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Suínos SBSS, em Chapecó

Influenza aviária: quais os reais riscos na suinocultura?

Subtipos desse vírus são conhecidos por sua elevada capacidade de mutação e rearranjo genético, o que lhes confere potencial para infectar diversas espécies, inclusive suínos, bovinos e mamíferos silvestres e domésticos.

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Foto: Shutterstock

A influenza aviária, especialmente sua forma altamente patogênica (IAAP), constitui uma ameaça crescente à saúde pública, animal e ambiental. Os subtipos desse vírus são conhecidos por sua elevada capacidade de mutação e rearranjo genético, o que lhes confere potencial para infectar diversas espécies, inclusive suínos, bovinos e mamíferos silvestres e domésticos. A Ph.D. Janice Reis Ciacci Zanella alerta que a identificação de variantes como H5N1 (clado 2.3.4.4b) – capaz de se replicar em pulmões suínos e de transmitir-se entre animais – evidencia o risco de emergência com potencial pandêmico.

“Esse risco se intensifica pela capacidade dos suínos de atuar como ‘misturadores’ de vírus de sua espécie, de aves e humanos. Diante desse cenário, torna-se imprescindível o fortalecimento das medidas de biossegurança, estudos experimentais e vigilância genômica, sobretudo em regiões com alta densidade produtiva e histórico de circulação viral”, antecipa a médica veterinária que será palestrante do 17º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS).

A temática influenza aviária chegou ao sistema de produção: que risco corre a suinocultura?” será abordada no dia 14 de agosto (quinta-feira), às 8 horas, no Painel Desafios Virais e Suas Ameaças, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó. O SBSS é promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) com a intenção de proporcionar conhecimento, networking e troca de experiências sobre boas práticas nessa cadeia produtiva. A programação científica dos três dias abrange painéis sobre sanidade e imunidade, nutrição, manejo e gestão de produção, microbiota, biosseguridade e bem-estar animal.

Influenza aviária

No Brasil, a confirmação recente de IAAP em aves comerciais marca um novo estágio da doença no país e, com isso, traz impactos econômicos imediatos, com embargos comerciais e prejuízos aos produtores. “A vigilância ativa, as medidas rigorosas de biossegurança e a integração entre os setores público e privado são urgentes para conter a disseminação viral”, argumenta Janice.

Foto: Shutterstock

Para a médica veterinária, a abordagem de Saúde Única (One Health) se consolida como pilar estratégico ao promover ações coordenadas entre saúde animal, humana e ambiental. “A proteção dos sistemas produtivos, da biodiversidade e da saúde coletiva exige investimentos em pesquisa, monitoramento interespécies, capacitação dos produtores e protocolos emergenciais claros. A atuação preventiva e integrada é essencial para enfrentar futuras emergências sanitárias com eficiência e resiliência”, ressalta.

No SBSS, Janice também abordará recomendações aos produtores de suínos frente ao desafio da IAAP, como controle de acesso à propriedade, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) – botas, macacões e luvas –, fornecimento de água tratada e alimentação segura. “É preciso implementar medidas de vigilância e plano de ação emergencial para a suinocultura, além do que vem ocorrendo na avicultura”, complementa.

Conheça o palestrante

Janice Reis Ciacci Zanella é médica veterinária formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com mestrado e doutorado (Ph.D.) pela Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos da América. Atua como pesquisadora em Virologia Animal na Embrapa Suínos e Aves. Ela também representa o Brasil em diversos painéis e comitês internacionais ligados à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Entre 2014 e 2021, exerceu o cargo de chefe geral da Embrapa Suínos e Aves. Mais recentemente, atuou como cientista visitante no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e na Iowa State University, em Ames, Iowa.

Inscrições

Em paralelo ao SBSS, nos três dias, acontece também a 16ª edição da Brasil Sul Pig Fair, feira técnica voltada ao setor, que conta com empresas do Brasil e América Latina, além da Granja do Futuro, com os principais lançamentos e tecnologias para os produtores.

As inscrições podem ser realizadas pelo site oficial do evento, clique aqui. Grupos com dez ou mais participantes podem parcelar os valores em até três vezes, desde que a primeira parcela seja efetuada até a data de validae do respectivo lote. Pacotes adquiridos por agroindústrias, órgãos públicos e universidades serão faturados para o CNPJ da instituição. Inscrições de associados ao Nucleovet devem ser feitas por meio da secretaria da entidade, pelo contato (49) 99806-9548 ou financeiro@nucleovet.com.br.

          2º lote: até 24/07: profissionais R$ 720 e estudantes R$ 450.

          3º lote: a partir de 25 de julho e durante o evento: profissionais R$ 890 e estudantes R$ 500.

          Participar apenas da 16ª edição da Brasil Sul Pig Fair:

          1º e 2º lotes: até 24 de julho: R$ 100.

          3º lote: a partir de 25 de julho e no local do evento: R$ 200.

Fonte: Assessoria SBSS

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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