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Inteligência artificial ajuda a decifrar processos erosivos

Pesquisa na região Sudoeste utiliza modelo computacional para analisar dados do solo de forma simultânea.

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Foto: Arquivo/OP Rural

A interação entre agricultura e tecnologia tem sido aprimorada. A busca por mais eficiência no campo aliada à redução dos impactos ambientais veio ao encontro da necessidade de desenvolver métodos mais avançados para o processamento de dados agrícolas, que ajudarão os produtores rurais a tomarem decisões mais acertadas.

Um dos subprojetos desenvolvidos pela Rede de AgroPesquisa e Formação Aplicada Paraná (Rede AgroParaná), que conta com apoio financeiro do Senar-PR e do governo do Estado, busca determinar como ocorrem os processos erosivos com base em um modelo computacional chamado Rede Neural Artificial (RNA). Por meio da análise massiva de dados das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, o método compila resultados de outros subprojetos da Rede AgroParaná conduzidos no Sudoeste do Estado.

A RNA é uma metodologia computacional inspirada pelo processo de aprendizado do cérebro humano, com capacidade para modelar, predizer e classificar dados com mais velocidade e de forma simultânea. Segundo o professor adjunto da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e coordenador do subprojeto, Eder da Costa dos Santos, a inteligência artificial se assemelha ao conceito de aprendizado de máquina. Ou seja, a partir de regras definidas, os algoritmos da RNA vão tomar a decisão mais apropriada para o contexto, com base no reconhecimento de padrões dentro dos dados analisados, para entender os processos erosivos.

O coordenador explica que os parâmetros químicos, físicos e biológicos do solo interagem de forma dinâmica e, por isso, um processo erosivo está condicionado à imprevisibilidade das variáveis, que acontecem por diversas combinações. Por meio da RNA, será possível modelar e predizer como será o comportamento deste processo, em função das interações das características analisadas.

“Em outros modelos tradicionais [chamados de determinísticos], o algoritmo faz algumas atribuições, por exemplo, quanto maior a umidade, maior é a probabilidade de que a compactação de solo aconteça. Mas, nessa correlação, são descartados todos os outros fatores bióticos e abióticos mensuráveis que podem estar interagindo. A rede neural busca uma análise simultânea sobre toda essa dinâmica”, aponta Santos.

Na prática

A partir deste subprojeto será possível avançar no entendimento de como ocorre um processo erosivo em uma determinada área agrícola, e estimar as chances de ocorrência em outros pontos da propriedade e as relações com os aspectos daquele solo. “Ao compilar os dados, buscamos fatores da convergência das interações e como isso pode acelerar ou retardar o processo erosivo”, exemplifica.

Na continuidade da pesquisa, a ideia é utilizar imagens aéreas das lavouras e de água coletadas durante os eventos de precipitação, visando correlacionar a cobertura do solo e o escoamento superficial com os demais dados utilizados. Também será calculado o índice de produtividade do solo, correlacionado à predição da erosão.

Futuramente, a expectativa é que se possa aplicar esse modelo combinado ao uso das imagens em um aplicativo para smartphones. “A gente vislumbra que o agricultor possa

enviar fotos de um evento de escoamento para entender como está a suscetibilidade da área ao processo erosivo. Isso também deve estar associado a um questionário, que o produtor vai alimentar com os dados de análise de solo. Assim, ele pode ter um cenário da propriedade”, propõe Santos.

Nesse sentido, o pesquisador salienta que é fundamental que o produtor rural não deixe de fazer a sua parte. “A ciência indica possibilidades para amenizar a erosão, aumentar a produtividade e preservar o sistema de produção, mas o produtor que deve fazer a gestão disso”, conclui.

Fonte: Ascom Faep

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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro

Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.

No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.

No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.

Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.

No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a  liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.

Fonte: Assessoria Cepea
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020

Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

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Foto: Asgav

Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.

Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.

Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.

