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José Roberto Ricken é reeleito presidente do Sistema Ocepar

Ricken foi reconduzido ao cargo de presidente do Sistema Ocepar durante a AGO de prestação de contas do exercido de 2018

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O engenheiro agrônomo José Roberto Ricken foi reconduzido ao cargo de presidente do Sistema Ocepar, na segunda-feira (01), em Curitiba, durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO) de prestação de contas do exercido de 2018. Na oportunidade, houve a indicação e homologação de seu nome para um novo mandato de quatro anos – gestão 2019/2023. Ricken assumiu pela primeira vez a presidência da entidade em 2016.

O Sistema Ocepar possui 215 cooperativas registradas, que atuam em sete diferentes ramos (agropecuário, crédito, saúde, infraestrutura, trabalho, consumo e transporte). Em 2018, elas movimentaram R$ 83,5 bilhões, o que representa crescimento de 18,77% sobre os R$ 70,3 bilhões de 2017. As exportações atingiram US 3,9 bilhões. O setor abrange 1,8 milhão de cooperados e emprega mais de 96 mil pessoas. Também responde por cerca de 60% da produção agropecuária paranaense.

“Obrigado pela confiança e vamos em frente”, agradeceu Ricken. Na sequência, ele listou os propósitos que deverão nortear a sua gestão nos próximos quatro anos à frente do Sistema Ocepar. “Em âmbito nacional, vamos sempre apoiar a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) para que que ela continue fazendo uma representação bem feita do cooperativismo brasileiro. A profissionalização da representação é uma necessidade no Brasil. Da mesma forma, vamos assessorar os deputados e senadores da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) para que eles possam nos apoiar nos projetos de interesse das cooperativas em tramitação no Congresso Nacional. Vamos ajudar também a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), o que é uma novidade para nós. Se trabalharmos junto com a FPA poderemos ter a esperança de saírem pontos favoráveis para os produtores e cooperativas no plano agrícola da próxima safra”, ressaltou. “Vamos estabelecer uma pauta de prioridades, tanto para a Frencoop como para a FPA, o que está sendo trabalhado pela OCB também”, acrescentou.

O presidente reeleito do Sistema Ocepar disse ainda que a entidade deverá defender os interesses das cooperativas junto à Receita Federal e atuar positivamente pela reforma tributária. Também, continuar com ações voltadas à melhoria da infraestrutura de transporte. “O Brasil não pode depender apenas do modal rodoviário. Nós precisamos resolver essa questão”, frisou. Outro objetivo dessa gestão, segundo Ricken, será buscar linhas de financiamento junto ao BNDES para as cooperativas de saúde e infraestrutura. “Nós vamos insistir nesse plano. Se conseguirmos mais recursos para a saúde e infraestrutura, todos os ramos podem se desenvolver”, afirmou.

Estadual

Em âmbito estadual, Ricken disse que a ideia é continuar apoiando o G7, grupo formado pelas principais federações representativas do setor produtivo paranaense, da qual a Ocepar faz parte. “Ele é um instrumento importante para nós e deve ser para o governo também”, sublinhou. Outro propósito é dar prosseguimento às ações para tornar o Paraná livre de febre aftosa sem vacinação. “É um processo que está maduro e precisamos completá-lo”, destacou. Ainda de acordo com ele, a entidade vai apoiar a criação de programas para o desenvolvimento do Paraná. “Estamos em sintonia com as federações no Estado, por meio do G7 também. Nós precisamos olhar o Paraná como um todo e queremos contribuir para o crescimento do Estado”. A entidade vai ainda buscar atender as demandas das cooperativas em relação ao ICMS. “Hoje temos mais de R$ 1,5 bilhão em créditos de ICMS acumulados em nossos balanços. Nós trabalhamos muito para utilizar os recursos por meio do Programa Paraná Competitivo. Sabemos que o governo não tem caixa para fazer isso. Mas vamos buscar recursos para equacionar essa situação e tentar negociar com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que o setor cooperativista paranaense possa continuar investindo, no mínimo, R$ 2 bilhões por ano em agroindústria e, assim contribuir para o desenvolvimento do Paraná”.

