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José Luiz Tejon e Miguel Ivan Lacerda serão homenageados pela ABAG durante o 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio
No Prêmio Ney Bittencourt de Araújo, a apresentação das homenagens será feita pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, presidente da ABCA (Academia Brasileira de Ciências Agronômicas).

A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) homenageará, durante o 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, o jornalista José Luiz Tejon Megido e o pesquisador da Embrapa Miguel Ivan Lacerda Moreira, que receberão, respectivamente, o Prêmio Ney Bittencourt de Araújo – Personalidade do Agronegócio 2023 e Prêmio Norman Borlaug – Sustentabilidade 2023.
Tejon é coordenador Acadêmico do Master Science Food & Agribusiness Management da Audencia Business School (França), coordenador do Agribusiness Center da FECAP (São Paulo) e professor convidado da FGV in Company, FIA/USP e INSPER. Comentarista de agronegócio da Rádio Eldorado e do canal de TV Terraviva, articulista do Canal Agro Estadão, é autor e coautor de 35 livros. Foi agraciado diversas vezes com Top de Marketing da ADVB (Associação dos Dirigentes De Vendas e Marketing do Brasil). Em 2016, passou a ser integrante do Hall da Fama pela Academia Brasileira de Marketing. Recebeu outras homenagens destacáveis, como o Prêmio Internacional Troféu Great Key Speaker pela Olmix (França). Em 2021, foi condecorado com a Comenda Ministro Alysson Paolinelli.
Idealizador da Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio), quando era diretor de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, o Economista, Miguel Ivan Lacerda é, desde 2011, analista classe A da Embrapa, vinculado à Secretaria de Negócios, cuja missão institucional é implementar as estratégias de ação em negócios e a política de segurança da informação da Embrapa. Mestre em Agronegócio, doutor em tomada de decisões estratégicas e doutorando em Bioenergia, foi, por dez anos, gerente do Sebrae no setor de Inovação e Tecnologia. Atuou ainda como chefe de Planejamento Estratégico do Metrô DF, secretário Nacional de Irrigação, onde foi responsável pela execução do Água para todos, e diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
No Prêmio Ney Bittencourt de Araújo, a apresentação das homenagens será feita pelo ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, presidente da ABCA (Academia Brasileira de Ciências Agronômicas). Caberá a Evandro Mussi, presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), a entrega do Prêmio Norman Borlaug.
Uma iniciativa da Abag e da B3, a bolsa do Brasil, o 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio será promovido no dia 7 de agosto, em formato híbrido, a partir das 9h, como tema central Brasil Agro: Inovação e Governança. A programação contará com quatro painéis: Cadeias Produtivas e Inovação; Inovação e Mercados; Governança e Perspectivas; e Geopolítica e Governança. As inscrições para modalidades presencial e online estão abertas.

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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30
Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.
Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.
Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.
A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.
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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro
Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.
Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock
Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.
Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.
Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26
Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.
Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura
No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.
No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.
O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.



