Notícias
Inteligência na Pecuária será foco principal da EuroTier 2026
Feira líder mundial em pecuária profissional, evento vai mostrar o papel das tecnologias inteligentes para impulsionar eficiência, sustentabilidade e bem-estar animal em toda a cadeia produtiva entre os dias 10 e 13 de novembro de 2026 em Hanover, na Alemanha.

A EuroTier, feira líder mundial em pecuária e gestão pecuária, anuncia seu tema central para 2026: “Inteligência na Pecuária”. O foco será em tecnologias inteligentes para uma pecuária eficiente, sustentável e que não agrida os animais. Como a principal feira mundial em pecuária profissional e gestão pecuária, a EuroTier abrange as principais espécies de animais – bovinos, suínos, aves, ovinos, caprinos e equinos.
Também retornam no próximo ano as feiras parceiras EnergyDecentral, a exposição internacional para fornecimento inovador de energia,

Fotos: Swen Pförtner
bem como a Inhouse Farming – Feed & Food Show. As inscrições para expositores estão abertas. A EuroTier é organizada pela DLG (Sociedade Alemã de Agricultura).
Foco em Tecnologias Inteligentes
A feira terá como foco tecnologias inteligentes para uma pecuária eficiente, sustentável e que não agrida os animais. A EuroTier abrange as principais espécies de animais, incluindo bovinos, suínos, aves, ovinos, caprinos e equinos.
Com um portfólio que abrange toda a cadeia de valor da produção de alimentos de origem animal, a EuroTier 2026 reúne produtos e serviços de todo o setor. As principais áreas de exposição incluem genética, ração, sistemas de alojamento, tecnologia climática e ambiental, sistemas de ordenha e resfriamento, gestão de dejetos, logística de transporte, suprimentos agrícolas, acessórios, processamento, marketing e serviços agrícolas.
Tema principal: “Inteligência na Pecuária”
Em tempos de crescente pressão econômica e forte concorrência de mercado, as tecnologias inteligentes estão se tornando indispensáveis. Essas tecnologias devem ser capazes de combinar eficiência, produtividade, sustentabilidade e bem-estar animal em sistemas competitivos. Com o tema “Inteligência na Pecuária”, a EuroTier 2026 demonstra como isso pode ser alcançado: as bases do sucesso residem em soluções inteligentes para equipamentos de alojamento animal, sistemas de alimentação, tecnologia de ordenha, coleta de forragem, gerenciamento de dejetos e logística, que são integradas, controladas e conectadas por meio de robótica, tecnologia de sensores, inteligência artificial e big data, todos operando em plataformas digitais e em sistemas automatizados.
A integração ideal dessas tecnologias e dados em sistemas holísticos abre novas dimensões para o controle preciso de processos. A eficiência aumenta por meio da melhoria do desempenho operacional, do bem-estar e da saúde animal e da redução de energia, mão de obra, custos de ração e emissões.
Inscrições Abertas
As inscrições para expositores já estão abertas, com mais de 700 empresas que participaram da edição anterior já confirmadas. A lista atual de expositores pode ser consultada online.
A última edição do evento contou com a participação de 2.193 expositores representando 51 países. Com cerca de 120.000 visitantes

profissionais de 149 países, com isso o evento provou ser um grande atrativo para agricultores e profissionais da pecuária de todo o mundo. Além disso, o encontro internacional da indústria contou com mais de 500 eventos especializados, conferências e fóruns setoriais, apresentados na programação técnica. Impressionantes 95% dos participantes avaliaram sua visita positivamente.
Tecnologias e Inovações
A feira apresentará tecnologias avançadas e inovações para a criação de animais, incluindo genética, ração, sistemas de alojamento, tecnologia climática e ambiental, sistemas de ordenha e resfriamento, gestão de dejetos, logística de transporte, suprimentos agrícolas e serviços agrícolas.

Eventos paralelos
Realizada paralelamente à EuroTier em Hannover, Alemanha, a EnergyDecentral se consolidou como a principal feira internacional de fornecimento de energia descentralizada. O evento abrange toda a cadeia de valor da produção de energia sustentável – desde recursos e geração de energia até soluções inteligentes de energia – tornando-se uma extensão ideal da oferta técnica da EuroTier.
Também como parte da EuroTier, acontece a Feira Inhouse Farming – Feed & Food, a plataforma B2B da DLG para inovação e expertise em toda a cadeia de valor agrícola. Intimamente conectado à agricultura prática, o evento, que inclui expositores e informações profissionais, oferece insights profissionais, inovações e oportunidades de negócios – desde rações até alimentos. Juntamente com a EuroTier e a EnergyDecentral, a Feira Inhouse Farm

Notícias
Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
Notícias
Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
Notícias
Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