Cooperativismo

Em âmbito do cooperativismo paranaense, o presidente do Sistema Ocepar disse que o grande desafio é alcançar, ainda nessa nova gestão, os R$ 100 bilhões de faturamento do setor, uma das metas do PRC 100, o planejamento estratégico das cooperativas do Paraná. “Também queremos dar continuidade dos investimentos do Sistema Ocepar na capacitação de lideranças e do público interno das cooperativas. Nós não podemos abrir mão disso. Outro propósito é difundir e apoiar as ações de intercooperação entre as cooperativas nas áreas onde houver convergência de interesses, como tecnológica, atuação no mercado externo, redução de custos, compartilhamento de estruturas meio. A Ocepar tem uma expertise nisso. Já apoiamos vários bons exemplos das nossas cooperativas”.

Novas oportunidades

Ricken disse que a entidade também irá prospectar mercados em busca de novas oportunidades de investimento para as cooperativas. “Nós não podemos continuar somente oferendo produtos para o mercado. Temos que atender as demandas do mundo, que são muitas”, disse. “E, por último, queremos apoiar as cooperativas em suas ações de expansão para melhorar a competividade do setor. Se não formos competitivos, não teremos relevância nenhuma. Temos que ser competitivos, realistas e investir. A nossa missão é organizar economicamente as pessoas para que elas tenham mais renda porque se elas tiverem mais renda, não precisarão depender de ninguém”, finalizou o presidente reeleito do Sistema Ocepar.

Trajetória

No Sistema Ocepar desde abril de 1988, inicialmente, Ricken atuou como assessor no departamento técnico e econômico. A partir de 1991, gerenciou a implantação do Programa de Autogestão das Cooperativas Paranaenses. Em 1996 assumiu a superintendência da Ocepar. No início de 2000, coordenou a implantação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), do qual também foi superintendente até o dia 1º de abril de 2016, quando foi eleito presidente do Sistema Ocepar, para complementar o mandato de João Paulo Koslosvski.

Formação

Natural de Manoel Ribas, na região central do Paraná, Ricken é formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre em Administração pela Ebape – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas e especialista em Cooperativismo, com vários cursos no Brasil e no exterior.

Experiências profissionais

O presidente da Ocepar começou sua carreira profissional como engenheiro agrônomo em 1980, no departamento de assistência técnica da Cooperativa Agropecuária Vale do Piquiri Ltda, em Palotina, Oeste do Paraná, atual C.Vale. Na Emater/PR, atuou no Programa de Bioenergia, de setembro de 1980 a abril de 1981, em Francisco Beltrão, no Sudoeste paranaense. Ainda na Emater/PR, foi chefe do escritório em Realeza, também no Sudoeste. Em Brasília (DF), trabalhou na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), onde estruturou o Departamento Técnico-Econômico, do qual foi gerente de outubro de 1983 a abril de 1988. Ainda na OCB, organizou e chefiou o Departamento de Informações e Comunicação, de janeiro a outubro de 1983. No Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa), assumiu a função de assessor especial do então ministro Roberto Rodrigues, no período de fevereiro 2003 a maio de 2004, quando exerceu a função de diretor do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop).

Presidência

José Roberto Ricken é o sétimo cooperativista a assumir a presidência da Ocepar. Desde 1971, quando a entidade foi criada, também exerceram o cargo: Guntolf van Kaick, nos períodos de 1971-1972, 1973 a 1975, 1981 a 1983 e 1984 a 1986; Benjamim Hammerschmidt, de 1976 a 1978 e 1979 a 1980; Wilson Thiesen, de 1987 a 1989 e 1990; Ignácio Aloysio Donel de 1991 a 1992; Dick Carlos de Geus, de 1993 a 1995, e João Paulo Koslovski, de 1996 a 2016.

Diretores

 Na AGO, também foram eleitos os novos integrantes da diretoria da Ocepar para a gestão 2019/2023: Alvaro Jabur, Clemente Renosto, Dilvo Grolli, Frans Borg, Jefferson Nogaroli, Jorge Hashimoto, Jorge Karl, José Aroldo Gallassini, Luiz Lourenço, Paulo Roberto Fernandes Faria, Valter Pitol, Valter Vanzella, Wellington Ferreira e Yuna Ortenzi Bastos.

Fonte: Assessoria

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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