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Integradoras começaram nos anos 1990 e dominam até hoje modelo de produção em Mato Grosso do Sul

Hoje o Estado de Mato Grosso do Sul conta com cerca de 116 mil matrizes. Do total, de acordo com a Asumas, cerca de 88% está nas mãos de produtores integrados, que têm 102 mil animais, enquanto produtores independentes têm 14 mil matrizes, correspondendo a aproximadamente 12% da produção suína sul-matogrossense.

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Foto: Arquivo/OP Rural

Uma suinocultura altamente industrial, baseada em uma produção de animais destinados a produtos acabados e industrializados, que abastecem os mercados interno e externo. Foi assim que iniciou a história moderna da suinocultura em Mato Grosso do Sul há cerca de 20 anos e é assim que permanece até hoje, com o detalhe de ter expandido radicalmente sua produção na última década.

Tesoureiro e ex-presidente da Asumas (Associação Sul Motogrossense de Suinocultores), Alessandro Henrique da Silva Boigues – Foto: Arquivo Pessoal

A produção de suínos em Mato Grosso do Sul é predominantemente realizada por produtores integrados, embora também existam produtores independentes. O tesoureiro e ex-presidente da Asumas (Associação Sul Motogrossense de Suinocultores), Alessandro Henrique da Silva Boigues, explica que esse cenário se formou com a chegada de duas grandes integradoras nos anos de 1990, que transformaram uma suinocultura sem expressão do Estado na sexta maior do Brasil, com abate de 5,5% de toda a produção brasileira em 2021, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “A suinocultura sul mato-grossense é formada pela sua maioria de produtores integrados. Ela se formou com a vinda de duas grandes agroindústrias na década de 1990; a Seara e a Aurora. Antes disso haviam poucos produtores no Estado, com uma suinocultura que quase não tinha expressão por aqui”, lembra.

Hoje o Estado de Mato Grosso do Sul conta com cerca de 116 mil matrizes. Do total, de acordo com a Asumas, cerca de 88% está nas mãos de produtores integrados, que têm 102 mil animais, enquanto produtores independentes têm 14 mil matrizes, correspondendo a aproximadamente 12% da produção suína sul-matogrossense.

Ele explica que essa preferência para a produção integrada se deu também pelo perfil industrial, com uma produção voltada a produtos com maior valor agregado. A suinocultura integrada e cooperada sempre foi a forma mais pujante aqui em Mato Grosso do Sul. O perfil industrial, com suínos destinados a produtos acabados e industrializados, foi que contribuiu para que esse modelo de produção fosse maior no Estado. A produção integrada e cooperada cresceu muito no em virtude destas duas grandes indústrias”, reforça Alessandro Boigues.

Nível profissional

A liderança da Asumas destaca, no entanto, que, como a suinocultura se desenvolveu mais recentemente em relação a outras regiões do Brasil, como nos três Estados do Sul do país, tanto produtores integrados como suinocultores independentes possuem alto nível técnico de produção e granjas modernas e que incorporam conceitos essenciais, como saúde, bem-estar e biosseguridade. “A suinocultura integrada e cooperada, que é o forte em nosso Estado, é muito moderna e tecnificada, com várias vantagens, pois nosso Estado tem uma produção bem nova, com granjas de alto nível técnico, equipamentos e biossegurança. A suinocultura independente não é diferente, pois é formada por poucos grandes produtores, que são diferenciados no mercado, com perfil muito técnico e sustentável”, aponta Alessandro Boigues.

Ele explica que o programa do governo do Estado de MS, chamado de Leitão Vida, ajuda esses produtores com incentivos para que as granjas se atualizem, tanto nos modelos integrado ou independente. “O governo oferece apoio para que estas granjas sempre estejam atualizadas”, menciona.

Futuro 

O ex-presidente e atual tesoureiro da Asumas explica que a suinocultura no Estado deve continuar a se desenvolver, com destaque para o sistema ingegrado. “A suinocultura integrada e cooperada vem a cada ano sendo ampliada e está cada vez mais tecnificada, com altos padrões de biosseguridade e sendo desenvolvida por produtores com perfil empreendedor. Em nosso Estado a suinocultura vai continuar crescendo. Mato Grosso do Sul tem um perfil de indústria voltada a produtos acabados, o que garante segurança para a continuidade da cadeia”, menciona Alessandro Boigues.

