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Avicultura 2º Dia do Avicultor O Presente Rural

Jejum equivocado acentua mortalidade no transporte e reduz qualidade da carne de frango

O tempo de jejum indicado é no mínimo oito horas como uma medida de segurança, para garantir que as aves possam ir ao frigorífico com menor volume de conteúdo digestivo possível.

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Ao atingirem a idade de processamento, os frangos de cortes são transportados das granjas para as plantas frigoríficas, processo esse conhecido como manejo pré-abate, que envolve quatro etapas: tempo no aviário sem alimento, tempo de apanha e carregamento das aves, tempo de transporte e tempo na área de espera antes do abate.

Conforme o professor universitário, pesquisador, doutor em Zootecnia na área de Nutrição e Produção de Monogástricos, Thiago Petrolli, essa é uma das etapas que mais impactam a cadeia de produção em razão do alto risco que os animais estão expostos, sendo necessário adotar uma série de medidas a fim de garantir a qualidade da carne, rendimento de carcaça e inocuidade alimentar das aves na chegada ao abatedouro.

Professor universitário, pesquisador, doutor em Zootecnia na área de Nutrição e Produção de Monogástricos, Thiago Petrolli, palestrou no 2º Dia do Avicultor – Fotos: Jaqueline Galvão/OP Rural

Antes de planejar as etapas do transporte, existe uma série de decisões que precisam ser tomadas ainda durante o período de criação dos frangos, com vistas a previsão de carregamento entre os lotes, tais como ausência de antibióticos, rações “finais” livres de moléculas que possam deixar algum resíduo na carne ou na carcaça, animais livres do uso de aditivos melhoradores de desempenho, sanidade das aves e o manejo dos lotes.

“Nas trocas finais de ração algumas ferramentas sanitárias podem ser deixadas de lado, é por isso que essa fase acaba tendo uma importância ainda maior para o produtor, com adoção de medidas de biosseguridade, manejo de cama e manejo de ambiência, a fim de deixar o animal o menos desafiado possível em termos sanitários, para tentar diminuir o estresse térmico e imunológico, fatores que podem impactar muito no desempenho final do frango”, discorreu Petrolli no início de sua palestra sobre “Manejo pré-abate”, realizada durante o 2º Dia do Avicultor O Presente Rural, evento promovido no dia 25 de agosto pelo Jornal O Presente Rural em formato híbrido, tendo alcance superior a 6,5 mil pessoas, entre participantes presenciais e aqueles que acompanharam a transmissão online e on demand.

O programa de retirada dos frangos da granja começa com o jejum, que inicia antes do carregamento das aves e consiste na retirada completa de ração e acesso livre à água até o início do carregamento. Essa etapa objetiva minimizar a contaminação à nível de abatedouro, garantindo menor volume de resíduos, melhor eficiência de utilização da ração e menor mortalidade e regurgitação ao transporte. “A falta de jejum ou jejum com períodos curtos ou muito longos acentuam a mortalidade no transporte. Há períodos médios de jejum que devem ser respeitados para garantir menor mortalidade, melhor qualidade de carcaça e menor perda de peso de carcaça”, ressalta o pesquisador.

Tempo de jejum

Segundo o doutor em Zootecnia, o tempo médio de jejum adotado pela cadeia produtiva no país é entre oito e 12 horas. “Seguindo orientações de bem-estar animal e de organizações internacionais não se recomenda passar o tempo de 12 horas de jejum, pois a partir deste tempo as aves passam a ter uma acentuada perda de peso, desidratação muscular e mobilização das reservas teciduais”, explica Petrolli, acrescentando: “O período de jejum contabilizado não é só o tempo em que as aves ficam no aviário, é o tempo total, incluindo o carregamento, o transporte e o tempo de espera no frigorífico. No entanto, em termos de qualidade de carcaça e bem-estar animal, o tempo de esvaziamento do tubo digestivo é desconsiderado do tempo de transporte, porque entre as reações fisiológicas das aves em situações de estresse ocorre a retenção de alimentos no tubo digestivo, uma vez que o movimento peristáltico do intestino fica lento e pouco frequente durante o transporte, ou seja, se for contabilizado o tempo de jejum junto com o tempo do transporte os animais vão chegar no abatedouro ainda com alimento no trato digestivo”, pontua o profissional.

