Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Indústria goiana de laticínios conquista premiação com projeto de preservação da água

O projeto também gerou ganho econômico-social já que os produtores cadastrados passaram a gastar menos com suplementação para o gado ao receberem gratuitamente a biomassa fornecida pela Marajoara

Publicado em

em

Com a água tratada em sua própria ETE, Marajoara abastece sistema de fertirrigação usado para irrigar área de pasto -Fotos: Divulgação Assessoria

Presidente do grupo Marajoara, André Luiz Rodrigues Junqueira, recebe troféu Seriema das mãos do governador Ronaldo Caiado: Foto: Silvio Simões/Crea-GO

Marajoara foi a primeira colocada na categoria Elementos Naturais do Troféu Seriema, entregue nesta quinta-feira, 18, pelo Crea-GO. Além de direcionar a água residual purificada com nível de eficiência acima de  90% para irrigação, a biomassa resultante do tratamento ajuda a nutrir a pastagem das fazendas próximas

A água é um dos bens mais essenciais à vida no planeta, porém é finita e carece de ações que garantam a disponibilidade do recurso para as gerações futuras. Mas, infelizmente, boas práticas na gestão dos recursos hídricos, ainda são escassas, como demonstra estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) “O Impacto Econômico dos Investimentos de Reúso de Efluentes Tratados para o Setor Industrial”. Segundo o documento de 2018,  menos de 1% da oferta de água no país provém de reuso de efluentes tratados. Para se ter uma ideia do quão ainda podemos avançar, em Israel, por exemplo, 70% da oferta vem da reutilização.

Portanto, ações que visam preservar o meio ambiente e seus elementos, entre eles a água, são fundamentais e merecem reconhecimento e replicação. E é com esse objetivo que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) premiou no último dia 18 de novembro, dois projetos de sustentabilidade da indústria goiana Marajoara Laticínios com o Troféu Seriema, na categoria Elementos Naturais.

A premiação, em sua 19ª edição e a primeira com amplitude nacional, contou com inscrição de 139 projetos em sete áreas, sendo 16 deles na categoria Elementos Naturais, que teve a água como destaque, considerando-se em especial o atual cenário de crise hídrica que vive o nosso País.

O presidente do grupo Marajoara Laticínios,  André Luiz Rodrigues Junqueira, comemora a premiação que reconhece a decisão da empresa em inovar e contribuir para que essa realidade seja transformada. “Optamos por um investimento financeiro maior, mas que assegura um ganho ambiental de enorme valia, fechando o ciclo natural da água. A indústria retira do subsolo a água que usa em seus processos industriais, depois trata esta água residual em sua ETE própria, de onde sai a biomassa que retorna ao solo ao como nutrientes para o pasto. Por fim, a água já tratada com índice de pureza acima de 90%, é devolvida ao lençol freático por meio de um sistema de fertirrigação, em uma área de pastagem próximo à sede da indústria”, explica o executivo, que recebeu o troféu das mãos do governador Ronaldo Caiado, em restrita cerimônia na sede do Crea-GO. O evento também foi transmitido on-line.

Segundo ele, a premiação é um importante reconhecimento para a Marajoara, que tem em sua gênese a inovação e o cuidado com o meio ambiente. “Com investimento em inovação e empenho podemos garantir o retorno de água ao lençol freático e sua disponibilidade futura. Nosso exemplo poderá  também estimular outras empresas a adotar a prática 100% sustentável nos próximos anos, pois é um caminho sem volta”, declarou Junqueira.

Para o presidente do Crea-GO, Lamartine Moreira, é importante ressaltar que projetos/programas inscritos no Prêmio Crea de Meio Ambiente unem desenvolvimento sustentável  ao  desenvolvimento econômico socialmente justo e ambientalmente correto. Segundo ele, “o projeto da Marajoara Laticínios é interessante porque evita que a água residual seja simplesmente descartada. Agora, está sendo tratada e depois aplicada na terra, dando uma melhor produtividade para o capim que é plantado. O capim fértil em minerais é usado para alimentação do gado, aumentando a produção do leite. Quando o ecossistema funciona de forma dinâmica, beneficia a empresa e toda a sociedade”.

 

Fertirrigação e Biomassa para produtores rurais 

Com mais de 40 anos de mercado e atuação nacional, o Grupo Marajoara, com sede na cidade de Hidrolândia (GO), é uma empresa 100% goiana que trabalha com o leite e seus derivados. Respeitar o meio ambiente e sobretudo as pessoas faz parte da missão da marca.

Um dos marcos históricos de suas ações de sustentabilidade ocorreu em 2013 com a implantação, no parque industrial da Marajoara, de uma nova Estação de Tratamento de Efluente (ETE), com o uso do método de Flotação – flotador por ar dissolvido. A mudança garantiu um nível de eficiência no tratamento dos efluentes superior a 90%, bem acima dos 60% exigidos pela atual legislação ambiental.

