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Notícias Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador

Institutos de Pesquisa paulistas são, há mais de um século, fonte viva do progresso para o agro

No dia 08 de julho se comemora, no Brasil, o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico. Para além de uma celebração, homenagear a ciência e os profissionais que a desenvolvem é um sinal de reconhecimento pelos benefícios que propiciam às nossas vidas, nas mais diferentes áreas.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

No dia 08 de julho se comemora, no Brasil, o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico. Para além de uma celebração, homenagear a ciência e os profissionais que a desenvolvem é um sinal de reconhecimento pelos benefícios que propiciam às nossas vidas, nas mais diferentes áreas. Considerada a forma de construção do conhecimento mais bem estruturada já criada pela humanidade, a Ciência requer tempo, investimento e, principalmente, dedicação para ir adiante. Seus frutos vão muito além dos cinbens tecnológicos que permeiam nossas vidas, e nos oferecem respostas (sempre em constante aperfeiçoamento) às mais diversas questões sobre nós e nosso mundo.

Enquanto órgão responsável por organizar as atividades de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) busca entregar à população paulista e brasileira soluções baseadas na pesquisa científica para solucionar os desafios do agro em toda sua amplitude, possibilitando a produção de insumos e alimentos seguros e de qualidade, com a otimização de uso dos recursos naturais, que são a base tanto da agricultura quanto da vida na Terra.

Alinhados às modernas tendências da pesquisa a nível mundial, suas sete instituições de pesquisa: Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia (IZ) e APTA Regional são sinônimos de excelência tanto para o setor agro quanto para cientistas Brasil e mundo afora. No total, são cerca de 450 pesquisadores científicos que vêm construindo, há mais de um século, a história da ciência do agro paulista, ao lado dos indispensáveis servidores de apoio, estagiários e pós-graduandos.

Cultivar, criar, preservar: pesquisar

Para a pesquisadora da Apta Regional de Piracicaba Keila Duarte, o pesquisador é aquele que já nasce atento a questionar e a responder perguntas, o que, no agro, é essencial. “A pesquisa no agronegócio sempre caminhou junto ao desenvolvimento da agricultura na nossa evolução como humanidade e está presente em todo o nosso dia-a-dia”, comenta.

Segundo ela, desde que acordamos estamos expostos aos resultados das pesquisas do agro – em especial as realizadas na APTA. “Buscamos qualidade da carne, leite e ovos, visando o bem-estar animal e uma produção mais limpa e mais verde; preocupamo-nos com a produção de soja, amendoim, milho, trigo, cana-de-açúcar e todas as grandes culturas, aprimorando e encontrando soluções para seu manejo sustentável e sua viabilidade econômica”, exemplifica Keila. “Pesquisamos diversidade nas culturas de mandioca, batata-doce, cacau, hortaliças e frutas; aprimoramos a aquicultura. Inovamos!”, complementa.

Para Keila, além de produzir com qualidade e em quantidade, é preciso garantir que a produção seja sustentável, de forma a atender às necessidades da população sem comprometer a viabilidade dos processos ecológicos. “Mostramos que a floresta deve ser preservada e que pode, sim, ser uma importante aliada na produção de alimentos”, pontua a pesquisadora, exaltando a data comemorativa.

“Parabenizo os pesquisadores da APTA e de todas as áreas de conhecimento que, com seu olhar questionador, contribuem para a evolução, entendimento e preservação da humanidade!”, finaliza.

Inovação: a engrenagem da ciência 

Desde sua criação, os Institutos de Pesquisa que hoje compõem a APTA mantêm o foco na resolução de problemas, revertendo o investimento em pesquisa em benefícios diretos para o produtor rural e a sociedade. O que, antigamente, ainda não era conhecido por esse nome, hoje é chamado de inovação, e segue no cerne dos projetos de pesquisa em todas as unidades da Agência.

“Se a sociedade evolui constantemente, o modo de fazer ciência precisa acompanhar esse processo”, afirma a pesquisadora do Ital Gisele Camargo. “Por entender que no mundo atual devemos ser integrados e cada vez mais eficientes, passamos a adotar modelos de inovação na pesquisa científica, o que envolve diferentes atores da sociedade”, elabora.

Gisele, que também é vice-diretora do Ital (que completa 60 anos em agosto), destaca algumas iniciativas, centradas em ecossistemas de inovação e projetos colaborativos. Entre elas está o Tropical Food Innovation Lab, financiado pelo setor privado. “Esse ecossistema com infraestrutura de excelência de PD&I e equipe multidisciplinar será inaugurado em breve no Instituto, com o propósito de levar ao mercado da América Latina soluções ainda mais inovadoras e sustentáveis em alimentos, bebidas e embalagens”, explica Gisele.

A pesquisadora lembra ainda do Núcleo de Pesquisa Orientado a Problema – Plataforma Biotecnológica Integrada de Ingredientes Saudáveis (PBIS), e o Centro de Ciência para o Desenvolvimento – CCD Circula, parcerias público-privadas lideradas pelo Ital.

Segundo diz, o conhecimento e a experiência dos pesquisadores têm sido também compartilhados por meio de acordos de cooperação, como o concretizado com a BioinFood, startup residente do Ital, e de mentoria em programas de aceleração de startups. “Essas e outras iniciativas têm sido possíveis graças a uma maior cultura de inovação e empreendedorismo que tem sido implantada, disseminada e valorizada nas instituições científicas de SP, envolvendo cada vez mais pesquisadores”, conclui. Graças a sua dedicação a esse e outros projetos, a vice-diretora do Ital foi condecorada, em junho passado, com o prêmio Innovation Awards – Pesquisador do Ano.

Sobre a data comemorada no dia 08 de julho, Gisele resume com uma frase do famoso cientista francês Louis Pasteur (1822-1895) a importância de valorizarmos nossas instituições de pesquisa e aqueles que nelas trabalham: “a Ciência é a alma da prosperidade das nações e a fonte viva do progresso”.

Fonte: Assessoria Apta 

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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Fotos: Shutterstock

No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Fotos: Shutterstock

Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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