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Junho terá importante debate sobre a qualidade do leite em Erechim

Simpósio do Leite reunirá importantes autoridades em um fórum no dia 8 no Parque da Accie

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O Simpósio do Leite de Erechim já está entre os principais eventos do segmento na cadeia leiteira no Sul do Brasil. Este ano, acontecerá entre os dias 8 e 9 de junho. O primeiro dia será reservado a um importante evento, o Fórum Nacional de Lácteos, que vai debater a qualidade do leite brasileiro.

No centro dos debates, estarão importantes autoridades ligadas ao setor. O moderador será o chefe geral da Embrapa Gado de Leite, de MG, o também doutor, Paulo do Carmo Martins.

Entre os debatedores estarão o deputado federal, Alceu Moreira (RS), o chefe da Divisão Técnica do Senar RS, João Augusto Araújo Telles e o Assistente Técnico Regional da Emater RS na Área de Criações, Vilmar Fruscalso.

De acordo com Fruscalso, que também é engenheiro agrônomo e doutorando em bovinos de leite, trata-se de um tema relevante para toda a cadeia de lácteos. “Qualidade do leite é importante para o consumidor que deseja consumir alimentos saudáveis, seguros e nutritivos. O leite é um alimento nobre e não deve fugir a isso. É importante para a indústria, pois ela precisa viabilizar técnica e economicamente seus processos industriais. Por exemplo, o queijo deve ter alto rendimento (menos de 10 litros de leite deve render um kg de queijo). Para obter iogurte, o leite deve fermentar. Para fermentar não pode ter resíduos de antibióticos. A obtenção do leite UHT (maior parte do leite fluido consumido hoje) requer alta estabilidade térmica, a fim de evitar que coagule durante o processo industrial, o que traria enormes prejuízos à indústria”, destaca Frsucalso.

Ele amplia ainda que a qualidade do leite é importante para o pecuarista (produtor), “pois é antiético e antieconômico produzir alimentos que não satisfazem a legislação, a segurança alimentar, os pré-requisitos industriais e as necessidades dos consumidores”. “Enfim, o leite deve ter qualidade sensorial (natural), higiênica (saudável), nutricional (nutritivo), tecnológica (processável) e ética (produzido com respeito ao ambiente, aos animais e aos humanos. Ex. sem mão de oba escrava)”, acrescenta o Assistente Técnico.

Fruscalso cita ainda que é importante tratar da qualidade do leite porque milhares de famílias gaúchas dependem da renda do leite para sobreviver.” Das 479.692 propriedades rurais do Rio Grande do Sul, 198.467 produzem alguma quantidade de leite, mesmo que apenas para o consumo da família. Dentre as quase 200 mil propriedades que possuem pelo menos uma vaca de leite, 83.975 vendem leite cru para indústrias, cooperativas ou queijarias; 224 processam leite em agroindústrias próprias legalizadas; 4.042 comercializam leite cru diretamente para o consumidor e 8.093 comercializam derivados lácteos de fabricação caseira (dados da Emater/RS e IGL, 2015). Esses números mostram que a Bovinocultura de leite atualmente é de fundamental importância econômica e social para a Agropecuária Gaúcha. Isso justifica a escolha do tema, ainda mais depois dos inúmeros escândalos sobre adulteração do leite estrelados por transportadores, laticínios e cooperativas do Alto Uruguai Gaúcho durante o ano de 2015”, explica.

Evoluindo na qualidade do leite

Segundo Vilmar Fruscalso, um dos primeiros pontos a se evoluir na questão da qualidade do leite no Brasil está no transporte. “É inconcebível o que ocorre com o leite entre a granja leiteira e a Indústria. É fácil demais adulterar, burlar, enganar a fiscalização e os próprios consumidores. Chega de adicionar água, soda caustica, ácido, sal, açúcar, ureia, soro, etc….etc… etc… ao leite. Isso é um deboche com os consumidores. Uma boa solução possivelmente passe por caminhões monitorados por GPS, com coletores automáticos, cuja amostragem do leite independe do envolvimento do transportador”, explica o Assistente Técnico.

Outro ponto está na qualificação dos envolvidos no processo produtivo. “Especialmente na higiene (instalações, equipamentos e ordenhadores), conservação do leite e sanidade dos animais (especialmente mastite). Precisamos evoluir ainda na nutrição do rebanho leiteiro: os bovinos de leite ainda passam muita fome, especialmente no outono. Leite produzido por vaca subnutrida não é leite de qualidade”, destaca Fruscalso.

