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Janeiro foi de novos avanços nos preços do milho no Brasil
Esse recente movimento de oferta é provisório
O mercado brasileiro de milho voltou a apresentar altas nas cotações no balanço de janeiro. Mesmo com um mercado chegando ao final do mês com aumentos de oferta em algumas regiões, para liberação de armazéns para a entrada da safra de verão, sobretudo com a colheita da soja, os preços estiveram sustentados por uma postura retraída dos produtores sobretudo na primeira metade do mês.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, esse recente movimento de oferta é provisório. De fator um volume maior de oferta pressionou as cotações nesta última semana, o que foi observado especialmente em São Paulo. “No entanto a dinâmica de mercado ainda sinaliza para uma logística complicada conforme evolui a colheita da soja”, indica.
Iglesias destaca que haverá um aumento relevante no custo de frete, pressionando os valores do cereal para cima. “Além disso, os produtores tendem a focar na comercialização da soja, deixando os negócios do milho no segundo plano”, avalia. E isso vai restringir a oferta do cereal. O mês encerra também com um componente climático atrapalhando a colheita. “O bom volume de chuvas na região Sul prejudica a evolução do trabalho de campo”, ressalta Iglesias.
No balanço de janeiro até esta quinta-feira (287), o preço do milho na no Porto de Santos subiu de R$ 76,00 para R$ 82,00 a saca, alta de 7,9%.
Já no mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Campinas/CIF subiu na base de venda no comparativo mensal de R$ 83,00 a saca para R$ 84,00, alta de 1,2%. Na região Mogiana paulista, o cereal avançou no comparativo de R$ 80,00 para R$ 82,00 a saca, elevação de 2,5%.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo mensal de janeiro, o preço avançou de R$ 77,00 para R$ 80,00 a saca, incremento de 3,9%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação passou de R$ 67,00 para R$ 75,00 a saca no balanço do mês, elevação de 11,9%. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, houve subida de R$ 84,00 para R$ 86,00, +2,4%.
Em Uberlândia, Minas Gerais, as cotações do milho subiram na semana de R$ 73,00 para R$ 80,00 a saca, aumento de 9,6%. Em Rio Verde, Goiás, o mercado avançou de R$ 72,00 para R$ 76,50 a saca, elevação de 6,2%.
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020
Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.
O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.