Empresas
Integração entre pesquisa e produção é diferencial no WinterShow 2016
Parceria entre Cooperativa Agrária/FAPA e Biotrigo Genética traz alternativas para alavancar a triticultura da região centro-sul do Paraná
Em busca de novidades e alternativas no mercado de cereais de inverno, produtores, recomendantes e representantes de outros setores ligados ao agronegócio participaram da 13ª edição do WinterShow, feira técnica referência em culturas de inverno que encerrou no dia 20 de outubro, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava (PR). Considerado o maior entre os cereais de inverno do Brasil, o evento aconteceu na fase final da safra do Paraná, que é o maior Estado produtor de trigo no país. Mesmo com a frustração da região norte, o aumento dos rendimentos nas regiões de transição e o alto potencial das áreas mais altas, segundo Departamento de Economia Rural (DERAL), farão da safra 2016 um recorde caso as produtividades se confirmem.
Realizado pela Cooperativa Agrária e pela Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), o WinterShow aborda a tecnologia de toda a cadeia produtiva dos cereais de inverno, da pesquisa à agroindustrialização. Conforme o coordenador da assistência técnica e diretor administrativo da FAPA, Leandro Bren, o evento é referência no país por atrair e envolver todo o ciclo produtivo do trigo no mesmo lugar. “Nós temos os agricultores que produzem os cereais de inverno, a pesquisa que gera as inovações a serem aplicadas no campo e os agrônomos que fazem o papel da assistência técnica”, afirma Bren.
Trigos para diferentes nichos de mercado
Neste ano, a Biotrigo Genética apresentou um trabalho com trigos voltados aos diversos nichos de mercado. A estação de qualidade, coordenada pela supervisora de qualidade industrial, Kênia Meneguzzi, destacou o comportamento das cultivares para a produção de farinhas (tipo pão, melhorador e branqueador), biscoitos e massas. Além disso, toda a equipe comercial da filial de Campo Mourão esteve presente, com reforço da equipe do Rio Grande do Sul, incluindo a participação do Diretor de Negócios Dr. André Cunha Rosa e do fitopatologista da Biotrigo, Dr. Paulo Roberto Kuhnem, que prestou esclarecimentos sobre sua área de atuação aos participantes. O estande contou ainda com campo demonstrativo, trazendo as principais cultivares do portfólio TBIO recomendadas para a região – TBIO Iguaçu, TBIO Sintonia, TBIO Sinuelo, TBIO Toruk e TBIO Sossego – para o evento.
Um dos principais destaques nesta safra foi o TBIO Toruk. A cultivar confirmou altas produtividades em diversas regiões, tendo grande destaque nas lavouras de trigo das regiões de Transição e Oeste do Paraná e do sudoeste do estado de São Paulo, onde as produtividades chamam a atenção o consolidando como excelente opção, inclusive na região de Guarapuava. Oriundo de cruzamento com a genética francesa, TBIO Toruk, tem potencial mais elevado de rendimento quando é posicionado em solos férteis e para alto investimento. Possui um porte mais baixo que a maioria das cultivares lançadas no Brasil e apresenta excelente uniformidade e sincronia de perfilhos, ou seja, possui espigas de mesmo tamanho somando maiores componentes de rendimento.
Ficou como destaque para o ano de 2017 a disponibilidade de sementes em nível comercial da cultivar TBIO Sossego, grande alternativa para os triticultores que desejam maior facilidade no manejo, como o próprio nome sugere, sem deixar de atender as demandas da indústria. Segundo o Gerente da Regional Norte (PR, SP, Cerrado e Paraguai) da Biotrigo, Fernando Michel Wagner, as características de reação as principais doenças da cultura são inéditas no mercado brasileiro. “TBIO Sossego atende plenamente ao desejo do agricultor que pretende realizar um nível menor de investimento na cultura pois é menos exigente, apesar de ter excelente resposta em ambientes mais férteis. Esta é uma preocupação que o melhoramento genético deve ter, em atender a todos os tipos de demandas que as diferentes realidades oferecem”, afirma Wagner. A cultivar está sendo multiplicada para a produção de sementes em 2016, tendo a disponibilidade de maior volume visando a produção de grãos para o próximo ano.
Visita internacional
Nesta edição da WinterShow, a Agrária e Biotrigo, juntamente com a Unión de Exportadores del Paraguay (UNEXPA), realizaram um intercâmbio de informações, trazendo do país vizinho um grupo de recomendantes de diversas cooperativas. O giro contou com visita a campo, palestras com pesquisadores da FAPA e Biotrigo, sendo finalizado com uma visita ao estande da Biotrigo, onde foram apresentadas as cultivares expostas durante o WinterShow.
Parceria de longa data
Guarapuava está localizada no Centro-Sul do Paraná, região com muitas peculiaridades e que, por ser alta e fria, precisa ter um alinhamento específico entre a pesquisa e a produção. “É uma região onde se semeia e se colhe trigo mais tarde, por isso focamos no desenvolvimento de cultivares específicas para os cooperados da Agrária, materiais posicionados para fugir dos riscos que as regiões altas têm para triticultura”, explica Fernando. Para Leandro Bren, o melhoramento que a Biotrigo emprega é o diferencial. “Nosso pesquisador consegue selecionar, por meio desta parceria, cultivares adaptadas para o clima e condições de solo para a região. É uma gama de materiais que são importantes para todos os produtores de trigo”, explica. Conforme Leandro, uma grande demanda do cooperado da Agrária é por produtos com maior resistência genética a doenças. “A Biotrigo, juntamente com a Agrária, vem atingindo seu objetivo que é entregar para o produtor rural materiais mais tolerantes a doenças e com menor custo de produção”, finaliza.
Fonte: Ass. de Imprensa

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
Empresas
Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
Empresas
Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