Professor universitário, pesquisador, doutor em Zootecnia na área de Nutrição e Produção de Monogástricos, Thiago Petrolli: “O período de jejum contabilizado não é só o tempo em que as aves ficam no aviário, é o tempo total, incluindo o carregamento, o transporte e o tempo de espera no frigorífico”

Em relação ao tempo mínimo de jejum, Petrolli diz que em situações de clima quente o animal tem um trânsito digestivo do bolo alimentar de quatro a seis horas, no entanto, esse tempo, em alguns casos bem manejados até poderiam ser suficientes, porém, na grande maioria das granjas não é. “O tempo de jejum indicado é no mínimo oito horas como uma medida de segurança, para garantir que as aves possam ir ao frigorífico com menor volume de conteúdo digestivo possível”, salienta Petrolli.

Por sua vez, em um jejum prolongado ocorre a perda de glicogênio muscular, pouca produção de ácido lático no músculo, pequena queda do pH muscular e a carne DFD caracterizada pela cor escura, firme e seca, aumento no consumo de água e aumento nos níveis de contaminação de papo e do intestino.

Outro ponto do jejum excessivo está relacionado a microbiologia, porque com o aumento do jejum ocorre um estresse que desestabiliza a microbiota intestinal, abrindo espaço para bactérias como a Salmonella e a Escherichia coli, aumento do pH no papo, aumento de ingestão de cama, o que pode levar ao rompimento do papo durante o processamento e consequente descarte da carcaça, parede intestinal enfraquecida (acima de 18 horas), rompimento com facilidade das vísceras, vesícula biliar enfraquecida (acima de 14hs). “À medida que o jejum vai se prolongando a integridade intestinal é comprometida, até chegar ao ponto em que esses animais em não sendo logo abatidos ficarão suscetíveis a contaminações”, expõe Petrolli.

Já o tempo curto de jejum causa problema a nível de frigorífico, porque as aves apresentam esvaziamento incompleto do trato gastrointestinal. “Erro comum dos produtores é considerar o tempo de transporte como jejum pensando em esvaziamento digestivo, o que não acontece porque a ave está estressada”, reforça.

Outro fator a se considerar no jejum é o calor excessivo, fator que também pode interferir no esvaziamento mais lento do tubo digestivo.

Coleta das aves

A etapa seguinte é da coleta das aves (apanha), considerada a operação mais delicada do processo, porque gera estresse e alto risco de lesões físicas nos frangos, devido ao método de apanha que demanda mão de obra humana. Petrolli conta que já há disponível um equipamento para apanha automatizado, podendo em uma hora carregar até 7.200 mil aves, no entanto no Brasil não há produção em escala e nem empresa especializada para manutenção destes equipamentos, vias de acesso adequadas para transporte dos mesmos até as propriedades, além de que as instalações dos aviários brasileiros inviabilizam seu uso em virtude de suas estruturas serem antigas.

A apanha manual é feita por equipes treinadas e o método recomendado é apanhar as aves pelo dorso, porque facilita sua colocação dentro da caixa na posição correta e com as asas juntas ao corpo. “Pelo pescoço asfixia a ave e causa lesões no dorso, pelas asas pode gerar fraturas, apanhar por uma ou pelas duas pernas não é recomendado pois, por possuir terminações nervosas, acarreta alto índice de lesões”, avisa o zootecnista.

Petrolli lista boas práticas para a fase de apanha, recomendando que seja realizada preferencialmente no período noturno, em que a temperatura está mais amena, capacidade visual diminuída e os frangos não se agitam tanto com a movimentação humana. Orienta dividir os animais em grupos, minimizando a atividade das aves, o que facilita a contenção e captura. No máximo oito aves podem ser colocadas por caixas, atingindo peso máximo da caixa de 22kg. Para o embarque é recomendado que as caixas estejam fechadas para que sejam deslizadas suavemente até o caminhão

O zootecnista reforça que não devem ser carregadas aves não-conformes, com papos dilatados ou lesionadas, pois esses animais podem gerar um problema sanitário e contaminar todo o lote, sendo que seu sacrifício deve ser feito no próprio aviário e os resíduos encaminhados para a composteira, evitando assim a contaminação de possíveis patógenos no frigorífico.

