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Inverno seco acende alerta de incêndios no meio rural

Mesmo antes do período crítico, Paraná já registra índices altos.

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Foto: Divulgação/Faep

A perspectiva de a região Sul entrar em um período sob influência do La Niña, com temperaturas acima das médias históricas e previsão de estiagens prolongadas, acende um alerta no campo. Essas condições são favoráveis para a ocorrência de incêndios florestais. Esse cenário reforça a importância de se adotar ações preventivas, evitando que queimadas se alastrem, causando prejuízos e oferecendo riscos. Pensando nisso, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), com apoio do Sistema Faep/Senar-PR e de outras entidades, lançou uma campanha de prevenção e combate a incêndios florestais.

Segundo levantamento do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, entre 2019 e 2021, o Estado chegou a níveis alarmantes de incêndios florestais, com mais de 10 mil ocorrências registradas em cada ano. Boa parte desse período transcorreu sob influência do La Ninã, fenômeno que tende a provocar secas e temperaturas mais elevadas na região Sul. Em 2023, já sob influência do El Niño, o Paraná registrou quase 5,6 mil incêndios florestais. A tendência é que 2024 supere essa marca: até 23 de maio, o Estado já tinha registrado mais de 3,6 mil focos de incêndio. “A partir de julho, a tendência é aumentar, porque devemos ter um inverno seco, com muita estiagem e temperaturas acima da média. Como 90% dos incêndios são provocados por ação humana, nosso foco deve ser a prevenção. É importante evitarmos essas ocorrências”, expõe a capitã do Corpo de Bombeiros do Paraná, Luisiana Guimarães Cavalca.

Segundo a capitã, a metade dos incêndios causados pelo ser humano tem origem intencional – e pode, portanto, ser classificada como ação de incendiários. Os outros 50% dos casos dizem respeito a episódios em que o fogo se alastrou de forma acidental. É aí que entra a prevenção. “O fogo pode ser usado no manejo da propriedade, mas tem que ser com todo o cuidado e seguindo técnicas preventivas”, destaca Luisiana.

Nesse sentido, o Corpo de Bombeiros elenca algumas dicas que o produtor rural pode adotar em sua propriedade. Uma delas é fazer a manutenção do terreno, com a retirada de materiais que possam alastrar o fogo. Além disso, a orientação é fazer aceiros, separando as zonas de mata das áreas residenciais e agricultáveis. Outro ponto importante é manter equipamentos de combate ao fogo, como abafadores, enxadas, rastelos e mangueiras. “Se acontecer um incêndio florestal, a primeira coisa a fazer é ligar para os Bombeiros. Em seguida, é preciso avisar os vizinhos. Outro ponto interessante é a comunidade organizar brigadas civis, que podem fazer esse primeiro combate ao fogo, até os Bombeiros chegarem ao local. Para isso, é importante ter treinamento”, explica Luisiana.

Treinamentos

Nesse sentido, o Sistema Faep/Senar-PR oferece os cursos Incêndios Florestais e Incêndios no meio rural, ambos voltados a práticas preventivas e a técnicas de combate ao fogo. Além disso, a entidade também dispõe da capacitação Brigada de incêndio, voltada a formação de brigadas civis que atuam nas ações a serem adotadas desde que os focos são detectados.

“Em períodos de estiagem severa, até mesmo lavouras podem ter problemas com fogo. Tivemos casos de plantações de milho sofrendo incêndios em épocas de seca prolongada”, recorda Neder Maciel Corso, técnico do Departamento Técnico (Detec) do Sistema Faep/Senar-PR.

Segundo Corso, essas capacitações permitem que produtores e trabalhadores rurais tenham noções de como agir quando os incêndios são detectados. Nesse sentido, o técnico do Detec reforça a necessidade de atuação conjunta, com os agricultores formando brigadas civis nas localidades. “Em caso de incêndio, é muito importante agir o quanto antes, para evitar que o fogo ganhe maiores proporções. Assim, é fundamental o trabalho conjunto, integrando vizinhos. É importante que todos estejam comprometidos com práticas prevencionistas e de combate ao fogo”,  ressalta o técnico do Detec, do Sistema Faep/Senar-PR, Neder Maciel Corso.

Campanha reúne entidades em ações preventivas

A Campanha Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais foi lançada em 4 de abril. Realizada sob o slogan “Unidos na prevenção aos incêndios florestais: Somos guardiões da floresta”, a iniciativa congrega 16 instituições, como a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), o Corpo de Bombeiros e o Sistema Faep/Senar-PR . Entre as ações previstas estão a distribuição de material gráfico e digital com informações preventivas, além de ações de monitoramento por parte da Defesa Civil e dos Bombeiros.