Também é preciso evoluir na remuneração por qualidade, segundo Fruscalso, com pagamento por sólidos, baixa CCS e CBT e alta PB e GB. “E, por outro lado, punição aos altos conteúdos de CCS, CBT e resíduos físicos (estrume, poeiras, restos de alimentos, adornos de ordenhadores, cabelo, unhas….), químicos (agrotóxicos, antibióticos, detergentes e medicamentos em geral) ou bilógicos (toxinas, bactérias patogênicas)no leite. Precisamos também que na assistência técnica qualificada e continuada, presente rotineiramente nas granjas leiteiras, que deverá auxiliar na adoção de sistemas que primam por técnicas produtivas voltadas à qualidade do leite”, comenta o Assistente Técnico.

A indústria no processo

Para Vilmar Fruscalso, a indústria precisa valorizar “de verdade” a qualidade do leite. “Pagar mais para quem produz leite com baixa CCS e CBT e altos teores de sólidos, especialmente PB e GB. Tá na hora de a indústria começar a pagar por sólidos, como já ocorre em outros países. Analisar e devolver os resultados aos pecuaristas e, mais do que isso, discutir com ele as causas da baixa qualidade (quando for o caso) e como produzir com qualidade. Parece-nos que, hoje, os técnicos das Empresas que compram leite são mais captadores de leite e vendedores de insumos do que Assessores técnicos. Eles aparecem nas Granjas leiteiras somente quando surge algum problema ou para cobrar qualidade ou mais quantidade”, enfatiza Fruscalso.

Segundo ele, ocorre que poucos laticínios incentivam financeiramente a estruturação da propriedade e o aumento da quantidade e também não ajudam no diagnóstico dos problemas de qualidade, nem colaboram no encaminhamento de possíveis soluções. “Os programas de pagamento por qualidade devem ser mais claros aos pecuaristas. Ora! Se há pagamento por qualidade é natural que haja flutuação de preço mês a mês. No entanto isso não ocorre. O que normalmente ocorre é pagamento de um preço fixo, com variações em itens “inventados” pela indústria para dar a falsa impressão que está pagando por qualidade. Exemplos destas rubricas seriam: incentivo técnico, incentivo de mercado, outros incentivos… Mas que incentivos são esses, afinal? Parecem subterfúgios para driblar a questão da qualidade. Então, se o leite do mês tem qualidade paga-se por qualidade e diminui-se desses outros tais “incentivos”. Se o leite não tem qualidade, zera-se o valor por qualidade e aumentam-se “artificialmente” estes outros “incentivos” e o preço final fica o mesmo. Onde está o incentivo por qualidade?”, questiona.

Fórum Nacional de Lácteos

O Fórum Nacional de Lácteos que terá moderador o doutor e chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Carmo Martins. O evento acontecerá no primeiro dia do Simpósio, 8 de junho.

São convidados a debater no Fórum, o deputado federal e presidente da Subcomissão de Política Agrária na Câmara Federal, Alceu Moreira, o chefe da Divisão Técnica do Senar/RS, João Augusto Araújo Telles e o engenheiro agrônomo e doutorando em bovinos de leite, Vilmar Fruscalso, ele que é assistente técnico regional da Emater RS, na área de Criações.

Simpósio do Leite

O Simpósio deste ano será composto por cinco importantes palestras, todas no dia 9 de junho. A primeira delas abordará o impacto do tratamento precoce do edema de úbere, pelo palestrante, Marcelo Feckighaus, com apoio da Ouro Fino.

O segundo tema do dia será sobre atualidades na hipocalcemia de vacas leiteiras, prevenções e implicações, em palestra do professor Rodrigo Almeida, que terá apoio da Bayer.

A médica veterinária, Cristiane Azevedo, com apoio da Zoetis, abordará o tema criação de terneiras, como criar uma futura vaca em lactação.

As doenças do caso em bovinos leiteiros será tema da palestra de Rogério Carvalho Souza, com apoio da R&R Aperfeiçoamento e ReHagro.

Para fechar o ciclo de palestras, o pesquisador e consultor, Wagner Beskow falará sobre a visão neozelandesa de melhoramento de bovinos leiteiros aplicada ao Brasil.

