Bovinos / Grãos / Máquinas
Inflamação e lipólise no período de transição serão abordadas no 11º SBSBL
Explanação será feita pelo doutor Andres Contreras durante o Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite, promovido pelo Nucleovet, entre os dias 08 e 10 de novembro, presencialmente, em Chapecó (SC).

O período de transição, ou periparto, das vacas leiteiras – compreendido entre a terceira semana antes do parto até a terceira pós-parto – tem grande impacto na produção de leite. Neste período podem ocorrer enfermidades, sendo fundamentais os cuidados para manter a saúde e a produtividade, desde o manejo até a dieta nesta fase em que o animal passa por uma série de processos metabólicos e alterações hormonais relacionados ao fim da gestação, parto e início da lactação.
Esse tema estará em evidência na explanação do doutor em medicina veterinária Andres Contreras, no 11º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL). Ele palestrará sobre “Gerenciando inflamação e lipólise na transição”, no dia 10 de novembro, no “Painel Transição: maximizando saúde, produção e fertilidade”, às 08 horas e às 09h30. A palestra está dividida em duas partes.
O SBSBL é promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) e ocorrerá no período de 08 a 10 de novembro. Paralelamente acontecerá a 6ª Brasil Sul Milk Fair. O evento será realizado exclusivamente no formato presencial, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), e reunirá especialistas que debaterão tendências, inovações e o futuro do setor.
Andres Contreras recebeu seu DMV da Universidad Nacional de Colômbia. Após três anos de prática privada no centro da Colômbia, trabalhando com operações de bezerros de vacas tropicais e rebanhos leiteiros em pastagem, atuou como estagiário no Programa de Estágio de Grandes Fazendas de Leite da Michigan State University, na cidade de East Lansing.
Contreras continuou sua educação na Universidade Estadual do Michigan, concluindo mestrado em mastite e qualidade do leite com foco no manejo da mastite de novilhas. Continuou seu treinamento de pós-graduação com doutorado em Medicina Comparada e Biologia Integrativa, com foco no impacto da mobilização de gordura periparturiente na função das células imunes. Seu treinamento de pós-doutorado foi no The Center for Integrative Metabolic and Endocrine Research (CIMER) na Wayne State University e se concentrou na biologia da mobilização de gordura e como ela afeta a função metabólica do tecido adiposo.
O programa de pesquisa de Contreras está focado nas adaptações do tecido adiposo a doenças inflamatórias e balanço energético negativo e suas implicações para a saúde do gado leiteiro, especialmente durante as transições do ciclo de lactação.
O presidente da comissão científica do 11º SBSBL, Airton Vanderlinde, destaca que o Simpósio será palco do compartilhamento de conhecimento e tecnologias para a produção. “Dr. Andres Contreras é um grande especialista na área e abordará aspectos importantes do período do periparto em um painel que contará também com explanações sobre o ciclo da alta fertilidade e suas interações. Será um momento de atualização e troca de informações que, com certeza, agregará no dia a dia dos profissionais”.
Inscrições
As inscrições para o 11º SBSBL estão no segundo lote, que segue até o dia 31 de outubro, com valores: R$ 440 para profissionais e R$ 360 para estudantes. O último lote estará disponível a partir do dia 1º de novembro: R$ 500 para profissionais e R$ 440 para estudantes.
Na compra de pacotes a partir de dez inscrições para o SBSBL serão concedidas bonificações. Associados do Nucleovet, profissionais de agroindústrias e órgãos públicos, além de grupos de universidades, têm condições diferenciadas. O acesso para a 6ª Brasil Sul Milk Fair é gratuito.
Para o pré-evento – 1º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte – os valores são de R$ 150 até o dia 31 de outubro e R$ 200 a partir de 1º de novembro. As inscrições podem ser feitas pelo site www.nucleovet.com.br.
Apoio
O 11º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

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Exportações recordes de carne bovina reforçam preços no mercado interno
Com 96% do volume anual já embarcado até outubro, o ritmo forte das exportações e o avanço nas vendas de animais vivos reduzem a oferta doméstica e sustentam as cotações, apesar da resistência recente de compradores a novos ajustes.

