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José Roberto Ricken é o novo presidente do Sistema Ocepar

José Roberto Ricken é o sétimo cooperativista a assumir a presidência da Ocepar

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O engenheiro agrônomo José Roberto Ricken assumiu na sexta-feira (01), a presidência executiva do Sistema Ocepar no lugar de João Paulo Koslovski, que deixa o cargo ocupado por ele desde 1996 para se dedicar a projetos pessoais. A mudança foi homologada no final da manhã da última sexta-feira (01), durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada na sede da entidade, em Curitiba. Ricken cumpre mandato até 2019. "Meu compromisso é dar continuidade ao trabalho feito sob a liderança do João Paulo, a quem faço um agradecimento especial, já que atuamos juntos há 28 anos", afirmou Ricken. "Meu desafio não é fácil mas não vou decepcionar, vocês podem ter certeza disso", acrescentou.

Natural de Manoel Ribas, na região central do Paraná, Ricken é formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre em Administração pela Ebape – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas e especialista em Cooperativismo, com vários cursos no Brasil e no exterior.

No Sistema Ocepar desde abril de 1988, inicialmente atuou como assessor no departamento técnico e econômico. A partir de 1991, gerenciou a implantação do Programa de Autogestão das Cooperativas Paranaenses até 1996, quando assumiu a superintendência da Ocepar. No início de 2000, coordenou a implantação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), qual também foi superintendente até esta sexta.

Começou sua carreira profissional como engenheiro agrônomo em 1980, no departamento de assistência técnica da Cooperativa Agropecuária Vale do Piquiri Ltda, em Palotina, Oeste do Paraná, atual C.Vale. Na Emater/PR, atuou no Programa de Bioenergia, de setembro de 1980 a abril de 1981, em Francisco Beltrão, no Sudoeste paranaense. Ainda na Emater/PR, foi chefe do escritório em Realeza, também no Sudoeste. Em Brasília (DF), trabalhou na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), onde estruturou o Departamento Técnico-Econômico e foi gerente de outubro de 1983 a abril de 1988. Ainda na OCB, organizou e chefiou o Departamento de Informações e Comunicação, de janeiro a outubro de 1983. No Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa), assumiu a função de assessor especial do então ministro Roberto Rodrigues, no período de fevereiro 2003 a maio de 2004, quando exerceu a função de diretor do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop). 

José Roberto Ricken é o sétimo cooperativista a assumir a presidência da Ocepar. Desde 1971, quando a entidade foi criada, também exerceram o cargo: Guntolf van Kaick, nos períodos de 1971-1972, 1973 a 1975, 1981 a 1983 e 1984 a 1986; Benjamim Hammerschmidt, de 1976 a 1978 e 1979 a 1980; Wilson Thiesen, de 1987 a 1989 e 1990; Ignácio Aloysio Donel de 1991 a 1992; Dick Carlos de Geus, de 1993 a 1995, e João Paulo Koslovski, de 1996 a 2016.

Após 43 anos de dedicação ao cooperativismo, o engenheiro agrônomo João Paulo Koslovski oficializou, na manhã de sexta-feira (01), sua saída do Sistema Ocepar. "Deixo a presidência, mas não vou deixar nunca o cooperativismo, porque isso está na veia", disse o executivo, ao discursar na Assembleia Geral Ordinária da entidade, que é formada pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), e Federação das Cooperativas do Paraná (Fecoopar). De acordo com ele, sua saída da presidência, cargo que ocupou por 20 anos, foi uma decisão madura, motivada pelo desejo de desfrutar mais do convívio familiar. "Finalmente terei mais tempo para me dedicar a projetos pessoais, dar uma atenção especial à minha esposa, às minhas filhas e ao meu neto", confidenciou. 

Koslovski disse estar tranquilo quanto aos passos futuros da entidade que representa, articula e promove o desenvolvimento do cooperativismo paranaense, setor que responde por 18% da riqueza do estado. "Estou feliz porque consegui fazer um sucessor que reúne todas as qualidades e características que possibilitarão dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado. Minha intenção era ter me afastado no ano passado, porém, após conversa com a diretoria do Sistema Ocepar, decidi permanecer mais um ano para preparar a transição e inserir o novo presidente ao cargo", disse, referindo-se a José Roberto Ricken, até então superintendente e que durante a AGO foi conduzido à presidência.