Mais informações podem ser conferidas no site oficial do evento, no endereço www.simposiodoleite.com.br, pelo email contato@simposiodoleite.com.br ou pelos telefones (54) 9691-8408 e 9680-1635.

Fonte: Assessoria

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Notícias Em Marechal Cândido Rondon (PR)

Lar formaliza aquisição da indústria esmagadora de soja da Copagril

Formalização do acordo ainda depende da entrega da documentação necessária e do encaminhamento da transação aos órgãos reguladores competentes para aprovação.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

No fim da tarde desta segunda-feira (23), as cooperativa Lar e Copagril emitiram uma nota conjunta anunciando a formalização de uma transação estratégica para aquisição da Indústria Esmagadora de Soja, localizada em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná.

Segundo o comunicado, a decisão de venda por parte da Copagril está alinhada ao seu redirecionamento estratégico de negócios, enquanto a Lar Cooperativa aproveita a oportunidade para expandir sua atuação no setor de esmagamento de soja. “Essa aquisição reforça o compromisso da Lar em ampliar sua cadeia produtiva, beneficiando diretamente seus cooperados”, destacam na nota.

A formalização do acordo ainda depende da entrega da documentação necessária e do encaminhamento da transação aos órgãos reguladores competentes para aprovação.

A compra representa um passo importante para a Lar, que vê no setor de processamento de soja um eixo crucial para seu crescimento. Já a Copagril foca em direcionar suas operações para áreas de maior sinergia com seus novos objetivos de mercado.

Confira a nota na íntegra:

Fonte: O Presente Rural
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Feedlot Summit 2024 traça os caminhos para sucesso do confinador e atualização de tecnologias

Com palestras de diversos especialistas de mercado, o evento proporcionou uma visão de longo prazo sobre a virada do ciclo pecuário.

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Fotos: Divulgação

A diversidade de temas voltados a oferecer respostas e ferramentas práticas para pecuaristas e confinadores marcou o Feedlot Summit 2024, realizado nos dias 18, 19 e 20 de setembro, em Goiânia (GO), com organização da Coan Consultoria.

Com palestras de diversos especialistas de mercado, o evento proporcionou uma visão de longo prazo sobre a virada do ciclo pecuário, destacando os momentos oportunos esperados para 2025 e 2026, quando é prevista a consolidação dos preços.

“No entanto, para garantir esse sucesso, o pecuarista precisa estar atualizado com os cenários que apresentamos, compreendendo como aplicar as tecnologias e adotando métricas que possibilitem colher resultados positivos no futuro”, analisa Coan.

Com mais de 1.700 inscritos, o Feedlot Summit Brasil 2024 também trouxe amplo conhecimento técnico, começando pela atenção à pastagem e à eficiência na colheita pelos animais. Foram apresentadas diversas pesquisas e recomendações sobre reforma ou recuperação de pastagens, tipos de sistemas e métodos que avaliam o comportamento animal durante o pastejo.               Outros temas de grande relevância foram abordados pelos Prof. Flávio Dutra de Resende da Apta de Colina-SP e Roberto Sainz da Universidade de Davis – Califórnia-EUA que discorreram sobre os impactos da suplementação na recria no confinamento e uso da ultrassonografia na desmama como ferramenta de eficiência produtiva.

O evento ainda apresentou experiências internacionais, como o modelo australiano de produção de carne de qualidade e a crescente tendência de confinamento nos Estados Unidos, impulsionada por sua viabilidade econômica.

As palestras sobre gestão de dados e pessoas encerraram o Feedlot Summit Brasil 2024, reforçando a importância do controle eficiente de informações e da valorização das pessoas para alcançar a máxima eficiência nos projetos. Como ferramenta prática, todos os participantes receberam uma planilha desenvolvida pela Coan Consultoria para o cálculo do custo de produção e viabilidade econômica do confinamento.

Ao refletir sobre os 17 anos de trajetória do evento, Coan destaca: “Estamos, dia após dia, elevando o nível da pecuária, discutindo tecnologias cada vez mais avançadas e ajustando os processos de implementação, controle e métricas, independentemente da atividade: cria, recria ou engorda”.

Com seu formato único, que integra palestras e a área comercial em um ambiente de intenso networking, o evento já tem nova edição confirmada para setembro de 2025, mantendo seu compromisso de atualizar os produtores de carne bovina com as mais recentes tecnologias.

