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Instituto de Terras do Estado de São Paulo impulsiona melhoramento genético do gado leiteiro
Agricultor familiar se torna o primeiro no Brasil a produzir e vender embriões.

O que antes era um sonho da família Oliveira, o assentado e produtor rural Anderson Pereira de Oliveira transformou em realidade. Proprietário do Sítio São Gabriel em Presidente Bernardes, no Pontal do Paranapanema, ele investiu no melhoramento genético de seu gado leiteiro. Ao adotar a técnica de transferência de embriões, Anderson não só mudou a realidade de sua família, mas também passou a compartilhar seus processos e conhecimentos com outros produtores na região de Presidente Prudente e em todo o Brasil.
O Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, está investindo em biotecnologias de reprodução, especificamente na técnica de transferência de embriões. Essa iniciativa faz parte de um programa de melhoramento genético de bovinos, implementado através da plataforma Cultivando Negócios. O objetivo principal é aprimorar não apenas a genética do gado leiteiro, mas também a qualidade do leite produzido pelos agricultores familiares na região do Pontal do Paranapanema.
Anderson recorda que tudo começou na década de 1990, quando seus pais, Ademir e Maria Izabel, receberam do ITESP a concessão de uso de 19 hectares de terras no assentamento Palú. Além de sua família, outras 43 famílias residem no assentamento e desenvolvem atividades como pecuária leiteira, agricultura familiar e fruticultura, entre outras práticas agrícolas.
O produtor destaca que o trabalho sempre foi familiar. Além dos pais, ele conta com o apoio do irmão e sócio, Adriano, da esposa Alessandra, e dos três filhos. Nos últimos 20 anos, Anderson aprimorou seus conhecimentos e técnicas, transformando a propriedade em um modelo produtivo na região. Inicialmente, havia apenas 15 cabeças de gado mestiço, que produziam cerca de 60 litros de leite por dia. Atualmente, graças à parceria e suporte técnico do ITESP, com a técnica de transferência de embriões, uma única vaca produz 45 litros de leite diariamente.
A produção diária ultrapassa os três mil litros, que são comercializados para um laticínio local. O sucesso da transferência genética foi tamanho que, em setembro de 2024, Anderson começou a vender seus próprios embriões, resultado de acasalamento a fresco. Ele explica que o processo envolve a coleta e envio de óvulos de uma vaca para um laboratório parceiro. Lá, os óvulos são fertilizados in vitro (FIV) com sêmen de animais de raça aprimorada.
Uma terceira etapa consiste na transferência dos embriões fertilizados para as vacas receptoras. “Dessa forma, conseguimos animais de primeira linha e altamente produtivos. Com apenas uma dose de sêmen, podemos obter até 80 bezerros”, pontua Anderson. Técnicos do ITESP e veterinários do Sítio São Gabriel acompanham todas as etapas do processo, que leva em média 80 dias.
A primeira fase é selecionar as vacas receptoras e prepará-las com um protocolo hormonal específico. Em seguida, os embriões fertilizados em laboratório são implantados nessas receptoras. Após 32 a 35 dias, técnicos do ITESP e do Sítio São Gabriel retornam à propriedade para confirmar a gestação. “Caso a gestação não se confirme, o produtor está isento do pagamento pelo material”, esclarece Elvano Nunes Dourado, técnico de desenvolvimento agrário do ITESP de Presidente Bernardes.
Para divulgar a técnica, Elvano explica que são realizados dias de campo e encontros. Nesses eventos, o ITESP apresenta seus programas e serviços, enquanto Anderson compartilha sua experiência e o sucesso alcançado em sua propriedade. O objetivo, segundo o produtor, é promover o melhoramento da produção leiteira na região de Presidente Prudente. “Tudo é desenvolvido com apoio técnico, cursos de aperfeiçoamento profissional, projetos de financiamento e outros serviços oferecidos pelo ITESP”, enfatiza Elvano. Ele também destaca que o ITESP está expandindo o Programa para todo o Estado de São Paulo e diversas regiões do Brasil.

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Paraná agiliza recebimento de embalagens de agrotóxicos com nova normativa conjunta
Resolução Sedest/IAT nº 10/2025 moderniza treinamentos, amplia autonomia dos postos de recebimento e reforça a capacitação obrigatória para garantir descarte seguro em todo o Estado.