Em sua fala de despedida, Koslovski disse não querer alongar-se nas palavras, provavelmente, para evitar que a emoção tomasse conta. "Não quero falar muito, só quero agradecer", afirmou, citando em seguida os profissionais do Sistema Ocepar, pessoas que, na sua avaliação, contribuíram para que o cooperativismo do estado hoje seja reconhecido em âmbito nacional pela sua competência, eficiência, e organização.  "O profissionalismo, a iniciativa, o comprometimento, a criatividade, entre outras qualidades, é o que faz as coisas acontecerem. Então, é esse pessoal que fez a casa andar, que desenvolve um trabalho que é reconhecido em todo o Brasil", frisou. 

Koslovski agradeceu aos presidentes, dirigentes e profissionais das cooperativas do estado, e depois fez um agradecimento emocionado à diretoria do Sistema Ocepar. "Este time sempre me deixou seguro, porque quando tomava uma decisão, ele respondia rápido. Assim fica fácil trabalhar", comentou. Por fim, Koslovski agradeceu aos diretores da Fecoopar, conselheiros do Sescoop e, em especial, a quem ele chamou de "amigo Ricken", presidente que assumiu hoje o Sistema Ocepar. "Ele tem uma trajetória de 28 anos no cooperativismo. Não tenho dúvidas de que é um profissional à altura da função. Ele cuida do operacional, mas olha lá na frente, pois também tem uma visão estratégica. Não tenho dúvidas de que fará um excelente trabalho. E eu não sou o único, pois houve unanimidade entre todos com quem conversei a respeito da sua indicação para o cargo", lembrou.

Dedicação, coragem e liderança são as principais características de João Paulo Koslovski, apontadas por quem vê nele uma figura inspiradora tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional.  Foram 40 anos de trabalho no Sistema Ocepar, sendo 20 como diretor executivo e 20 como presidente. Durante este tempo, tornou-se uma figura de expressão no cooperativismo paranaense e brasileiro. Apaixonado pelo cooperativismo, não se cansa de dizer que enxerga este modelo de organização como um instrumento de viabilidade de crescimento social, possibilidade de distribuição de renda, exemplo de solidariedade e caminho para a felicidade. Uma de suas frases mais usadas é a de que "o cooperativismo nasceu para fazer as pessoas mais felizes".

Até a última sexta-feira, 1º de abril de 2016, esteve à frente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) e da Federação das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar). Também foi diretor da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e ex-presidente do Conselho do Sebrae/PR, além de ter coordenado o G-7 que reúne as sete principais federações do setor produtivo do estado.

Filho de Stanislau e Catarina, começou a trabalhar cedo, ainda menino, ao lado de seu pai, ajudando-o na profissão de mestre de obras. João Paulo lembra com saudades desse tempo em que fazia o serviço de acabamento em banheiros e cozinhas das construções do seu pai. Teve uma infância marcada pela humildade, pelo trabalho e pelo amor.  Dedicado e estudioso, na juventude decidiu ser Engenheiro Agrônomo, formando-se em 1972 pela Universidade Federal do Paraná, fato este motivo de orgulho para a família. Em seguida, foi aprovado em dois concursos: um na antiga Acarpa (Associação de Crédito e Assistência Rural do Paraná) e outro na ACAR – Extensão Rural de Minas Gerais. Escolheu a Acarpa, atual Instituto Emater, onde, após aprovação em primeiro lugar no treinamento aplicado, pôde fazer a escolha de seu local de preferência."O salário oferecido pela Acar de Minas Gerais era bem melhor, mas acabei optando por ficar no Paraná e nunca me arrependi", afirma Koslovski.

Já fascinado pelo universo cooperativista, optou pela Cooperativa Bom Jesus, na Lapa, onde daria seus primeiros passos no cooperativismo, setor que lhe trazia uma grande admiração. Na cidade da Lapa, foi designado pela então Acarpa ao cargo de chefe do escritório local e assessor da cooperativa local. "Naquela época, a Acarpa tinha um técnico em cada entreposto de cooperativa. Nós fazíamos as previsões de compra de insumos e, no meu caso, era o responsável pelo Comitê Educativo", conta. Em 1975, foi promovido, passando a dar suporte para assessores de diversas cooperativas localizadas em Curitiba, Ponta Grossa e Guarapuava. No ano seguinte (1976), foi convidado pelo então Presidente da Ocepar, Benjamin Hammerschmidt, para ser diretor-executivo da entidade, cargo que ocupou por 20 anos. Em 1996, foi eleito Presidente da Ocepar. Assumiu o cargo com determinação, vestindo a camisa do cooperativismo. Há apenas dois anos no cargo, se inteirou das dificuldade que muitas cooperativas brasileiras passavam devido aos sucessivos planos econômicos que aumentaram dívidas do setor, enquanto os preços agrícolas ficaram congelados ou desabavam. Então, desde 1997, sob a liderança de Koslovski, o setor se mobilizou em torno de discussões para a renegociação de dívidas e capitalização das cooperativas.

