Suínos De 21 a 24 de junho
IPVS 2022 traz conhecimento científico, atualização e networking para a cadeia produtiva mundial de suínos
Para que você conheça um pouco mais sobre o Congresso, o jornal O Presente Rural entrevistou a presidente do evento, a médica-veterinária Fernanda Almeida, que traz mais detalhes sobre o encontro, que retorna ao Brasil após 34 anos e abordará o setor de maneira holística.

Com uma programação de peso, escolhida para contemplar todos os elos da produção suinícola global, a organização do IPVS 2022 convida os profissionais do setor para participar do encontro que será realizado no RioCentro, cidade do Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 21 e 24 de junho. Para que você conheça um pouco mais sobre o Congresso, o jornal O Presente Rural entrevistou a presidente do evento, a médica-veterinária Fernanda Almeida, que traz mais detalhes sobre o encontro, que retorna ao Brasil após 34 anos e abordará o setor de maneira holística. Confira!
O Presente Rural – Como médica-veterinária, como você recebeu o convite para liderar esta edição do evento?
Fernanda Almeida – À época (ano de 2011), eu pertencia à diretoria da Abraves-MG e foi uma mistura de sentimentos: ao mesmo tempo em que me senti super honrada e feliz em representar os meus colegas, percebi que seria uma grande responsabilidade. E lá se vão mais de 10 anos de muita dedicação. O resultado disso tudo vocês terão a oportunidade de ver daqui a poucos dias no IPVS 2022.
O Presente Rural – O que levou a organização do evento a escolher o Rio de Janeiro como sede?
Fernanda Almeida – Além do apelo turístico da cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, levamos em conta as questões de biosseguridade, já que não existem granjas de suínos nas proximidades da cidade. Vale ressaltar que o apoio recebido por entidades locais, tais como Superintendência da Agricultura, Secretaria de Turismo e do Convention Bureau do Rio de Janeiro, acolhendo o evento com tanto entusiasmo, foram fundamentais para a decisão final.
O Presente Rural – Quais foram os critérios para a escolha da programação científica da edição 2022?
Fernanda Almeida – Pensando na troca de conhecimentos e experiências entre os profissionais do setor, o comitê científico elaborou o programa baseado nos temas mais relevantes da atualidade, convidando para cada área especifica palestrantes de destaque mundial. Assim, os temas foram escolhidos para promover a discussão dos principais desafios globais enfrentados pela indústria suinícola.
O Presente Rural – “Novas perspectivas para a suinocultura: biosseguridade, produtividade e inovação”, o que esse tema deve trazer para os congressistas?
Fernanda Almeida – Com o objetivo de aliar práticas de biosseguridade a técnicas inovadoras para o melhor controle de enfermidades, levando a maior produtividade, pretendemos proporcionar um grande fórum de discussão sobre temas atuais e de extrema relevância para a suinocultura mundial de forma holística. A aliança entre técnicas inovadoras de produção, traduzindo em maior rendimento, certamente levará o setor suinícola a elevados patamares de excelência.
O Presente Rural – Na sua avaliação, o programa científico do IPVS2022 atende as necessidades do mercado suinícola atual?
Fernanda Almeida – Sim, totalmente. Foi pensando justamente em atender à demanda da cadeia suinícola que convidamos os melhores profissionais de todas as áreas do sistema de produção para poder apresentar dados inéditos, a fim de capacitar os profissionais da suinocultura.
O Presente Rural – Qual o peso dos trabalhos científicos na realização dos congressos da IPVS?
Fernanda Almeida – Os resumos apresentados mostram o desenvolvimento da Ciência por trás de nossas atividades. Assim, os congressos da IPVS são o local de eleição para a divulgação de dados inéditos e muito esperados pela comunidade científica. Foi assim que o Congresso da IPVS se tornou o evento científico mais importante da suinocultura mundial.
O Presente Rural – Como você avalia o apoio dos elos da cadeia suinícola na realização do IPVS2022?
Fernanda Almeida – Como diz o ditado: “Uma andorinha só não faz verão”. Foi com esse pensamento que buscamos organizar o IPVS 2022. Afinal, estamos diante do mais importante evento da suinocultura mundial. É como se o Brasil sediasse a Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos. Temos que valorizar esta grande conquista! Assim, foi com o apoio dos elos do setor que chegamos até aqui e estamos a poucos dias da realização desse grande evento que, certamente, trará benefícios imensuráveis à suinocultura nacional.
Inscreva-se
As inscrições para o IPVS2022 ainda podem ser realizadas. Consulte prazos e valores no site oficial do evento. Acesse ipvs2022.com.
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Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