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e o Instituto Água e Terra (IAT) publicaram uma normativa em conjunto que busca agilizar o recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos no Paraná. O procedimento, coordenado no Estado pelo IAT, pelo Instituto Nacional de Processamento De Embalagens Vazias (InpEV) e pelas 17 associações de revendedores de agrotóxicos estaduais, é essencial para garantir que o descarte do material seja feito de forma apropriada, apenas por canais autorizados e licenciados pelo órgão ambiental.
A Resolução Conjunta reforça a necessidade de capacitação obrigatória dos funcionários responsáveis pelo processo, com a possibilidade de execução de parte do treinamento de forma online.
Além disso, o processo é agora ministrado pelos gestores das unidades de recebimento e supervisionado pelo IAT, sem a necessidade de o órgão ambiental estar presencialmente no local. “A capacitação é extremamente importante para estarmos sempre com equipes qualificadas para garantir que o sistema funcione de forma apropriada. Anteriormente, o IAT e as associações tinham que marcar as datas dos treinamentos em conjunto, o que era mais demorado. Agora, o próprio InpEV ou as associações podem marcar o treinamento, enquanto a parte do IAT pode ser feita de forma online, sem necessidade de estarmos presencialmente no local”, explica o engenheiro agrônomo da Divisão de Resíduos Sólidos do IAT, Rui Mueller.
As capacitações são marcadas conforme a necessidade dos postos de recebimento e costumam reunir participantes de várias regiões do Estado. O treinamento é composto por uma etapa teórica, onde são abordados aspectos técnicos das embalagens e do sistema de recebimento, e uma etapa prática, em que os participantes trabalham o manuseio das embalagens e o preenchimento dos recibos com informações do material recebido. Para concluir o processo, é feito um teste de aptidão, e os funcionários que adquirem uma nota apropriada recebem um certificado emitido pelo IAT.
Recebimento
No Paraná, o recebimento das embalagens pode ser feito em uma série de espaços autorizados, seguindo os critérios da Resolução CONAMA nº 465/2014 e do processo de licenciamento ambiental do IAT.
Ao todo, existem aproximadamente 50 postos de recebimento fixos no Estado, além de vários espaços itinerantes, que fazem um tratamento prévio dos resíduos recebidos pelos agricultores. As embalagens são então encaminhadas para uma de 12 centrais de recebimento, que fazem um preparo para diminuir o volume do material e facilitar o transporte para a destinação final. Cerca de 90% dos resíduos são transferidos para recicladoras licenciadas de todo o País, enquanto o restante é incinerado.
Além da necessidade de adequação dos locais, o processo de recebimento também envolve a conscientização direta dos agricultores usuários de agrotóxicos sobre a importância e as formas corretas da devolução do material. Mueller aponta que no caso de as embalagens não serem descartadas de forma apropriada, ou serem encaminhadas para algum ponto de coleta não autorizado, o próprio agricultor pode ser responsabilizado. Seguindo os critérios da Portaria IAT nº 492/2025, a multa para a entrega irregular de embalagens de agrotóxicos é de R$ 5 mil, com um acréscimo de R$ 100 por embalagem fora dos padrões exigidos.
“Hoje, graças a uma série de ações, temos um número muito pequeno de agricultores que fazem o descarte de forma errada. As associações também fazem uma capacitação específica para os revendedores, para que os agricultores sejam informados no momento da compra sobre os critérios adequados para a devolução das embalagens. Além disso, as ações de fiscalização do IAT também contribuem para esse processo”, complementa o engenheiro agrônomo.
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ANDA elege novo Conselho de Administração para o triênio 2026–2028
Elias Alves Lima assume a presidência com foco em competitividade, segurança de suprimento e sustentabilidade no mercado de fertilizantes.

A Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) definiu os integrantes do Conselho de Administração que atuará entre 2 de janeiro de 2026 e 12 de dezembro de 2028. Elias Alves Lima, também presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert), foi eleito para comandar a entidade, sucedendo Eduardo de Souza Monteiro, que encerra seu mandato neste ano.
Gustavo Rodrigues Zaitune, representante do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Estado de São Paulo (Siacesp), assumirá a vice-presidência. A nova gestão terá o desafio de manter o protagonismo institucional da ANDA em um cenário de mudanças no mercado de fertilizantes e maior demanda por competitividade, segurança no abastecimento e práticas sustentáveis.
Também foram eleitos para o Conselho: Alberto Pinheiro Marra, Alceu Elias Feldmann, Aluísio Schwartz Teixeira, Daniel Clairton Schneider, Eduardo de Souza Monteiro, George Wagner Bonifácio e Sousa, Luiz Carlos Corrêa Rodrigues, Luiz Felipe Schiavon, Maicon Luiz Cossa, Marcelo Francisco Altieri Bequio, Marcelo Oliveira Silvestre e Marcus Lage Guerra.
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Balança comercial abre dezembro com forte avanço das exportações
Na primeira semana do mês, agropecuária, indústria extrativa e manufaturados puxam o crescimento, enquanto importações também avançam e mantêm saldo positivo.

Na 1ª semana de dezembro de 2025, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,9 bilhão e corrente de comércio de US$ 12,9 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 7,4 bilhões e importações de US$ 5,5 bilhões.
No ano, as exportações totalizam US$ 325,3 bilhões e as importações, US$ 265,5 bilhões, com saldo positivo de US$ 59,8 bilhões e corrente de comércio de US$ 590,7 bilhões. Esses e outros resultados foram divulgados na segunda-feira (08), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

Nas exportações, comparadas as médias da 1ª semana de dezembro/2025 (US$ 1,486 bi) com a de dezembro/2024 (US$ 1,184 bi), houve crescimento de 25,4%. Em relação às importações houve crescimento de 14,3% na comparação entre as médias da 1ª semana de dezembro/2025 (US$ 1,101 bi) com a do mês de dezembro/2024 (US$ 964,06 milhões).
Balança Comercial Preliminar Parcial do Mês – 1º Semana de Dezembro/2025
Assim, até a 1ª semana de dezembro/2025, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2.587,63 milhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 384,67 milhões. Comparando-se este período com a média de dezembro/2024, houve crescimento de 20,4% na corrente de comércio.
Exportações e importações por Setor
No acumulado até a 1ª semana do mês de dezembro/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores exportadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 111,59 milhões (58,9%) em Agropecuária; de US$ 103,3 milhões (42,8%) em Indústria Extrativa e de US$ 84,28 milhões (11,3%) em produtos da Indústria de Transformação.
No acumulado até a 1ª semana do mês de dezembro/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores importadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 3,01 milhões (13,3%) em Agropecuária; de US$ 12,88 milhões (33,3%) em Indústria Extrativa e de US$ 126,07 milhões (14,1%) em produtos da Indústria de Transformação.