O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.

Fonte: Assessoria Cepea
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JBS e Nigéria assinam acordo para investir em segurança alimentar e desenvolver cadeias produtivas sustentáveis

Plano de investimento de US$ 2,5 bi em 5 anos inclui a construção de 6 fábricas e a colaboração com o Governo da Nigéria no fomento da produção local.

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Fotos: Divulgação/JBS

A JBS, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, assinou na última quinta-feira (21) um memorando de entendimentos com o Governo da Nigéria com a intenção de investir no desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis para a produção de alimentos no país africano.

Maior economia da África e país mais populoso do continente, a Nigéria tem também uma das taxas de crescimento populacional mais altas do mundo: segundo projeções das Nações Unidas, a população nigeriana alcançará 400 milhões até 2050 — o país tem hoje mais de 250 milhões de habitantes. O PIB nigeriano, hoje em US$ 363,82 bilhões, poderá mais que dobrar até 2050, chegando a US$ 1 trilhão. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma das maiores taxas de insegurança alimentar do mundo, com 24,8 milhões de pessoas passando fome (WFP). Na África Subsaariana, 76% da população em extrema pobreza vive da agricultura (WB).

“Nosso objetivo é estabelecer uma parceria sólida e apoiar a Nigéria no enfrentamento da insegurança alimentar. A experiência nas regiões em que operamos ao redor do mundo mostra que o desenvolvimento de uma cadeia sustentável de produção de alimentos gera um ciclo virtuoso de progresso socioeconômico para a população, em especial nas camadas vulneráveis”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

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Pelo memorando, a JBS irá desenvolver um plano de investimento de cinco anos, que abrangerá estudos de viabilidade, projetos preliminares das instalações, estimativas orçamentárias e um plano de ação para desenvolvimento da cadeia de suprimentos. O Governo da Nigéria, por sua vez, assegurará as condições econômicas, sanitárias e regulatórias necessárias para a viabilização e sucesso do projeto. O documento prevê a construção de 6 fábricas — 3 de aves, 2 de bovinos e uma de suínos — com investimento de US$ 2,5 bilhões.

A produção de proteína no país responde por 10% do PIB, e fornece 40% da demanda doméstica. A ampliação da produção local tem o potencial de não apenas melhorar a segurança alimentar, mas reduzir significativamente as importações, gerando empregos locais e apoiando milhões de pequenos produtores.

O plano de investimento da JBS na Nigéria incluirá um amplo trabalho de desenvolvimento das cadeias produtivas locais, com apoio aos pequenos produtores e a estímulo de práticas agrícolas sustentáveis, a exemplo de como a Companhia já atua com seus milhares de parceiros em outras regiões do mundo. Um exemplo é o programa como Escritórios Verdes, que dá assistência técnica gratuita para produtores rurais brasileiros aumentarem a eficiência de sua produção, atendendo aos mais rigorosos critérios socioambientais.

Conforme diagnóstico realizado pela Força Tarefa de Sistemas Alimentares do B20, o braço empresarial do G20, durante a presidência do Brasil, estimular o aumento da produtividade através da adoção de tecnologias inovadoras no campo e da assistência técnica aos produtores, especialmente para os pequenos agricultores, é essencial para garantir o aumento da produção agrícola, preservando os recursos naturais e promovendo ao acesso das populações mais vulneráveis a alimentos de qualidade. Essa foi uma das recomendações da força-tarefa, posteriormente adotada pela declaração final dos líderes do G20.

“Nosso objetivo é colaborar com o Governo da Nigéria no sentido de apoiar a implementação do Plano Nacional de Segurança Alimentar, compartilhando nossa expertise no desenvolvimento de uma cadeia agroindustrial sustentável e as melhores práticas com o objetivo de aumentar a eficiência, a produtividade e a capacidade produtiva do país”, concluiu Tomazoni.

Fonte: Assessoria JBS
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