Fonte: Assessoria
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Cooperitaipu projeta crescimento rumo aos 60 anos

Com uma trajetória de 55 anos de trabalhos em prol do desenvolvimento cooperativista e agropecuário de Santa Catarina, a Cooperitaipu acumula conquistas muito importantes na sua caminhada.

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Fotos: Divulgação/Cooperitaipu

Com uma trajetória de 55 anos de trabalhos em prol do desenvolvimento cooperativista e agropecuário de Santa Catarina, a Cooperitaipu acumula conquistas muito importantes na sua caminhada. Liderada pelo presidente Arno Pandolfo, que trabalha há mais de 50 anos na cooperativa, ela almeja crescimentos ainda mais significativos. Uma equipe do jornal O Presente Rural esteve em Santa Catarina e entrevistou o presidente para o programa Voz do Cooperativismo. Confira os principais trechos.

O Presente Rural – Conte um pouco sobre sua trajetória e seu envolvimento com o cooperativismo e com a Cooperitaipu?

Arno Pandolfo – A Cooperitaipu foi fundada em 26 de abril de 1969, como a Cooperativa Mista Pinhalense.  Naquela época, todos agrônomos da Iasc, que hoje é a Epagri, receberam um missão do presidente, para que cada agrônomo criasse uma cooperativa no seu município. Quando a Cooperativa Mista Modelense teve dificuldades, ela e a Pinhalense uniram-se e desta fusão surgiu a Cooperativa Regional Itaipu. O nome Itaipu é por causa da hidrelétrica de Itaipu, no Paraná. Em 1987 incorporamos a Cooperativa Agropecuária Saudades e, mais recentemente adquirimos ativos da Cooper Erê. Então, são quatro cooperativas que formam a Cooper Itaipu, com 13 municípios na área de atuação.

Aqui foi o meu primeiro emprego com carteira assinada, com 17 anos. Comecei no serviços gerais, fui balanceiro, gerente de unidades, gerente de produção, gerente comercial, passei por todos os setores da cooperativa, fiz um ano e meio como mandato tampão do presidente que saiu e agora (há 14 anos) sou presidente. Eu tenho duas famílias, a minha família e a família da Cooperitaipu. A gente conhece tudo o que aconteceu dentro da cooperativa, mas cada dia é um dia diferente. Todas as manhãs precisamos renovar os ânimos para conseguir superar as demandas. Fazemos parte do grupo Aurora e da Fecoagro. Nossa cooperativa é sólida.

O Presente Rural – Hoje a sede é aqui é em Pinhalzinho e qual é a abrangência? Onde que a Cooperitaipu atua?

Arno Pandolfo – Estamos em 13 municípios de atuação, nós temos Saudades, Pinhalzinho, Modelo, Sul Brasil, Serra Alta, Saltinho, Campo Erê. Agora há pouco tempo fomos para Ampére, no Mato Grosso. Estamos em São Miguel do Oeste, Coronel Freitas e Nova Erechim. A gente precisa de muito milho e trigo para fazer ração e farinha. Claro que a gente também trabalha com soja, mas o principal objetivo é trigo e milho, por isso a gente foi pra lá.

Presidente da Cooperitaipu, Arno Pandolfo: “Se não tivesse o cooperativismo no Oeste de Santa Catarina não existiria 50% dos produtores”

O Presente Rural – O que é cooperativismo para o senhor?

Arno Pandolfo – Se não tivesse o cooperativismo no Oeste de Santa Catarina não existiria 50% dos produtores, eles estariam nas mãos dos concorrente e isso é muito complicado. Nós temos as agroindústrias, mas ela a qualquer momento muda de opinião ou produtor cresce ou ele sai. A cooperativa não. Para ela não importa o tamanho, ela sustenta o produtor. Nós estamos no guarda-chuva da Aurora, uma cooperativa central que foi criada pelas cooperativas singulares, que é a nossa indústria. É um pouco diferente do Paraná. No Paraná, quase todas as cooperativas singulares têm uma indústria, aqui em Santa Catarina não. A Aurora industrializa os suínos, as aves e o leite das cooperativas, nenhuma cooperativa tem indústria de suínos, leite ou aves. A Aurora é um guarda-chuva, é lógico que ela não paga mais ou menos, ela baliza o preço.