Antes do carregamento é necessário verificar se todas as aves têm espaço para deitar sem que haja amontoamento dentro das caixas, proporcionando uma menor densidade do carregamento em temperaturas mais altas. “É preciso ter muito cuidado com as densidades das caixas e no embarque das caixas. É recomendado molhar a carga sempre que a temperatura estiver acima de 15º C e a umidade relativa do ar abaixo de 85%, uma vez que o centro das cargas fica muito aquecido”, orienta Petrolli.

Transporte

Ao longo do transporte as aves passam por estresse calórico, incidência de radiação solar, alta lotação inibe ofegação, quanto maior a lotação, menores as perdas de calor sensível, agravado no centro do caminhão, estresse pelo frio (veículo), alta lotação vibração e barulho. “Para amenizar o calor, utilizar a ventilação e o resfriamento adicional quando for necessário, bem como é recomendado minimizar as paradas, as distâncias e o tempo de transporte”.

Tempo de espera no frigorífico

Na planta frigorífica as cargas vivas devem seguir para o galpão de espera, que deve ser uma área fresca, com cobertura, aclimatado com ventiladores e nebulizadores em dias quentes e aquecedores em dias frios, para que recebam proteção enquanto aguardam para serem processadas. Geralmente o tempo de espera no abatedouro é de duas horas. “É importante que tenha essa espera e essa climatização no abatedouro porque o animal acaba recuperando um pouco de tecido muscular neste período, o que ajuda na qualidade sensorial da carne”, destaca Priolli.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura – Corte & Postura.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Relatório traz avanços e retrocessos de empresas latino-americanas sobre políticas de galinhas livres de gaiolas

Iniciativa da ONG Mercy For Animals, a 4ª edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais identifica compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes companhias, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de aves na cadeia de ovos.

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Foto: Freepik

O bem-estar de galinhas poedeiras é gravemente comprometido pelo confinamento em gaiolas. Geralmente criadas em espaços minúsculos, entre 430 e 450 cm², essas aves são privadas de comportamentos naturais essenciais, como construir ninhos, procurar alimento e tomar banhos de areia, o que resulta em um intenso sofrimento.

Fotos: Divulgação/MFA

Estudos, como o Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA) da ONG internacional Mercy For Animals (MFA), comprovam que esse tipo de confinamento provoca dores físicas e psicológicas às galinhas, causando problemas de saúde como distúrbios metabólicos, ósseos e articulares, e o enfraquecimento do sistema imunológico das aves, entre outros problemas.

Para a MFA, a adoção de sistemas de produção sem gaiolas, além de promover o bem-estar animal, contribui para a segurança alimentar, reduzindo os riscos de contaminação e a propagação de doenças, principalmente em regiões como a América Latina, o que inclui o Brasil.

Focada nesse processo, a Mercy For Animals acaba de lançar a quarta edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA 2024), um instrumento essencial para analisar e avaliar o progresso das empresas latino-americanas em relação ao comprometimento com políticas de bem-estar animal em suas cadeias produtivas.

O relatório considera o compromisso – ou a ausência dele – de 58 grandes empresas, com o fim de uma das piores práticas de produção animal: o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de fornecimento de ovos.

Destaques

A pesquisa se concentrou na análise de relatórios públicos de companhias de diversos setores com operações em territórios latino-americanos, da indústria alimentícia e varejo aos serviços de alimentação e hospitalidade. Elas foram selecionadas conforme o tamanho e influência em suas respectivas regiões de atuação, bem como a capacidade de se adaptarem à crescente demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis, que reduzam o sofrimento animal em grande escala.

O MICA 2024 aponta que as empresas Barilla, BRF, Costco e JBS, com atuação no Brasil, se mantiveram na dianteira por reportarem, publicamente, o alcance de uma cadeia de fornecimento latino-americana 100% livre de gaiolas. Outras – como Accor, Arcos Dourados e GPA – registraram um progresso moderado (36% a 65% dos ovos em suas operações vêm de aves não confinadas) ou algum progresso, a exemplo da Kraft-Heinz, Sodexo e Unilever, em que 11% a 35% dos ovos provêm de aves livres.

