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InterCorte São Paulo se firma como o principal encontro anual da pecuária brasileira

Mais de 2.100 pessoas passaram pelos três dias de evento, que reuniu uma série de iniciativas em prol da pecuária brasileira

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A InterCorte São Paulo, realizada de 15 a 17 de novembro, no WTC Events Center, se firmou como o principal evento da cadeia produtiva da carne bovina brasileira. Mais de 2.100 pessoas de 17 estados passaram pelos três dias de InterCorte e participaram das cerca de 40 horas de conteúdo oferecidas em dois auditórios e um espaço degustação, com a contribuição de 94 palestrantes e debatedores, além de conferir as novidades tecnológicas apresentadas pelas 41 empresas e instituições que estiveram na feira de negócios.

“Todos os elos da cadeia produtiva da carne estiveram representados na InterCorte, o que nos dá a certeza de dever cumprido ao proporcionar a plataforma de análises sobre a pecuária e de discussões sobre o rumo da atividade, inclusive com resultados que ultrapassam os limites do evento”, analisa Carla Tuccilio, diretora do Terraviva Eventos, que realiza a InterCorte.

Ela se refere à discussão sobre o FUNRURAL ocorrida na manhã do dia 17 com o advogado tributarista Marcos Melo, que resultou num manifesto entregue nesta terça (21) ao presidente da República, Michel Temer, ao presidente do Senado, Eunício Oliveira e outros senadores e deputados, solicitando a devolução da Medida Provisória Nº 793/17 ao Executivo para alterações especialmente no que diz respeito à cobrança retroativa. O movimento, intitulado “União dos Pecuaristas Brasileiros”, nasceu a partir do encontro realizado na InterCorte e vem sendo liderado pelos produtores Mauro Lúcio Costa, do Pará, e Maurício Velloso, de Goiás, representando 24 entidades pecuárias do País.

Caminhos da Genética

Uma das novidades da InterCorte foi o painel “Caminhos da Genética”, um desdobramento do projeto “Caminho do Boi”, iniciativa criada para que os visitantes simulem o trajeto realizado pelo animal de corte, desde a fazenda até o varejo. O Caminho do Boi já foi montado em eventos, como a Feicorte, Agrishow e InterCorte, e conta com diversas estações que mostram cada etapa do processo de produção de uma carne de qualidade, como genética, sustentabilidade, sistemas produtivos, bem-estar animal, infraestrutura e manejo, pesquisa, inovação e conhecimento, gestão, sanidade, indústria, associativismo, mercado e carne. Para que cada desses aspectos seja aprofundado e discutido, cada edição da InterCorte São Paulo terá um dia dedicado a uma estação do Caminho do Boi, começando pela genética.

No primeiro dia da InterCorte mais de 30 debatedores discutiram em seis blocos os diversos aspectos que influenciam a genética bovina como estratégia para a pecuária. Temas como as aplicações práticas do melhoramento genético, o impacto no uso de animais melhoradores selecionados em testes de desempenho e eficiência alimentar, a utilização da genômica no campo, produtividade, lucratividade e sustentabilidade na utilização de animais melhorados e reprodução foram o norte para os debates e apresentações, que mostraram aos presentes a importância estratégica e a influência de uma boa escolha genética na qualidade da carne a ser comercializada.

Congresso APPS

O congresso “Caminhos para a Pecuária Sustentável”, promovido pela Associação dos Profissionais da Pecuária Sustentável (APPS), foi realizado na tarde do primeiro dia da InterCorte, tratando de temas como bem-estar animal, nutrição, pastagem, melhoramento genético e reprodução, e sanidade.

Papel das redes sociais para a pecuária

Os líderes dos principais grupos de Whatsapp da pecuária e de redes sociais se reuniram pela primeira vez na InterCorte e trocaram experiências sobre o papel dessas ferramentas de comunicação para o amadurecimento do setor. Participaram do painel representantes dos grupos Pastagem Sustentável, GPB (Grupo Pecuária Brasil), Tratto Consultoria, Pasto On Line, Beef Radar, GPB Rosa, NFA – Núcleo Feminino do Agronegócio e Agro Mulher.

Workshop BeefPoint Gestão do Lucro

No dia segundo dia da InterCorte foi realizado o Workshop BeefPoint Gestão do Lucro na Pecuária de Corte, com palestras, estudos de caso e discussões sobre como medir e aumentar a lucratividade da fazenda. Durante todo o dia, seis palestrantes compartilharam seus conhecimentos sobre lucro e foram apresentados seis estudos de caso focados no tema. O valor arrecadado com a realização do evento foi revertido para o Hospital de Câncer de Barretos.