Além do novo slogan, neste ano a campanha tem uma nova mascote, a Curi, uma curicaca vigilante do ecossistema que, como guardiã na natureza, vai ajudar a trazer dicas vitais para a prevenção de incêndios florestais. Ela se junta a outros mascotes: Labareda, o tamanduá brigadista florestal do Ibama-Prevfogo; Quati João, do Corpo de Bombeiros Militar; e Mandinha, a abelha mandaçaia. Eles formam a Turma dos Guardiões da Floresta.

Uma cartilha educativa foi criada especialmente para as crianças e adolescentes, com o objetivo de investir também na conscientização desse público e para que eles ajudem sendo os Guardiões da Floresta. Todo o material da campanha está disponível no site: paranacontraincendioflorestal.com.

Fonte: Assessoria Sistema Faep/Senar-PR

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Em ano desafiador, Congresso do Trigo reúne a cadeia do grão para debater futuro do mercado

Evento será realizado entre os dias 23 e 25 de outubro em Foz do Iguaçu (PR).

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Presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa: "Os primeiros seis meses deste ano foram marcados por muitas incertezas e apontam para um futuro de desafios para o mercado do trigo" - Foto: Julio Bittencourt

O primeiro semestre de 2024 já mostra que este é um ano de muitos desafios para o setor do trigo no Brasil. Aumentos crescentes nos preços do cereal e possíveis quebras de safras por conta de questões climáticas, em diversos países do mundo, são alguns dos fatores que já influenciam o mercado.

Para debater o cenário do trigo no Brasil e no mundo e ajudar a indústria a traçar os próximos passos, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) promove, entre os dias os dias 23 e 25 de outubro no Hotel Bourbon Cataratas em Foz do Iguaçu (PR), a 31ª edição do Congresso Internacional da Indústria do Trigo. “Os primeiros seis meses deste ano foram marcados por muitas incertezas e apontam para um futuro de desafios para o mercado do trigo. Mais uma vez vamos reunir representantes de toda a cadeia do grão para que possamos entender as tendências e projeções futuras e assim auxiliar a indústria a planejar os rumos para o próximo ano”, afirma o presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa.

O cenário econômico e geopolítico do Brasil e do mundo será o tema da palestra de abertura do Congresso do Trigo, que convidará os participantes para uma atualização sobre a conjuntura e as projeções do mercado, visando auxiliar os congressistas nas tomadas de decisões futuras.

Durante o Congresso também serão abordados assuntos relevantes ao setor com os temas “O Mercado do Trigo”; “Tecnologias e o Futuro do Trigo na Alimentação”; “O Trigo e a Mídia” e “Os Canais de Vendas dos Derivados de Trigo”. O evento é destinado a produtores de trigo, dirigentes de moinhos, da panificação, das indústrias de derivados, representantes do governo e entidades ligadas ao agronegócio, além de participantes internacionais de países do Mercosul, da Europa, Estados Unidos, Canadá, Turquia, China e Rússia, entre outros.

Paralelamente às palestras e painéis, será realizada uma Feira de Negócios, com apresentações e ofertas de produtos, máquinas, equipamentos e sistema e tecnologias de ponta. “O Congresso é uma ótima oportunidade de relacionamento entre empresários, gestores, fornecedores e autoridades do setor. Além disso, vamos abordar assuntos atuais e pertinentes ao nosso mercado, indo além dos temas como produção e avançando em questões como a percepção que a sociedade tem de nosso produto através da mídia”, comenta Barbosa.

A programação completa e as informações para as inscrições e hospedagem estão no site oficial do evento.

Fonte: Assessoria Abitrigo
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Notícias No Rio Grande do Sul

Seminário reforça importância da implantação de sistema de irrigação para melhor produtividade

Programa de Irrigação do Rio Grande do Sul prevê benefício de 20% do valor do projeto, até o teto de R$ 100 mil por produtor para a implantação de sistema de irrigação.

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Fotos: Divulgação/Seapi

A irrigação e a reservação de água, com consequente aumento da produtividade, são os temas principais apresentados aos cerca de 250 produtores rurais durante o 1° Seminário de Irrigação, em Marcelino Ramos, na região do Alto Uruguai (RS). O evento é realizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural e Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Emater-RS/Ascar). O objetivo da iniciativa é divulgar o Programa de Irrigação do Rio Grande do Sul, que prevê benefício de 20% do valor do projeto, até o teto de R$ 100 mil por produtor para a implantação de sistema de irrigação.

O programa é destinado a todos os produtores rurais (pessoas físicas), de qualquer região do Estado, que podem encaminhar projetos para a implantação ou ampliação de sistemas de irrigação (por aspersão, localizada ou por sulcos); e construção, adequação ou ampliação de reservatórios de água para fins de irrigação. Essa é mais uma ação inserida no Supera Estiagem que busca mitigar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul e, consequentemente, elevar a produtividade das culturas. Novas edições do seminário devem acontecer no Estado ao longo dos próximos meses.

