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Jorge Frare, um clássico da sojicultura do Paraná

Para a safra 2018/19, o produtor espera resultados ainda mais animadores, apesar de ser, cauteloso

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Giuliano De Luca/OP Rural

Ele é dono de um bigodão que não passa despercebido e uma cabeleira branca arrumadinha, bom humor incontestável e uma ardente paixão pelo Brasil. Nas andanças pelo Estado do Paraná, a Reportagem tem a grata satisfação de conhecer figuras como o senhor Jorge Pedro Frare, um jovem de 68 anos, estilo peculiar na vida e na maneira de gerenciar sua propriedade rural, no município de Doutor Camargo, a cerca de 45 quilômetros de Maringá, na região Norte paranaense. Frare é um clássico da sojicultora paranaense.

No escritório da casa, nada de computadores ou equipamentos de última geração. Ao contrário da ampla maioria, Frare prefere o estilo antigo de “manter a casa em ordem”. Ao invés disso há um analógico arquivo físico, onde cinco gavetas lotadas de pastas guardam todas as informações e o histórico da fazenda. Papel e caneta registram todas as movimentações, dos custos com os implementos agrícolas, que aliás ele também usa para as fazendas dos vizinhos, passando pelos índices pluviométricos até a produtividade de soja que ele alcança a cada ano.

Em 2018, por exemplo, a média não chegou a ser das melhores, menciona Frare, nada que abale o humor do agricultor. “Na safra 2017/18 fiz uma média de 156 sacos de soja por alqueire. Foi bom, mas poderia ser melhor. Tivemos um período de seca que prejudicou um pouco”, lembra o agricultor, que administra 45 alqueires entre terras próprias e arrendadas. “Diminuiu a produtividade porque perdemos um pouco na hora de formação do pé”, amplia.

No entanto, lembra que os resultados foram bastante significativos quando comparado a quem fez o plantio mais tardio. “Tem gente que conheço que perdeu cerca de 70, até 90 sacos por alqueire”, aponta. “Quem plantou mais cedo conseguiu melhores resultados”, explica.

Animado e cauteloso

Para a safra 2018/19, o produtor espera resultados ainda mais animadores, apesar de ser, cauteloso. A chuva, de maneira geral (até a primeira quinzena de dezembro), foi abundante e contribuiu para a implementação e desenvolvimento das lavouras de soja paranaense, criando no produtor expectativa melhor que a do ano anterior. “Eu gosto de ser cauteloso para não ter um susto depois. Não gosto de criar expectativas muito altas. Mas nesse ano o clima está bom e as lavouras estão bonitas. Por isso, acredito que devo colher entre 155 e 160 sacos por alqueire”, expõe.

A sabedoria popular

Frare queixa-se, no entanto, da discrepância nas curvas de preços entre insumos e dos grãos. Ele explica que enquanto os insumos sobem de preço e não voltam atrás quando o dólar cai, a soja ganha preço, mas acaba sempre voltando a menores patamares. “O dólar sobe e os produtos da indústria sobem junto. Quando o dólar desce, os produtos continuam com os mesmos preços. Com a soja é diferente. A gente consegue bons preços quando sobe o dólar, mas quando o dólar desce nossos preços voltam para um patamar abaixo”, entende o produtor. E qual seria, então, o preço ideal pela saca de soja? “R$ 80 seria bom”, crava o sojicultor.

O homem do tempo

Se a chuva colaborou, Jorge Frare tem tudo anotado. Há quase duas décadas não cai uma gota de água sequer na região que não vá parar na contabilidade do agricultor. “Há 18 anos eu marco a quantidade de chuva. Tenho um pluviômetro e uma pasta exclusiva com todos os números, os dias e a quantidade que choveu, as médias anuais, mensais. Tenho tudo arquivado desses 18 anos”, orgulha-se.

O perfil de gerenciar a fazenda, vem, segundo ele, de um estilo curioso de ser. “Eu sou curioso, por isso gosto de arquivar para ter a informação guardada, para acompanhar as mudanças”, diz.

