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Indústria de rações cresce 2,2% no 1º semestre e reforça papel estratégico na produção animal

Mesmo diante de embargos e desafios sanitários, setor atinge 43,4 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2025, sustentando a eficiência da cadeia de carnes, leite, ovos, peixes e pets.

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Fotos: Shutterstock

O setor de alimentação animal no Brasil apresentou um crescimento de 2,2% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. Até o momento, a produção nacional atingiu 43,4 milhões de toneladas de rações e concentrados, demonstrando a força e a resiliência da indústria, mesmo diante de desafios sanitários e comerciais.

Segundo o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani, a cadeia produtiva de proteína animal no Brasil demonstra superação, apresentando crescimento na produção e diversificação dos mercados. “O país é destacado como um importante fornecedor global de carnes, peixes, ovos e leite. A indústria de alimentação animal no Brasil, por sua vez, tem papel estratégico ao fornecer insumos nutricionais com qualidade e em grande escala, contribuindo para a eficiência produtiva e o fornecimento contínuo desses produtos”, diz.

Desempenho da avicultura de corte

De acordo com Zani, a demanda proveniente da avicultura de corte atingiu o consumo de 18,9 milhões de toneladas de rações no primeiro semestre de 2025. “Esse avanço, embora considerado tímido, foi impactado principalmente pelo ritmo das exportações, que sofreram restrições em decorrência dos embargos impostos após a identificação de focos de Influenza aviária”, informa.

Perspectivas de produção

Apesar das pressões externas enfrentadas pelo setor, a produção de carne de frango mantém uma trajetória positiva. Segundo previsão da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), há potencial para que a produção nacional ultrapasse a marca de 15 milhões de toneladas ao longo de 2025.

Desempenho da avicultura de postura

“O setor de avicultura de postura registrou um avanço significativo de 3,3% no alojamento de poedeiras comerciais durante o primeiro semestre de 2025. Esse crescimento refletiu diretamente na demanda por rações, que atingiu 3,7 milhões de toneladas no período, demonstrando uma alta mais expressiva em comparação com o mesmo intervalo do ano anterior”, comenta Zani.

Exportação de ovos comerciais 

Embora a exportação de ovos comerciais ainda seja considerada incipiente, ela apresentou crescimento vigoroso no semestre. Nesse contexto, os Estados Unidos tiveram papel de destaque ao absorver mais da metade dos embarques realizados pelo Brasil. Esse desempenho consolidou o país como um fornecedor estratégico de ovos comerciais em um cenário internacional marcado por alta demanda.

Desempenho da suinocultura

A produção de rações destinadas à suinocultura registrou uma evolução considerada razoável durante o primeiro semestre de 2025, totalizando 10,6 milhões de toneladas. Esse desempenho reflete a resposta do setor frente às demandas crescentes tanto no mercado interno quanto externo.

Segundo a ABPA, há expectativa de que a produção de carne suína ultrapasse 5,4 milhões de toneladas ao longo do ano. Esse potencial crescimento é impulsionado principalmente pela abertura e consolidação de novos mercados internacionais, como Filipinas, México e Singapura, além da manutenção da estabilidade no mercado doméstico.

Desempenho da pecuária leiteira

De acordo com dados preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a captação formal de leite no primeiro semestre de 2025 registrou um aumento de 6,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Dentre as regiões do país, o Nordeste destacou-se pela maior expansão percentual, enquanto o Sul manteve a liderança em volume absoluto captado.

Essa retomada consistente foi resultado de margens de rentabilidade mais ajustadas e da redução dos custos de suplementação animal em relação ao ano anterior. Como consequência, o setor demandou mais de 3,7 milhões de toneladas de rações para vacas em lactação, conforme informado pelo CEO do Sindirações.

Para o fechamento do ano de 2025, a produção de leite no Brasil poderá crescer até 2,5%. Esse desempenho está condicionado à valorização do dólar, que pode encarecer as importações de derivados do leite provenientes do Uruguai e da Argentina, assim como à cotação dos principais insumos utilizados na alimentação e saúde dos rebanhos.

