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Japão anuncia o fim do embargo à exportação de carne de frango catarinense
As consequências do embargo repercutiram no bolso dos japoneses e o preço do quilo disparou, enquanto que em Santa Catarina despertou a sociedade para a importância e a necessidade de todos colaborarem com a proteção sanitária animal.
Depois de intensas tratativas diplomáticas e técnico sanitárias, Santa Catarina conseguiu retirar o embargo a exportação de carne de frango e derivados para o Japão. A Influenza aviária é uma doença de alto risco e quando descoberta é obrigatória a notificação aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal, provocando a formação de barreira sanitária para a comercialização de produtos avícolas no mercado interno e externo.
Embora o Brasil mantenha o status livre da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em granjas comerciais, a detecção de focos em aves subsistência foi determinante para o embargo temporário das exportações. A notícia divulgada hoje pelo Governador do Estado Jorginho Mello é resultado do esforço técnico e diplomático junto ao embaixador Teiji Hayashi em encontro realizado em 17 julho passado.
As consequências do embargo repercutiram também no bolso dos japoneses e o preço do quilo disparou. “Com o volume menor nas exportações catarinenses, a oferta reduziu e o preço do quilo disparou no Japão” explica o diretor da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua. Além da comemoração do Governo Catarinense, a indústria também respira aliviada com a decisão.
O secretário da diretoria executiva da AuroraCoop Romeo Bet disse que esse desembaraço, agrada a todas as agroindústrias brasileiras, cooperativadas ou não, e, em especial o produtor de aves. Havia forte pressão de superoferta no mercado interno, aniquilando margens de toda a cadeia. “Com a medida, a situação volta a uma certa normalidade em termos de procura e oferta”, expõe.
O secretário da Agricultura de Santa Catarina Valdir Colatto destaca que “a carne de frango exportada é fruto da dedicação dos nossos produtores rurais que fornecem uma produção de extrema qualidade e que seguem todas as normas sanitárias internacionais. O Estado historicamente, tem um trabalho de referência mundial na prevenção de doenças, inclusive da Influenza. A retirada deste embargo restabelece os volumes exportados e avaliza todo esse grande trabalho” afirma Colatto.
O secretário também destaca que o embargo despertou a sociedade para a importância e a necessidade de todos colaborarem com a proteção sanitária animal. Pelo lado diplomático o secretário de Articulação Internacional Juliano Frohner afirma que o incidente serviu para aproximar ainda mais o Japão de Santa Catarina, pois as autoridades japonesas puderam conferir e confirmar tanto a atuação preventiva quanto a atuação pronta, resolutiva e firme do Estado.
O volume financeiro das exportações de carne de frango até julho de 2023 foi de US$ 1,370 bilhões de dólares, perfazendo uma variação positiva de 9,5%, com uma participação nos volumes exportados pelo Brasil de 23,3% segundo dados do Observatório Agro Catarinense.
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Falta de chuva preocupa; cotações da soja têm novos aumentos
Paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
A falta de chuva nas principais regiões produtoras de soja no Brasil vem deixando agentes em alerta, visto que esse cenário pode atrasar o início da semeadura na temporada 2024/25.
Segundo pesquisas do Cepea, nesse cenário, vendedores restringem o volume ofertado no spot nacional, ao passo que consumidores domésticos e internacionais disputam a aquisição de novos lotes.
Com a demanda superando a oferta, os prêmios de exportação e os preços domésticos seguem em alta, também conforme levantamentos do Cepea.
A paridade de exportação indica, ainda, valores maiores para o próximo mês, o que reforça a resistência dos sojicultores em negociar grandes quantidades no curto prazo.
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Exportação de ovos cai 42% em um ano e processados têm menor participação desde dezembro de 2022
De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
As exportações brasileiras de ovos comerciais recuaram pelo segundo mês consecutivo, refletindo a diminuição nos embarques de produtos processados, como ovalbumina e ovos secos/cozidos.
De acordo com dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 1,239 mil toneladas de ovos in natura e processados em agosto, quantidade 4,7% menor que a de julho e 42% inferior à de agosto de 2023.
Das vendas externas registradas no último mês, apenas 24,6% (o equivalente a 305 toneladas) corresponderam a produtos processados, a menor participação dessa categoria desde dezembro de 2022, também conforme a Secex.
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Preços do milho seguem em alta no Brasil
Atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Levantamentos do Cepea mostram que os preços do milho seguem em alta no mercado doméstico.
Segundo pesquisadores deste Centro, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão do Brasil, vendedores vêm limitando o volume ofertado.
Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a procura internacional pelo milho brasileiro tem se aquecido, sustentada pela maior paridade de exportação.
Compradores internos também têm retomado as negociações, seja para recompor estoques e/ou por temerem novas valorizações nos próximos dias.
Quanto aos embarques, em agosto, somaram 6,06 milhões de toneladas do cereal, praticamente o dobro das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% inferiores aos de agosto de 2023, conforme dados Secex.