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Instituto de Pesquisas Veterinárias completa 75 anos e é referência em sanidade animal

Missão do IPVDF é atuar como laboratório de referência do Estado gaúcho em diagnóstico, pesquisa, inovação e capacitação de recursos humanos nas áreas de sanidade animal e zoonoses.

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A urgência em produzir uma vacina contra a febre aftosa e realizar o diagnóstico da doença foram os motivos de criação do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) em 1948. Era uma questão sanitária importante para a bovinocultura na época no Rio Grande do Sul, devido ao grande surto que matou vários animais em 1943. Nesses 75 anos, é possível afirmar que o hoje Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor, vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), contribuiu para que o Estado conquistasse o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 2021.

Fotos: Fernando Dias/Seapi

Mas a história do Instituto começa antes, em 1942, com o Laboratório de Biologia Animal que funcionava na rua dos Andradas em Porto Alegre, e que depois passou a se chamar Instituto de Biologia Animal (IBA). Então, em 1943, o governo do Estado decidiu construir o IPVDF em uma área em Eldorado do Sul, na região Metropolitana de Porto Alegre. “Aí procuraram o médico veterinário Sylvio Torres, que modificou a vacina contra a febre aftosa de Waldemann, reduzindo a dose a 5 mililitros, facilitando sua conservação e aplicação nas condições brasileiras”, explica o chefe substituto do IPVDF, Fernando Karam. “Além é claro do médico veterinário Desidério Finamor, que foi secretário da Agricultura entre 1945 e 1947, responsável pela criação do Instituto”, acrescenta.

Segundo Karam, quando o prédio (em estilo eclético, com inspiração greco-romana) ficou pronto e começou a funcionar, em 1948, no bairro Sans Souci, ainda se chamava Instituto de Biologia Animal, mas logo passou a ser o Instituto de Pesquisas Veterinárias. “Quando o doutor Desidério faleceu, em 1949, resolveram dar seu nome a ele”, conta.

No início, eram cinco laboratórios: Microbiologia, Anatomia Patológica, Parasitologia, Biologia Aplicada e Febre Aftosa. Hoje são nove: Bacteriologia, Biologia Molecular, Brucelose, Leptospirose, Parasitologia, Histopatologia, Saúde das Aves, Virologia Sorologia, e Virologia Raiva. A missão do IPVDF é atuar como laboratório de referência do Estado do Rio Grande do Sul em diagnóstico, pesquisa, inovação e capacitação de recursos humanos nas áreas de sanidade animal e zoonoses.

De acordo com Karam, a área onde fica o Centro era uma estância com mais de 100 anos, a Fazenda Flor do Conde, que foi adquirida pelo governo do Estado para assentar famílias vítimas da enchente de 1941. “Na propriedade havia uma capela, que existe até hoje, só que está desativada. Ela pertence à Escola Estadual de Ensino Médio Américo Braga”, afirma.

Pesquisa e diagnóstico de qualidade

O IPVDF hoje dispõe de maquinário de última geração para diversos ensaios laboratoriais. “Isso nos capacita para desenvolvermos a metodologia para os diagnósticos. Atualmente, muitos são custeados pela Seapi, pelo Fundesa, ou por projetos de pesquisa do Instituto e da antiga Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro)”, destaca Karam.

O gestor também ressalta que o Centro é importante pela pesquisa e pelo diagnóstico de qualidade prestados. “É o único instituto público que oferece esse tipo de serviço. E eu tive o privilégio de conhecê-lo cedo, pois estagiei aqui durante minha graduação em Medicina Veterinária pela Universidade da Região da Campanha (Urcamp) de Bagé. Na época foi no Laboratório de Patologia de Ruminantes, hoje Laboratório de Bacteriologia”, expõe.

Em 2022, foram 2058 solicitações de diagnóstico para diferentes laboratórios e ensaios (exames). Em 2023 (até o momento), já ocorreram 1916 solicitações. A demanda vem de todas as regiões do Rio Grande do Sul e de outros estados como Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso.

O médico-veterinário aposentado Augusto Cunha reitera a importância do Instituto. Ele ingressou no IPVDF em 1982, primeiro no Laboratório de Patologia Aviária, depois foi para o de Virologia, e durante 16 anos, atuou como diretor do Instituto. “A minha carreira como veterinário praticamente foi construída no IPVDF, onde prestei serviços por mais de 30 anos”, relembra.

Segundo Cunha, a importância do Instituto para a sociedade rio-grandense e brasileira se manifesta tanto na área de saúde pública, em função dos diagnósticos de zoonoses e as pesquisas em zoonoses, tais como raiva, tuberculose, brucelose, leptospirose, entre outros, como também no setor econômico, dando suporte às mais variadas áreas da pecuária, de bovinos, suínos e aves. “Apesar da extinção da Fepagro, hoje o Instituto ainda continua mantendo as suas atividades, um fator importante é a acreditação que ele tem junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para ser um laboratório de referência para alguns exames e também a criação do curso de pós-graduação na formação de técnicos qualificados para atuarem na área”, ressalta Cunha.

Espaço Histórico Mauro Totta

Aberto à visitação pública, foi criado em 2006, para valorizar a história do IPVDF. Possui objetos e materiais de laboratório e escritório utilizados ao longo dos 75 anos. “A tecnologia avança e muitas coisas ficaram obsoletas, mas fazem parte da história do Instituto. Há até objetos de missa, porque há anos, um padre vinha realizar missas na capela que fica ao lado”, comenta Karam.

Quem foi Desidério Finamor

Foi um veterinário gaúcho, nascido em Santiago do Boqueirão em 1899, que atuou vigorosamente na melhoria das condições da pecuária. Filho de pequenos agricultores, conseguiu chegar à universidade em 1923. Graduou-se em 1926, junto com apenas mais três colegas que faziam parte da turma de profissionais formados pela antiga escola de engenharia que deu origem à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Foi professor universitário, sanitarista e secretário da Agricultura e Abastecimento entre 1945 e 1947. É um dos patronos da Academia Rio-grandense de Medicina Veterinária.

Comemorações

Este ano, dentro das comemorações de 75 anos, está ocorrendo um ciclo de palestras técnicas, desde abril até novembro, abertas aos produtores e à comunidade em geral; em 28 de setembro, ocorre o Dia Mundial de Combate à Raiva; em 27 de outubro, haverá mais uma edição do projeto Ciência nas Escolas, quando alunos de educação básica e ensino médio visitam o IPVDF; em 7 de novembro haverá um simpósio sobre tuberculose; e, mais para o final do ano, está sendo programado um evento festivo, inclusive com antigos funcionários para confraternização.

Fonte: Assessoria IPVDF

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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro

Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

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A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.

Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol

Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.

Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.

Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.

Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.

A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.

Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”

Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.

“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.

Atrações

Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.

“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.

Critérios de avaliação

Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.

Fonte: Assessoria Copacol
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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais

Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

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A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.

Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .

Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .

Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .

A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .

Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.

A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.

Fonte: O Presente Rural
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