Desempenho da pecuária de corte

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), observa-se sinais relevantes de dinamismo na cadeia produtiva de bovinos de corte, evidenciados principalmente pelo aumento nos embarques ao mercado internacional. Esse movimento reforça a importância do setor no panorama das exportações brasileiras.

Apesar do crescimento nas exportações, a produção intensiva enfrentou margens mais restritas durante o primeiro semestre de 2025. Neste período, a produção de rações e concentrados para bovinos de corte atingiu 2,75 milhões de toneladas, refletindo a resposta do setor às demandas do mercado, mesmo diante dos desafios econômicos.

Segundo giro de confinamento

De acordo com Zani, “as perspectivas mais otimistas para o segundo giro do confinamento estão condicionadas a fatores como redução dos custos, preços futuros mais favoráveis e, principalmente, à eficiência gerencial dos empreendimentos. Esses elementos serão determinantes para a recuperação das margens e o fortalecimento do setor no próximo semestre”, diz.

Desempenho da aquicultura

No período de janeiro a junho de 2025, a demanda de rações destinadas à aquicultura totalizou 892 mil toneladas. “Esse resultado reflete os desafios enfrentados pela cadeia produtiva de peixes nativos e exóticos, marcada por um cenário de vendas abaixo do esperado e preços reduzidos, especialmente no caso da tilápia. A conjuntura econômica, aliada à dinâmica do mercado, trouxe obstáculos adicionais para os produtores”, comenta Zani.

O inverno mais rigoroso do que o habitual teve forte influência sobre o setor, pois o clima frio diminui o apetite dos peixes e favorece a ocorrência de doenças, dificultando ainda mais a obtenção de resultados positivos. A baixa demanda e os preços pouco atrativos agravaram o cenário, comprometendo a rentabilidade dos produtores.

Diante das múltiplas incertezas do mercado, alguns carcinicultores optaram por estratégias de adaptação: ampliaram as áreas de viveiros nas fazendas e reduziram as densidades de estocagem. O objetivo dessas ações foi produzir camarões de maior tamanho, buscando, assim, obter melhores preços no mercado e mitigar as perdas causadas pelo contexto adverso.

Desempenho para PETs

O segmento de alimentos voltados para cães, gatos, peixes, pássaros ornamentais e outros animais de companhia se destaca de forma significativa na indústria de produtos destinados ao bem-estar animal. Atualmente, esse segmento representa 53,5% do faturamento geral do setor, evidenciando sua relevância econômica e participação expressiva no mercado.

Produção no 1º semestre

“Durante o primeiro semestre de 2025, a produção de alimentos voltados especificamente para cães e gatos registrou um volume próximo a 2 milhões de toneladas. Esse resultado demonstra a forte demanda por produtos alimentícios para esses animais, consolidando o segmento como um dos principais pilares do setor de produtos para animais de companhia”, destaca Zani.

Fonte: Assessoria Sindirações

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Santa Catarina mantém 93% das lavouras de milho em boa condição no início da safra

Epagri/Cepa registra avanço consistente do plantio, com alertas para falhas de germinação e manejo fitossanitário.

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Foto: Shutterstock

O avanço do plantio do milho em Santa Catarina, que já alcança 92% da área prevista para a safra de verão 2025/2026, confirma um início de ciclo predominantemente positivo no estado, mas acompanhado de sinais de alerta pontuais. Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, 93% das lavouras são classificadas como boas, um indicador robusto para o período, porém a evolução do desenvolvimento apresenta nuances importantes entre as microrregiões produtoras.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

De maneira geral, o estabelecimento das plantas ocorreu dentro do esperado, com solo apresentando boa umidade e clima favorável nas principais áreas de produção. Ainda assim, a distribuição das chuvas definiu comportamentos distintos entre as regiões, influenciando estandes, sanidade e andamento dos tratos culturais.