Encerramento Circuito InterCorte

A manhã do último dia foi marcada pelo painel “Brasil InterCorte – Os caminhos da pecuária para 2018”, que reuniu representantes de diferentes elos do setor para um debate sobre temas que foram destaque durante as etapas do Circuito InterCorte, além das expectativas para 2018.

Desde a sua criação em 2012, a InterCorte já contou com a participação de mais de 27 mil pessoas, a maior parte pecuaristas, em eventos que percorrem algumas das principais regiões pecuárias do País para levar informação, conhecimento e tecnologia. Em 2017, o evento passou por Cuiabá (MT) em março, Ji-Paraná (RO) e Campo Grande (MS) em julho, Araguaína (TO) em outubro, encerrando em São Paulo (SP). Com o tema principal “Entender para Atender”, o Circuito InterCorte 2017 teve a participação de 6 mil pessoas, a maior parte pecuaristas.

O pesquisador Thiago Carvalho, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea-ESALQ/USP, destacou o papel do Brasil como um grande player mundial quanto à produção e comercialização de carne. “Temos uma visão otimista para o mercado em 2018. O Brasil está em evidência no cenário mundial, com muito espaço ainda para crescimento na comercialização de carne bovina. O grande desafio do setor para conquistarmos novos mercados é o planejamento e a gestão nas propriedades para garantir maior lucratividade e produtividade”, afirma.

Dentro do tema central do Circuito deste ano – “Entender para Atender”, a cria foi um dos assuntos que fizeram parte dos debates entre os participantes das cinco etapas, fator que foi um ponto positivo do evento, de acordo com o médico veterinário e proprietário da empresa Firmasa de Tecnologia para Pecuária, Luciano Penteado da Silva. “A cria é, sem dúvida, uma das etapas mais importantes do processo de produção, pois é a base da cadeia, mas ainda pouco valorizada pelos produtores. Dar destaque a esse aspecto foi muito positivo, pois levou informações e conhecimento aos produtores de diversas regiões, enfatizando a importância no investimento e tecnificação”, destaca Penteado.

O cenário político atual também foi destaque durante o painel, quando os participantes ressaltaram a importância de um setor unido e de líderes que representem a pecuária e seus interesses. “O setor precisa de uma estratégia e de representantes políticos que nos ajudem a defender as demandas da cadeia junto aos governantes. Temos bons exemplos em andamento, mas que seguem desconectados. Precisamos nos unir e caminharmos juntos para que haja uma liderança institucional forte que auxilie no desenvolvimento do setor”, aponta o Diretor-Executivo ACRIMAT, Luciano Vacari.

“Sem dúvida, 2017 foi um ano muito difícil para a pecuária brasileira, mas também foi um período de muito aprendizado. Episódios como o da Carne Fraca nos deram a oportunidade de sermos auditados por diversos países do mundo e, com isso, comprovamos a qualidade do nosso produto. Esperamos um 2018 um cenário menos perturbado, mas com mais ânimo e com o desafio de ampliarmos nossa presença no mercado externo”, salienta o presidente da Estância Bahia Leilões, Mauricio Tonhá, dando a visão da comercialização.

Para o presidente da Fazen, Vasco Oliveira Neto, a pecuária está iniciando um processo de mudança, que será transformacional para positivo. “Temos que conseguir levar a tecnologia para o produtor junto com serviço, o que transformará a maneira que gerenciamos o nosso negócio, que compramos os nossos insumos e que vendemos o nosso gado. Seja no cenário externo do Brasil ou no interno da nossa pecuária, vejo muita coisa positiva acontecendo nos próximos 10, 15 anos”, acredita o CEO da startup.

Painel internacional

No último dia do evento, a InterCorte teve um painel internacional dedicado à análise do mercado global e apresentação de um panorama com os desafios e oportunidades do mercado mundial de carnes.

O painel foi aberto com uma palestra sobre os desafios no comércio global de carne bovina, ministrada por Alberto Bicca, representante da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX), seguida pelo analista do Rabobank Brasil, Adolfo Fontes, que apresentou dados sobre o consumo mundial de proteína animal. Na sequência, um debate moderado pelo consultor Internacional de Governos e Empresas, Francisco Vila, sobre como organizar os mercados para atendimento do comércio mundial de carne bovina teve a participação de Márcio Caparroz, representando a Internacional Beef Alliance (IAB), Bruno de Jesus Andrade, representando a Associação Nacional dos Confinadores (ASSOCON), Dennis Laycraft, em nome da Canadian Cattlemen’s Association – CCA, Francisco Manzi, pela ACRIMAT, Helder Höfing, representando a Sociedade Rural Brasileira e Cristian Lohbauer, doutor em Ciência Política pela USP.

