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Interconf reuniu elos da cadeia produtiva e reforçou as necessidades e desejos do consumidor atual por carne

Em três dias, a 9ª Interconf reuniu mais de 1.100? participantes

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A 9ª Interconf – Conferência Internacional de Pecuaristas, realizada em Goiânia (GO), também abriu espaço para casos de sucesso envolvendo a cadeia da produção ao desejo do consumidor, apresentando suas exigências e necessidades em termos de carne bovina (preço, qualidade e disponibilidade), além de entender a dinâmica do mercado mundial de carne.

Em três dias, a 9ª Interconf reuniu mais de 1.100? participantes – pecuaristas, empresários, indústrias, técnicos, consultores, estudantes e representantes de todos os elos da cadeia produtiva da carne bovina, vindos de todas as regiões do Brasil e também de uma dezena de países. Além disso, mais de 400 produtores e técnicos participaram do Encontro da Pecuária Eficiente, evento Pré-Interconf, que teve como tema a fase de cria.

Para Márcio Caparroz, diretor institucional da Assocon, o grande mérito da Interconf foi discutir temas relevantes, incluindo a visão do consumidor, da indústria e do varejo, perspectivas de melhoria da produção e conquista de novos mercados, além de painéis de gestão, aumentando a interação com o público. “Valorizamos a troca de informações e criamos condições para que as empresas pudessem se relacionar com os participantes. Todos gostaram dessa dinâmica. O último dia, apresentando estudos de casos de sucesso também foi positivo, pois deu espaço para projetos que mostram conquistas importantes”, destaca Caparroz.

“A união dos vários elos da cadeia da pecuária de corte é o caminho para a atividade avançar em produtividade, eficiência e gestão, se fortalecendo no mercado interno e ampliando sua presença no cenário internacional”, ressalta Alberto Pessina, empossado como o novo presidente do Conselho de Administração da Assocon (Associação Nacional de Pecuária Intensiva).

Programação diversificada

Um dos destaques da 9ª Interconf foi a apresentação da professora doutora Marcia Dutra de Barcellos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Os consumidores evoluíram muito nos últimos anos graças, especialmente, ao acesso à internet, ao fluxo contínuo de informações digitais e à maior conectividade entre as pessoas. As exigências por qualidade são cada vez maiores e a cadeia da carne precisa estar preparada para isso. Já temos no país sistemas inteligentes de monitoramento da produção e identificação dos animais e a tendência é que isso chegue às gôndolas”, reforçou Marcia Barcellos.

Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria, abordou as oportunidades de venda de carne para diversos mercados. “O Brasil produz ao redor de 9,5 milhões de toneladas de carne bovina por ano, sendo 3,7 milhões de toneladas de cortes dianteiros; 4,6 milhões de toneladas de cortes traseiros e 1,23 milhão de tonelada de ponta de agulha. A questão é: como comercializar esses volumes da melhor maneira possível com rentabilidade e diversificação”.

A economista Zeina Latif, da XP Investimentos, fez palestra sobre o cenário econômico. Ela afirmou que “o mercado doméstico é que vai nos salvar”. Para Zeina, a situação econômica brasileira é tão grave que não dá para depender do crescimento das exportações para a retomada. “Estamos falando de um mercado de mais de 200 milhões de consumidores. Porém, não se pode esquecer que são mais de 12 milhões de desempregados nesse momento. A recuperação da confiança dos brasileiros é o primeiro passo efetivo para uma onda positiva na economia”, entende a especialista.

Outro destaque da 9ª Interconf foi o painel que tratou da estratégia da Austrália e o que o país tem a ensinar à cadeia da carne bovina brasileira, apresentado por Matthew George, diretor Bovine Dinamics Consulting. A Austrália é o terceiro maior exportador mundial de carne bovina, atrás do Brasil (líder) e dos Estados Unidos. Além dessa importante presença no comércio internacional, aquele país tem sua imagem associada à carne de qualidade. Internamente, faz um excelente trabalho de congregação dos pecuaristas, indústria e varejo. “Acho que nosso maior mérito é entender as expectativas dos nossos clientes e nos estruturar internamente para fornecer os produtores que os importadores desejam”.

Fortalecimento da carne brasileira

Fernando Saltão, CEO da Associação Nacional dos Pecuaristas (Assocon), fechou a 9ª Interconf com um balanço das atividades da entidade, cujo foco é a valorização da carne brasileira tanto no mercado interno quando no comércio internacional. Uma das lutas da Assocon é a abertura de mercado. O desafio da vez é fazer o Brasil participar da Cota 481, da União Europeia.

“Aguardamos para as próximas semanas resposta da UE ao nosso pleito. A Cota 481 é uma excepcional oportunidade para a carne brasileira, já que possibilita a exportação de praticamente todos os cortes e partes do boi sem taxação. A título de comparação, a Cota Hilton exige pagamento de 20% de taxa para entrada na Europa”, explica o CEO da Assocon.

Fonte: Assessoria

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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