Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias Agricultura nas Américas

Inovação e tecnologia para o agro permeiam debate para o desenvolvimento dos sistemas alimentares nas Américas, no Caribe e na África

Encontro virtual reuniu ministros da Agricultura da África e da América Latina e Caribe, entre eles a ministra Tereza Cristina.

Publicado em

em

Antonio Araujo/Mapa

Construir pontes para a futura cooperação em matéria de sistemas agroalimentares foi o tema discutido na Primeira Mesa Redonda de Alto Nível África-Américas. Na terça-feira (18), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, participou do debate realizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), como parte da agenda de posse do diretor-Geral, Manuel Otero.

O encontro virtual reuniu ministros da Agricultura da África e da América Latina e Caribe com o objetivo de explorar opções práticas para gerar cooperação sul-sul e internacional entre os países africanos e as Américas em matéria de transformação rural e dos sistemas agroalimentares.

Em sua fala, a ministra brasileira apresentou pontos sobre como a agricultura pode funcionar como importante vetor para combater a fome, estimular o desenvolvimento e aprimorar os sistemas alimentares nos continentes.

”O fomento à inovação foi um fator preponderante para o sucesso do modelo brasileiro, e é a única forma de conciliarmos segurança alimentar com sustentabilidade econômica, social e ambiental. Há muitas tecnologias desenvolvidas pelo Brasil ao longo dos últimos anos que podem ser adotadas por países latino-americanos, caribenhos e africanos para ajudar a fomentar seus sistemas produtivos, permitindo a associação da produção agrícola à oferta de serviços ecossistêmicos, à manutenção da biodiversidade, à proteção de fontes de água potável e à estabilidade do clima mundial”, destacou Tereza Cristina.

Ela ainda reforçou que as semelhanças de clima e solo das regiões tropicais, aliados a tecnologias adaptadas a essa realidade, permitem o cultivo de duas ou, em alguns casos, até três safras ao ano.

Com o desenvolvimento tecnológico, o Brasil foi capaz de aumentar sua produção de grãos em 400% nos últimos 40 anos, ao passo que a área ocupada pelas plantações cresceu pouco mais de 40%. Para tanto, investimentos em pesquisas agropecuárias foram fundamentais, com destaque para o trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instituição hoje reconhecida internacionalmente.

A visão dos participantes enfatiza que a agricultura não deve ser discutida isoladamente, mas como parte de um sistema muito maior, complexo e inclusivo: o sistema alimentar. Este sistema alimentar transformado deve envolver atores e funções muito diversos e transcender a produção primária, destacando a necessidade de garantir a sustentabilidade ambiental, social e econômica em um quadro de inclusão e resiliência.

Também participaram da Mesa Redonda Agnes Kalibata e o ex-primeiro-ministro da Etiópia Hailemariam Dessalegn, como representantes da Aliança para a Revolução Verde na África (AGRA, na sigla em inglês), que organiza o evento com o IICA.

Fonte: Mapa

Notícias

Frangos possuem hormônios?

Especialista explica mitos e verdades sobre a criação das aves.

Publicado em

em

Foto: José Adair Gomercindo

No contexto da busca por alimentos saudáveis e livres de aditivos artificiais, a questão da presença de hormônios na produção de carne de frango se torna frequente. Para elucidar essa dúvida e apresentar informações fundamentadas sobre o assunto, a zootecnista da Tijuca Alimentos, Rebeca Horn Vasconcelos, destaca alguns pontos.

De acordo com a profissional, os frangos de corte comercialmente disponíveis para consumo humano no mercado não recebem hormônios. “O crescimento acelerado das aves é resultado de décadas de seleção genética, avanços na nutrição e manejo das aves”, destaca a profissional.

A zootecnista enfatiza que o uso de hormônios em aves destinadas ao consumo humano é proibido no Brasil. “Os produtores são rigorosamente regulamentados e inspecionados para garantir a conformidade com as leis e regulamentos de segurança alimentar”, acrescenta. Essa legislação se estende a outros países da América Latina e Europa, garantindo a segurança alimentar em larga escala.

Rebeca ressalta pilares fundamentais para que essas aves tenham um rápido crescimento:

  • Aprimoramento genético: por meio de pesquisas, as linhagens de frango foram otimizadas ao longo dos anos, resultando em aves com maior potencial de crescimento;
  • Nutrição balanceada: a alimentação das aves possui dietas formuladas por especialistas e enriquecidas com nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável dos animais;
  • Manejo adequado: as condições de criação, como temperatura, ambiência e sanidade também influenciam significativamente no crescimento dos frangos;

A carne de frango se destaca como uma fonte rica em proteínas, vitaminas e minerais, essencial para uma alimentação balanceada e nutritiva. “Com informações confiáveis e optando por marcas responsáveis, o consumidor garante um alimento seguro e de alta qualidade”, pontua.