Programação técnica

Além dos painéis, a InterCorte teve palestras oferecidas por empresas e instituições que trataram de temas, como cruzamento industrial, genômica, economia da pecuária, pastagens, drones, transformação digital e pecuária de precisão.

Fonte: Assessoria

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Ministério da Agricultura realiza simulado de febre aftosa no Acre

Treinamento visa reforçar a cooperação e a capacidade de resposta em uma zona com status de livre de febre aftosa sem vacinação.

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OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, entre os dias 12 e 18 de setembro, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, o exercício simulado de febre aftosa com mais de 180 servidores da área de saúde animal, além de servidores de forças de segurança e integrantes do Servicio Nacional de Sanidad Agropecuaria e Inocuidad Alimentaria (SENASAG), da Bolívia, e do Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA), do Peru. O exercício foi realizado em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF-AC).

Fotos: Divulgação/Mapa

Exercícios simulados permitem treinar e aferir a capacidade de ação e intervenção do serviço veterinário oficial num momento de crise e a realização desse treinamento é uma das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), visando a manutenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação e um corpo técnico preparado para atuar de forma imediata.

“O exercício simulado teve como objetivo preparar os servidores para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de surgimento da doença, até a completa eliminação do foco e reestabelecimento da condição sanitária” explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota.

Conforme previsto no Plano de Contingência para Febre Aftosa, durante o treinamento foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária para que os participantes praticassem a organização e os procedimentos técnicos de biossegurança, vigilância e investigação clínica e epidemiológica, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

As barreiras sanitárias contaram com a presença de equipes do Grupo Especial de Fronteira, da Polícia Militar, do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal nas principais vias terrestres e fluviais para fiscalização de trânsito na região.

Também foram exercitadas a logística de envio de amostras para análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) e a atuação dos serviços de comunicação, assessoria de imprensa e assessoria jurídica frente a uma emergência zoossanitária.

Ainda, segundo o diretor, “o objetivo do treinamento foi a preparação para enfrentar uma eventual ocorrência de febre aftosa, mas as medidas servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, peste suína africana, influenza aviária, entre outras. Os protocolos sanitários são semelhantes, e o caráter de emergência é o mesmo. Os resultados foram muito bons, permitindo avaliar os procedimentos previstos e subsidiar uma nova versão do plano de contingência, incluindo as sugestões colhidas durante o simulado”.

O simulado também recebeu o apoio do Governo do Estado do Acre e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Acre (FUNDEPEC).

Fonte: Assessoria Mapa
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Impacto da estiagem na produção e nos preços dos alimentos

Alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Os eventos climáticos extremos, como alterações nas temperaturas e mudanças nos padrões de precipitação, tendem a provocar alterações nos sistemas produtivos e colocar em risco o desenvolvimento de algumas culturas podendo, inclusive, no longo prazo, alterar seu zoneamento climático.

Cenários climáticos desfavoráveis podem, no mínimo, elevar os custos de produção, eis que mesmo as culturas que suportam melhor os diferentes tipos de estresse ambiental, podem perder qualidade ou ter a sua produtividade reduzida.

Assim, está claro que as mudanças climáticas podem impactar a disponibilidade da oferta dos alimentos e provocar aumento dos seus preços – os quais, por sua vez, dependem, também e ainda, de múltiplos fatores não apenas relacionados ao clima.

A produção de leite no Brasil tem sido afetada pelas mudanças climáticas de duas maneiras distintas: em algumas regiões, pela estiagem, noutras, pelo excesso de chuvas.

A estiagem prolongada no Brasil tem causado impactos na produção de leite, onde a escassez de água afeta diretamente a disponibilidade e qualidade da pastagem e o bem-estar dos rebanhos, ocasionando a queda na produção do produto.

Durante a estiagem, muitos produtores se veem obrigados a recorrer à suplementação, o que eleva os custos de produção. Em 2024, os preços um pouco mais controlados dos grãos em comparação a anos anteriores mitigam um pouco desse impacto ao produtor.

Entretanto, ainda assim, houve elevação dos custos de produção pela necessidade de suplementação do rebanho com o uso de tecnologias de manejo mais avançadas.

