Notícias Agricultura digital
Intensificação da automação no campo aumenta produtividade e eficiência dos processos
Sucesso do uso das tecnologias digitais depende, de forma direta, da adoção de modelos operacionais digitais, principalmente no que se refere à área de seguros.
Uma das inovações que a pandemia trouxe ao mercado é a crescente digitalização dos processos. Trata-se de algo que se intensificou diante da necessidade de as companhias distribuírem os produtos e, até mesmo, assinar contratos digitalmente. E um dos setores no qual essa tendência mais se consolida é o de seguros, particularmente no campo. Vale destacar que o PIB do agronegócio cresceu 5,8% no último trimestre do ano passado, em comparação com o anterior, quando o setor já apresentou avanços, apesar da piora da pandemia àquela altura.
Grande parte desses resultados positivos se deve ao investimento em tecnologia. A velocidade de implementação de inovações no setor tem trazido aumento na produtividade e na eficiência dos processos. Novas tecnologias e soluções aprimoradas devem contribuir ainda mais para o alcance de uma agricultura digital. É o que aponta o estudo Agricultura Digital no Brasil, lançado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
No levantamento, a maioria dos entrevistados ressalta a necessidade cada vez maior do uso das tecnologias digitais para, principalmente, a obtenção de informações e planejamento das atividades da propriedade (67,1%) e o gerenciamento da área rural (59,7%).
Na visão do executivo, Frank Dorr, que atua em uma companhia de seguros, o sucesso desse cuidado com a gestão dependerá, de forma direta, da adoção de modelos operacionais digitais, principalmente no que se refere à área de seguros. “Muitas empresas já estão investindo em infraestrutura e tecnologias. Destaque para as soluções SAP, que permitem análise dos produtos e até sobre a meta de lucro das instituições, com base em critérios como foco no cliente, agilidade no produto, orquestração do negócio, gestão de força de trabalho, finanças, investimentos e relatórios”, afirma.
Seguro no campo
Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apenas cerca de 20% da área cultivada no Brasil está segurada. “Esse número destaca as oportunidades potenciais de crescimento que podem ser exploradas nesse segmento. Dada a abrangência territorial e a diversidade do setor agropecuário brasileiro, é provável que as insurtechs e seguradoras tradicionais sigam o modelo de atuação que outros segmentos já vivenciaram – com ações comuns voltadas à aplicação da cultura de seguros nesse segmento”, avalia Dorr.
Vale destacar que o agronegócio responde por mais de 20% do PIB Brasileiro e, de 2018 a 2020, a área total segurada no Brasil passou de 4,6 milhões para expressivos 13,7 milhões de hectares. Um crescimento de mais de 190%. O dado é da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg), com base nas estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e mostra uma grande área a ser explorada pelas seguradoras.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020
Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.
O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.
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JBS e Nigéria assinam acordo para investir em segurança alimentar e desenvolver cadeias produtivas sustentáveis
Plano de investimento de US$ 2,5 bi em 5 anos inclui a construção de 6 fábricas e a colaboração com o Governo da Nigéria no fomento da produção local.
A JBS, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, assinou na última quinta-feira (21) um memorando de entendimentos com o Governo da Nigéria com a intenção de investir no desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis para a produção de alimentos no país africano.
Maior economia da África e país mais populoso do continente, a Nigéria tem também uma das taxas de crescimento populacional mais altas do mundo: segundo projeções das Nações Unidas, a população nigeriana alcançará 400 milhões até 2050 — o país tem hoje mais de 250 milhões de habitantes. O PIB nigeriano, hoje em US$ 363,82 bilhões, poderá mais que dobrar até 2050, chegando a US$ 1 trilhão. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma das maiores taxas de insegurança alimentar do mundo, com 24,8 milhões de pessoas passando fome (WFP). Na África Subsaariana, 76% da população em extrema pobreza vive da agricultura (WB).
“Nosso objetivo é estabelecer uma parceria sólida e apoiar a Nigéria no enfrentamento da insegurança alimentar. A experiência nas regiões em que operamos ao redor do mundo mostra que o desenvolvimento de uma cadeia sustentável de produção de alimentos gera um ciclo virtuoso de progresso socioeconômico para a população, em especial nas camadas vulneráveis”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.
Pelo memorando, a JBS irá desenvolver um plano de investimento de cinco anos, que abrangerá estudos de viabilidade, projetos preliminares das instalações, estimativas orçamentárias e um plano de ação para desenvolvimento da cadeia de suprimentos. O Governo da Nigéria, por sua vez, assegurará as condições econômicas, sanitárias e regulatórias necessárias para a viabilização e sucesso do projeto. O documento prevê a construção de 6 fábricas — 3 de aves, 2 de bovinos e uma de suínos — com investimento de US$ 2,5 bilhões.
A produção de proteína no país responde por 10% do PIB, e fornece 40% da demanda doméstica. A ampliação da produção local tem o potencial de não apenas melhorar a segurança alimentar, mas reduzir significativamente as importações, gerando empregos locais e apoiando milhões de pequenos produtores.
O plano de investimento da JBS na Nigéria incluirá um amplo trabalho de desenvolvimento das cadeias produtivas locais, com apoio aos pequenos produtores e a estímulo de práticas agrícolas sustentáveis, a exemplo de como a Companhia já atua com seus milhares de parceiros em outras regiões do mundo. Um exemplo é o programa como Escritórios Verdes, que dá assistência técnica gratuita para produtores rurais brasileiros aumentarem a eficiência de sua produção, atendendo aos mais rigorosos critérios socioambientais.
Conforme diagnóstico realizado pela Força Tarefa de Sistemas Alimentares do B20, o braço empresarial do G20, durante a presidência do Brasil, estimular o aumento da produtividade através da adoção de tecnologias inovadoras no campo e da assistência técnica aos produtores, especialmente para os pequenos agricultores, é essencial para garantir o aumento da produção agrícola, preservando os recursos naturais e promovendo ao acesso das populações mais vulneráveis a alimentos de qualidade. Essa foi uma das recomendações da força-tarefa, posteriormente adotada pela declaração final dos líderes do G20.
“Nosso objetivo é colaborar com o Governo da Nigéria no sentido de apoiar a implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar, compartilhando nossa expertise no desenvolvimento de uma cadeia agroindustrial sustentável e as melhores práticas com o objetivo de aumentar a eficiência, a produtividade e a capacidade produtiva do país”, concluiu Tomazoni.