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Índice de competitividade: Paraná é 4º colocado em ranking de competitividade do agronegócio
Segundo dados do novo Índice de Competitividade, criado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e divulgado nesta terça-feira (02), o Paraná ocupa o 4º lugar no ranking de competitividade do Agronegócio. O primeiro lugar é ocupado pelo estado de São Paulo. A entidade calculou a competitividade dos 26 Estados e do Distrito Federal com base num cruzamento de 21 subitens de seis categorias norteadoras da pesquisa: infraestrutura, educação, saúde, ambiente macroeconômico, inovação e mercado de trabalho. Os dados foram compilados a partir de mapeamentos sociais e econômicos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2011.
Os Estados que compõem a região do Matopiba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a nova fronteira agrícola brasileira estão entre as unidades da federação com menor competitividade no ranking do agronegócio. A principal explicação é a deficiência estrutural desses Estados.
O indicador varia de 0 a 1, sendo que quanto mais perto de um, mais competitivo é o Estado. São Paulo é o 1º colocado, Santa Catarina (2º), Distrito Federal (3º), Paraná (4º) e Rio Grande do Sul (5º). O Maranhão ficou na 24ª colocação do ranking elaborado pela CNA. O Piauí ocupa a 22ª posição. Enquanto a Bahia ficou na 16ª colocação e o Tocantins na 14ª.
A diferença das médias gerais de cada Estado e, consequentemente, a posição de cada um deles no ranking levou em consideração o peso das unidades da federação nesses 21 itens. É o caso do quesito produtividade, que mostra que da porteira para fora as principais áreas em volume de produção agrícola perdem em capacidade de escoamento para antigos redutos da agricultura: o Sul e o Sudeste, cujo nível de infraestrutura e de educação são superiores.
Outro pelotão de Estados intermediários, incluindo alguns dos principais redutos do agronegócio do País, também ficou na frente do Matopiba na soma de pontos de cada um dos 21 subitens da pesquisa: Minas Gerais (6º), Goiás (8º), Mato Grosso (10º) e Mato Grosso do Sul (11º).
Na infraestrutura para o escoamento da produção agrícola, um dos componentes do indicador geral, o Matopiba só aparece no ranking a partir da 16ª posição ocupada pela Bahia. Piauí, Maranhão e Tocantins ocupam, respectivamente, a 19ª, a 21ª e a 23º posição.
A infraestrutura considera como subitem a movimentação portuária. Como Piauí e Tocantins não têm porto para escoamento da produção, eles levaram zero o que contribui para a média ruim. O mesmo valeu para qualidade das rodovias, no qual o Tocantins recebeu 0,290 ponto (22ª colocação neste critério) e o Maranhão obteve 0,306 ponto (21ª posição).
O Matopiba, porém, foi melhor na avaliação das rodovias do que o maior produtor de grãos do País, Mato Grosso (23ª posição na categoria). As rodovias foram apontadas pelo coordenador do estudo, Marcelo Ávila, como principal problema mato-grossense. Mato Grosso tem maior competitividade por trabalhador, mas quando vai escoar a produção começa a esbarrar em gargalos que, por exemplo, São Paulo não tem, comparou o técnico do Instituto CNA.
O mesmo ocorreu nas avaliações da CNA sobre educação, onde o Matopiba e Mato Grosso têm mais abandono educacional na zona rural, maior taxa de alfabetismo e mais distorção na relação idade-série do que os Estados do Sul e Sudeste. A relação também foi acompanhada nos quesitos saúde, inovação e ambiente macroeconômico, sempre com o Sul e o Sudeste liderando. O inverso ocorre, contudo, no critério de variação do PIB agropecuária. Nesse item da pesquisa, o Piauí tem o segundo melhor desempenho, à frente do Mato Grosso, de São Paulo e de Minas Gerais. O Maranhão figura em 10º lugar neste item, superando o Rio Grande do Sul.
Fonte: RIC Mais
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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento
Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.
O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).
A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.
Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.
A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.
Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.
Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.
Fretes
Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.
O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento
Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.
As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.
Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.
No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.
Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).
A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.
Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.
A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.
Para ônibus
Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.
Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.
Evolução
Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.