A partir dessa nova ETE, desenvolveu dois projetos de sustentabilidade: o da Biomassa, que, que usa a matéria orgânica retirada do processo de tratamento da água residual como fertilizante, que é fornecido gratuitamente a produtores em Hidrolândia; e o da Fertirrigação, que usa a água tratada pela ETE, com nível de purificação acima de 90%, para irrigação de uma área de pasto próxima à indústria e manutenção dos lençóis freáticos.

Segundo explica o gerente industrial da Marajoara, Antônio Júnior Vilela, o resíduo sólido, separado durante o tratamento feito pela ETE, resulta em uma espessa biomassa rica em nutrientes como  nitrogênio, fósforo e potássio, substâncias importantes para o crescimento de pasto. “Ao invés desse resíduo sólido ser encaminhado para fazendas de compostagem,  ele passou a beneficiar a pecuária.  A aplicação da biomassa como fertilizante tem resultado em um aumento entre 40 a 50% no volume de pasto, mesmo em períodos de estiagem”, explica o gerente.

O projeto também gerou ganho econômico-social já que os produtores cadastrados passaram a gastar menos com suplementação para o gado ao receberem gratuitamente a biomassa fornecida pela Marajoara. A indústria dá suporte técnico para pequenos produtores de leite locais.  Já, por meio do Projeto Fertirrigação, a indústria passou a irrigar pastos ao invés de descartar a água em dos córregos da cidade, ainda que devidamente tratada. A ETE da Marajoara trata mais de 40 mil litros de águas residuais e a rede de fertirrigação tem capacidade de irrigar 75 mil litros de água por hora, dependendo de seu uso.

Com mais de um quilômetro de tubulações, o projeto de fertirrigação implantado pela empresa adota um sistema bem mais eficiente do que os convencionais uso de valas de distribuição. Trata-se de uma fertirrigação em malha, composta por cerca 600 aspersores, sendo que cada um irá lançar água a uma distância máxima de um raio de 11 metros. Isso faz com que o uso dessa água seja mais racionalizado, evitando o desperdício.

Para se ter ideia como um pasto com sistema de irrigação pode ser bem mais produtivo, a relação entre uma área não irrigada e outra irrigada é de uma cabeça de gado para cada hectare, contra cinco cabeças por hectare numa pastagem com a fertirrigação. Além disso, o projeto também, a médio prazo, servirá como um importante mecanismo de recarga dos aquíferos locais ou lençóis freáticos.

Fonte: Assessoria

Notícias

Brasil expande cooperações e explora novos mercados com a Tailândia

Em reunião com o governo tailandês, foram feitos encaminhamentos para a abertura do mercado de suínos e a eliminação de qualquer impedimento para o trânsito de carga de frango na Tailândia relacionado à influenza aviária

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Mapa

Prosseguindo com a missão no Sudeste Asiático, um dos principais destinos das exportações agrícolas do Brasil, a delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) avançou em importantes cooperações e novos acordos comerciais com o governo da Tailândia nesta semana. O país é o nono maior importador do agronegócio brasileiro, totalizando US$ 3,13 bilhões.

Em parceria com os Ministérios das Relações Exteriores (MRE) e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), além da ApexBrasil, os representantes do Mapa marcaram presença no Seminário Empresarial Brasil-Tailândia em Bangkok, no dia 25, acompanhados de rodadas setoriais. Com a presença de Nalinee Taveesin, conselheira do primeiro-ministro da Tailândia Srettha Thavisin, mais de 80 participantes trocaram informações sobre setores produtivos, ambiente de negócios, investimentos e oportunidades comerciais, bem como requisitos e procedimentos para importação.

Dentre as associações brasileiras que participaram do Seminário estavam a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), a ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), a ABRA (Associação Brasileira de Reciclagem Animal) e o CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil).

No dia 26, a comitiva brasileira teve uma reunião no Ministério da Agricultura e Cooperativas da Tailândia com Bunsing Warinrak, assessor do ministro, e Sedthakiat Krajangwongs, vice-ministro, para discutir a ampliação da parceria agropecuária entre os dois países, considerando suas capacidades produtivas. Durante o encontro, acordou-se a implementação do Memorando de Entendimento (MOU), assinado em 2022, para avançar na cooperação técnica agrícola, abrangendo temas como sanidade animal, recuperação de pastagens e agroflorestas, com a primeira reunião do Grupo de Trabalho agendada para a segunda semana de agosto deste ano.

Ainda na audiência, o lado tailandês confirmou a retirada da restrição do trânsito de carne de aves com destino a terceiros mercados por conta da influenza aviária. Os brasileiros também expressaram interesse em obter novas habilitações para exportar carne bovina e farinhas de origem animal, além de solicitarem a redução das altas tarifas de importação aplicadas na Tailândia.

Em outra bilateral com o diretor do Departamento de Pecuária da Tailândia, foram discutidas a habilitação de exportações brasileiras de carne bovina e farinhas de origem animal, com previsão de novas missões para o segundo semestre de 2024. Também se acordou acelerar a abertura de mercado para produtos brasileiros como carne suína, pet food, mel, bovinos vivos e material genético avícola, fortalecendo as relações comerciais entre Brasil e Tailândia.