O homem da fé e do voluntariado

Frare é religioso e exibe, com orgulho, a capela que ficou pronta em 2018 e que o bispo da região ficou de abençoar até o fim do ano. “O bispo vem logo aqui benzer nossa capela. Ficou pronta esses dias. Nós somos devotos de Nossa Senhora de Fátima”, conta o produtor. A imagem sacra, conta, está sob o manto de milhares de pedras brancas que revestem o interior do local de oração. “Revestimos todo o interior com mais de 20 mil pedras. Deu bastante trabalho, mas ficou bom, né?” De fato, o local é muito bonito.

Produtor rural, homem de família, religioso, mas ainda sobra tempo para se envolver em causas sociais. É voluntário da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais. “Há 12 anos sou presidente da Apae. Com apoio de outras pessoas, consigo conciliar as atividades”, aponta.

Outras notícias você encontra no Anuário do Agronegócio Paranaense de 2018.

Fonte: O Presente Rural

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Mudanças no ciclo pecuário exigem nova abordagem da indústria de suplementação, aponta Asbram

Especialistas destacam mercado aquecido, avanço da intensificação, menor venda de suplementos e projeção de forte recuperação a partir de 2026.

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Compreender a intensidade de movimentos que vêm marcando o atual ciclo pecuário no Brasil. Para realizar os negócios de investimentos em tecnologias modernas de nutrição ao lado dos produtores de carne e leite do país. O desafio foi assumido em outubro passado, em Campo Grande (MS), durante nova reunião da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram). O encontro contou com três palestras, um balanço do Simpósio realizado pela entidade em setembro passado, com presença de quase 500 participantes e avaliação positiva de 98%, e a atualização dos números do painel de comercialização de suplementos minerais nos nove meses de 2025.

Foto: Divulgação

A carne bovina brasileira segue resoluta. Mercado firme, frigoríficos com estratégia mais definida, exportações recordes mesmo com queda nas vendas aos Estados Unidos, mercado interno bom, com oferta da proteína. “Está saindo mais carne do sistema para o mercado. O futuro não vai ser diferente. Deve ter preço de boi subindo e bezerro também. Com tempo de alta na arroba também, e abates em alta’, analisou o médico-veterinário e consultor Hyberville Neto, ao tratar sobre as pextactativas para o fim deste ano e ao longo de 2026.

Ele também destacou o panorama do confinamento, que pode fechar cerca de 8 milhões de cabeças. Com estratégias bem aplicadas e arroba engordada interessante pelo preço atraente do milho. “O grão merece atenção. O mercado doméstico está ganhando espaço principalmente por causa do etanol, que já abocanha 23% do que é colhido. Porém, as vendas externas não param de ajudar. O Vietnã abriu o mercado para a gente. A população de lá só come 4,4 kg por habitante ao ano e é nada menos do que 100 milhões. E o Japão pode começar a comprar ainda neste ano”, salientou.

Como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que o mercado interno vai usar 68% da produção no ano que vem, Neto

Foto: Juliana Sessai

projeta pico de preços em 2027 e 2028. “Até R$ 420 a arroba. Não é um absurdo se olharmos o histórico. Agora, as precauções devem permanecer as mesmas para a fazenda. A baixa e a alta não duram para sempre. Não esqueça do caixa. Quem tem decide se está na compra ou na venda. Olho na economia brasileira, no consumo doméstico, milho e câmbio. Para garantir preço mínimo”, sintetizou.

“A proteína animal vive realmente um bom momento, com abates maiores de vacas e novilhas, uma reação no abate de machos, mas com carcaças mais leves. O que exige uma reflexão detalhada sobre o que vem ocorrendo com as dietas dos animais. Agora, tenho uma visão mais conservadora sobre os preços futuros”, opinou o engenheiro agrônomo e Coordenador do Rally da Pecuária, Maurício Palma Nogueira.