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Fonte: O Presente Rural

Suínos

Suinocultura de Santa Catarina lidera exportações e responde por 25% do PIB estadual em 2025

Estado manteve a liderança nacional na produção e nas vendas externas de carne suína, com crescimento da receita, ampliação do consumo interno e projeções positivas para 2026, apesar dos desafios de custos e infraestrutura.

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Foto: Ari Dias/AEN

A suinocultura industrial de Santa Catarina manteve, em 2025, a posição de maior produtor e exportador de carne suína do Brasil, com decisiva contribuição ao desenvolvimento econômico do Estado. Consolidou-se como segmento essencial do agronegócio catarinense, representando  cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

Ao fazer a avaliação do ano, o presidente do Sindicado das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), José Antônio Ribas Júnior, destacou o desempenho da cadeia produtiva barriga-verde. A liderança catarinense está expressa no fato de representar 51,2% de todo o volume exportado pelo Brasil e 51,9% da receita de exportações, tendo como principais mercados Japão, Filipinas, China, México e Chile. Para obter esses resultados, ampliou o volume da produção em 5,9% em relação a 2024. Dessa forma, a receita foi a melhor da série histórica: teve alta de 12,5%. Os custos de produção, porém, também cresceram (6,1%).

Presidente do Sindicado das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), José Antônio Ribas Júnior: “Nosso maior mérito é garantir o pleno abastecimento do mercado interno e exportar o excedente” – Foto: Divulgação

A dimensão da cadeia de suínos de Santa Catarina ganha expressão frente ao cenário nacional. A produção brasileira está estimada em até 5,550 milhões de toneladas em 2025, crescimento de 4,6% em relação ao volume registrado em 2024, que foi de 5,305 milhões de toneladas. Para 2026, espera-se nova elevação, com produção estimada em até 5,700 milhões de toneladas, incremento de 2,7% sobre o ano anterior.

Citando dados da ABPA, Ribas mostra que o Brasil acompanha a trajetória catarinense e projeta até 1,490 milhão de toneladas exportadas em 2025, volume 10% superior ao total de 1,353 milhão de toneladas embarcadas em 2024. Para 2026, o número pode chegar a 1,550 milhão de toneladas, com nova alta de 4%.

“Nosso maior mérito é garantir o pleno abastecimento do mercado interno e exportar o excedente”, assinalou o presidente do Sindicarne. A disponibilidade interna da proteína deverá crescer até 2,7% neste ano, com cerca de 4,060 milhões de toneladas projetadas para 2025. Para 2026, a expectativa de crescimento é de 2,2%, com 4,150 milhões de toneladas. O consumo per capita deve subir 2,3% em 2025 para 19 quilos. Em 2026, o consumo per capita crescerá mais 2,5%, passando a 19,5 kg/habitante/ano.

Desafios

As previsões para 2026 são moderadamente otimistas porque, na prospecção do Sindicarne, o próximo ano deverá transcorrer em meio a um cenário de custos adequados e demanda sustentada pelos produtos, tanto no mercado interno quanto internacional.

Apesar disso, o setor continuará enfrentando um ambiente de negócios hostil em razão do “custo Brasil”  na forma da elevada carga tributária, das deficiências logísticas, da burocracia e do excesso de normas que regulam a extensa cadeia produtiva da suinocultura industrial brasileira em todas as etapas do processo – produção a campo,  industrialização e comercialização.

“Um dos pontos de atenção para 2026 é a preservação do status sanitário porque estão surgindo muitos casos de peste suína africana (PSA) na Europa e isso pode representar a abertura de novos mercados para o Brasil”, observou o dirigente.

José Ribas lembrou que o Sindicarne, historicamente, reivindica a recuperação das rodovias federais com duplicação ou construção de terceiras faixas, a ampliação dos portos marítimos, a conclusão dos projetos de ferrovias para a construção e pelo menos duas vias férreas essenciais.