De acordo com a MFA, apesar de assumirem um compromisso público, algumas empresas não relataram, oficialmente, nenhum progresso – como a Best Western e BFFC. Entre as empresas que ainda não assumiram um compromisso público estão a Assaí e a Latam Airlines.

“As empresas que ocupam os primeiros lugares do ranking demonstram um forte compromisso e um progresso significativo na eliminação do confinamento em gaiolas. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, essas empresas estarão mais bem preparadas para cumprir as leis e evitar penalidades”, analisa Vanessa Garbini, vice-presidente de Relações Institucionais e Governamentais da Mercy For Animals.

Por outro lado, continua a executiva, “as empresas que não demonstraram compromisso com o bem-estar animal e não assumiram um posicionamento público sobre a eliminação dos sistemas de gaiolas, colocam em risco sua reputação e enfraquecem a confiança dos consumidores”.

“É fundamental que essas empresas compreendam a urgência de aderir ao movimento global sem gaiolas para reduzir o sofrimento animal”, alerta Vanessa Garbini.

Metodologia

A metodologia do MICA inclui o contato proativo com as empresas para oferecer apoio e transparência no processo de avaliação, a partir de uma análise baseada em informações públicas disponíveis, incluindo relatórios anuais e de sustentabilidade.

Os critérios de avaliação foram ajustados à medida que o mundo se aproxima do prazo de “2025 sem gaiolas”, estabelecido por muitas empresas na América Latina e em todo o planeta. “A transição para sistemas livres de gaiolas não é apenas uma questão ética, mas um movimento estratégico para os negócios. Com a crescente preocupação com o bem-estar animal, empresas que adotam práticas sem gaiolas ganham vantagem competitiva e a confiança do consumidor. A América Latina tem a oportunidade de liderar essa transformação e construir um futuro mais justo e sustentável”, avalia Vanessa Garbini.

Para conferir o relatório completo do MICA, acesse aqui.

Para saber mais sobre a importância de promover a eliminação dos sistemas de gaiolas, assista ao vídeo no Instagram, que detalha como funciona essa prática.

Assine também a petição e ajude a acabar com as gaiolas, clicando aqui.

Fonte: Assessoria MFA
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Avicultura

Sustentabilidade em foco na Conbrasfran 2024

Evento acontece de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Foto: Divulgação/Asgav e Sipargs

A importância de uma produção mais sustentável foi a lição mais importante que este ano deixou aponta o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos. “A natureza nos lembrou que é soberana e da necessidade de nos reciclarmos cada vez mais do que fizemos no passado. Eu digo a humanidade como um todo. As práticas sustentáveis que tanto se fala e que vamos discutir na Conbrasfran, essas práticas que estamos implementando agora é para amenizar o que vem pela frente, já que estamos enfrentando agora as consequências do que foi feito no passado”.

Então, para ele, a lição é a necessidade de insistirmos no tema da sustentabilidade ambiental e social, insistir na educação, na orientação e na disciplina ambiental com o objetivo de mitigar os efeitos climáticos no futuro. “Os efeitos podem ser vistos no mundo todo. Aumento dos dias de calor extremo, chuvas recordes no Brasil, na Espanha e outros países, além das queimadas em várias regiões do mundo também”.

A Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha, vai reunir empresários, indústrias, produtores e lideranças de todo o país para discutir todas as áreas estratégicas. “Vamos falar sobre sanidade avícola, um simpósio tradicional da Asgav será absorvido pela programação da Conbrasfran 2024. Vamos debater qualidade industrial, que trata questões de inspeção, controle, autocontrole e processo produtivo, entre outros temas. Teremos também um seminário sobre segurança do trabalho com uma abordagem do ambiente laboral dos colaboradores e da proteção deles em um quadro em que surgem novos desafios na medida em que aumentamos a produção”, pontuou.

Um dos destaques do evento será o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global. “Também teremos discussões sobre a área comercial, que impulsiona a nossa economia e é responsável por levar o nosso produto até a mesa do consumidor brasileiro e de mais de 150 países”, salientou Santos. Ele destaca ainda os debates sobre questões jurídicas e tributárias. “São temas que permeiam o nosso dia a dia e estamos diante de uma reforma tributária, que também será abordada”, afirmou mencionando o Agrologs, que vai falar sobre logística, outro desafio para a cadeia produtiva. “O Brasil precisa avançar em ferrovias, hidrovias é uma necessidade para garantir sustentáculos de competitividade”. “É um evento que vai trazer temas estratégicos”, encerrou.