Fonte: Assessoria Tijuca Alimentos
Continue Lendo

Notícias

ABCZ divulga atualização das avaliações genéticas do PMGZ Corte

Dados disponíveis envolvem à seleção corte para as raças Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Sindi e Tabapuã, abrangendo dados até janeiro de 2024.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/ABCZ

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), por meio do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), divulgou, nesta sexta-feira (26), a atualização das avaliações genéticas do PMGZ Corte – AG 2024-2.

As avaliações, que estão disponíveis para os mais de 2,4 mil criadores que possuem animais participantes das provas zootécnicas do PMGZ, podem ser acessadas no site da ABCZ, por meio da página de comunicações eletrônicas. A consulta pública de touros também já está no ar, por meio das plataformas eletrônicas da ABCZ.

Estas avaliações dizem respeito à seleção corte para as raças Brahman, Gir, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Sindi e Tabapuã, abrangendo dados até janeiro de 2024.

“As avaliações, desenvolvidas pela ABCZ em parceria com a Embrapa Gado de Corte, reúnem dados de 17.593.832 animais das raças zebuínas de corte, processadas com a utilização de mais de 21 milhões de fenótipos e características de crescimento, idade ao primeiro parto, stayability, perímetro escrotal ao ano, perímetro escrotal ao sobreano, ultrassonografia de carcaça e de características morfológicas”, explica o Gerente de Provas Zootécnicas da ABCZ, Ismar Carneiro.

Ainda segundo Ismar, é importante destacar a quantidade de animais que já foram genotipados – já são mais de 399 mil genotipagens realizadas pelo PMGZ, cujos resultados estão incorporados na avaliação divulgada nesta quarta. Desse total, 390.100 animais são da raça Nelore, enquanto 9.072 pertencem à raça Tabapuã. “Para as demais raças, a ABCZ está investindo na genotipagem gratuita de animais com a expectativa de que, nas próximas avaliações, já tenhamos um banco de dados genotípicos expressivo”, comenta o Superintendente Técnico da associação, Luiz Antonio Josahkian.

“Para tanto, é imprescindível que os criadores enviem para a ABCZ o material biológico dos animais selecionados, cuja lista também está disponível na página de comunicações eletrônicas”, expõe.

Fonte: Assessoria ABCZ
Continue Lendo

Notícias No Rio Grande do Sul

IPVDF substitui prova em diagnóstico de raiva para abolir uso de animais vivos

Testes verificaram que, além de proporcionar resultados mais rápidos, a técnica RT-PCR apresenta uma concordância de 99,4% com a prova biológica, sendo capaz de detectar variantes circulantes do vírus da raiva no estado gaúcho.

Publicado em

em

Foto: Fernando Dias

O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF) do Rio Grande do Sul deu um importante passo rumo à modernização e ética nos processos de diagnóstico. Relatório de validação, elaborado por seu Laboratório de Virologia, comunica a substituição da Prova de Inoculação Intracerebral em Camundongos Lactentes, pela Transcrição Reversa seguida da Reação em Cadeia da Polimerase (RT-PCR) para o diagnóstico de raiva. Com isso, o IPVDF não vai mais utilizar animais vivos para a prova biológica.

“Essa substituição representa um grande avanço no diagnóstico da raiva animal. Além de ser uma técnica mais eficiente, ela elimina completamente o uso de animais, atendendo aos princípios éticos e de bem-estar animal”, explica a pesquisadora Carla Rodenbusch.

Os testes verificaram que, além de proporcionar resultados mais rápidos, a técnica RT-PCR apresenta uma concordância de 99,4% com a prova biológica, sendo capaz de detectar variantes circulantes do vírus da raiva no Rio Grande do Sul. “Essa conquista não apenas moderniza o processo de diagnóstico da raiva animal, mas também reforça o compromisso do IPVDF com a redução do uso de animais em experimentação, em conformidade com os princípios éticos preconizados pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA)”, ressalta o chefe do centro de pesquisa, Vilar Gewehr.

Para o presidente do Comitê de Ética no Uso de Animais do IPVDF (Ceua-IPVDF), Guilherme Klafke, a substituição da prova biológica pelo método RT-PCR representa um significativo avanço ético, alinhado com os princípios dos 3Rs que orientam a experimentação animal: Redução, Refinamento e Substituição (Reduction, Refinement and Replacement, na sigla em inglês). “A completa eliminação do ensaio com camundongos em favor de um método que não requer o uso de animais é um bom exemplo dos princípios dos 3Rs. Esta abordagem não só promove uma prática científica mais compassiva, como também evidencia uma evolução na busca por técnicas mais éticas e precisas”, destaca o pesquisador.

Fonte: Assessoria Seapi
Continue Lendo
CBNA – Cong. Tec.

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.