Bovinos / Grãos / Máquinas
Interleite Sul abre inscrições e debate impacto da inteligência artificial e mudanças climáticas no leite
Evento deve reunir mais de mil pessoas em Chapecó (SC) entre os dias 08 e 09 de maio.
Maior evento de gestão voltada ao setor lácteo, o Interleite Sul está com inscrições abertas. Em sua 11ª edição, o encontro será realizado nos dias 08 e 09 de maio, em Chapecó (SC), e espera reunir mais de mil pessoas em 23 palestras e encontros para networking.
Durante os dois dias de imersão, serão discutidos caminhos para enfrentar problemas que afetam a cadeia láctea brasileira, o que inclui a necessidade de aprimoramento da produção face ao aumento nos custos e às instabilidades no mercado. “O programa foi construído por meio da escuta do setor, resultando numa seleção de temas que se diferenciam tanto pela qualidade dos palestrantes quanto pela abordagem que se reflete na realidade do campo“, assinala Marcelo Pereira de Carvalho, coordenador geral da Interleite Sul.
Na tentativa de encontrar novos rumos, os debates incluem desde as transformações propostas pela Inteligência Artificial (IA) nas propriedades até os desafios da sucessão familiar e de formação de mão de obra e robotização. O fórum ainda pretende traçar projeções dos impactos das mudanças climáticas na produção de leite e as oportunidades de uma produção NETZero.
As inscrições para o 11º Interleite Sul podem ser feitas por meio do portal interleitesul.com.br.
Apoiadores
O evento tem o apoio de Faesc/Senar, MSD, Cia do Leite, Cowmed, Aurora, Bimeda, JA Saúde Animal, KWS, Rúmina, Agener União, Casale, Lactalis do Brasil, Química Anastacio, Rehagro, Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (A.B.C.B.R.H), Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), Pré-secados Girardi, Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (Sargs), Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e e Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado de Santa Catarina (Sindileite/SC).
Programação
Dia 08 de maio
08h às 09h – Inscrições e credenciamento
09h às 09h30 – Milk Break e Networking
09h30 às 10h – Abertura, com CEO da MilkPoint Ventures, Marcelo Pereira de Carvalho.
Painel 1 – Mudanças climáticas no Sul do país: efeitos e soluções
10h às 10h05 – Abertura do Painel
10h05 às 10h30 – As mudanças climáticas no Sul do país: números e causas, com a meteorologista na Epagri/Ciram, Marilene de Lima.
10h30 às 10h55 – Mudanças climáticas e efeitos na qualidade e quantidade de forragem produzida e como formular para minimizar danos, com o sócio da Rumo Nutrição Animal e Consultor, Renato Palma Nogueira.
10h55 às 11h20 – Genética de plantas e manejo de cultivos: como essas alternativas podem compensar os efeitos da mudança climática?, com o pesquisador da Embrapa, Gilberto Rocca da Cunha.
11h20 às 11h35 – Espaço Patrocinador
11h35 às 12h – Sistemas de produção mais resilientes: o papel da agricultura regenerativa, com o engenheiro agrônomo da Fazenda Banhado Verde, Diego Alessio.
12h às 12h30 – Perguntas e Discussões
· Marilene de Lima, meteorologista na Epagri/Ciram
· Renato Palma Nogueira, sócio da Rumo Nutrição Animal e Consultor
· Gilberto Rocca da Cunha, pesquisador da Embrapa
· Diego Alessio, Eng. Agrônomo, Fazenda Banhado Verde
12h30 às 14h – Almoço e networking
Painel 2 – Tecnologia aplicada para melhores resultados
14h às 14h05 – Abertura do Painel
14h05 às 14h35 – Silagem de milho: o que monitorar para ter o melhor desempenho das vacas?, com o co-fundador da Tracking Feed, Gustavo Salvati.
14h35 às 15h05 – Cuidados essenciais com o manejo e alternativas para a cama do Compost Barn, com a mestre em Zootecnia, Karise Fernanda Nogara.
15h05 às 15h20 – Espaço patrocinador
Palestra do Empreendedor
15h20 às 15h50 – Criando um negócio de sucesso no leite: o que aprendi nessa jornada, com o proprietário da chácara Nova Esperança, de Arapoti (PR), Marius Cornelis Bronkhorst.