Ele enfatizou que mais variáveis estão sendo incluídas no ciclo pecuário e é necessário compreender níveis tecnológicos mais altos na atividade. Para ele, todos os indicadores são de alta no ciclo, exceto o abate de fêmeas. Aceleração da atividade, área de pastagens caindo, pecuária crescendo de forma sólida, frigoríficos trabalhando bem em segurar preço, e vendas externas sem precedentes, que podem passar de quatro milhões de toneladas neste ano, 22% das exportações globais. “Temos todos os modelos. O conservacionista, 9 milhões de cabeças confinadas, terminação intensiva no pasto, semiconfinamento e pasto com mineralização. São 19,3 milhões de cabeças comendo mais de 1% de peso vivo em concentrados. É uma pecuária nova, estimulante, entretanto também traz pontos de atenção. A nossa cabeça fica confusa, mesmo. Aumentou o número do envio de animais para confinamentos terceirizados. Por isso os fornecedores precisam estar conectados ao longo do ano inteiro. Muitos criadores vendem rápido para entendendo oportunidades de maximizar resultados financeiros, assim como novilha indo ao abate é menos suplemento mineral vendido”, alertou.

Foto: Divulgação

Alinhamento de estratégias do setor

A avaliação percorreu imediatamente todo o público presente à reunião. “Temos que analisar bem nossa estratégia no mercado, o profundo entendimento das necessidades do pecuarista em cada modelo de produção, para que eles tenham resultados melhores e nossas empresas cresçam e ajudem a pecuária brasileira. Melhorar o nível tecnológico é mandatório em qualquer modelo! O que muda é o que se apresenta como tecnologia em cada um. Sistemas mais ou menos intensivos em termos de dieta e de tempo, geram necessidades e análises diferentes que o atual fornecedor de nutrição deve entender se quiser ser reconhecido como relevante para o produtor”, indicou o vice-presidente da Asbram, Rodrigo Miguel.

“A Associação precisa ficar antenada com essas várias mudanças. Vivi isso na Agricultura nos últimos quarenta anos. A gente conhece o final dessa história. Um trabalho bem realizado dá resultado. Tanto que, hoje, comemos carne bovina igual a qualquer outra do mundo”, concordou a vice-presidente executiva da entidade, Elizabeth Chagas.

A nova abordagem ganhou corpo por causa dos números mais recentes das vendas de suplementos minerais. 230 mil toneladas em

Foto: Gisele Rosso

setembro, 10,29% abaixo na comparação com o mesmo mês de 2024. O retrato de 2025 é de 1,871 milhão de toneladas, 3,9% a menos do que o mesmo período do ano passado. “O volume está sendo menor no segundo semestre até porque a base de comparação, segundo semestre de 2024, está desfavorável. A perspectiva para o ano todo é alcançar 2,4 milhões de toneladas. O que vai sinalizar uma contração de 6,9%. Com 68,1 milhões de cabeças suplementadas na média. 4,2% abaixo do ano passado”, sintetizou Felippe Serigati, professor da Fundação Getúlio Vargas e coordenador do Painel de Comercialização da Asbram.

Outros pontos podem estar interferindo nessa questão. O efeito DDG (co-produto da produção de etanol de milho), mudanças na nutrição de vacas e novilhas, rebanho menor e mais leve. “O cliente está capitalizado, mas pode estar suplementando menos animais. Ou aumentou o abate de todas as categorias. E sem bezerro para vender. Não vamos esquecer que os juros altos podem estar mantendo o dinheiro do produtor mais no banco. Mas posso garantir que vai haver recuperação, e forte, em 2026 e 2027. Um rebanho menor e mais leve. Passamos por um vale, mas a recuperação pode ser forte e as empresas de suplementação viverem um novo aumento expressivo. Preparem-se para vender”, tranquilizou Nogueira.

“A ASBRAM vai seguir com nossas estatísticas e nossos debates para que ajudemos a cadeia produtiva de carne e leite a avançar cada vez mais. O painel é referência nacional do mercado de ruminantes do Brasil. É mais do que mineralização. É a fotografia da alimentação de ruminantes no Brasil. Tecnologia exige processos modernos. Para pequenos ou grandes produtores. Capturamos isso no painel”, emendou Elizabeth. “Exatamente. Vamos continuar contribuindo com as informações do painel para vendermos mais ração e aditivos. Pode ser um novo momento da nutrição animal no Brasil. Suplementos, ração, proteicos. Com uma nova visão sobre as fábricas próprias dos confinamentos, novos números. A Associação se posiciona nesse universo”, acrescentou Rodrigo Miguel.