João Paulo foi um dos idealizadores do Programa de Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária – o Recoop, que refinanciou dívidas das cooperativas num período crítico através do Prodecoop que permitiu investimentos importantíssimos e na sequência na criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, o Sescoop, fundado em junho de 1999 em nível nacional e em setembro no Paraná. Defensor da autogestão do sistema cooperativista, em 1987 publicou um livro abordando o tema e que serviu para que o cooperativismo pudesse ter o seu "S" também, com foco no potencial humano, promovendo treinamentos e melhorias de gestão, entre outros diversos projetos.  Em 14 anos de atuação, o Sescoop/PR já treinou mais de 1 milhão e 200 mil pessoas no sistema cooperativista paranaense. E sob a liderança de João Paulo Koslovski, o cooperativismo se desenvolveu, em seus diversos ramos, destacando-se hoje como um dos principais pilares da economia paranaense. 

Fonte: Assessoria

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Brasil quer mais comércio com a África

No segundo dia do Fórum Brasil África, o secretário de África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Sérgio Sobral Duarte, falou sobre o avanço econômico do continente e disse que a relação comercial com o País é modesta diante da potencialidade.

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Fotos: Isaura Daniel

O comércio do Brasil com a África ainda é modesto em face da sua potencialidade, de acordo com o secretário de África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Sérgio Sobral Duarte. O diplomata falou no segundo dia do 12º Fórum Brasil África, que ocorre no WTC Sheraton, na capital paulista, nesta última terça-feira (15).

Após citar o estabelecimento da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), ele disse tratar-se de uma grande oportunidade para o mundo, para o Brasil e para o Mercosul. “Em 2022, mais de dois terços das exportações do Mercosul para a África foram para países com os quais o bloco não tem acordo comercial, portanto, pode haver muita ampliação”, falou.

Segundo Duarte, enquanto o Brasil tem um comércio de US$ 22 bilhões com a África, as transações comerciais da Índia com o continente alcançam US$ 100 bilhões e as da China somam US$ 243 bilhões. “É muito pouco, mas, mesmo assim, existem dados e sinais encorajadores”, falou sobre África-Brasil.

O diplomata listou os principais destinos da exportação brasileira na África: Argélia, Egito, África do Sul, Marrocos e Nigéria. Na outra mão, o Brasil importa principalmente da Argélia, Marrocos, Nigéria, Angola e África do Sul. Segundo ele, a África representou apenas 3,5% do comércio do  Brasil com o mundo em 2023. “O potencial aí é evidente”, disse.

Segundo Duarte, o estoque de investimento direto da África no Brasil foi de US$ 2,3 bilhões em 2021, com a África do Sul sendo a principal investidora. Ele citou como exemplo desses investimentos os anúncios da expansão do terminal 3 do Aeroporto de São Paulo, em Guarulhos, por empresa sul-africana e fábrica de fertilizantes no Maranhão por empresa do Marrocos. O investimento do Brasil na África foi de US$ 1,9 bilhão em 2021, com Angola sendo o principal destino.

Afreximbank

O vice-presidente executivo responsável pelo Global Trade Bank do Afreximbank, Haytham El Maayergi, abriu o segundo dia do fórum com uma opinião na mesma direção que Duarte, frisando as transações e projetos de cooperação que há entre Brasil e África, mas dizendo também que ainda há muito o que fazer no relacionamento entre os dois lados desta parceria, principalmente pela ampliação do comércio.

Ele apresentou aos brasileiros o cenário do continente com alguns dos últimos avanços, como o aumento do consumo de bens, a melhoria do ambiente de negócios, a classe média crescente, o aumento populacional em curso, o potencial para as energias renováveis, além das oportunidades de investimentos em agricultura e o crescimento das indústrias têxtil, de automóveis e tecnologia no continente.

O Fórum Brasil África é promovido pelo Instituto Brasil África, que é liderado por João Bosco Monte, e realizado com apoio, parceria e patrocínio de uma série de empresas e instituições. O governo federal do Brasil e o Ministério das Relações Exteriores estiveram entre os apoiadores desta edição.

