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Índice de Confiança do Agronegócio encerra 2020 em patamar otimista e registra 121,4 pontos

Apesar da queda de 5,6 pontos, resultado é o terceiro melhor da série histórica

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O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela CropLife Brasil, fechou o quarto trimestre de 2020 em 121,4 pontos, recuo de 5,6 pontos em relação ao levantamento anterior. Apesar da queda, os ânimos do setor mantiveram-se em patamares altos, visto que é o terceiro melhor resultado desde o início da série histórica. Segundo a metodologia do índice, resultados acima de 100 pontos demonstram otimismo no setor e, abaixo deste patamar, pessimismo.

Todos os segmentos pesquisados perderam confiança, mas cada um por seus próprios motivos. Os produtores agrícolas, por exemplo, foram influenciados diretamente pela irregularidade climática observada no fim de 2020, que fez o plantio da safra de verão ser o mais atrasado da história. No caso das agroindústrias, para algumas o aspecto preponderante foi a desvalorização do Real, enquanto para outras o aumento dos custos das rações pesou mais.

Desta vez, não foi a avaliação sobre a economia brasileira que determinou a maior parte da variação do índice – diferentemente, portanto, do que se tornou comum nos últimos anos. “Não se pode ver no atual recuo da confiança uma tendência de queda para 2021. Era de esperar que houvesse uma retração em relação ao terceiro trimestre de 2020, quando o indicador alcançou o melhor resultado da série histórica. Ainda assim, esta foi a terceira vez que o indicador fechou acima de 120 pontos”, observa Roberto Betancourt, diretor titular do Departamento do Agronegócio da Fiesp.

Índice de Confiança das Indústrias

O Índice de Confiança das Indústrias inseridas na cadeia produtiva do agronegócio caiu 6,0 pontos do terceiro para o quarto trimestre de 2020, fechando a 116,9.

Índice de Confiança das Indústrias Antes da Porteira

A confiança das empresas de insumos agrícolas registrou 112,9 pontos com queda de 9,1. Dentre todos os segmentos pesquisados, esse foi o que mais perdeu entusiasmo no quarto trimestre de 2020, embora os resultados ainda se mantenham na faixa considerada otimista pela metodologia do estudo. A queda, porém, não foi uniforme entre todos os setores situados antes da porteira. Um grupo em que claramente a confiança diminuiu foi o de defensivos agrícolas.

“As empresas do setor não têm encontrado espaço para repassar ao mercado doméstico os aumentos de custos resultantes da desvalorização do real, da logística e das matérias primas vindas da China”, diz Christian Lohbauer, presidente executivo da CropLife Brasil. “Os altos estoques de produtos acumulados nas revendas também preocupam a indústria.”

Em outras áreas os ânimos se mantêm em alta. É o caso dos fabricantes de máquinas agrícolas, cujas vendas fecharam o ano acima do mesmo período de 2019, segundo os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). As empresas de fertilizantes também convivem com um momento de vendas em alta. Capitalizados, muitos produtores adiantaram as compras de adubo para as próximas safras, aproveitando o momento de boas relações de troca.

Índice de Confiança das Indústrias Pós-Porteira

A confiança também diminuiu entre as empresas do pós-porteira, que registraram queda de 4,7 pontos, fechando em 118,6. No entanto, tal como aconteceu no pré-porteira, a queda também não foi uniforme dentre os setores que compõem esse grupo. “As indústrias de alimentos concentraram o esfriamento do otimismo, devido principalmente aos altos preços da soja e do milho (que encarecem os custos das rações) e do boi gordo, que diminuem as margens de lucro dos frigoríficos”, avalia Betancourt.

O momento relativamente melhor para usinas de açúcar e etanol, tradings e empresas de logística no fim do ano passado amenizou a queda no índice de confiança desse segmento.

Índice de Confiança do Produtor Agropecuário

O índice de confiança do produtor agropecuário encerrou o quarto trimestre do ano passado em 127,6 pontos, segundo melhor resultado da série histórica. Pode-se afirmar que o entusiasmo dos produtores continua em alta, apesar da queda de 5,1 pontos desde o recorde do terceiro trimestre de 2020.

Índice de Confiança do Produtor Agrícola

Para o produtor agrícola, a queda na confiança foi de 4,2 pontos, mantendo o índice em patamar ainda bastante otimista, com 129,2. O otimismo, neste grupo, recuou em relação aos principais aspectos pesquisados para compor o índice: preço, produtividade, crédito e custo de produção. Nos dois primeiros casos, a perda de otimismo se deve em boa parte ao momento em que os agricultores foram entrevistados, entre o fim de novembro e o início de dezembro.

Neste período, houve leve queda dos preços de commodities como soja e milho, consequência de uma valorização temporária do real frente ao dólar. Quando o mercado voltou a subir, na última semana de dezembro, o levantamento já havia sido encerrado. É importante ressaltar que, mesmo com a ligeira queda em relação ao trimestre anterior, a boa avaliação dos produtores sobre os preços continuou em patamares claramente positivos.

Algo parecido aconteceu com a produtividade. “Até meados de dezembro, a chuva ainda não havia se regularizado completamente nas principais regiões produtoras, trazendo dúvidas sobre o potencial produtivo das lavouras de verão. Já a alta nos custos de produção reflete o aumento dos preços dos insumos, embora as relações de troca para o produtor continuem num dos melhores níveis da história” complementa Lohbauer.

No caso do crédito, não houve grandes eventos significativos – a queda de confiança pode estar relacionada ao esgotamento de algumas linhas, como foi com o Moderfrota.

Índice de Confiança do Produtor Pecuário

Para o produtor pecuário, o índice de confiança ficou em 122,8 pontos, indicando uma queda mais intensa do que para o produtor agrícola, de 7,9. Um dos principais aspectos foi a piora na avaliação dos custos de produção, que fecharam o quarto trimestre de 2020 no menor nível da série histórica.

Para Betancourt, essa piora na confiança está diretamente relacionada aos preços altos do milho e da soja e, especialmente, do farelo. São fatores que afetam tanto a pecuária de corte quanto a de leite. Para os pecuaristas que atuam na engorda, subiram os custos de reposição de bezerros. Houve perda de confiança também nos demais itens principais que entram na composição do índice – preços, crédito e produtividade -, de maneira semelhante ao que aconteceu com os agricultores.

Fonte: Assessoria Fiesp

Bovinos / Grãos / Máquinas

Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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