O Presente Rural – Quais são as prospecções para de crescimento da Cooperitaipu para os próximos anos?

Arno Pandolfo – Assim que eu assumi a cooperativa nós iniciamos um trabalho com planejamento estratégico. Contratamos uma equipe que promove a cada dois ou três anos este trabalho. Neste momento chamamos de Cooperitaipu rumo aos 60 anos pra ver onde vamos chegar. A Aurora tem um projeto que é chegar a 3 milhões de litros de leite por dia, 3 milhões de frangos por dia e 46 mil suínos por dia. Nós temos que andar parelho com eles, porque se você não aumentar o que eles esperam aumentar, nós automaticamente ficamos para trás. Estamos trabalhando em cima do projeto deles, mas com o nosso projeto de ampliação também.

Outro sonho que temos na cooperativa é criar uma indústria pet para cachorro e gato. Se você pensar um quilo de alimento para as pessoas está um terço do que está o de cachorro e gato. Se olharmos esse mercado apenas pelo dinheiro é uma boa fonte, não é? Só que não é negócio do produtor.

O Presente Rural – De que forma a tecnologia vem impactando a cooperativa hoje?

Arno Pandolfo – Ela está se desenvolvendo com passos largos e vem ajudando muito. Hoje não precisamos decidir as coisas nas escuras, pois a tecnologia nos auxilia muito com os dados, essa possibilidade não tínhamos anos atrás. Para os produtores mudou muito, pois hoje existem muitas ferramentas tecnológicas que auxiliam nos trabalhos do dia a dia da granja, bem como na gestão. Temos tecnologias que fazem análise do solo, tratores e ceifas autônomas, sou muito fã do presidente da John Deere que disse que hoje o produtor não consegue extrair 80% de uma máquina, então tu está pagando uma máquina de 100%, mas só usa 70%, 80%, porque ele não tem conhecimento de tanta tecnologia que a máquina tem. Então a tecnologia é muito importante e ela veio para somar para todas as pessoas e todas as empresas, basta saber usar.

O Presente Rural – Com relação ao bem-estar animal e ao ESG, como a cooperativa tem trabalhado com isso?

Arno Pandolfo – Nós primamos muito pelo bem-estar animal, a gente cuida muito para que todos tenham alimentação segura e água de qualidade. Com os animais de leite cuidamos muito com o sombreamento também. Os suínos já estamos começando com baias coletivas. Os frangos e suínos são mais bem tratados do que nós quando éramos criança. Muitas vezes têm missões de outros países, ou quando a gente participa de congresso, nós escutamos falar que o Brasil está destruindo a Amazônia e tal, mas isso não é verdade. Nós plantamos 9% do nosso território e podemos dobrar a nossa produção sem derrubar nenhuma árvore, aproveitando a pastagem que tem, confinando o boi e com isso podemos aumentar bastante a nossa produção. Têm outros países que derrubaram tudo, como os Estados Unidos. Propiciar o bem-estar animal traz ganhos financeiros porque ajuda a produzir mais, mas não que o produtor está sendo recompensado por isso.

O Presente Rural – Presidente, vocês realizam um importante evento que é o Itaipu Rural Show. Conte um pouco para a gente sobre a história.

Arno Pandolfo – Nosso evento começou pequeno, com um tradicional Dia de Campo. Ele foi evoluindo e hoje digo que é o maior evento agrícola de Santa Catarina e digo que do nosso foco, é o maior do Brasil. Iniciamos com o foco em sementes de milho e implementos para aves e suínos, mas fomos crescendo. Hoje contamos com uma área de 18 hectares e meio de área própria e mais 2 hectares de terreno alugado e com a participação de diversas empresas. Temos uma forte parceria com a Embrapa, e por isso nosso evento destaca-se por apresentar tecnologias inovadoras, oferecendo soluções e oportunidades de negócios para produtores familiares. Apesar dos desafios de espaço, o Itaipu Rural Show proporciona uma experiência rica em conteúdo para produtores e suas famílias. É um evento que surpreende, pois traz muitos conteúdos que ajudam muito o produtor. E não queremos parar por aqui, temos ideia de expandir ainda mais. Todos os anos é um desafio trazer e apresentar inovações para o setor. Para o setor agrícola ele é super importante, dizemos que é uma universidade a céu aberto.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de cooperativismo acesse a versão digital de Especial Cooperativismo, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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