Foto: Divulgação

E a economia vai interferir nesse processo. “Estamos desacelerando, mas seguimos crescendo. Emprego aquecido, serviços e consumo das famílias à toda, média salarial em alta. O Produto Interno Bruto tem avançado em todas as projeções. Mesmo com os juros nas alturas e a inadimplência crescendo. Sendo que a inflação não se mexe. Certamente, por causa dos gastos do governo federal crescendo sem parar. Mas todo esse caldeirão sustenta a venda de carne bovina no supermercado nos próximos meses”, opinou Felippe.

“Pensando nos próximos meses, o ajuste de rebanho, tecnologia e como vamos melhorar. Vamos escalar na nutrição dos negócios. É o trabalho básico da Asbram. Discutir o mercado, a economia brasileira e mundial, lançar materiais de apoio às indústrias e aos pecuaristas, como o Guia Prático de Gado de Corte e Leite, seguir com as campanhas mensais, falando da riqueza da suplementação de qualidade, as publicações na internet, entender o nosso negócio e alimentar de informação o exército de mais de 14 mil profissionais que possuímos para disseminar a boa nutrição dos rebanhos do Brasil”, enfatizou Fernando Penteado Cardoso.

Fonte: Assessoria Asbram
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Crise no leite escancara desigualdade tecnológica no campo

Audiência na Câmara destacou que a democratização da genética avançada pode elevar a produtividade, reduzir custos e fortalecer a renda das famílias rurais.

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Foto: Jaelson Lucas

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados realizou, na última semana, audiência pública para discutir a importância do melhoramento genético do gado leiteiro voltado aos pequenos produtores. O debate foi solicitado pelo deputado Rafael Simões (União-MG), que defende a ampliação do acesso a tecnologias avançadas de reprodução no campo.

Segundo o parlamentar, o melhoramento genético é um dos principais instrumentos para elevar a eficiência e a competitividade da produção de leite no país, especialmente entre agricultores familiares. “Animais com maior potencial genético produzem mais leite, garantem melhor qualidade do produto e apresentam maior resistência a doenças, além de melhor adaptação às condições de manejo. Esses fatores impactam diretamente na redução de custos e no aumento da renda das famílias rurais”, afirmou.

Deputado Rafael Simões: Com apoio técnico, linhas de crédito direcionadas e subsídios, é possível democratizar o uso da transferência de embriões, aproximando os agricultores familiares das mesmas ferramentas utilizadas por grandes propriedades”

Rafael Simões defendeu a criação de um programa específico voltado ao melhoramento genético para pequenos produtores. “Com apoio técnico, linhas de crédito direcionadas e subsídios, é possível democratizar o uso da transferência de embriões, aproximando os agricultores familiares das mesmas ferramentas utilizadas por grandes propriedades. Isso fortalece a cadeia produtiva do leite, valoriza a agricultura familiar e contribui para a sustentabilidade da atividade”, destacou.

O secretário de Agricultura Familiar e Abastecimento do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Vanderley Ziger, informou que o governo estruturou um programa nacional de melhoramento genético, instituído pela Portaria nº 28, de junho de 2025, e trabalha agora para sua efetiva implementação. “Temos a necessidade de fazer com que o programa lançado se torne concreto, e isso passa por uma grande campanha nacional que estimule, fortaleça e esclareça essa agenda. Se houver mobilização, acredito que o produtor compreenderá melhor o potencial e os benefícios da transferência de embriões”, explicou.

O diretor de Pecuária Leiteira da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Rodrigo Simões, reforçou a importância de ampliar o acesso à genética avançada. “A atividade leiteira enfrenta desafios naturais: climáticos, de preço de insumos e pela entrada de leite importado. Se conseguirmos garantir que os pequenos produtores tenham acesso à genética de ponta, esse desafio se torna muito menor, pois uma vaca ruim come o mesmo que uma vaca boa”, afirmou.