Para os pequenos e médios produtores, tal situação foi de mais difícil enfrentamento, ocasionando o abandono da atividade por parte de muitos produtores. Neste quadro, os agricultores familiares foram ainda os mais atingidos, por disporem de menos estrutura e recursos, culminando na concentração da produção em produtores de maior volume diário.

Além disso, com menos chuvas, a água disponível para o consumo animal e a irrigação das pastagens diminui, afetando a saúde e a produtividade dos rebanhos. Esse cenário intensifica o estresse térmico nos animais, reduzindo ainda mais a produção de leite. A falta de infraestrutura de irrigação adequada em muitas propriedades agrava a situação.

Foto: Gustavo Porpino

Já nas regiões afetadas pelo excesso de chuvas, os efeitos foram mais agudos, em algumas situações levando à perda total ou parcial do rebanho durante enchentes, a elevadas perdas de solo e de fertilidade ou ainda, no mínimo, à necessidade de recomposição das pastagens.

Preços

De modo geral, não há previsão de aumento nos preços de produtos como milho, arroz e trigo em decorrência da estiagem. Destaca-se, ainda, que os preços do trigo e do milho estão em baixa. Sobre leite, carne, arroz, feijão, frango e ovos, o impacto nos preços deve ser mais duradouro durante o período de estiagem, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, onde as condições climáticas são mais severas.

Os preços podem começar a apresentar algum alívio somente após a retomada de chuvas regulares e de melhorias na umidade do solo, o que pode demorar alguns meses dependendo da estação e da região.

Em relação a esses produtos, estima-se que os consumidores percebam esse aumento de preços provavelmente nos próximos meses, ante a intensificação da estiagem e o consequente reflexo nos preços ao consumidor final.

Fonte: Assessoria Superintendência de Gestão da Oferta da Conab
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Oferta do leite não cresce conforme o esperado, e preços voltam a subir

O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro.

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Foto: Semagro

O preço do leite ao produtor voltou a subir devido à oferta, que não cresceu como era esperado. A pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que, em agosto, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,7607/litro, 1,4% acima da do mês anterior e 17,7% maior que a registrada em agosto/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 32% desde o início de 2024, a média de janeiro a agosto deste ano (de R$ 2,53/litro) é 8,4% inferior à do mesmo período de 2023.

Até o início de agosto, os fundamentos de mercado apontavam reduções no preço do leite ao produtor neste terceiro trimestre. Por um lado, a produção de leite parecia estimulada pelo aumento da margem do produtor neste ano e, por outro, a demanda seguia condicionada aos preços baixos nas gôndolas. Fora isso, as importações, ainda em volumes elevados, pressionavam as cotações ao longo de toda a cadeia produtiva. Porém, a produção não cresceu como era esperado pelos agentes do setor.

Os dados mais recentes da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em meados de agosto, mostram que a captação de leite cru pelas indústrias de laticínios no âmbito nacional caiu 6,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Comparando com o mesmo período do ano passado, o incremento foi de apenas 0,8%.

De julho para agosto, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 5% na “Média Brasil”, mas o crescimento em Minas Gerais foi de 2,8% e, em Goiás, de apenas 1,5%. Apesar do aumento da margem do produtor nos últimos meses e de certa estabilidade nos custos de produção, o estímulo à atividade foi menor do que o esperado pelos agentes do setor. E o clima extremo não ajudou a atividade.

O excesso de chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em maio fizeram com que a oferta crescesse pouco entre julho e agosto. A entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste se intensificou com o calor a partir de agosto. E as queimadas em setembro fizeram esse cenário se agravar em termos nacionais. Além de comprometer o bem-estar animal, os incêndios têm prejudicado a produção de forragens para alimentação animal – o que eleva o custo de produção e limita a oferta.

Outro fator que reforçou a menor disponibilidade de lácteos entre agosto e setembro foi a diminuição das importações. Dados da Secex compilados pelo Cepea mostram que, em agosto, houve queda de 25,2% nas importações de lácteos, totalizando 187,8 milhões de litros em equivalente leite.

Como a oferta não se recuperou conforme o previsto, os estoques de lácteos nas indústrias não foram repostos como esperado. O consumo, por sua vez, tem se mantido firme; e os estoques nos laticínios caíram gradativamente em agosto, até atingirem níveis abaixo do normal em setembro. Esse contexto deve sustentar e intensificar o movimento de alta nas cotações entre setembro e outubro.

Fonte: Assessoria Cepea
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