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Internet é fundamental para que pivôs tecnológicos entreguem todo potencial

A falta de internet de qualidade em muitas áreas rurais do Brasil é um impeditivo para que essa tecnologia seja mais disseminada no agronegócio brasileiro.

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Foto: Divulgação/Valley

Foi o tempo em que o pivô central era apenas um distribuidor de água par as lavouras. Com o advento das tecnologias digitais, hoje eles escaneiam a produção, observam a infestação de pragas, orientam o produtor a tomar decisões mais rápidas e assertivas, que economizam tempo e dinheiro ao mesmo tempo em que preservam o meio ambiente e os recursos naturais. Mas a falta de internet de qualidade em muitas áreas rurais do Brasil é um impeditivo para que essa tecnologia seja mais disseminada no agronegócio brasileiro.

Engenheiro agrícola e supervisor comercial da Valley, Dearlei Brito Liberato – Foto: Giuliano De Luca/OP Rural

“Hoje, no Brasil, para você ter uma ideia, 75% do território nacional não é coberto com conectividade. Só 25% é. Isso impacta na hora de você vender uma tecnologia”, crava engenheiro agrícola e supervisor comercial da Valley, Dearlei Brito Liberato, que precisa analisar caso a caso, de cada produtor, antes de concretizar a venda de um pivô central. “A conectividade é um problema no Brasil. É ruim para o produtor, é um gargalo que temos que vencer. A internet via satélite atende qualquer região do mundo, mas não é barata. É preciso analisar a situação de cada produtor, porque temos essas limitações de conectividade no país, mas a gente consegue cercar esse problema. Pode ser que fique um pouco mais caro, mais barato, é relativo de acordo com a necessidade e conectividade de cada um”, amplia o profissional.

Liberato explica que o equipamento precisa de boa qualidade de internet para alcançar o máximo que a tecnologia pode oferecer. “Para você usar toda a tecnologia embarcada em um pivô central, realmente você precisa de conectividade. Hoje trabalhamos com várias formas de conectividade. Se o produtor tem um sinal de telefone na fazenda, a gente consegue atender ele com facilidade e rapidez. Se não tem uma conexão GSM, mas tem uma internet via satélite, a gente consegue atender ele dessa forma”, menciona. “Desenvolvemos produtos que atendam as diferentes situações do campo”.

O fim do ‘botinômetro’

A tecnologia embarcada em um pivô moderno por si só sugere a necessidade de internet de qualidade. A evolução tecnológica se acoplou aos novos aparelhos. “Um pivô central há 10 ou 15 anos era uma máquina utilizada para aplicar água em uma cultura. Hoje, com o advento da tecnologia, o pivô central se tornou não só uma estrutura metálica para aplicar água no solo e irrigar a cultura. Hoje tem toda uma tecnologia, com inteligência artificial embarcada, que ajuda a tomar a decisão de quando irrigar, quanto irrigar, se realmente há a necessidade de irrigar. Antigamente era no ‘botinômetro’. O produtor tinha que entrar na lavoura, chutava o solo, para saber se estava seco ou não estava seco. Hoje trabalhamos com um software inteligente, com acompanhamento de consultores de campo, para poder ajudar o produtor na decisão da irrigação”, destaca o profissional.

Muito mais que água

Entre as possibilidade de um pivô, hoje existem painéis eletrônicos com o qual o produtor consegue ligar e desligar a distância o aparelho a distância, evitando deslocamentos e perda de tempo. “O produtor pode programar a hora de ligar e desligar para aproveitar horários mais adequados para irrigação, como horários noturnos, em que a energia é mais barata e a eficiência de aplicação de água é melhor”, frisa Liberato. O pivô, no entanto, serve para ser os olhos do produtor dentro da lavoura (ou mais que isso). “A partir da inteligência artificial, no momento em que o pivô começa a funcionar, independe se está irrigando ou não, pois dá para movimentar a seco, câmeras de alta resolução tiram fotos de sua lavoura, identificam pragas, doenças e deficiências nutricionais das plantas. Ele emite um relatório para o produtor tomar a decisão se é preciso entrar com um fungicida, inseticida ou herbicida, por exemplo”, menciona.

Entre as tecnologias possíveis para serem embarcadas no pivô, lembra Liberato, “existem equipamentos para o produtor determinar a umidade do solo, monitorar a chuva em determinados pontos da fazenda, mensurar todas as variáveis possíveis para tomar a decisão de irrigar ou não, usar diferentes volumes e intensidade de irrigação em pontos diferentes ou de entrar ou não com uma pulverização”.

E tudo na palma da mão. “Tudo acompanhado pelo aplicativo ou por um computador. A tendência é reduzirmos o número de pessoas operacionais em campo e ter pessoas mais capacitadas no escritório (da propriedade rural) para tomar a decisão de usar ou não o equipamento”, frisa.

Economia e meio ambiente

Entre outros benefícios, essas tecnologias ajudam o produtor a economizar insumos, como água, energia elétrica e defensivos agrícolas, além de promover sustentabilidade ambiental ao racionar o uso desses recursos. “A questão econômica é a que mais toca o produtor. Associado a isso, temos a visão ESG, que é uma pegada ambiental, social e que estamos levando isso ao produtor. Não só economia financeira, mas de adubo e água, que são matérias-primas finitas”, menciona. “A gente consegue agregar valor ao produto agrícola”, amplia.

O futuro da conectividade

Para o profissional, que depende de conectividade no campo para colocar seus produtos no mercado, a tendência é aumentar com mais rapidez a conectividade nas áreas rurais, mas não através do 5G, pelo menos por enquanto. “O campo talvez tenha que mirar para a conectividade via rádio, via satélite ou rede fechada, por exemplo. Os produtores e as empresas que vendem tecnologia vão se adaptar a isso e vão atender o produtor. É um caminho sem volta”, sugere Liberato.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor pecuário acesse gratuitamente a edição digital de Bovinos, Grãos e Máquinas. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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