A situação mais crítica localiza-se no oeste catarinense, principal região produtora, que necessita da duplicação da BR-282, da recuperação da BR-163 e de toda a malha rodoviária estadual (destaque para a crítica situação da SC-283), da construção de novos sistemas de suprimento de água, de novas subestações de energia elétrica e novas redes de distribuição. Além disso, precisa de gasoduto para gás de uso industrial, da qualificação dos aeroportos, do novo centro de pesquisa da Embrapa (para área de pastagens) e das ferrovias Norte-Sul (Chapecó-Cascavel, braço da Ferroeste) e Leste-Oeste (São Miguel do Oeste-Itajaí).

Fonte: Assessoria Sindicarne
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Demanda sazonal eleva preços dos principais cortes suínos

Com a proximidade das festas de fim de ano, maior procura por pernil e lombo impulsiona as cotações no mercado atacadista.

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Foto: Divulgação

A demanda por alguns cortes suínos tipicamente consumidos nas festas de final de ano tem se aquecido no mercado atacadista, elevando as cotações, conforme levantamentos do Cepea.

Segundo o Centro de Pesquisas, a média do pernil negociado no atacado do estado de São Paulo na parcial de dezembro (até o dia 16) está em R$ 14,11/kg, 2,3% acima da registrada em novembro.

Entre os outros cortes tradicionalmente mais demandados neste período, o lombo também vem se destacando, conforme pesquisas do Cepea.

Fonte: Assessoria Cepea
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Consumo de carne suína no Brasil cresce e deve atingir 20,2 kg por habitante em 2025

Projeção da ABCS aponta alta de 35% em dez anos, sustentada por produção robusta, maior oferta ao mercado interno e mudança no comportamento do consumidor brasileiro.

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Foto: Shutterstock

O consumo de carne suína no Brasil mantém trajetória de crescimento e deve alcançar 20,2 kg por habitante em 2025, segundo projeção da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). O número representa um avanço de 35% nos últimos dez anos, consolidando a proteína como uma das que mais ganham espaço na alimentação do brasileiro.

O crescimento é sustentado por uma produção nacional robusta e cada vez mais eficiente. Para 2025, a produção brasileira é estimada em 5,64 milhões de toneladas de carcaças, volume suficiente para atender às exportações e, principalmente, à crescente demanda do mercado interno, que hoje absorve parcela cada vez maior da carne suína produzida no país.

Foto: Freepik

Mesmo com exportações em alta, a maior disponibilidade interna tem impulsionado o consumo doméstico. Fatores como preço competitivo, diversificação de cortes e ações contínuas de promoção do consumo realizadas pela ABCS ajudam a explicar essa mudança no comportamento do consumidor brasileiro.

Segundo o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, o avanço reflete o trabalho conjunto de toda a cadeia produtiva. “O crescimento do consumo acompanha uma produção estruturada, eficiente e comprometida com o mercado interno, reforçando a carne suína como proteína presente no dia a dia do brasileiro”, afirma.

Como a ABCS calcula o consumo per capita

Diante de divergências entre diferentes fontes do setor, a ABCS reforça que o consumo per capita divulgado pela entidade segue metodologia própria, transparente e baseada exclusivamente em dados oficiais.

O cálculo considera:

  • a produção anual de carne suína em carcaças (dados do IBGE),
  • menos a exportação de carne suína in natura,
  • dividida pela população brasileira (dados do IBGE).

A metodologia não inclui estoques, parte do princípio de que a carne disponível no mercado interno é consumida e desconsidera importações, consideradas estatisticamente irrelevantes. Em 2024, por exemplo, as importações representaram menos de 15 gramas por habitante ao ano.

Outro ponto importante é que a ABCS considera apenas a exportação de carne in natura, que responde por mais de 88% do total exportado, excluindo itens que não fazem parte da carcaça, como vísceras e produtos processados.

Perspectiva positiva para 2026

Embora os dados de 2025 ainda sejam projeções, o cenário indica continuidade do crescimento. Mantido o ritmo atual, a ABCS projeta que o consumo de carne suína no Brasil deve chegar a 21 kg por habitante em 2026, consolidando a proteína como uma das que mais crescem no país.

Fonte: Assessoria ABCS
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