Fonte: Assessoria ANBA
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Países árabes ampliam compras do Brasil

Exportações ao Oriente Médio e Norte da África somam US$ 17,7 bilhões até setembro, em alta de 25% sobre o mesmo período do ano passado. Desempenho caminha para novo recorde.

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Foto: Claudio Neves

As exportações do Brasil para os países árabes somam US$ 17,7 bilhões entre janeiro e setembro, em alta de 25,6% sobre o mesmo período de 2023, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) detalhados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. As importações registram pequena queda, para US$ 7,9 bilhões. O superávit é de US$ 9,8 bilhões e a corrente de comércio, de US$ 25,6 bilhões. Se o ritmo se mantiver, o Brasil deverá renovar o recorde nas trocas comerciais com os árabes alcançado em 2023.

Gerente de Inteligência de Mercado da Câmara Árabe, Marcus Vinicius destaca exportações recordes de açúcar e milho em setembro. Foram embarcados US$ 681,9 milhões em açúcar, tendo Argélia e Egito como principais importadores, e US$ 338,6 milhões em milho, principalmente para o Egito.

No ano, as exportações de açúcares aos países árabes somam US$ 4,98 bilhões, em expansão de 47,8% sobre os US$ 3,37 bilhões exportados até setembro de 2023. Em segundo lugar, estão as exportações de carnes e derivados, com um total de US$ 4,2 bilhões, em alta de 28,2%; seguidas pelas vendas de minérios, escórias e cinzas, com um total de US$ 2,4 bilhões (+18,8%) e sementes e oleaginosas, com um total de US$ 1,07 bilhão (-23,47%).

Os principais destinos das exportações brasileiras foram: Emirados Árabes Unidos, Egito, Arábia Saudita, Argélia e Iraque. Juntos, os 22 países da Liga Árabe representam o terceiro principal destino das exportações brasileiras, atrás de China e Estados Unidos. Entre as importações, os principais fornecedores do Brasil até setembro são Arábia Saudita, Marrocos, Argélia, Emirados Árabes Unidos e Egito. Juntos, os países árabes formam o sexto principal fornecedor do Brasil.

Brasil tem queda nas importações dos árabes

As importações, por sua vez, registram uma pequena queda. Mesmo com ela, as compras de alguns itens também foi recorde em setembro. As importações do Brasil somaram US$ 7,9 bilhões até setembro, valor 0,53% menor do que os US$ 8,02 bilhões do mesmo período de 2023.

O principal produto que o Brasil importou dos países árabes até setembro foram petróleo e derivados, com um total de US$ 4,1 bilhões, em queda de 5,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em seguida estão fertilizantes, com um total de US$2,4 bilhões, em retração de 4,6%, e plásticos, com um total de US$ 353,8 milhões, em alta de 82,9%.

“Mesmo com a queda mencionada, o mês de setembro apresentou recordes históricos nas importações brasileiras dos árabes em fertilizantes fosfatados com US$ 119,2 milhões, principalmente do Marrocos e Egito, polímeros de propileno com US$ 22,68 milhões, principalmente da Arábia Saudita, e, finalmente, barras de ferro ou aço com US$ 12,23 milhões, principalmente do Egito”, diz Vinicius.

“No ritmo que se encontram as relações comerciais entre Brasil e Países Árabes, acredita-se que o ano de 2024 será um novo recorde histórico para as relações de exportações e corrente comercial do Brasil com as nações árabes”, afirma Vinicius.

Fonte: Assessoria ANBA
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Seminário de Frango de Corte aborda Influenza aviária e biosseguridade na avicultura paulista

Evento reúne mais de 150 profissionais em Itapetininga, incluindo médicos-veterinários, proprietários de estabelecimentos comerciais, funcionários de granjas e especialistas do setor, para debater os principais desafios sanitários da avicultura paulista.

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A Associação Paulista de Avicultura (APA), em parceria com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e com o apoio da Prefeitura de Itapetininga, realizaram na última terça-feira, no auditório da Municipal, o Seminário de Frango de Corte, um evento técnico que reuniu mais de 150 participantes, entre médicos-veterinários, proprietários de estabelecimentos comerciais, funcionários de granjas e demais profissionais do setor. O evento abordou os principais desafios enfrentados pela avicultura industrial paulista, com destaque para a Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), uma doença que tem gerado grande preocupação entre órgãos oficiais, indústrias e especialistas.