15h50 às 16h10 – Perguntas e Discussões
· Gustavo Salvati, co-fundador da Tracking Feed
· Karise Fernanda Nogara, zootecnista (UFSM) e mestre em Zootecnia (UFPR)
· Marius Cornelis Bronkhorst, chácara Nova Esperança, Arapoti/PR
16h10 às 16h40 – Milk break e networking
Painel 3 – Olhando para o futuro
16h40 às 16h45 – Abertura do Painel
16h45 às 17h15 – A atuação do técnico em um mundo em transformação, com o médico-veterinário na Azores Veterinary Practice, Califórnia (EUA), Sergio Pereira.
17h15 às 17h30 – Espaço Patrocinador
17h30 às 18h – Inteligência artificial: oportunidades e desafios para o técnico atuante em produção animal, com professor assistente na Universidade de Wisconsin-Madison, João Dorea.
18h às 18h20 – Perguntas e Discussões
· Sergio Pereira, médico veterinário na Azores Veterinary Practice, Califórnia, EUA
· João Dorea, professor assistente na Universidade de Wisconsin-Madison
Dia 09 de maio
Painel 4 – Transformações e prioridades do leite nos estados do Sul do Brasil
08h45 às 08h50 – Abertura do Painel
08h50 às 09h10 – Características, mudanças e desafios do leite em Santa Catarina, com fundador e proprietário da Spiesagro palestras e consultoria, Airton Spies.
09h10 às 09h30 – Características, mudanças e desafios do leite no Rio Grande do Sul, com o assistente técnico estadual da Emater/RS, Jaime Eduardo Ries.
09h30 às 09h50 – Características, mudanças e desafios do leite no Paraná, com o gerente estadual de Extensão Rural do IDR- Paraná, Hernani Silva.
09h50 às 10h05 – Espaço patrocinador
10h05 às 10h30 – Perguntas e Discussões
· Airton Spies – fundador e proprietário da Spiesagro palestras e consultoria
· Jaime Eduardo Ries, assistente técnico estadual da Emater/RS
· Hernani Silva, gerente estadual de Extensão Rural do IDR- Paraná
10h30 às 11h – Milk break e networking
Painel 5 – Os diferentes caminhos para a sucessão do negócio
11h às 11h30 – Parcerias para sucessão no negócio de produção de leite
· Wilson Povinha, produtor de leite, Santana do Itararé/PR
11h30 às 12h – O exemplo da Cabanha DS – a geração jovem assumindo o negócio
· João Vitor Secco, engenheiro agrônomo
12h às 12h30 – Perguntas e Discussões
· Wilson Povinha, produtor de leite, Santana do Itararé/PR
· João Vitor Secco, engenheiro agrônomo
12h30 às 14h – Almoço e networking
Painel 6 – Os desafios e soluções para a mão de obra no campo
14h às 14h30 – A questão da mão de obra no campo: há solução?
· Zander Navarro, técnico da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária
14h30 às 15h – Como tornar o leite atrativo para trabalhadores
· Sergio Pereira, médico veterinário na Azores Veterinary Practice, Califórnia, EUA
15h às 15h15 – Espaço Patrocinador
15h15 às 15h45 – Como aumentar a produtividade da mão de obra e a rentabilidade
· Christiano Nascif, diretor da Labor Rural
15h45 às 16h15 – Mão de obra para pequenas e médias propriedades
· Glauci Pagnussatt, sócia da fazenda Pagnussatt
16h15 às 16h50 – Perguntas e Discussões
· Zander Navarro, técnico da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária
· Christiano Nascif, diretor da Labor Rural
· Sergio Pereira, médico veterinário na Azores Veterinary Practice, Califórnia, EUA
· Glauci Pagnussatt, sócia da fazenda Pagnussatt
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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre
OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.
Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
Derivados registram pequenas valorizações em outubro
Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).
Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta
Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.
Custos com nutrição animal sobem em outubro
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.
Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito
CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .
Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.
O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.
Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.
A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.
Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.
O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.
Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.
A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.
Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.
Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.
Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran