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Integração lavoura-pecuária-floresta: sustentabilidade

ILPF vem sendo implantada pelos produtores e obtendo bastante sucesso e destaque nas mídias, devido aos excelentes resultados que vem alcançando no campo

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Artigo escrito por José Otavio Menten, presidente do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), eng. agrônomo, mestre e doutor em Agronomia, pós-doutorado em Manejo de Pragas e Biotecnologia e professor associado da ESALQ/USP; e Ticyana Banzato, engenheira agrônoma e doutoranda na ESALQ/USP

O mundo busca a sustentabilidade, ou seja, o uso dos recursos naturais de maneira adequada, para não prejudicar as próximas gerações. Na agricultura, a sustentabilidade acontece quando uma determinada área se mantem produtiva “para sempre”, e visando o aumento constante do rendimento na mesma porção de terra. 

Apesar de ser um grande desafio manter os agroecossistemas sustentáveis, é possível, mesmo estes sendo ambientes menos diversificados e mais frágeis. E isto tem acontecido: há 25 anos uma área que produzia uma tonelada por hectare (t/ha) de grãos, atualmente produz cerca de quatro t/ha. Podemos concluir que o aumento de produção é consequência, principalmente, da maior produtividade e não de expansão de área cultivada. Para isto, há a necessidade de incorporar nos processos produtivos todo o conhecimento e tecnologia disponível, desenvolvidos pela pesquisa. Assim, não há necessidade de expandir a área com agricultura, havendo menos pressão nas áreas com vegetação nativa.

Uma das tecnologias desenvolvidas para que se aumente a sustentabilidade da agricultura é a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que vem sendo implantada pelos produtores e obtendo bastante sucesso e destaque nas mídias, devido aos excelentes resultados que vem alcançando no campo.

Trata-se de uma estratégia que reduz alguns aspectos negativos das monoculturas. Numa mesma área são produzidos, em conjunto ou em sequência, cultivos anuais, semiperenes ou perenes, animais e florestas plantadas. São classificados como lavoura-pecuária (ILP), lavoura-floresta (ILF), pecuária-floresta (IPF) e lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Podem ser adotados em qualquer região ou clima, por pequenos, médios e grandes produtores.

A ILPF é benéfica em aspectos econômicos (maior renda líquida, diversos produtos, redução de riscos, estabilidade econômica), ambientais (ciclagem nutrientes do solo, maior biodiversidade, conservação do solo, maior eficiência na utilização dos recursos naturais, menos pressão sobre vegetação nativa, mitigação das emissões de gases de efeito estufa/CO2) e sociais (redução da sazonalidade do uso de mão de obra e êxodo rural, geração de empregos, melhoria da imagem dos produtores rurais e do bem-estar animal). É a aplicação prática da sustentabilidade.

A produção de carnes premium é tendência no mercado e, para disponibilizar  produtos que atendam essa demanda, é necessário aderir a algumas mudanças, inclusive ações que garantam sua qualidade junto com a preservação do meio ambiente; e a ILPF  consegue conciliar essas duas exigências, uma vez que já foi comprovado que há recuperação nas pastagens degradadas e áreas desmatadas, além de aumento da produtividade da produção vegetal e animal.

No Brasil, estima-se que, na safra 2015/16, o sistema ILPF ocupou cerca de 11 milhões de ha, dos cerca de 200 milhões com atividades agropecuárias (5,5% de área), principalmente nos estados de MS, MT, RS, MG e GO. Prevalece a ILP, com 80% da área, seguido por ILPF (9%), IPF (7%) e ILF (1%).

Este sistema de produção vem aumentando nos últimos 10 anos (2005 a 2015). Esta tecnologia está incluída no Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) e conta com linha de crédito exclusiva.  Passou de 1,9 milhões ha em 2005 para 11,5 milhões de ha de 2015, ou seja, aumento de mais de 500%.

Entre os pecuaristas que praticam a ILPF, a previsão é que, em 2030, cerca de 20% da área agricultável esteja sendo explorada com esse sistema. Isso ganha força por meio de incentivos dos governos estaduais, como no Mato Grosso do Sul, com o programa Terra Boa que, desde 2016, apoia os produtores que querem investir no sistema, recuperar suas pastagens degradadas e reduzir os impactos ambientais gerados pela atividade agropecuária na região. A meta do programa é recuperar, ao menos, 25% das pastagens degradadas do estado até 2021, elevando a produção de grãos, carne, cana-de-açúcar, entre outras, e reduzindo o desmatamento.

Fonte: Assessoria

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Investidores dos Estados Unidos conhecem Programa de Conversão de Pastagens do Brasil 

Delegação participou de um dos maiores eventos do cenário mundial de investimentos do agronegócio.

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) marcou presença no Global AgInvesting New York, um dos mais importantes eventos do cenário mundial de investimentos no agro, que reúne fundos, bancos e empresas que atuam no setor. O evento ocorreu entre os dias 15 e 17 de abril, no Sheraton New York Times Square, nos Estados Unidos.

A comitiva do Mapa contou com a participação do secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Julio Ramos, do diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira, e da adida agrícola junto à Embaixada do Brasil em Washington, Ana Lúcia Viana.

Fotos: Divulgação/Mapa

Na oportunidade, foi apresentado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), que tem por objetivo incorporar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas aos sistemas produtivos brasileiros de alimentos, biocombustíveis e florestas de alta produtividade, através da adoção de tecnologias de produção sustentáveis.

Durante os três dias do evento, os representantes do Mapa se reuniram com diversos investidores interessados no PNCPD.

“Com esse programa, pretendemos não apenas dobrar a produção brasileira nos próximos dez anos, mas também converter pastagens degradadas em áreas produtivas diversificadas. O objetivo é atender às metas nacionais de redução do desmatamento e recuperação da vegetação nativa, fortalecendo a segurança alimentar mundial e a resiliência climática”, ressaltou Marcel Moreira.

De acordo com os representantes do Ministério, a presença brasileira potencializou ainda a promoção dos benefícios do programa, que incluem a segurança alimentar global, a conservação das florestas nativas brasileiras, a fixação de carbono, além da geração de renda e emprego para o Brasil.

“Foi uma ótima oportunidade para o Brasil dialogar com fundos privados, bancos estrangeiros e grandes empresas interessadas em investir em nosso país, reconhecendo o nosso potencial para o desenvolvimento sustentável mundial. Representando o ministro Carlos Fávaro e o secretário Roberto Perosa, deixamos o encontro com grandes perspectivas e oportunidades. É o Brasil sendo protagonista mais uma vez uma vez em programas de sustentabilidade e geração de emprego, desempenhando um importante papel no combate à insegurança alimentar mundial”, comentou Julio Ramos.

Fonte: Assessoria Mapa
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Poder de compra do avicultor cresce frente ao milho, mas cai em relação ao farelo

Os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

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Foto: Guilherme Viana

O poder de compra de avicultores paulistas vem crescendo frente ao milho.

Isso porque, segundo pesquisas do Cepea, os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

Já no caso do farelo de soja, outro importante insumo da alimentação do setor, o poder de compra de avicultores está menor – os valores do derivado registram pequena queda mensal.

Para o frango vivo, pesquisadores do Cepea indicam que a pressão sobre as cotações vem das fracas vendas internas da carne.

Muitos compradores estão um pouco mais afastados da aquisição de novos lotes de animais, evitando formar estoques elevados da proteína.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Rio Grande do Sul

Sindilat apoia decreto de proteção da cadeia láctea

O decreto do Governo do Estado limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados

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Foto: O Presente Rural

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) apoia o decreto do Governo do Estado que limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados. “Qualquer medida que valorize o produtor e o leite do produtor gaúcho é bem-vinda para as indústrias de laticínio do Rio Grande do Sul”, indica o presidente do Sindilat, Guilherme Portella. O decreto deve ser publicado nesta sexta-feira (19/04) no Diário Oficial do Estado e passa a vigorar a partir de 2025.

O presidente do Sindilat salienta que a medida não representa prejuízo para a indústria leiteira, uma vez que quase a totalidade do leite em pó e derivados lácteos que vêm do Uruguai e Argentina são adquiridos por indústrias transformadoras. “Mais de 80% do leite em pó e derivados lácteos que entram para reprocessamento no Brasil vêm via empresas que fazem produtos como chocolates, sorvetes e biscoitos, por exemplo. A indústria de laticínios não importa leite em pó de fora”, destaca.

 

 

Fonte: Assessoria
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