Presidente da APA, Érico Pozzer: “Nosso objetivo é fortalecer o setor avícola paulista por meio de uma troca de experiências enriquecedora e acesso a informações técnicas de qualidade” – Foto: Divulgação/Giracom

Na abertura dos trabalhos, a Secretária de Agricultura, Agronegócio, Trabalho e Desenvolvimento de Itapetininga, Walkyria Tavares Vieira de Andrades, deu as boas-vindas aos participantes. Na sequência, o presidente da APA, Érico Pozzer, ressaltou a importância da atualização técnica e parabenizou os presentes pelo esforço em buscar conhecimento especializado.  Pozzer ainda destacou a colaboração contínua entre a APA e a CDA para promover eventos de alto nível, com palestras de especialistas de renome. “Nosso objetivo é fortalecer o setor avícola paulista por meio de uma troca de experiências enriquecedora e acesso a informações técnicas de qualidade”, afirmou.

Por fim, Affonso dos Santos Marcos, diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Animal (DDSIA), enfatizou o compromisso do estado com a produção avícola paulista.

O evento teve início com a palestra de Paulo Martins, da Biocamp, especialista em saúde animal, com o tema “Influenza aviária e Doença de Newcastle – atualização da situação mundial, no Brasil e no estado de São Paulo”. Martins ofereceu um panorama detalhado sobre a IAAP, abordando o histórico da doença na avicultura industrial global, o impacto do fluxo de aves migratórias e as soluções em desenvolvimento, como vacinas. Ele também destacou a importância da vigilância contínua para garantir a estabilidade e o crescimento da avicultura brasileira.

Paulo Blandino, da CDA

Em seguida, Paulo Blandino, da CDA, proferiu a palestra “Procedimentos de controle e prevenção realizados pela CDA”. Blandino apresentou um verdadeiro raio X da atuação da CDA, detalhando o modo de atendimento das notificações, as coletas e análises realizadas e os pontos de risco identificados desde a primeira notificação da IAAP. Ele explicou que, até o momento, o trabalho da CDA resultou em 54 notificações e 91 focos de vigilância. Blandino também enfatizou a importância da vigilância ativa e passiva, destacando o papel essencial dos produtores como agentes de vigilância necessários, auxiliando no controle e prevenção de surtos no estado de São Paulo.

Ana Caselle, da San Vet, apresentou a palestra “A importância e a necessidade do programa de biosseguridade nos estabelecimentos avícolas”. Caselle iniciou sua apresentação discutindo o conceito de saúde única, ressaltando a integração entre saúde animal, humana e ambiental. Sua palestra trouxe imagens de casos, gestão de riscos e experiências vivenciadas por ela em países como Peru e México, antes de abordar os desafios internos do Brasil.

Ana Caselle, da San Vet

Ela apresentou fotos ilustrando problemas comuns de biosseguridade, como silos abertos, falhas no isolamento de áreas e aberturas em cortinas, situações que podem facilitar a entrada de patógenos. Caselle enfatizou que um programa de biosseguridade depende de checagens constantes, avaliações de risco e treinamento contínuo dos funcionários, pois “a prevenção sai muito mais barato do que o controle de surtos”. Para ela, é essencial que o setor mantenha um controle rigoroso das áreas de biosseguridade, seja no controle de invasores, na gestão de acessos ou em outras medidas preventivas, a fim de minimizar os riscos de contaminação nas granjas.

A última palestra foi apresentada pela Tabatha Lacerda, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), com o tema “Plano de Contingência para IA e DNC – a importância de cada estabelecimento ter o seu”. Tabatha abordou o Plano de Contingência da ABPA, explicando que o plano é dividido em três pilares: um plano geral que abrange todas as espécies, uma parte específica para a Influenza aviária e Doença de Newcastle e, por fim, o Procedimento Operacional Padrão (POP) de trânsito, uma demanda importante do setor.

Tabatha Lacerda, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)

Segundo a porta-voz, o documento gerado pela ABPA é prático e agregador, abordando as questões relacionadas à sanidade avícola e antecipando problemas sanitários. Esse plano tem como objetivo preparar o setor para agir rapidamente em caso de um alerta zoossanitário, fornecendo diretrizes claras para as ações necessárias.

O seminário, que contou com a participação de mais de 150 profissionais, reforçou a importância da cooperação entre órgãos reguladores, indústrias e produtores. O evento evidenciou a necessidade de vigilância constante e educação técnica para enfrentar os desafios sanitários que impactam diretamente o futuro da avicultura no estado de São Paulo.

Fonte: Assessoria APA
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