A delegação brasileira do Mapa é liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, e é composta pelo diretor de Promoção Comercial e Investimento, Marcel Moreira; pelo coordenador-geral de Promoção Comercial, Dalci de Jesus Bagollin; e pela adida agrícola na Tailândia, Ana Carolina Lamy. A missão segue agora para Phnom Penh, no Camboja.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Ministro da Agricultura se reúne com a FPA para detalhar medidas de auxílio ao agro

Em reunião no Mapa, ministro apresentou as propostas do Governo Federal para os produtores impactados pelas intempéries climáticas nesta safra

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na noite de terça-feira (26) para falar sobre as medidas de apoio aos produtores rurais que estão sendo adotadas pelo Governo Federal.

Participaram da reunião na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o presidente da FPA, Pedro Lupion, o vice-presidente na Câmara, Arnaldo Jardim, os senadores Tereza Cristina e Alan Rick e os deputados federais Alceu Moreira, Isnaldo Bulhões, Marussa Boldrin, Sérgio Souza e Vicentinho Júnior e o assessor especial do ministro, Carlos Ernesto Augustin.

Uma das propostas que já está em discussão e será avaliada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nos próximos dias é a repactuação de débitos referentes a contratos de investimentos dos produtores de milho, soja e da pecuária de corte e de leite dos estados afetados pelas intempéries climáticas.

O ministro detalhou aos parlamentares a proposta de prorrogação das parcelas de 2024 e debateu as propostas que ainda estão sendo discutidas para o setor. Para os débitos referentes ao custeio, será realizada a análise de crédito e a avaliação de cada caso. O ministro tirou as dúvidas dos parlamentares e recebeu sugestões de propostas estruturantes.

Também foram discutidas as medidas para conter o preço dos alimentos básicos. Conforme Fávaro, uma delas será a apresentação, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), dos Contratos de Opção para arroz, feijão, trigo e milho como forma de estimular a produção.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Com impacto de Alimentação e Bebidas, IPCA-15 é de 0,36% em março

IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, situou-se em 1,46%, abaixo da taxa de 2,01% registrada no mesmo período em 2023

Publicado em

em

IPCA-15 desacelera em março, mas altas no grupo Alimentação e bebidas pesaram no índice - Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

A prévia da inflação ficou em 0,36% em março, 0,42 ponto percentual (p.p.) menor que a de fevereiro, quando variou 0,78%. O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,91% e impacto de 0,19 p.p. no índice geral. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi divulgado na terça-feira (26) pelo IBGE.

O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, situou-se em 1,46%, abaixo da taxa de 2,01% registrada no mesmo período em 2023. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta em março. Além do grupo Alimentação e bebidas, também se destacaram os grupos Transportes (0,43% e 0,09 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,61% e 0,08 p.p.). As demais variações ficaram entre o -0,58% de Artigos de residência e o 0,19% de Habitação.

No grupo Alimentação e bebidas (0,91%), a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%). Outros itens apresentaram queda, como a batata-inglesa (-9,87%), a cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%). A alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março). O lanche (0,19%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,79%).

No grupo Transportes (0,43%), houve queda na passagem aérea (-9,08%), que registrou o maior impacto negativo (-0,07p.p.) no mês. Por outro lado, a gasolina (2,39%) teve o maior impacto positivo (0,12 p.p.). Em relação aos demais combustíveis (2,41%), houve alta nos preços do etanol (4,27%), enquanto o gás veicular (-2,07%) e o óleo diesel (-0,15%) registraram queda. O subitem táxi apresentou alta de 0,61% devido ao reajuste de 8,31% em Belo Horizonte (6,04%), a partir de 8 de fevereiro.

Ainda em Transportes, a variação do ônibus intermunicipal (0,71%) foi influenciada por reajustes no Rio de Janeiro (6,69%), a partir de 24 de fevereiro; e em Curitiba (6,41%), a partir de 5 de fevereiro. No subitem trem (-1,00%), houve redução de 4,05% nas tarifas no Rio de Janeiro (-2,20%), a partir de 2 de fevereiro.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,61%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,73%) e pelos itens de higiene pessoal (0,39%).

No grupo Habitação (0,19%), no resultado do gás encanado (-0,35%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados a partir de 1º de fevereiro: no Rio de Janeiro (-0,65%), redução média de 1,30%; e em Curitiba (-1,20%), redução de 2,29%.

Belém tem o maior avanço e Goiânia, o menor

Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em março. A maior variação foi registrada em Belém (0,74%), por conta das altas do açaí (18,87%) e da gasolina (1,96%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,14%), que apresentou queda nos preços do automóvel usado (-3,19%) e das carnes (-1,02%).

Mais sobre a pesquisa

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 16 de fevereiro a 14 de março de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de janeiro de 2023 a 15 de fevereiro de 2024 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Veja os resultados completos no Sidra. A próxima divulgação do IPCA-15, referente a abril, será no dia 26 de abril.

Fonte: Agência IBGE Notícias
Continue Lendo
SABSA 2024

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.