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JBS anuncia compromisso global de se tornar Net Zero até 2040 

Objetivo de zerar o balanço de emissões de gases causadores do efeito estufa é inédito no setor de proteína animal global 

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Fotos: Divulgação

A JBS, segunda maior empresa de alimentos do mundo e líder no setor de proteína, se tornará Net Zero até 2040, ou seja, a Companhia se compromete a zerar o balanço de suas emissões de gases causadores do efeito estufa, reduzindo a intensidade de emissões diretas e indiretas e compensando toda a emissão residual. Esse compromisso foi formalizado hoje, em Comunicado ao Mercado entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A meta Net Zero da JBS inclui as operações globais da empresa, assim como sua diversificada cadeia de valor, que engloba produtores agrícolas e demais fornecedores, além de clientes, em seus esforços para chegar a emissões líquidas iguais a zero em 2040.

A JBS é a primeira grande empresa global do setor de proteína a estabelecer uma meta Net Zero. Esse compromisso ambicioso reflete o propósito da Companhia de suprir as necessidades alimentares e nutricionais da crescente população mundial de forma cada vez mais sustentável, buscando preservar os recursos do planeta para as gerações futuras. Como parte dessa missão, a empresa assinou a iniciativa “Ambição Empresarial pelo 1,5°C”, do Pacto Global das Nações Unidas, pela qual se compromete a definir metas com base científica para alcançar o Net Zero em sua cadeia de valor até, no máximo, 2050 – objetivo que a JBS se propõe a atingir 10 anos antes. Esse esforço se alinha também com o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global a 2°C, com esforços para contê-lo em 1,5°C, quando comparado aos níveis pré-industriais.

“As mudanças climáticas são o grande desafio do nosso tempo e devemos agir com urgência para combater seus efeitos negativos”, disse Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS. “Como uma das mais diversificadas empresas globais de alimentos, temos a oportunidade de usar nossa escala e influência para ajudar a liderar uma transformação sustentável dos mercados agropecuários que empodere produtores, fornecedores, clientes e consumidores. A agropecuária pode e deve ser parte da solução climática global. Acreditamos que, por meio de inovação, investimento e colaboração, o Net Zero está ao nosso alcance”.

A empresa desenvolverá metas de redução de emissões de gases de efeito estufa em suas operações globais e cadeias de valor na América do Sul, América do Norte, Europa, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia. Como próximo passo, a JBS apresentará um plano com base científica para chegar ao Net Zero, consistente com os critérios estabelecidos pela Science-Based Targets initiative (SBT). A empresa fornecerá, ainda, atualizações anuais sobre seu progresso para garantir a transparência, além de passar a divulgar seus riscos financeiros ligados à mudança do clima, em linha com a iniciativa TCFD – Task Force on Climate-related Financial Disclosure.

A JBS adotará diversas estratégias para alcançar o Net Zero até 2040, incluindo: 

Redução das emissões nas nossas unidades: até 2030, a JBS reduzirá em pelo menos 30% suas emissões de escopos 1 e 2, em comparação com as do ano de 2019.

Fomento à inovação: a JBS investirá US$ 1 bilhão na próxima década em soluções que visem reduzir as emissões de carbono em suas operações, engajando colaboradores e financiando projetos que serão avaliados por uma comissão formada por executivos da empresa, especialistas, entidades e acadêmicos.

Eliminação do desmatamento: a JBS focará em uma gama de soluções baseadas na natureza, como investimentos em reflorestamento e restauração florestal. A empresa reforça seu compromisso de alcançar uma cadeia de fornecedores de gado – incluindo os fornecedores de seus fornecedores – livre de desmatamento ilegal na Amazônia até 2025. E nos demais biomas brasileiros até 2030. A Companhia tem como meta, ainda, zerar o desmatamento em sua cadeia de fornecimento global até 2035.

Uso de 100% de eletricidade renovável nas unidades em todo o mundo: a JBS vai aderir ao RE 100, convertendo para 100% de eletricidade renovável toda a sua operação até 2040.

Inovação na agricultura: a JBS investirá maciçamente em Pesquisa e Desenvolvimento para implementar soluções de mitigação das emissões, como melhorias nas práticas agrícolas regenerativas, projetos de intensificação de sequestro de carbono no solo e tecnologias voltadas para as fazendas dos fornecedores.

Prestação de contas e incentivo: a remuneração variável de altos executivos da JBS será atrelada às metas de mudança climática. Os líderes globais da Companhia vão supervisionar a alocação de capital, fomentar o envolvimento de fornecedores e desenvolver parcerias com outras empresas, governos e universidades, de modo a garantir a sustentação e o atingimento do compromisso Net Zero.

Com o compromisso assumido hoje, a JBS reforça sua responsabilidade com a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança), uma caminhada iniciada há mais de uma década, com investimentos significativos em ações concretas por toda a sua cadeia de valor. São exemplos desse esforço o sistema de monitoramento socioambiental de 100% dos fornecedores de matéria-prima da Companhia no Brasil, que está sendo expandido via tecnologia blockchain para os fornecedores de seus fornecedores, além dos investimentos em economia circular. Na América do Norte, a JBS já reduziu em cerca de 20% suas emissões desde 2015. No Reino Unido e Irlanda do Norte, a Moy Park diminuiu a intensidade de suas emissões em mais de 77% desde 2010, e a Pilgrim’s UK já tinha se comprometido a ser Net Zero até 2040.

Na próxima quinta-feira (25/03), o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, compartilhará e discutirá o compromisso Net Zero 2040 da Companhia na Cúpula Global 2021 da Iniciativa de Governança Climática (CGI, na sigla em inglês), entidade que surgiu no âmbito do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês).

Fonte: Ass. JBS

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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