No Alto Vale do Itajaí, onde 90% das lavouras estão em boas condições, o desenvolvimento vegetativo é satisfatório, com umidade adequada e apenas focos pontuais de percevejos e cigarrinha. Situação semelhante aparece em Campos de Lages, Planalto Norte e Concórdia, todas com 100% das lavouras avaliadas como boas, apresentando germinação regular, plantas sadias e baixa pressão de pragas. Em Concórdia, inclusive, as primeiras áreas já entraram em floração.

Outras regiões apresentam ritmos distintos. Em Joaçaba, por exemplo, parte das áreas atrasou o plantio devido ao excesso de chuva, e os técnicos registraram ocorrências de percevejo, lagarta e tripes. Já no Litoral Norte, apesar de 100% de condição boa, o excesso de precipitação provocou falhas de germinação, especialmente em lavouras entre os estádios V3 e V8.

No Oeste, regiões importantes para o milho catarinense também mostram realidades variadas. Chapecó/Xanxerê registra 90% das

Foto: Gessí Ceccon

lavouras em boas condições, com plantas em V6 e crescimento favorecido por radiação solar. Em São Miguel do Oeste, o plantio já está finalizado, com início de floração e controle de cigarrinha e ervas daninhas em andamento; 94% das lavouras são classificadas como boas.

O extremo Sul do estado, por sua vez, vem sendo impactado por chuvas intensas. Ainda que 98% das áreas apresentem condição boa, os agrônomos alertam para os efeitos acumulados da umidade elevada nas fases seguintes do desenvolvimento. Em Curitibanos, a semana chuvosa também impôs ajustes no cronograma de tratos culturais, embora as lavouras sejam avaliadas como boas a ótimas.

No cenário estadual, a cigarrinha-do-milho continua sob vigilância, embora com baixa incidência até o momento. A manutenção de condições de sanidade dependerá do monitoramento contínuo e da disciplina no manejo fitossanitário, especialmente em áreas com histórico de enfezamento e maior pressão de insetos.

A Epagri/Cepa reforça que, apesar dos pontos de atenção, o potencial produtivo da safra é positivo. Os próximos dias, marcados pelo comportamento das chuvas e pela manutenção de temperaturas adequadas, serão decisivos para consolidar esse cenário. Se as condições atuais persistirem, Santa Catarina tende a iniciar a colheita com nível elevado de desempenho agronômico e produtivo.

Fonte: O Presente Rural
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Custos de produção recuam no frango e avançam no suíno em outubro

Levantamento da Embrapa mostra alta no custo do suíno vivo em Santa Catarina e queda no frango de corte no Paraná, com impacto direto da variação da ração.

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Os custos de produção de suínos e de frangos de corte tiveram comportamentos diferentes em outubro conforme levantamento da Embrapa Suínos e Aves por meio da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS).

Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,35 em outubro, alta de 1,09% em relação ao mês anterior, com o ICPSuíno chegando aos 363,01 pontos. No acumulado de 2025, o índice também registra aumento (2,23%).

Em 12 meses, a variação é de 2,03%. A ração, responsável por 70,72% do custo total de produção na modalidade de ciclo completo, subiu 1,28% no mês.

No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte baixou 1,71% em outubro frente a setembro, passando para R$ 4,55 e com o ICPFrango atingindo 352,48 pontos.

No acumulado de 2025, a variação é negativa, de -4,90%. No comparativo de 12 meses o índice também registra queda: -2,74%. A ração, que representou 63,10% do custo total em outubro, baixou 3,01% no mês.

Santa Catarina e Paraná são estados de referência nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS, devido à sua relevância como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente.

A CIAS também disponibiliza estimativas de custos para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, fornecendo subsídios importantes para a gestão técnica e econômica dos sistemas produtivos de suínos e aves de corte.

App Custo Fácil

Aplicativo gratuito da Embrapa que gera relatórios personalizados das granjas e diferencia despesas com mão de obra familiar. Disponível para Android na Play Store.

Planilha de Custos

Ferramenta gratuita para gestão de granjas integradas de suínos e frangos de corte, disponível no site da CIAS

Fonte: Assessoria Embrapa Suínos e Aves
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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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