Os interessados podem se inscrever através do site do evento. E a programação completa da Conbrasfran 2024 também está disponível clicando aqui.

Fonte: Assessoria Asgav e Sipargs
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Conbrasfran 2024 ressalta superação e resiliência da avicultura gaúcha em meio a desafios históricos

Evento será realizado entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

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Presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: "São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente" - Foto: Divulgação

Se desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da avicultura, este ano levou o seu significado a um novo patamar, especialmente falando do Rio Grande do Sul. O estado enfrentou enchentes e depois um caso isolado de Doença de Newcastle. “Tudo isso nos abalou sim. Redirecionamos toda a atenção e os nossos esforços para ser o elo de ligação do setor com o poder público, com a imprensa e a atender as demandas dos setores. A organização do evento já estava em curso quando tivemos 45 dias de interdição do prédio onde fica a nossa sede, localizado à beira do rio Guaíba. Tivemos enchente. Para se ter uma ideia, a água chegou até 1,80 metro do 1º andar e não pudemos entrar por conta da falta de luz, de água e outra série de dificuldades”, ressaltou o presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos.

Ainda assim, estes entraves não foram suficientes para desistir da realização da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), que vai ser realizada entre os dias 25 e 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha. “Não houve um único questionamento sequer por parte de associados e dirigentes, o que demonstra que o setor está convencido da importância deste encontro e das discussões que ele vai trazer. Serão vários temas, técnicos, conjunturais, temas estratégicos, de planejamento e de superação de desafios, entre outros. E tudo isso fez com que o setor mantivesse acesa a chama para realizar este evento”, destacou Santos.

De acordo com ele, diante dos desafios, as atividades da organização da Conbrasfran 2024 foram acumuladas com o trabalho da linha de frente para atender as demandas cruciais que chegaram, além da interação com órgãos oficiais, imprensa e parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “E mesmo assim, continuamos com a manutenção e organização do evento. E isso nos sobrecarregou sim. Temos uma equipe enxuta, mas que trabalhou bravamente, com máximo empenho, naqueles dias”.

Santos destaca que os esforços levaram a realização de um evento muito especial, que teve a colaboração de grande parte empresários e técnicos do setor. “São muitos os empresários que acreditam nesses movimentos e nos dão carta branca para seguir em frente, que sabem que apesar das dificuldades, continuamos um estado atrativo, com indústrias e produtores de pequeno, médio e grande portes que continuam produzindo por acreditar no empreendedorismo, na pujança na mão-de-obra, na gestão”, disse o executivo lembrando que apesar dos desafios, o estado conseguiu valorizar a produção, manter empresas e ainda está recebendo novos empreendimentos.

Superação
A superação das dificuldades trazidas pelo ano exigiu muito trabalho, organização e confiança. “Precisamos valorizar a confiança daqueles que são nossos associados e dirigentes. A confiança que recebi deles e da minha equipe como dirigente executivo foi importante. Também vale mencionar as estratégias e ações que colocamos em prática para atender todas as demandas que nos chegaram. Sempre buscamos a melhor forma de atender e ajudar os associados”.

E foi também de maneira virtual que estes desafios foram enfrentados. “Interagimos muitas vezes através de plataforma virtual com os serviços oficiais , seguimos em conjunto e dentro das diretrizes da ABPA e tivemos o apoio incondicional da nossa Federação. Com uma soma de esforços, com a confiança de dirigentes que depositam confiança em nosso trabalho, conseguimos ir para a linha de frente e atender as diferentes demandas do setor e da imprensa”, contou Santos que agiu com firmeza em seus posicionamentos e conseguiu liderar o setor na retomada até chegarmos neste momento.

Os interessados podem se inscrever e conferir a programação completa da Conbrasfran 2024 clicando aqui. Outras informaçõe podem ser obtidas pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228-8844, do WhatsApp (51) 98600-9684 ou pelo Instagram do encontro.

Fonte: Assessoria Asgav
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