Avicultura
Influenza Aviária na pauta do SBSA 2017 : o que podemos aprender com o México
Focos nos EUA e México atingiram os negócios internacionais com prejuízos devastadores para exportadores da América do Norte
A edição de 2017 marca os 18 anos do Simpósio Brasil Sul de Avicultura e os 100 anos de Chapecó, duas datas que aumentam a responsabilidade da comissão organizadora e da comissão científica em apresentar temas e palestrantes relevantes.
No final do ano passado, início do inverno hemisfério norte diversos países registraram focos da enfermidade como Áustria, Croácia, Dinamarca, Israel, Alemanha, Hungria, Holanda, Polônia, Suécia, Suíça, Coreia do Sul, Japão, Rússia, entre outros. Na sequência a França informou um novo caso em seu território à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Com todos esses episódios sanitários alguns mercados estão retraindo importações de regiões com registros de Influenza como os Emirados Árabes Unidos, que suspenderam temporariamente a importação de produtos de aves de regiões afetas de países como Áustria e Hungria. A África do Sul também suspendeu embarques. Alerta mundial que reflete na América do Sul que recentemente registou um caso no Chile e no Brasil que entrou em alerta máximo.
Focos nos EUA e México atingiram os negócios internacionais com prejuízos devastadores para exportadores da América do Norte. Durante o SBSA a palestra “Influenza aviária – Experiência Mexicana” com o Dr. Alejandro García Flores- Diretor de Pesquisa dos Laboratorios Avilab – México, vai mostrar o que podemos aprender com a experiência do México. O SBSA oferece tradução simultânea para o espanhol em todas as palestras para atender a demanda latina. Veja a programação completa abaixo.
Na programação será apresentada ainda uma palestra sobre as novas tecnologias para a produção avícola na China e outra palestra abordará o controle de Salmonelas – que práticas de controle estão funcionando? Paralelo ao Simpósio Brasil Sul, realizamos a IX Poultry Fair, uma feira de negócios e oportunidades onde as empresas podem fazer lançamentos, apresentar inovações tecnológicas e soluções inovadoras para o mercado, que este ano terá um modelo diferente, visando uma maior interação entre os expositores e os participantes do evento e abrigando ainda mais empresas.
O Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas organizador da 18ª edição Simpósio Brasil Sul de Avicultura e IX Poultry Fair prepara este ano uma discussão aprofundada sobre a regulamentação no uso de antibióticos e a experiência da agroindústria. A Diretoria do Nucleovet, juntamente com as Comissões Organizadora e científica do XVIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura, acredita que discutindo todos esses assuntos em pauta o setor vai estar mais preparados para os desafios do mercado.
Outro tema de destaque é a gestão de pessoas – Que profissional a agroindústria necessita no processo produtivo? Com foco no sistema produtivo uma palestra vai abordar crescimento muscular, características da qualidade das carcaças: genética, nutrição e sanidade, qual o papel de cada fator? Saber ainda da importância do manejo e qualidade intestinal na primeira semana sobre o peso de abate e o manejo das aves no século XXI.
O Painel de Abertura propõe um debate sobre o Impacto da legislação e sistema de condenações sobre a produtividade avícola brasileira e como o modelo brasileiro e critérios de condenações estão posicionados se comparados aos principais concorrentes como China, USA e Europa. Será apresentada a nova abordagem sobre estes critérios de condenações e impactos para o produtor, agroindústria e consumidor. Em debate ainda o impacto sobre a competitividade brasileira e riscos sanitários? Utilização de coadjuvantes de tecnologia no abate e processamento de aves: custo e benefícios frente à legislação mundial.
Programação Científica
04 de abril de 2017
14h – Painel de Abertura : “Impacto da legislação e sistema de condenações sobre a produtividade avícola brasileira”
14h – 14h40 – Legislação brasileira de abate e inspeção de aves: modelo brasileiro e critérios de condenações frente aos principais concorrentes.
Palestrante Prof. Dr. Elci Lothar Dickel
14h40- 15h10 – Sistema de fiscalização e condenação em países concorrentes (China, USA, Europa). Qual o impacto sobre a competitividade brasileira e riscos sanitários?
Palestrante: Prof. Dr. José Mauricio França
15h10 -15h40 – Nova abordagem sobre critérios de condenações e impactos para o produtor, agroindústria e consumidor.
Palestrante: Dr. Rui Vargas
15h40- 16h10 – Pausa para café
16h10 – 16h40 – Utilização de coadjuvantes de tecnologia no abate e processamento de aves: custo, benefícios frente à legislação mundial
Palestrante: Prof. Dr. Harsha Thippareddi
16h40 -17h40 – Perguntas, respostas e conclusões
17h45 – Cerimônia de Abertura Oficial
18h15 – Palestra de Abertura – Agronegócio Brasileiro – Novas estratégias e oportunidades para a cadeia de grãos e carnes frente às mudanças políticas e econômicas mundiais.
Palestrante: Dr. Francisco Sérgio Turra
19h30 – Coquetel de abertura.
05 de abril de 2017
08h – Gestão de pessoas – Que profissional a agroindústria necessita no processo produtivo: ética, gestão e desenvolvimento.
Palestrante: Dr. José Antonio Ribas
09h – Crescimento muscular, características da qualidade das carcaças: Genética, nutrição e sanidade, qual o papel de cada fator?
Palestrante: Prof. Dr. Fernando Rutz
10h – Pausa para café – Patrocínio Theseo
10h30 – Importância do manejo e qualidade intestinal na primeira semana sobre o peso de abate
Palestrante: Prof. Dr. Antonio Carlos Pedroso
11h30 – Novas tecnologias para a produção avícola – Experiência Chinesa –
Palestrante: Dr. Lu Bubba
12h30 – 14h – Intervalo para Almoço e Eventos Paralelos
14h – O manejo das aves no século XXI
Palestrante: Dr. Chance Bryant
15h – Salmoneloses – que práticas de controle estão funcionando?
Palestrante: Dr. Marcos Antônio Dai Prá
16h – Pausa para café
16h30 – Influenza aviária – Experiência Mexicana
17h30 – Eventos Paralelos
18h30 – Happy Hour e Show patrocinado pela MSD
Dia 06 de abril
08h – Resultados zootécnicos ou resultados econômicos? Decisão frente às exigências em qualidade, segurança de alimentos e mercados.
Palestrante: Prof. Dr. Sérgio Vieira
09h – Clostridioses em frangos de corte – novas tecnologias de diagnóstico e controle.
Palestrante: Profª. Dra. Elizabeth Santin
10h – Pausa para café
10h30 – Água – importância nutricional e sanitária
Palestrante: Prof. Dr. Marcos Macari
11h30 – Regulamentação no uso de antibióticos e a experiência da agroindústria.
Palestrante: Dr. Ivomar Oldoni
12h30 Encerramento das atividades.
Fonte: Assessoria

