coutinho orienta o uso de cultivares de ciclos intermediários e que a semeadura seja feita por último em regiões de baixada, onde há maior risco de geadas. Além disso, é indispensável que o agricultor tenha seguro contra perdas por intempéries climáticas.

Com a chegada do verão, a perspectiva é que a intensidade do La Niña diminua, mas seus efeitos ainda poderão ser sentidos, mesmo que de forma mais branda. “Não acredito em uma situação tão ruim como a do ano passado, com base nos dados de janeiro e fevereiro de 2023, que estão mais próximos da normalidade”, avaliou Coutinho.

Monitoramento da seca

Durante a transmissão ao vivo, especialistas abordaram os principais aspectos de monitoramento da seca, que depende das características climáticas e hidrológicas da região, além dos tipos de impactos produzidos.

O Programa Monitor de Secas, sob coordenação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), é uma ferramenta para acompanhamento regular e periódico da seca. O programa, que começou em 2014 como um projeto piloto na região Nordeste do Brasil, desde então tem evoluído para alcançar cobertura nacional. Hoje, apenas seis Estados da região Norte estão de fora, que serão inclusos até 2023.

Um dos principais resultados do programa é a elaboração de mapas regionais mensais com classificação da seca por grau de severidade. “A ferramenta baseia-se na convergência de evidências, com dados meteorológicos, hidrológicos, agrícolas e observação de impactos. É importante frisar que o monitor não faz previsão de seca, mas fornece diagnósticos para que as instituições estaduais conheçam a dinâmica do fenômeno e possam tomar decisões adequadas”, apontou Priscila Monteiro Gonçalves, meteorologista da ANA.

No Paraná, o programa tem parceria com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e Instituto Água e Terra (IAT), responsáveis por analisar os mapas e agregar informações durante a etapa de validação, com o objetivo de traçar o melhor retrato da seca no Estado.

“A seca é um fenômeno muito complexo, que afeta setores de diferentes formas. O diagnóstico é tão importante quanto dar previsões, porque se desenvolve de forma bastante lenta. Por isso, o monitoramento contínuo é essencial para ações de enfrentamento, em que a coesão interinstitucional é fundamental”, afirmou Arlan Scortegagna, hidrólogo do Simepar.

O especialista apresentou mapas de anomalias de precipitação mensais, trimestrais, semestrais e anuais, trazendo um panorama hidrológico do Paraná frente à crise hídrica. Segundo Scortegagna, a seca hidrológica, que afeta mananciais e bacias, é mais difícil de ser identificada, pois requer séries históricas longas.

“No Paraná, há pouquíssimas séries históricas desse nível. É preciso um monitoramento sofisticado em termos de vazão para conseguirmos fazer essa previsão”, explicou. “Desenvolvemos ferramentas operacionais para isso e, agora, as experiências de um evento devem ser aplicadas nos próximos períodos de seca que vamos enfrentar, o que geralmente ocorre a cada 15 ou 20 anos”, complementou.

Fonte: Ascom Faep/Senar/PR

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StoneX reduz produção brasileira de trigo 2024/25 para 8,59 milhões de toneladas

Além das perdas no Rio Grande do Sul, as baixas observadas no oeste de Santa Catarina, principal região produtora do estado, também contribuíram para a diminuição.

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Foto: Jaelson Lucas

A StoneX atualizou sua estimativa para a produção de trigo 2024/25 do Brasil, projetando queda de 6,8%, passando de 9,22 para 8,59 milhões de toneladas.

Em um momento em que as atenções estão voltadas para o Rio Grande do Sul (RS), após inundações terem causado grandes perdas materiais e humanas, um primeiro corte foi realizado na área plantada do estado, que inicialmente se reduziria em 200 mil hectares, podendo haver novas atualizações nas próximas divulgações.

“As perdas poderiam se ampliar por duas frentes: a logística e a capacidade financeira dos agricultores. Por um lado, estradas e pontes foram afetados, dificultando o acesso aos portos tanto para escoamento dos produtos, como para acesso a insumos. Por outro lado, após três safras de verão consecutivas com rendimentos abaixo do esperado, a capitalização dos produtores encontra-se fragilizada, constituindo outro elemento que poderia diminuir os investimentos nas lavouras, com repercussões na produtividade”, avaliou a consultoria, em relatório, nesta sexta-feira (10).

Além das perdas em solos gaúchos, a redução também reflete o oeste de Santa Catarina, principal região produtora do estado.

Com a queda produtiva, o primeiro ajuste realizado para cima foi nas possíveis importações, uma vez que em um cenário que já se encontrava ajustado e sem perspectivas de maiores excedentes para exportações, agora espera-se uma maior necessidade de se comprar mais trigo do exterior, com a estimativa de importação passando de 5,71 para 6,25 milhões de toneladas.

É preciso acompanhar também o uso para semente e o consumo interno. Em relação às sementes a estimativa foi reduzida em quase 7%. Já para a demanda doméstica, a situação é de instabilidade, uma vez que o aumento esperado inicialmente pode não se concretizar.

Assim, apesar de um cenário ainda é incerto, foi reduzida a oferta em 0,6%.