Deputado José Medeiros: “Há tempos tocamos nesse problema, que é recorrente. Precisamos agir, ou o nosso produtor de leite não vai resistir”

O deputado José Medeiros (PL-MT) também demonstrou preocupação com a crise no setor leiteiro e defendeu ações urgentes do Congresso. “Há tempos tocamos nesse problema, que é recorrente. Precisamos agir, ou o nosso produtor de leite não vai resistir. Acredito que o secretário Vanderley sai desta audiência com ideias importantes para fortalecer o programa. Estamos, inclusive, coletando assinaturas para instalar a CPI do Leite”, frisou.

Rafael Simões concluiu afirmando que continuará acompanhando o tema de perto e que pretende se reunir com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para tratar do assunto.

Fonte: Assessoria FPA
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Congresso Internacional de Girolando premia trabalhos científicos e atrai público de sete países

Evento em Uberlândia (MG) reuniu 650 participantes e abordou inteligência artificial, genética avançada e sustentabilidade na produção leiteira.

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Com a participação de 650 pessoas de sete países, o 3º Congresso Internacional de Girolando apresentou as inovações da pecuária leiteira mundial e as tendências de mercado para o próximo ano. O evento, realizado de 12 a 14 de novembro, em Uberlândia (MG), contou com participantes do Brasil, Bolívia, Colômbia, Estados Unidos, Honduras, Panamá e de Sudão.

Fotos: Divulgação/Girolando

A inteligência artificial foi um dos temas apresentados. Segundo o pesquisador da Universidade de Wisconsin, Guilherme Rosa, estudos feitos na instituição norte-americana estão permitindo utilizar a IA para melhorar a eficiência produtiva das fazendas leiteiras, utilizando, por exemplo, imagens para identificar animais com problemas ou para selecionar aqueles de maior desempenho. Já o uso da robótica está contribuindo para otimizar a ordenha das vacas, além de solucionar problemas com mão de obra.

O Congresso ainda destacou a evolução genética dos rebanhos da raça Girolando, que nos últimos 20 anos aumentou em 100% sua produção de leite enquanto as emissões de metano caíram 40%. “Hoje, não precisa esperar o animal nascer para iniciar a seleção. É possível fazer isso ainda na fase de embriões”, diz o pesquisador da Embrapa Gado de Leite Marcos Vinicius Barbosa da Silva, que abordou o impacto da genômica na raça Girolando.

As inovações incorporadas por fazendas selecionadoras da raça foram apresentadas no evento. Uma delas é a Santa Luzia, em Passos/MG, uma das maiores produtoras de leite do Brasil, primeira fazenda a ser certificada para biosseguridade no país e que tem um trabalho pioneiro em bem-estar animal. O gestor da Santa Luzia e criador de Girolando Maurício Silveira Coelho ministrou palestra sobre boas práticas de manejo para garantir a sustentabilidade. “O bem-estar animal é um conceito indissociável do futuro da produção leiteira”, assegura o criador.

O evento, que também abordou o mercado global do leite, sucessão familiar, eficiência alimentar, gestão das propriedades, premiou os melhores trabalhos científicos sobre a raça Girolando. Concorreram mais de 40 pesquisas. O primeiro lugar ficou com Vitor Augusto Nunes, que avaliou efeitos da intensidade do ciclo reprodutivo em protocolos de IATF. O segundo colocado foi Fabrício Pilonetto, que pesquisou sobre a relação do genoma e o sistema mamário das vacas Girolando. Já o terceiro colocado foi Joseph Kaled Grajales-Cedeño, com trabalho sobre reatividade e seus efeitos na produção e qualidade do leite em vacas primíparas Girolando. As premiações foram nos valores de R$5 mil, R$3 mil e R$2mil, respectivamente.

O 3º Congresso Internacional de Girolando foi organizado pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, em parceria com o Sebrae, Fundo de Investimento do Programa de Melhoramento Genético de Girolando e Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).

Fonte: Assessoria Girolando
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