Avicultura
Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem
Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.
Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.
Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.
A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.
A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.
Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.
Avicultura
Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer
Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.
A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.
Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.
Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.
Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.
Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.
Avicultura
Avicultura encerra 2025 em alta e mantém perspectiva positiva para 2026
Setor avança com produção e consumo em crescimento, margens favoráveis e preços firmes para proteínas, apesar da atenção voltada aos custos da ração e à segunda safra de milho.

O setor avícola deve encerrar 2025 com desempenho positivo, sustentado pelo aumento da produção, pelo avanço do consumo interno e pela manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de alguns desafios ao longo do ano. A avaliação é de que os resultados permanecem sólidos, apesar de pressões pontuais nos custos e de um ambiente externo mais cauteloso.
Para 2026, a perspectiva segue otimista. A expectativa é de continuidade da expansão do setor, apoiada em um cenário de preços firmes para as proteínas. Um dos principais pontos de atenção, no entanto, está relacionado à segunda safra de milho, cuja incerteza pode pressionar os custos de ração. Ainda assim, a existência de estoques adequados no curto prazo e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o próximo ano.

No fechamento de 2025, o aumento da produção, aliado ao fato de que as exportações não devem avançar de forma significativa, tende a direcionar maior volume ao mercado interno. Esse movimento ocorre em um contexto marcado pelos impactos da gripe aviária ao longo do ano e por um desempenho mais fraco das exportações em novembro. Com isso, a projeção é de expansão consistente do consumo aparente.
Para os próximos meses, mesmo com a alta nos preços dos insumos para ração, especialmente do milho, o cenário para o cereal em 2026 é considerado favorável. A avaliação se baseia na disponibilidade atual de estoques e na expectativa de uma nova safra robusta, que continuará sendo acompanhada de perto pelo setor.
Nesse ambiente, a tendência é de que as margens da avicultura se mantenham em patamares positivos, dando suporte ao crescimento da produção e à retomada gradual das exportações no próximo ano.
Já em relação à formação de preços da carne de frango em 2026 e nos anos seguintes, o cenário da pecuária de corte deve atuar como fator de sustentação. A menor disponibilidade de gado e os preços mais firmes da carne bovina tendem a favorecer a proteína avícola. No curto prazo, porém, o setor deve considerar os efeitos da sazonalidade, com maior oferta de fêmeas e melhor disponibilidade de gado a pasto, o que pode influenciar o comportamento dos preços.