As exportações brasileiras de carne bovina continuam avançando em ritmo expressivo e já impulsionam diretamente o mercado interno. De acordo com a análise quinzenal do Cepea, os embarques acumulados até outubro alcançaram 96% do total exportado em 2024, configurando um novo recorde para o setor.

Além da carne bovina, as vendas de animais vivos também registram alta. No acumulado do ano, o volume enviado ao exterior chegou a 842 mil toneladas, crescimento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Esse fluxo intenso para o mercado externo reduz a oferta doméstica e, somado à baixa disponibilidade de animais terminados, mantém as cotações firmes no mercado interno. A demanda por carne bovina e por boi gordo permanece consistente, com estoques enxutos e vendas estáveis.
Por outro lado, compradores começam a demonstrar resistência a novas elevações, indicando uma possível acomodação dos preços no curto prazo.
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Retirada da sobretaxa pelos EUA devolve competitividade à carne brasileira
Decisão tem efeito retroativo, pode gerar restituição de valores e reorganiza o fluxo comercial após meses de retração no agronegócio.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) manifestou grande satisfação com a decisão dos Governo dos Estados Unidos de revogar a sobretaxa de 40% imposta sobre a carne bovina brasileira. Para a entidade, a medida representa um reforço da estabilidade do comércio internacional e a manutenção de condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para o Brasil.

Foto: Shutterstock
A sobretaxa de 40% havia sido imposta em agosto como parte de um conjunto de barreiras comerciais aos produtos brasileiros, afetando fortemente o agronegócio, carne bovina, café, frutas e outros itens. A revogação da tarifa foi anunciada pelo presidente Donald Trump por meio de uma ordem executiva, com vigência retroativa a 13 de novembro. A medida também contempla potencial restituição de tarifas já pagas.
De acordo com veículos internacionais, a retirada da sobretaxa faz parte de um esforço para aliviar a pressão sobre os preços de alimentos nos EUA, que haviam subido em função da escassez de oferta e dos custos elevados, e reduzir tensões diplomáticas.
Reação da ABIEC
Na nota divulgada à imprensa na última semana, a ABIEC destacou que a revogação das tarifas demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, resultando num desfecho construtivo e positivo.
A entidade também afirmou que seguirá atuando de forma cooperativa para ampliar oportunidades e fortalecer a presença da carne bovina brasileira nos principais mercados globais.
Comércio exterior
A retirada da sobretaxa tem impacto direto sobre exportadores brasileiros e o agronegócio como um todo. Segundo dados anteriores à

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aplicação do tarifaço, os EUA representavam o segundo maior destino da carne bovina do Brasil, atrás apenas da China.
O recente bloqueio causava retração nas exportações para os EUA e aumentava a pressão para que produtores e frigoríficos redirecionassem vendas para outros mercados internacionais. Com a revogação da sobretaxa, abre uma nova perspectiva de retomada de volume exportado, o que pode fortalecer as receitas do setor e ajudar a recompor a fatia brasileira no mercado americano.
Próximos desafios
Apesar da revogação das tarifaço, a ABIEC e operadores do setor devem seguir atentos a outros desafios do comércio internacional: flutuações de demanda, concorrência com outros países exportadores, exigências sanitárias, regime de cotas dos EUA e eventual volatilidade cambial.
Para a ABIEC, o caso também reforça a importância do protagonismo diplomático e da cooperação institucional, tanto para garantir o acesso a mercados como para garantir previsibilidade para os exportadores brasileiros.
Bovinos / Grãos / Máquinas
Abates de bovinos disparam e pressionam preços no mercado interno
Alta oferta limita valorização do boi gordo, apesar de exportações recordes e forte demanda internacional.