O titular da Seapi, Clair Kuhn, participou do evento e destacou a importância de falar de irrigação mesmo em períodos de chuva, já que a implantação de sistemas requer planejamento e investimento. “Esse é um programa do Estado direto ao produtor rural. Para termos sucesso e aumentar a área irrigada em até 100 mil hectares em quatro anos, precisamos da assistência técnica mostrando aos produtores a importância da irrigação e da reservação de água. Esse assunto deve ser permanente, porque irrigação é sinônimo de renda, qualidade de vida e segurança alimentar”, destacou.

Kuhn afirmou que o governo pretende investir mais de R$ 200 milhões em quatro anos e que, para 2024, ano de alavancagem do programa, já estão assegurados R$ 20 milhões. “Ao contrário de outros programas já lançados, esse não está atrelado a nenhum banco. O produtor rural pode buscar financiamento em qualquer rede bancária ou instituição de crédito ou até mesmo fazer o investimento de irrigação com recursos próprios”, explicou o secretário.

O alerta climático

O coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), meteorologista Flávio Varone, destacou a importância do programa oferecido pela pasta como um mecanismo de suporte. “O produtor pode ter acesso a todas as previsões meteorológicas de forma gratuita a partir deste sistema. Agora, por exemplo, teremos uma redução gradual das chuvas, com os meses de julho e agosto registrando um inverno bem típico. E com temperaturas mais baixas até boa parte da primavera”, disse o meteorologista. Ele salientou que o sistema mostra também a chegada do La Niña a partir de agosto/setembro, o que vai ocasionar uma primavera menos chuvosa em função deste fenômeno.

Cases de sucesso

Os produtores Eder Cristian Ceron, de Marcelino Ramos, e Alvaro Parmeggiani, de Campinas do Sul, relataram suas experiências com os sistemas de irrigação por aspersão e de pivô. A família Ceron tem suas atividades voltadas para a criação de suínos e gado de leite. Do total da propriedade de 12,5 hectares, sete hectares são com área irrigada. O sistema foi financiado pela primeira fase do programa de irrigação.

A ideia, segundo o produtor, é aumentar a área irrigada, passando para um total de oito hectares. “Com o sistema de irrigação, conseguimos aumentar a produção de alimentos sem aumentar a área”, contou.

O diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera, parabenizou os agricultores pelos relatos. “É muito importante o produtor falando para o produtor”. Ele também ressaltou os benefícios do projeto e reforçou que as famílias podem contar com a Emater e com a Seapi nesse processo.

Fonte: Assessoria Seapi e Emater-RS
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CMN amplia Proex para permitir financiamento pré-embarque de exportações brasileiras

Com a nova medida, o desembolso poderá ocorrer até 180 dias antes da exportação, que deverá ser comprovado em até 15 dias da data prevista no cronograma aprovado. Nesse caso, o financiamento começará no momento do desembolso, e não no da exportação.

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Foto: Claudio Neves

As empresas exportadoras brasileiras poderão financiar as vendas para o exterior até seis meses antes do embarque. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na quarta-feira (26) a ampliação do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) para permitir o financiamento pré-embarque.

Atualmente, o financiamento ocorre na fase pós-embarque, com o crédito só sendo liberado após a comprovação do embarque das mercadorias ou do faturamento dos serviços. Com a nova medida, o desembolso poderá ocorrer até 180 dias antes da exportação, que deverá ser comprovado em até 15 dias da data prevista no cronograma aprovado. Nesse caso, o financiamento começará no momento do desembolso, e não no da exportação.

Em nota, o Ministério da Fazenda informou que esse tipo de financiamento ajudará empresas com acesso restrito a outras fontes de crédito antes do embarque. As exportações cobertas por outros financiamentos (pré ou pós-embarque) ou com adiantamentos recebidos pelo exportador não poderão receber o financiamento pré-embarque do Proex.

Quando não houver comprovação de que a exportação ocorreu até a data prevista, quando os bens ou serviços exportados não forem fabricados ou prestados pelo exportador, ou quando o exportador não apresentar os documentos exigidos, ou falseá-los, o financiamento será suspenso, e o exportador deverá reembolsar os valores corrigidos à União. Caso a descaracterização das operações seja superior a 15% de seu montante total, o exportador ficará impedido de contratar com o Proex por cinco anos.

Segundo o Ministério da Fazenda, o financiamento pré-embarque não aumenta as despesas do Tesouro Nacional. Isso porque os recursos sairão dos valores já previstos no Orçamento Geral da União para o Proex Financiamento.

Criado em 2001, o Proex apoia as exportações brasileiras de bens e serviços por meio da promoção de financiamento em condições equivalentes às praticadas no mercado internacional.

Fonte: Agência Brasil
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