Fonte: Assessoria StoneX Brasil
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Protocolo aumenta eficiência de controle de carrapatos em gado leiteiro

É fundamental um carrapaticida eficiente associado ao cuidado estratégico e à orientação técnica. Dentro de uma mesma fazenda, com uma mesma raça, há formas diferentes de tratar o rebanho. Bezerros de 4 a 8 meses, por exemplo, precisam de mais banhos, evidencia a médica-veterinária Adrielly Michelon

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Nos dias quentes, os produtores que trabalham com gado de leite acabam tendo desafios não apenas para oferecer bem-estar aos animais, mas também pelo fato desses períodos serem propícios à infestação de carrapatos bovinos (Rhipicephalus microplus). O combo formado por clima úmido, mais luz e altas temperaturas oferece as condições ideais para a multiplicação deste parasita.

Conforme a médica-veterinária da Frimesa, Adrielly Mayann Michelon, os carrapatos são ectoparasitas que causam perda de peso, danificam o couro, transmitem agentes patógenos e/ou produzem lesões que predispõem os animais a infecções secundárias. Esse parasita, além de sugar o sangue e furar o couro, mantém os animais sob estresse contínuo.

Médica-veterinária da Frimesa, Adrielly Mayann Michelon, com produtores associados da Copagril – Fotos: Divulgação/Copagril

De acordo com a veterinária, durante a hematofagia, os carrapatos que apresentarem algum agente patogênico podem transmitir os patógenos pela saliva e provocar doenças como a Tristeza Parasitária Bovina – TPB. “O ataque de carrapatos pode causar perda expressiva na produção, dependendo do grau da infestação. Eles podem transmitir a tristeza parasitaria (amarelão), causando perdas econômicas com descarte de leite e medicamentos e podendo causar até a morte do animal”, afirma.

Além disso, as mordidas dos carrapatos causam lesões no couro devido às picadas, o que aumenta o risco de se desenvolver doenças, além de favorecer a penetração de larvas de moscas causadoras das bicheiras (miíases).

Efeitos

A profissional explica que o carrapato-do-boi causa grandes prejuízos econômicos à cadeia produtiva de bovinos e para que ele não chegue a uma situação parasitária, é necessário o controle desde a fase inicial, pois se não, com a vaca completamente infestada, a maior parte dos danos já se torna irreversível.

O produtor e associado da Copagril, Gione Heck, morador da Linha Boa Vista, distrito de Novo Três Passos, em Marechal Cândido Rondon, lembra que os eventos climáticos extremos, influenciados pelo El Niño e outros fenômenos, que deixam as temperaturas mais quentes, agravam a situação, daí a importância de se fazer um controle estratégico dos ectoparasitas, de acordo com as estações do ano. “Quando tivemos o problema com carrapatos, graças à assistência veterinária disponibilizada pela Copagril nós conseguimos praticar e implementar um protocolo de 180 dias onde consiste em três aplicações de um carrapaticida, sempre utilizando um produto de alta capacidade e com base de cipermetrina com clorofórmica, independente se havia ou não carrapatos naquele momento. E desde aquela época, é esse protocolo que eu sigo”, pontua Heck.

O produtor ainda afirma que, após adotar o protocolo, nunca mais teve problemas com uma infestação de carrapatos.

Cuidados

A médica-veterinária da Frimesa destaca que, para a obtenção dos melhores resultados, não basta a tecnologia farmacêutica, é preciso adotar um protocolo. “É fundamental um carrapaticida eficiente associado ao cuidado estratégico e à orientação técnica. Dentro de uma mesma fazenda, com uma mesma raça, há formas diferentes de tratar o rebanho. Bezerros de 4 a 8 meses, por exemplo, precisam de mais banhos”, esclarece Adrielly.

Fonte: Assessoria Copagril
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Nota Fiscal de Produtor eletrônica passa a ser obrigatória a partir de 02 de janeiro de 2025

Alteração faz parte de um processo para levar mais agilidade e eficiência fiscal, já que a nota eletrônica é gerada e autorizada imediatamente pelo portal da Receita Estadual.

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Foto: Reprodução

Durante reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), realizada na última terça-feira (07), foi tomada decisão sobre a alteração do prazo de início da obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica de Produtor Rural (NFP-e); a partir de agora, a obrigação entra em vigor no dia 02 de janeiro de 2025.

Anteriormente, a obrigatoriedade era que todos os produtores rurais que faturaram mais de R$ 1 milhão em 2022 deveriam utilizar, obrigatoriamente, a Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e) a partir do 1º de maio; entretanto, essa decisão foi alterada. Além da prorrogação do prazo, o critério que obrigava produtores rurais com faturamento no ano de 2022 de R$ 1 milhão a utilizar a NFP-e a partir de 01 de maio de 2024, também foi alterado, e o prazo de início passa para o dia 02 de janeiro de 2025.

Com a obrigatoriedade começando a valer, a Cooperativa Agroindustrial Copagril permanece com a recomendação para que todos os associados e associadas busquem pela regularização no site da Receita Federal, para evitar problemas. Em caso de dúvida, os sindicatos rurais e o Sistema Faep/Senar-PR estão à disposição para ajudar.

A alteração faz parte de um processo para levar mais agilidade e eficiência fiscal, já que a nota eletrônica é gerada e autorizada imediatamente pelo portal da Receita Estadual. Outra vantagem é o fato de o produtor rural não precisar se deslocar até a prefeitura. Em caso de dúvidas, a Copagril orienta os produtores rurais a buscarem auxílio no setor do Bloco de Produtor Rural das prefeituras municipais, nos sindicatos ou ainda em escritórios de contabilidade.

Fonte: Assessoria Copagril
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