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JBS assina proposta para adquirir operação de suínos da Languiru, preservando 400 postos de trabalho

Companhia manifesta intenção de assumir a unidade da cooperativa em Poço das Antas (RS), recontratar colaboradores e manter a cadeia de produtores integrados.

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Foto: Divulgação/Languiru

A JBS assinou na tarde da terça-feira (21), no Palácio Piratini, o protocolo de intenção para adquirir a unidade de processamento de suínos da Cooperativa Languiru, em Poço das Antas, no Rio Grande do Sul. Pelo acordo firmado na sede do governo do estado do Rio Grande do Sul, a Companhia pagará R$ 80 milhões pelo ativo e manterá os 400 empregos gerados pela operação com capacidade de processamento diário de 1.200 suínos. Ao longo dos próximos cinco anos haverá o investimento de mais R$ 120 milhões para reestruturar a planta e trazer novos equipamentos para a unidade, atualmente paralisada. Seis municípios no entorno devem ser beneficiados.

O governador do estado, Eduardo Leite, celebrou o acordo que apresentou uma solução para a manutenção da operação da Languiru, que impacta diretamente a vida econômica da região. “Havia uma grande preocupação com toda a economia, colaboradores e produtores integrados, que foram impactados com a paralisação das atividades da empresa. Esse compromisso não é apenas um acordo comercial, é um pacto para preservar tanto a produção de suínos como o sustento de muitas famílias”, declarou.

Presidente da Seara, João Campos – Foto: Paulo Vitale

O presidente da Seara, João Campos, destacou a importância do Rio Grande do Sul para a Companhia e a vocação produtiva do Estado. “A Seara faz parte da JBS, uma das maiores produtoras de alimentos do mundo, que já conta com mais de 17 mil colaboradores no Rio Grande do Sul e está presente em mais de 20 municípios gaúchos, com operações de suínos, aves, couros e alimentos preparados, além de incubatórios e fábricas de rações. É um estado em que temos uma confiança muito grande de trabalhar pelo comprometimento das pessoas, onde já contamos com mais de 2.800 pequenos produtores integrados”, afirmou.

“Ficamos felizes em agregar essa nova operação pela sua importância econômica e social, e ter a possibilidade de ampliar nossos investimentos no Rio Grande do Sul. Dessa forma, seguimos o desenvolvimento da operação da Seara no estado, recontratando a mão de obra da região e agregando ainda mais pessoas e produtores integrados. Tudo começa e termina nas pessoas. São as pessoas que nos fazem ser quem somos”, disse.

A JBS movimenta 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). “Com a planta de Poço das Antas abastecendo o mercado interno, em especial o próprio estado, poderemos ampliar a exportação de outras unidades, habilitadas para atender mercados também relevantes”, completa Fábio Soares, diretor do Negócio de Suínos da Seara.

Soares informa que há potencial para a planta em Poço das Antas chegar ao processamento diário de 3.400 suínos em dois turnos. Nesse estágio, a unidade, além de atender o mercado interno gaúcho, também poderia se habilitar para exportações para destinos importantes, como Chile e Cingapura, entre outros, com a agregação de valor da marca Seara.

A expectativa é de, no começo do próximo ano, iniciar a recontratação de mão de obra para a unidade e em março retomar a produção. Atualmente os suínos disponíveis na região estão sendo processados nas unidades da Seara em Ana Rech e Seberi.

“A venda desse ativo é um movimento importante, que permite ao Vale do Taquari como um todo ter um novo alento, considerando que muitas famílias foram afetadas pela descontinuidade do segmento de suinocultura e pela atual situação econômico-financeira da Cooperativa. De certa forma, a Languiru está dando um passo importante para a região, ao encontrar uma solução para um problema social”, avalia o presidente liquidante, Paulo Roberto Birck.

Empregos no estado

A JBS é atualmente a maior empregadora do Brasil, com 152 mil colaboradores diretos trabalhando em suas operações no país. Segundo a Fipe, a JBS e as cadeias produtivas ligadas a ela no país movimentam o equivalente a 2,10% do PIB e contribuem para a geração de 2,73% dos empregos.

No Rio Grande do Sul, o estudo apontou que o percentual para a contribuição em postos de trabalho ficou em 2,7%. A empresa gerou 166.383 empregos diretos, indiretos e induzidos.

“Hoje, já contribuímos de forma significativa com a geração de empregos e renda no Rio Grande do Sul, principalmente nos municípios em que estamos presentes. Por isso, tenho certeza de que este acordo terá um impacto positivo também em Poço das Antas e cidades do entorno”, afirma João Campos.

Fonte: Assessoria JBS

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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